quarta-feira, 30 de março de 2011

O Espirito de Aljubarrota

Aljubarrota tem um grande significado espiritual. Perante um avassalador poderio militar do inimigo foi a vitória da Inteligência e da Disciplina militar por devoção a um ideal trazido por D. João I, um iniciado da Távola Redonda de Portugal, o rei que não queria ser Rei. O Destino quis que fosse rei e herói duma estatura espiritual que os avessos a doutrinas e valores espirituais não entendem. Se derem a qualquer acontecimento Português um valor espiritual, seja a Expo 98, Europeu de Futebol, guerra anti-terrorista, etc., contem com o despertar do «espírito» nobre de Aljubarrota. Porque continua a não haver uma visão espiritualista de Portugal, os aleivosos, tipo rainha Leonor Teles, 'comem-se' uns aos outros, o vazio se agravou, o «buraco» económico, social, é medonho, o «défice por escuridão Espiritual» é letal! Vou reavivar alguns factos. Fernando Pessoa teorizou que Portugal passaria na sua História Espiritual por três Idades simbolizadas pelo signo VOS: I. da Força ou Vis; II. do Otium, Ócio, aprendi na mais recente História de Portugal de Mattoso, que na Idade Média significava Contemplação, a força espiritual que fica depois de afastada a realidade objectiva, abstinente de coisas, como é o Sabbath Judaico; III. da Scientia, Ciência, assim é chamado o Saber do Conhecimento (do Sebastikoi, discípulo Divino de Pitágoras) que também tinha o nome de Prudência como no étimo jurisprudência (afim do Grego Sophia, Sofia, conhecimento interior), o outro lado da Sabedoria Ética ou qualidade Divina em nós. Costuma dizer-se que o Homo é a melhor prova da existência de Deus porque, sendo Divino (à sua imagem e semelhança, daí o termo Homo e não homem) traz em si as Qualidades Divinas, quando pode exprimi-las. Os marcos do Desígnio Espiritual de Portugal: I Idade, 1139, batalha de Ourique, a guerra estranha entre Afonso Henriques e os cinco reis mouros que ninguém sabe quem eram e a única realidade conhecida é o Mito do aparecimento de Cristo e das suas Cinco Chagas. As Cinco Chagas de Cristo correspondem ao símbolo da Maçã de Eva, que cortada na horizontal mostra o Pentagrama com as cinco funções da mente equivalentes às cinco sementes dos corpos em cinco Planos do homo evolutivo: 1. sensação, 2. emoção, 3. mental, 4. intuição e 5. vontade. D. Sancho I, o segundo Rei, pôs as cinco Quinas na bandeira. A região conhecida como Portucale passou a ser Portugal, Nação, a terra natal, da natividade, um povo, uma língua, uma cultura. Ao pôr na bandeira as Cinco Quinas (assim se designam as passagens de um para outro Plano da Natureza) afirmava-se a vocação espiritual dum País (de pagus, pagãos, aborígenes) nascente como Portugal, a Nação que trazia o Destino de fazer passar a Maçã putrescível para a imputrescível, a Hespéride ou Maçã de Ouro, se recordarem que os Gregos punham na Península Ibérica, o Jardim das Hespérides ou Avalon. II Idade, 1385, batalha de Aljubarrota. Os Portugueses, uns aborígenes ignorados, depois de Aljubarrota, considerada milagrosa, foram vistos por toda a Europa como seres gloriosos, dignos e honrados, que lutavam por amor a ideais e quando o faziam eram invencíveis e continuam a ser. A Ínclita Geração lançou a gesta de vencer o «oceano da escuridão» e o adjectivo escuridão é cheia de significados reais, não fictícios. Portugal, Pátria, deu novos mundos ao mundo. O Ócio profético passou a ser a Contemplação, a ideia Espiritual que orientou as caravelas da Cruz de Cristo, obscurecida pela concupiscência de posse de terras e pessoas. [i] III Idade, da Cultura Sebástica, da Ciência Espiritual em que é alcançada a Homonoia Pitagórica, a união da Religião e Ciência que alguns indicadores apontam para o sXXI, terminada a II Idade com o 25 de Abril 1974. Essa Trinosabedoria existe, quando estiverem prontos para a viverem. Se tal acontecer precisamos duma Cultura Majestática, Augusta, de Ciência, Lei de Justiça e Compaixão, que é o significado do Sebástico Pitagórico e voltamos aos Três Estados da Nação, do tempo de D. João I: Estado Espiritual, Estado Político e Estado Povo (a base de um e outro), cada vez menos por nascença. ([ii]) Se Portugal não alcançar o seu Destino Espiritual (Civilização) não faz sentido ser uma Pátria independente na Europa: uma língua sem valores não merece ser falada. Os capitalistas apostam em ser província de Castela (um castelo tem o sentido de «a coisa retida» e não o seu