quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

LIBERTAÇÃO PELA RELIGIÃO-CIÊNCIA

 A Libertação de Karma-Nemesis pela Sabedoria

Excerto de A LUZ DA ÁSIA, a Vida de Buddha, de E. Arnold:

«Ah! Irmãos, irmãs, nada espereis dos deuses implacáveis, oferecendo-lhes hinos e dádivas; não pretendais conquistá-los com sacrifícios sangrentos (...) temos de procurar a nossa libertação em nós mesmos. Cada Homem cria seu cárcere; cada um tem tanto poder como os mais poderosos (...) o acto é que faz a alegria e o sofrimento. O que foi traz o que é e o que será (...) Tal é a maldição sobre as coisas que vedes; porém, as coisas invisíveis têm mais importância; os corações e os espíritos dos homens, os pensamentos dos povos, seus caminhos e suas vontades também estão submetidos à Grande Lei.» (...) «A piedade e o amor são a herança do Homem, porque um grande esforço modelou a massa cega dando-lhe forma. Ninguém pode menosprezá-lo; quem lhe desobedece perde e quem o serve ganha; ele retribui o bem oculto pela paz e a felicidade e o mal disfarçado, pelos sofrimentos. Ele vê em todos os lugares e tudo percebe; sede justos e ele vos recompensará, porém, se fordes injustos ele vos dará o salário merecido, mesmo que o Dharma (Lei) demore a manifestar-se (...) Tal é a Lei que se move para a Justiça, que ninguém pode evitar ou deter; seu coração é o Amor e seu fim a Paz e a Perfeição última! Obedecei!»

Os crimes dos torcionários dos holocaustos religiosos de milhões de heréticos, os carrascos de inocentes mulheres rotuladas de bruxas (nove milhões no sXVII), os assassinos de místicos e santos, depois de os terem torturado até à agonia, ao ponto de desejarem o dia em que seriam lançados à fogueira é a Lei de Karma Nemesis. A Lei do olho por olho é a Lei de Karma Nemesis que prende à matéria. A libertação acontece quando o ódio cessa pelo amor. Só o amor liberta. De contrário, vão morrer para a Somália, Jugoslávia, campos de concentração hitlerianos e comunistas, muitas e muitas vezes, até extinguirem neles qualquer possibilidade de repetirem gestos antigos. ([1])

Como é óbvio a decisão é nossa, mas o sucesso que tivermos depende muito das ajudas que a Humanidade e o nosso Povo e País nos concederem.



[1] No jornal diário, DN 23 Agosto, 03, em BD de Dilbert, caricatura um episódio de desprestígio cultural. Em hipotética mesa estão duas personagens, um orador estrangeiro e a tradutora: Costumo ouvir a opinião de toda a gente e depois tomo a minha decisão, diz o conferencista estrangeiro. A tradutora deu-lhe este sentido: eu sigo a opinião de quem fizer o melhor trabalho a enrolar toda a gente. Os presentes comentaram: a tradutora está louca! Quem der o sentido oculto de nominalismos em que o que se diz é vazio de verdade, porque a Verdade que existe em todos é, por regra, recalcada, é loucura. Políticos, iludem com frases deste tipo e tornam-vos inaptos.

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