segunda-feira, 6 de julho de 2020

Ensino Esotérico. Contracultura. Escola de Mistérios


Encontrar os valores existentes no centro de si mesmo e dar ensino religioso e ético adequados à vida humana, é o futuro. As bases sobre as quais assentamos a Educação, Ensino, Justiça, Política, Arte, Cultura são acientíficas, insuficientemente científicas, ou anti-científicas, e estão deturpadas pelo materialismo e igrejismos assentes em Crenças.
Paralelamente às Religiões, sempre existiu um ensino Esotérico, não acessível à generalidade dos fiéis, nem à ortodoxia no poder. Nas antigas Escolas de Mistérios era ensinada a Filosofia Divina ou Trino-sofia. Os Mestres sempre viveram entre nós com corpo físico para poderem ajudar de modo mais intenso a mente dos sensíveis à Ciência d’Eles. Tendo os Mestres a capacidade de materializarem formas que podem ser ou não semelhantes ao corpo que usam, manifestam-se onde é necessário. Há um ensino Secreto dos Grandes Seres para os melhores de todas as culturas.
O progresso nas técnicas de contra-informação, as mobilizações dirigidas por meio da coacção psicológica, o assalto aos órgãos de comunicação social, criaram forças ao serviço de lutas pelo poder, que impedem a verdade e o bem, de modo isento, dizem, para ingénuos. Temos a raiz no Divino, em Cristo. A Verdade e o Bem são inatos. Teoricamente, ele só pode errar através de mecanismos enganadores: na coacção psicológica, apresentam-lhe uma Verdade ou um Bem como Mal, e o inverso.
L 93. Não deis aos Cães (desejos, Kama-Manas) o que é puro, não vão eles tomá-lo por esterco. Não deiteis Pérolas aos Porcos (melhor o Lat suíno, personalidades) para que não as transformem em imundície (luxo, vaidade, ostentação).
Um excelente exemplo da deformação do Bem é a Ciência Espiritual apócrifa: ao ser identificada com o Demónio foi totalmente neutralizada. Um grande bem, que é o ensinamento de Jesus, é apresentado como demoníaco! E todos lhe arremessam pedras! O tempo de lançar pedras, da intifada, tem de cessar. Os terroristas que colocam bombas e matam inocentes são vitimados por ideologias de falsos bens, de vida boa, ou qualquer outra «coisa». É o caso das mortes por Allah onde o suicida se vai deleitar sexualmente com as Virgens que o esperam no Paraíso, num lugar onde é garantido, não haver diferenciação sexual! Não é com esta ghiâde que ligará a alma natural, à alma do filho do Homem e à alma Crística.
A palavra Cristo permite-nos compreender. Cristo, do Grego Khristós, Ungido, também Karest, tem sido referida em relação a uma raiz egípcia, Kher-Cheta, o Iniciado (Kher, domínio de; Cheta, mistérios). A palavra Cristo decomposta em partículas: Ouro de Lei, Chrys, Purificação Existencial, Hespéride, e Auris, ouvido, Som; Incenso, Lat. Thus, - a Purificação Essencial, o «incensus», o não registado no Censo, livre de tributo, Karma, Lat. incentio, submeter à palavra, som; e as duas juntas, o Ungido, referido à Unidade Essencial, representa as três Leis do Mundo Espiritual, do Eu Divino em nós. A palavra Vidyâ, da raiz Skr Vid, que encontram nos termos Veda, Vedanta e outros como Brahma-vidyâ, a Sabedoria Divina, Trino-sofia, significa ”ver” e ”escutar”, ser sensível à Luz e ao Som. A Myrrha (Lat.), o que resulta das duas precedentes, era uma bebida para curar a bebedeira. Jesus-Cristo disse que quando nos passasse a bebedeira da sensualidade e emoções revelaríamos o Divino que habita em cada um. No Triângulo, Mirra ocupa o lugar do Amor, por outras palavras, o verdadeiro Amor, que um dia substituirá o amor inferior. Porém, isso implica reduzir o inferior a cinzas, porque Myrra na Mitologia Grega era filha de Cinyra, as Cinzas. O Gr. Myriás significa: bens incontáveis. Não foi ensinado, a explicação é minha, logo, a confirmar.
Decifrar o símbolo de Cristo é a vantagem de investigar - direcção activa, em vez de acreditar - direcção passiva. Tudo aponta para uma interpretação das Leis Divinas, à luz do ensino dos Mestres. Se virmos a imagem analógica no Mundo Temporal podemos fazer um Triângulo Sombra, das substâncias perecíveis (cinzas) cuja base é Reencarnação (Prudência, Rigor) e Karma (Qualidade); o vértice é Harmonia. Neste caso, o triângulo corresponderia às Três Graças de Cristo.

Os Três Pilares são as Três Ruas do Terreiro do Paço Real, do Poder. No centro, Rua Augusta; à direita, R. do Ouro; à esquerda, R. da Prata, dar para o Rossio, um espaço de todos. A R. da Prata vai à Praça da Figueira, o Saber Esotérico. Lisboa, em oculto, pode ser a flor-de-lis da anunciação do nascimento Divino no Homo. As quatro flores da cruz de Lis de D. João I, podem ter íntima relação com Lis boa, partículas separadas. Por Lisboa foi Defensor do Reino, antes de rei.
Na cultura antiga, as mulheres são compradas pelos ricos. Mal sabe ele que as 70 Virgens são Leis aplicadas e o terrorismo é punido pelas Leis. Todas as Religiões têm o não matar como a prática sine qua non da Vida Espiritual. De facto, não é só não matar mas não causar qualquer dificuldade evolutiva aos seres. Em Esoterismo, é muito fácil "passar" ficção esotérica, devaneios de bruxas que profetizam o Fim do Mundo para um amanhã sempre adiado, histórias de mundos subterrâneos, Ovnis, extraterrestres... Há toneladas de papel com menoridades. ([i])  
A verdade capaz de mudar a sorte, o destino do Mundo, quem a procura?
Ninguém está consciente do bem que poderia fazer e não faz. Assim, nunca conheceremos os Jardins de Thirta da literatura sagrada Hinduísta e Hebraica. Correspondem ao Shangri-la! Não estivesse o Homem ébrio e veria que, segundo os relatos Espirituais, tinha sido formado no Éden, no Plano Astral. Logo, estavam a referir-se a um Homo astral que antecedeu o Homo físico. Será tão difícil de ver que o Homo darwinista não é o dos Mestres e o Éden não é ficção? ([ii])


[i]     Isabel Chaves. “Shangri-la a Sagrada Utopia”. Portugal Teosófico n. 81. 2001.
[ii]     Ver o conceito de Thirtha no Glossário Teosófico, de HPB.

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