Espírito). Os espiritualistas sonham-na como uma pátria da Cultura Sebástica por acontecer. D. João I é tido como o Pai Espiritual da Pátria. A partir de 1385 os Portugueses passaram a sentir-se não como o povo de Portugal mas Portugueses, Pátria. Juntaram à concepção maternal (ou mater) do País, a concepção paternal de Pátria Espiritual (pater, espírito de). A III Idade de Portugal será ao mesmo tempo um e outro, feminina e masculina, uma cultura holística, de Unidade Essencial (sexos incluídos). Olhando para o «buraco de escuridão» de Portugal, muito pior que o «oceano de escuridão» que os navegadores Portugueses iluminaram para todo o mundo, foi muito pedagógica, para mim, a «filosofia» das elites municipais das Cortes de Évora, 1481-82, que a empírica e ilusória História de Mattoso, transcreve (Vol. II, p 397), com muito nojo, e eu honro pois está aí a origem das dificuldades da Pátria do Divino Espírito Santo, que os populares festejam desde o tempo da Rainha Santa Isabel e do rei D. Diniz (1279-1325), de alma trovadora (uma concepção de Sabedoria espiritual): a) Quanto mais entre os virtuosos é reprovado o seguimento da cegueira afeiçoada, tanto mais é tido por bom o temperado, virtuoso, e honesto viver. Aqueles que podem ser votados devem ser os mais virtuosos, temperados e honestos e não os troca-tintas que sofrem de cegueira afeiçoada. Se não é honesto e virtuoso, não deve ser votado. b) Nenhum modo de viver pode chamar-se virtuoso sem sabedoria e discrição. Por sabedoria entende-se uma Ética de Leis Espirituais, Imperativas. O discernimento deve ser visto como a harmonia na Acção. (...) e) Nobre deve ser chamado todo o principado (ou poder) que é regido e governado e aproveitado segundo sabedoria e prudência e discrição. Sabedoria, Prudência e Discernimento (acção justa) são os Três Aspectos Filosóficos da Trindade Divina: Sabedoria Ética formulada por Leis; Prudência que significa Ciência (jurisprudência); Discrição, a Acção feita em espírito de justiça compassiva, para o Bem da Humanidade, dar à discrição, dar à vontade. n) Por costume antigo o governo das cidades e vilas é dos bons. Quando votarem, se não encontrarem os experientes em Ética e Conhecedores de Ciência, aceitem o «espírito de Aljubarrota» que está vivo em nós e comecem por escolher os bons, se as outras duas qualidades não existirem como parte dessa Bondade. Se eles forem bons vão encontrar como no século XV a Estátua da Liberdade de D. João I: Ética (Facho, a Luz), Qualidade Divina no Homo; Conhecimento por Lei (Livro, Ciência); Discernimento ou Poder de Acção Justa (Coroa). O ataque da classe de ideologias mostra porque a sujidade, o crime organizado, a ignorância vencem em Portugal, como no mundo. Os Portugueses poderiam ter ajudado o mundo, pela causa da sua Bandeira, uma responsabilidade. [iii] Sabedoria, Ciência e Acção bondosa ou justa são as três qualidades a avaliar num governante. Faz todo o sentido recuperar o «fazer por bem» Joanino, na divisa «talent de bien faire» (vontade de bem fazer) de D. Henrique ou «le bien me plait», «o bem me satisfaz» do Infante Santo, D. Fernando. O Rei da Boa Memória tem o sentido espiritual de Aletia, aquele que recuperou a memória Espiritual e Divina que todos perdemos quando atravessamos o rio Lete, do esquecimento da nossa identidade Divina, por Não Lete, de letal, que significa a Morte. Passemos das políticas de Morte para as políticas de Aletia, de Vida, de Boa Memória, para que a Cultura Sebástica seja instituída em Portugal, os Portugueses que vão da lei da morte libertando, e todo o mundo se liberte com e por eles. A Trinitária Liberdade é Espiritual, não é primariamente política. Ao pôr em causa a Estátua política da Liberdade, porque trai a Estátua da Liberdade Espiritual onde a Sabedoria se funda, é nosso Dever mostrar os gigantescos erros culturais, religiosos (de igrejas) e científicos que estão a impedir que sejamos humanos como é o nosso Destino! ■ [i] O Condestável Nuno Álvares Pereira, herói de Atoleiros, 1384, fez guerras (Valverde) para mostrar coragem, contra a vontade do Rei que dera ordens severas para não criar situações em que morriam pessoas sem necessidade, não humilhar os Castelhanos pós Aljubarrota (1385). As dissidências entre D. João I e D. Nuno Álvares Pereira deviam ter merecido um estudo histórico profundo sobre a Filosofia Joanina, à luz da Filosofia Perene sobre a qual D. Duarte, no Leal Conselheiro dá as obrigações dos governantes: Temor de mal reger; justiça com amor e temperança; contentar corações desvairados; acabar grandes feitos com pouca riqueza... D. João I devolveu cidades fronteiriças a Espanha (Badajoz) sem pilhagens, se o Rei de Castela se comprometesse a cumprir acordos de paz. Entregou a Galiza ocupada pelos Ingleses, que herdara, aos Galegos para não se envolver em questões feudais, apesar da identidade cultural entre os dois povos e o valor estratégico do Norte da Península. Casou com a 2ª filha de Lencastre, para não ter reivindicações sobre a coroa de outro e obedeceu à rainha D. Filipa de Lencastre como «educadora de Portugal» e dos seus oito filhos. Ocupou Ceuta para defender a entrada do Mediterrâneo dos piratas Árabes e Turcos, com um mínimo de mortos, oito no assalto, através duma estratégia psicológica elaborada. Ensaiou aí políticas de convivência racial, para sobreviver. Os Portugueses foram ceifados por sucessivas pestes. Criou uma Armada para Ceuta, também para treinar capitães para as Descobertas. Em termos espirituais era impossível ser obra dum homem do sXV; ele deve ter sido ajudado por um grupo de Egos libertos da Lei da Morte, ou no caminho de se libertarem. Quando reencarnamos nunca se sabe que força de outros Egos trazemos connosco. Nesse sentido, não há vitórias individuais e podemos, para certas missões, valer mais do que valemos, ou menos, se tivermos de carregar com as substâncias de Egos que precisam de evoluir. As nossas escolhas individuais podem ser um complexo de interesses de vários Egos pois evoluímos para um todo e não só para nós. Não existe essa coisa de um Ego separado. Nunca diga eu fiz, o real é nós fizemos (e o nós é interior). Quanto mais evoluído o humano for, menos pessoal é a sua vida. Esta questão tem de ser divulgada, explicada, e ver a fraternidade não interesses egoístas. Sem Destino Espiritual não há Rumo mas um Alcácer – cuja etimologia é: o barco à deriva. [ii] Walpola Rahula. L'enseignement du Bouddha. Ed. Seul. Ver Vasala-Sutta (p. 148). O que é uma pária? Buddha diz: não há párias por nascimento, nós tornamo-nos párias. Ninguém nasce brâmane, faz-se brâmane. O pragmatismo científico, como se vê nos comentários ideológicos à filosofia dos Munícipes (1481) que é de grande Sabedoria, mostra que a Ciência pode tornar-nos humanos se nos levar à compreensão da Sabedoria, o Dever desta Revista, por difícil que seja. [iii] Os poderes do mar da escuridão regem o Portugal hodierno. Como no tempo da censura inquisitorial ou outra, este artigo tem demasiados sentidos sobrepostos. Procurem nele o invisível, o contrário ao que todos pensam. Os objectivos são: restabelecer a unidade com os Mestres tomando os ensinamentos d'Eles como referência cultural e a sua unidade universal (não há um futuro contra o passado mas um Saber contínuo em que houve regressões); instituir o Quadro de Leis ou Árvore da Vida; comparar com as teorias da Ciência e privilegiar a Ética fundada em Leis; recuperar o homo como filho de Deus e não um animal inteligente; estabelecer um programa de desenvolvimento fundado em Leis para tornar mais fácil espiritualizar os nossos comportamentos, com paciência que o atraso é grande mas se soubermos para onde vamos a missão será mais fácil e a vida um deslumbramento de poderes infinitos. Descemos muito, temos sido o ludibrio da Europa, a nossa decadência é miseranda e aviltante; apesar de tudo gloria-se um homem de ser Português, quando, folheando as nossas velhas crónicas se lhe depara (...) este nome que por si vale um poema – Aljubarrota! Pinheiro Chagas. História de Portugal, 1899, Vol. 2, p. 29. Falta vencer a BATALHA da Ciência Divina ou Sebástica, para que possamos ter um Rumo Espiritual, uma Cultura do Supremo, a verdadeira Nobreza da Libertação Divina: Sabedoria, Ciência (Leis Ordenadas) e Discrição (Acção fraterna para o Bem do Mundo, dada à vontade, à discrição). A Coroa da nossa Pátria é Espiritual e Divina, de todos, não de pessoa. Os Portugueses podem dar esperança à Vida e compreenderem a unidade que, com a Alma de Portugal, estabelecemos entre a Ciência de todas as religiões. Não sei como vamos vencer, mas sei que os melhores vencerão a Batalha da Idade Sebástica! [1] O Condestável Nuno Álvares Pereira, herói de Atoleiros, 1384, fez guerras (Valverde) para mostrar coragem, contra a vontade do Rei que dera ordens severas para não criar situações em que morriam pessoas sem necessidade, não humilhar os Castelhanos pós Aljubarrota (1385). As dissidências entre D. João I e D. Nuno Álvares Pereira deviam ter merecido um estudo histórico profundo sobre a Filosofia Joanina, à luz da Filosofia Perene sobre a qual D. Duarte, no Leal Conselheiro dá as obrigações dos governantes: Temor de mal reger; justiça com amor e temperança; contentar corações desvairados; acabar grandes feitos com pouca riqueza... D. João I devolveu cidades fronteiriças a Espanha (Badajoz) sem pilhagens, se o Rei de Castela se comprometesse a cumprir acordos de paz. Entregou a Galiza ocupada pelos Ingleses, que herdara, aos Galegos para não se envolver em questões feudais, apesar da identidade cultural entre os dois povos e o valor estratégico do Norte da Península. Casou com a 2ª filha de Lencastre, para não ter reivindicações sobre a coroa de outro e obedeceu à rainha D. Filipa de Lencastre como «educadora de Portugal» e dos seus oito filhos. Ocupou Ceuta para defender a entrada do Mediterrâneo dos piratas Árabes e Turcos, com um mínimo de mortos, oito no assalto, através duma estratégia psicológica elaborada. Ensaiou aí políticas de convivência racial, para sobreviver. Os Portugueses foram ceifados por sucessivas pestes. Criou uma Armada para Ceuta, também para treinar capitães para as Descobertas. Em termos espirituais era impossível ser obra dum homem do sXV; ele deve ter sido ajudado por um grupo de Egos libertos da Lei da Morte, ou no caminho de se libertarem. Quando reencarnamos nunca se sabe que força de outros Egos trazemos connosco. Nesse sentido, não há vitórias individuais e podemos, para certas missões, valer mais do que valemos, ou menos, se tivermos de carregar com as substâncias de Egos que precisam de evoluir. As nossas escolhas individuais podem ser um complexo de interesses de vários Egos pois evoluímos para um todo e não só para nós. Não existe essa coisa de um Ego separado. Nunca diga eu fiz, o real é nós fizemos (e o nós é interior). Quanto mais evoluído o humano for, menos pessoal é a sua vida. Esta questão tem de ser divulgada, explicada, e ver a fraternidade não interesses egoístas. Sem Destino Espiritual não há Rumo mas um Alcácer – cuja etimologia é: o barco à deriva. [1] Walpola Rahula. L'enseignement du Bouddha. Ed. Seul. Ver Vasala-Sutta (p. 148). O que é uma pária? Buddha diz: não há párias por nascimento, nós tornamo-nos párias. Ninguém nasce brâmane, faz-se brâmane. O pragmatismo científico, como se vê nos comentários ideológicos à filosofia dos Munícipes (1481) que é de grande Sabedoria, mostra que a Ciência pode tornar-nos humanos se nos levar à compreensão da Sabedoria, o Dever desta Revista, por difícil que seja. [1] Os poderes do mar da escuridão regem o Portugal hodierno. Como no tempo da censura inquisitorial ou outra, este artigo tem demasiados sentidos sobrepostos. Procurem nele o invisível, o contrário ao que todos pensam. Os objectivos são: restabelecer a unidade com os Mestres tomando os ensinamentos d'Eles como referência cultural e a sua unidade universal (não há um futuro contra o passado mas um Saber contínuo em que houve regressões); instituir o Quadro de Leis ou Árvore da Vida; comparar com as teorias da Ciência e privilegiar a Ética fundada em Leis; recuperar o homo como filho de Deus e não um animal inteligente; estabelecer um programa de desenvolvimento fundado em Leis para tornar mais fácil espiritualizar os nossos comportamentos, com paciência que o atraso é grande mas se soubermos para onde vamos a missão será mais fácil e a vida um deslumbramento de poderes infinitos. Descemos muito, temos sido o ludibrio da Europa, a nossa decadência é miseranda e aviltante; apesar de tudo gloria-se um homem de ser Português, quando, folheando as nossas velhas crónicas se lhe depara (...) este nome que por si vale um poema – Aljubarrota! Pinheiro Chagas. História de Portugal, 1899, Vol. 2, p. 29. Falta vencer a BATALHA da Ciência Divina ou Sebástica, para que possamos ter um Rumo Espiritual, uma Cultura do Supremo, a verdadeira Nobreza da Libertação Divina: Sabedoria, Ciência (Leis Ordenadas) e Discrição (Acção fraterna para o Bem do Mundo, dada à vontade, à discrição). A Coroa da nossa Pátria é Espiritual e Divina, de todos, não de pessoa. Os Portugueses podem dar esperança à Vida e compreenderem a unidade que, com a Alma de Portugal, estabelecemos entre a Ciência de todas as religiões. Não sei como vamos vencer, mas sei que os melhores vencerão a Batalha da Idade Sebástica!

terça-feira, 29 de março de 2011

REFLEXÕES ESPIRITUAIS VIDA FEDORENTA E PERFUMADA A Terra tem uma crista oceânica profunda que percorre o meio do Oceano Atlântico e se divide horizontalmente, no sul, em dois ramos, um para o Índico e Austrália contornando a África e outro para o Pacífico contornando a América do Sul. [1] A investigação das profundidades oceânicas revelou a existência de espécies de dois tipos de vida distintas: as que vivem nas profundidades oceânicas sem luz, dependem dos compostos sulfidrílicos fornecidos pela actividade vulcânica e são fedorentas; as que vivem do Sol e do Oxigénio, precisam de clorofila ou hemoglobina e são tendencialmente perfumadas. Há a convicção que a vida começou na Terra nas montanhas submarinas, nas cristas vulcânicas profundas, e a biomassa das espécies fedorentas é dominante. Na minha infância uma das maldades de Carnaval era atirar para a casa das pessoas garrafinhas de ácido sulfidrílico com um cheiro nauseabundo. Porém, as águas sulfurosas são terapêuticas de certas doenças. Soube da existência desta crista pelo livros de Teosofia do último quartel do sXIX que a relacionaram com um grande continente a Lemúria que significa o continente de fantasmas (os Romanos chamavam lémures aos fantasmas). A vida tinha sido formada no Éden e tinha ganho peso no tempo da Lemúria, o 3º Continente sobre essa crista, em que as espécies e o pré-Homo se densificaram. Ele foi chamado Pangeia, toda a Terra, porque era um continente imenso onde tudo era gigantesco dos rios às espécies que têm o seu protótipo nos dinossauros. A partícula dino significa grande e medonho. O primeiro homo foi um dino-homo, apareceu entre os primeiros mamíferos e não foi o último dos mamíferos. A Evolução processa-se em cinco Planos dos sete Planos Cósmicos, ver apenas o físico é não ver o que acontece nos outros 4 Planos. Mostrar que a Transformação, assim é chamada a Evolução antes de Darwin, é uma Lei Universal, dos Átomos, às Estrelas e Planetas e às Espécies, era ter de explicar porque o Criacionismo é um grande Erro e o darwinismo, mais avançado, não compreendeu o alcance do que é a Lei da Transformação do velho Hermetismo. As Cinco Quinas representadas na Bandeira de Portugal, ditas chagas de Cristo ou chakras, os vórtices de energia que permitem transferir a consciência de um para o outro Plano, são esquinas, ângulos voltados para o observador, também os cinco ângulos do Pentagrama, símbolo do Homo. Na Maçã cortada na horizontal vêem o pentagrama com 5 ângulos (ou Quinas) e 5 sementes que correspondem aos 5 Planos da Evolução. Houve uma Idade Descendente, uma Idade de Equilíbrio, está em início a Idade Ascendente. Hoje já se sabe que o 1º Adão era um fantasma sem peso, no Éden; o Adão visível é do Cretáceo, assim foi chamado o período do Barro da Era Secundária. O primeiro homem com peso nasceu entre os dinossauros e gigante como todas as coisas eram. A Bíblia o diz, o problema é a Bíblia ser um livro fechado a sete chaves, logo, «secreto», e com deformações. A vida do Cretáceo quando o pré-homo ganhou peso, dividiu-se sexualmente e foi dotado pelos nossos Pais Solares de Eu Espiritual, do mental que ligou o temporal ao espiritual (res extensa à res cogitans de Descartes, ou o Nous e a Psuchè dos Gregos, os dois Gémeos das tradições). O Nous é uma partilha com os corpos espirituais dos Seres Divinos; assim fomos o Homo completo. O nosso Destino é a ligação! Nesse tempo em que o Homo finalmente foi completo (como o Homo foi o criador das Espécies e não criado pelas Espécies), apareceram as fanerogâmicas e o mundo encheu-se de flores e do perfume das flores. O perfume das flores é o sinal do Homo total, que foi dotado de Espírito. Ele representa uma Evolução Racial paralela às Eras Geológicas, daí estas referências. O Solar e a Luz fez-se sentir na segunda parte da Era Primária a que corresponde o Continente Hiperbóreo dos Gregos, o 2º Continente, que incluía a Gronelândia que significa Green Land, terra verde, quando os vegetais foram dotados de clorofila e passou a haver vida dependente da luz solar, num tempo em que essa região era quente. Antes as árvores eram cinzentas, sem cor. No 3º Continente (Lemúria) e no 4º Continente ou Atlântida formada sobre a Crista Atlântica, a Vida Solar dominou as Trevas da Queda na Matéria. Parece que foi sol de pouca dura porque o primeiro Homo completo, filho de Deus, sobredotado de poderes Divinos teve um comportamento infeliz. Então e hoje o Caim ou Gémeo inferior julga competir com os seus Pais a que pertencem os corpos Espirituais do seu Nous, do seu Gémeo Superior, o Abel. Era um Deus e passou a ser um vil náufrago de temerosos Dilúvios no Atlântico, em que os mais brutais foram os da Era Quaternária (200 mil AC, 75 025 AC e 9 564 AC). São os números da tradição. Há evidências de que o chamado Dilúvio de Gilgamesh é o mesmo dilúvio de Platão, que o fez conhecer a partir de fontes Egípcias desse tempo. ([2]) O primeiro grande Dilúvio do Homo total foi o dos dinossauros, datado pelos Mestres em 700 mil anos antes do Eoceno. O curso anómalo da Evolução é o Grande Erro Humano, que fez Jesus dizer no Ev. de Tomé L 85: Adão veio de um grande poder e de uma grande riqueza, mas não foi digno de vós; tivesse ele sido digno e não teria experimentado a morte. Decifrado significa: o Adão de Barro nascia com o conhecimento do seu passado e quando reencarnava tinha memória contínua e a visão de outros Planos além do Físico. Falta redimir! [3] Estou a citar o problema dos Dilúvios, apesar da falta de informação existente e as muitas controvérsias, porque quando os Portugueses tiveram de unir todos os povos do mundo através de caminhos marítimos, a maior dificuldade foi vencer os medos do oceano de escuridão porque no sXIV e sXV ainda eram perigosos, quem os frequentasse era facilmente vítima de doenças mentais graves. Diziam nesses tempos que o mar tinha um cheiro a cadáveres, um cheiro fétido, e chamaram-lhe justamente, o oceano da escuridão, um nome muito rigoroso porque a vida da escuridão era dominante e a quantidade de biomassa das espécies das profundidades dava aos mares o cheiro nauseabundo que os marinheiros relatavam com temor. O pré-Homo pela antiga Antropogénese está na Terra desde o início da vida e se houve dois tipos de vida, da terra e do céu, o Homo é o equilíbrio entre as duas qualidades. Em cada nova Raça é provável que haja ajustamentos entre as duas Vidas bioquímicas em cada Espécie. Se os investigadores que vão à procura da Atlântida num projecto de investigação submarina profunda chamado Deep Med One soubessem Sofia, desconfiavam que a Península Ibérica fazia parte do Norte de África no tempo da Lemúria mas a Ilha Poseidonis não tinha ligações à Península. ([4]) A Atlântida foi todo o Atlântico e a última Ilha Continental dela restante, Poseidonis, centrada nos Açores, foi afundada tão bruscamente que produziu tsunamis arrasadores e as poeiras lançadas na atmosfera cobriram o Sol um ano, logo, mataram toda a vida dependente da fotossíntese, rompendo a cadeia alimentar. Chamaram a esse período, a Idade Mesolítica, entre o Paleolítico e o Neolítico. Uma das particularidades arqueológicas do tempo foi os montes de cascas de mariscos ([5]) dos vales do Tejo e do Sado - os mariscos conectados à vida primitiva dos mares sobreviveram. É a tese mais coerente com os factos. Numa cultura que legitima o ilegítimo e cultiva as trevas morais e éticas é de esperar que a nova Raça em formação (a 6ª Raça), traga mudanças radicais porque enfrenta a ligação entre o Gémeo inferior e o superior. Não sou tão ingénuo que julgue que todos são recuperáveis e os bonzinhos têm de salvar os coitadinhos. Essa ideia eclesiástica é falsa e bem fariam em estudar (não ler mas compreender) o Baghavad Gitâ, que F. Pessoa traduziu para Português, em que Krishna, Metteya, Maitreya, Cristo, diz que entrámos na Idade de revelação duma Nova Raça, a 6ª Raça (faltam 427 mil dos 432 mil anos da Idade), e sempre que tal acontece há um Juízo, um exame final e este é definitivo. É a Idade da Ghiâde em que o Bem tem de enfrentar o Mal se quiserem sobreviver. Não ao modo Árabe que é a Ghiâde emocional e irracional! Temos de salvar os com méritos para ser salvos e isso passa por um conhecimento científico e uma Vida fundada em Leis Divinas. Estou a referir factos objectivos e não lendas como os diletantes culturais chamam a tudo aquilo que ignoram; como os olhos deles só vêem o físico, ignoram muita coisa importante. O darwinismo nunca poderia estar certo porque a Ciência apenas admite para estudo factos físicos e a vida foi formada num Plano de Luz, o Éden ou Astral que significa matéria com luz própria como as estrelas. Quem ouviu os que tiveram experiência de morte iminente sabe que a mente deles percorreu um trânsito, depois da escuridão entram no Plano de Luz que é o Astral e aí decidem se voltam ou não. [6] Há dois tipos de vida, a das trevas, a mais antiga, e outra solar, da luz, a mais recente. Há a Vida material, das trevas que vive desse calor infernal e há a celestial, que depende do Sol. Quando nos condenam ao inferno estão a condenar-nos à vida do interior da Terra, a do Enxofre, mal cheirosa. Como o inferno é situado nas profundidades da Terra, o enxofre, calor e fétido condizem. Nos anos 60 trabalhava no serviço de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Lisboa (Prof. Arsénio Cordeiro) e publiquei um estudo experimental sobre o doseamento dos grupos sulfidrílicos séricos (g.s.s) porque se descobriu que as albuminas e as globulinas tinham títulos variáveis de g.s.s. ([7]) Em certas doenças como a endocardite subaguda havia uma produção tão grande de Imunoglobulinas IGM, com elevados títulos de g.s.s que levavam muitas vezes a falsos caminhos de diagnóstico diferencial. Pudemos então reconhecer não só as variações de g.s.s nas doenças mas também aquelas em que havia um aumento ou diminuição dos g.s.s. É óbvio que na época apenas me preocupava pelos títulos diferentes de g.s.s. conforme as doenças, e o valor clínico desse teste. Hoje, fora da investigação, juntaria o aspecto filosófico: quando adoecemos alteramos a vida solar e a vida das profundezas da Terra e temos em nós uma e outra. Por exemplo, na endocardite subaguda há uma baixa de g.s.s como numa vulgar infecção, mas se for prolongada, há um aumento de g.s.s. persistente que caracteriza aquilo a que hoje se poderia chamar o domínio do fétido, da vida das profundidades, das trevas ou da morte. Há estudos a fazer nesta área. [8] Há forças descendentes de Queda na Matéria que nos prendem para fazermos uma aprendizagem e há forças ascensionais que nos libertam. Foram aqui representadas por características bioquímicas: as fedorentas e sujas e as perfumadas e limpas. A Antropogénese pelo que foi ensinado não é o que pensavam que era. As forças perfumadas levaram tempo a afirmar-se sobre as fedorentas. [1] Grande Atlas Mundial. Reader's Digest [2] Arquitecto Silva Junior. A Atlântida. Subsídio para a sua reconstituição histórica, geográfica, etnológica e política. Separata da Revista A Arquitectura Portuguesa, Jan.º de 1930 a Maio de 1933. 157 páginas. Ele cita W. James que falou do espírito de reacção contra ideias novas em 3 estádios: 1. atacam-na porque é absurda; 2. é verdade mas é insignificante; 3. é importante e fomos nós (os opositores) que a descobrimos. Lubélia Travassos. O Mistério da Atlântida e da Lemúria. Ed. Pergaminho. O livro é romanceado e tem sido criticado pela classe educada experiente em Esoterismo. Pessoalmente, não gosto do estilo romance, emocional, mas o leitor prefere-o. A principal fonte de inspiração da autora foram as obras do Bispo Leadbeater que era clarividente e escreveu livros demasiado religiosos e contestáveis para mim. A autora fez um resumo do que se diz sobre a Atlântida e registou o que tem valor e o que não tem. Num tema difícil é bom conhecer tudo para poder ser crítico e saber. Ela deu a saber os Mapas. O que foi ensinado pelos Mestres está certo, mas Eles entendem que somos nós que temos de descobrir e separar o trigo do joio. As informações são escassas. A área de fantasia (a pior é a erudita), é grande. Não serei eu que condenarei o modo religioso de relatar; apenas não é o meu. Duvido que os eruditos esotéricos tenham melhor informação, o Esoterismo Europeu deixa muito a desejar em relação às antigas fontes da Índia. Há factos importantes como os dois tipos de vida, da terra e do céu, que fazem parte do nosso equilíbrio. Somos nós que o fazemos bom ou mau. Andrew Tomas. Os Segredos da Atlântida. Ed. CL. 1979. Cita uns versos de Nicholas Roerig (1874-1947) dedicado à raça esquecida: As escrituras guardam os seus belos segredos, / E agora tudo nos é revelado. [3] O Evangelho Segundo Tomé. Ed. Estampa. [4] Semanário Focus, n.º 295, Junho 2005. [5] Hans H. Hofstäter e Hannes Pixa. História Universal Comparada. Ed. CL. 1984. p. 60, 1º Vol. Das origens a 1200 a.C. [6] E. Lester Smith. Our Last Adventure. TPH. [7] Humberto Costa e Arsénio Cordeiro. Significado clínico das titulações seriadas dos grupos sulfidrílicos das proteinas séricas, por método amperométrico. Arquivos Portugueses de Bioquímica. Vol. X, p. 339. 1967. [8] Procuramos reconhecer a Ciência que possa justificar algumas doutrinas da Ciência Espiritual ou Sofia. O conceito da Vida ser um equilíbrio entre Eros e Tanatos, o Amor e a Morte, pode reflectir-se em outras concepções como vida solar, da Luz, e a vida da escuridão, de compostos sulfurados. O Vegetarianismo é uma dieta que liberta das forças fedorentas e é obrigatória na Ascensão ou Libertação pelo Divino em nós. Basta ir às sanitas e cheirar, se tem dúvidas. [1] Grande Atlas Mundial. Reader's Digest [1] Arquitecto Silva Junior. A Atlântida. Subsídio para a sua reconstituição histórica, geográfica, etnológica e política. Separata da Revista A Arquitectura Portuguesa, Jan.º de 1930 a Maio de 1933. 157 páginas. Ele cita W. James que falou do espírito de reacção contra ideias novas em 3 estádios: 1. atacam-na porque é absurda; 2. é verdade mas é insignificante; 3. é importante e fomos nós (os opositores) que a descobrimos. Lubélia Travassos. O Mistério da Atlântida e da Lemúria. Ed. Pergaminho. O livro é romanceado e tem sido criticado pela classe educada experiente em Esoterismo. Pessoalmente, não gosto do estilo romance, emocional, mas o leitor prefere-o. A principal fonte de inspiração da autora foram as obras do Bispo Leadbeater que era clarividente e escreveu livros demasiado religiosos e contestáveis para mim. A autora fez um resumo do que se diz sobre a Atlântida e registou o que tem valor e o que não tem. Num tema difícil é bom conhecer tudo para poder ser crítico e saber. Ela deu a saber os Mapas. O que foi ensinado pelos Mestres está certo, mas Eles entendem que somos nós que temos de descobrir e separar o trigo do joio. As informações são escassas. A área de fantasia (a pior é a erudita), é grande. Não serei eu que condenarei o modo religioso de relatar; apenas não é o meu. Duvido que os eruditos esotéricos tenham melhor informação, o Esoterismo Europeu deixa muito a desejar em relação às antigas fontes da Índia. Há factos importantes como os dois tipos de vida, da terra e do céu, que fazem parte do nosso equilíbrio. Somos nós que o fazemos bom ou mau. Andrew Tomas. Os Segredos da Atlântida. Ed. CL. 1979. Cita uns versos de Nicholas Roerig (1874-1947) dedicado à raça esquecida: As escrituras guardam os seus belos segredos, / E agora tudo nos é revelado. [1] O Evangelho Segundo Tomé. Ed. Estampa. [1] Semanário Focus, n.º 295, Junho 2005. [1] Hans H. Hofstäter e Hannes Pixa. História Universal Comparada. Ed. CL. 1984. p. 60, 1º Vol. Das origens a 1200 a.C. [1] E. Lester Smith. Our Last Adventure. TPH. [1] Humberto Costa e Arsénio Cordeiro. Significado clínico das titulações seriadas dos grupos sulfidrílicos das proteinas séricas, por método amperométrico. Arquivos Portugueses de Bioquímica. Vol. X, p. 339. 1967. [1] Procuramos reconhecer a Ciência que possa justificar algumas doutrinas da Ciência Espiritual ou Sofia. O conceito da Vida ser um equilíbrio entre Eros e Tanatos, o Amor e a Morte, pode reflectir-se em outras concepções como vida solar, da Luz, e a vida da escuridão, de compostos sulfurados. O Vegetarianismo é uma dieta que liberta das forças fedorentas e é obrigatória na Ascensão ou Libertação pelo Divino em nós. Basta ir às sanitas e cheirar, se tem dúvidas.