Estamos no «Tempo» de fazer a separação entre os que podem
prosseguir e os sem condições para fazer parte da Humanidade da 6ª Raça. Os
mais fracos são explorados, por não se admitir que a igualdade é um objectivo
de desenvolvimento espiritual: é aceitar a divindade do Homo e as suas Três
Pérolas, Três Cognições, não ser permissivo à maldade e mentira, por ignorância
de si-mesmo.
Os primitivos que os primeiros colonizadores não sabiam se
eram homens ou animais com forma humana, viviam em tribos isoladas. Hoje vivem
nas nossas ruas e são nossos vizinhos. Somos iguais mas não nascemos iguais. É
uma experiência desagradável, que a falta de educação e instrução agrava. As
assimetrias de desenvolvimento e negação do Homo verdadeiro, soterrado em cada
Homo, tornaram isso inevitável, há milhões de anos. A integração de povos
primitivos em campos de mente, ordem implicada, campos morfogenéticos,
campos de saber, etc., indicia a diferença abismal de desenvolvimento entre
os homens.
Na nova Cultura Espiritual a Religião-Ciência dos Mestres ao
iluminar as Forças presentes no inconsciente, liberta-nos delas. De contrário,
fica-se na área dos recalques, dependências, proselitismo, abuso
sensual e emocional, mistificação, dos doutores em “torcedelas
mediáticas”...! ([i])
A falta de Ética é apetecida por permitir o sensual, o
prazer orgânico ou «substancial»! É desumano deixar um filho de Deus cair no
abismo sem retorno, ele que é a Luz do Amor e Poder, o Saber e o Conhecimento
infinitos, que a palavra Trino-Sofia consagra! Para fugir à homilia igrejista
desqualificada, a classe educada deixou de falar em Desígnio Divino e inventou
o Fim da História, que para Marx é a sociedade sem classes e para Fukuyama, é a
democracia e a economia de mercado. O fim espiritual, o verdadeiro Homo Divino
não faz parte da demanda. Na luta entre o cavalo bom e o cavalo
incontinente, o desregrado é eleito. ([ii])
O Universo é originado pelo Espírito: as Leis da Mente regem
as Leis da Matéria. Vivemos num Universo Inteligente, de Rigor. As
consequências das infracções às Leis Inteligentes e inalteráveis de Sofia, não
são reconhecidas e as consequências são dolorosas. O momento em que o Homem
materialista terá de ser outro, se quiser sobreviver, e entrar no Caminho da
Libertação, é adiado sine dia! As
vicissitudes actuais são a impossibilidade de cada um se libertar da tóxico-dependência psicológica; Jesus
disse: libertar-se da sua
bebedeira (“báquica”). O sentimental preocupa-se com os conteúdos da mente mas não com
os talentos da mente e supõe que podemos mudar as ideias sem mudar a mente.
Novo Homem significa Nova Mente, que é um Novo Homem, o Ego Superior, impossível sem instituir uma Nova
Ciência do poder-saber-inteligência existente em cada um, idêntico ao
poder-saber-inteligência Divina. Não há educação se os que educam não reconhecerem
Princípios, Leis.
Os Sete Planos da Natureza estão estruturados em três níveis
ou Mundos (Temporal, Espiritual e Divino), correspondentes a três níveis de
Consciência: Inteligência, Mente e Mental; Divina, Espiritual e Temporal; ou
Divina, Virgem e Escrava; etc. O tecto
da consciência – para a maioria e para as classes educadas – é o tecto mais
baixo, o tecto do mundo temporal, o mental. No L 85 do Ev. de Tomé se revela que a Evolução correu mal por
erros humanos da civilização Atlante. Não tínhamos de sofrer tanto há milhões
de anos e afastados dos Mestres. Desfeito a idade de ouro, a presença
dos Mestres, houve o enfraquecimento dos Poderes do Homem – perdeu a
continuidade da mente de vida em vida dos primeiros homens, uma ”imortalidade”
temporal, o ser consciente em outros Planos além do Físico e perda de Poder,
até chegar ao Homo das cavernas. Hoje, morremos e esquecemos; outrora,
morrer era como dormir. Os humanos físicos do Cretáceo conservavam a memória de
todas as suas vidas. Agora, em cada vida temos de recomeçar tudo.
A.
O primeiro objectivo espiritual, segundo as Leis é lançar as bases da
Fraternidade Universal, revelar o Amor nas duas Sabedorias – Ética e do
Conhecimento. Tornar o Homo tolerante, compassivo, com capacidade de
sacrificar-se pelo bem geral, sem outra justificação que não a vivência do
próprio Bem; livre de ideologias, e aberto às verdades ensinadas pelos Mestres;
desperto na capacidade de assumir os Princípios mais elevados da natureza
divina do Homo. Quem viver este objectivo realizou em si mesmo a mudança
estrutural sine qua non, compreendeu
a existência do Ciclo de Necessidade,
a Queda na Matéria, condição de evolução.
Quando estamos a definir um objectivo – a fraternidade
universal – não é um ideal de igreja, que ninguém leva a sério porque sabe que
está a ser”usado”; é uma Lei, quer a aceitem ou não. A Queda na Matéria tem sido chamada Maya, a Ilusão, ou Avidya,
a Ignorância da nossa verdadeira identidade. É uma força projectada para fora;
ela impede-nos de ser conscientes da Trilogia do Saber existente em nós mesmos,
por estarmos voltados para fora; é uma força activa e não uma simples ausência
de conhecimento, que tem de ser contrariada por uma Força voltada para o
interior, que a equilibre. Avidya, a
força de obscurecimento da nossa identidade Espiritual e Divina, leva à
formação de um ego separado, e tem de ser anulada por uma força de sentido
oposto, onde a Vida Una é experimentada nesse Ego. Ser humano é mudar da
Força de Descida para a Ascensão para o Divino. A Fraternidade Universal
é a força Libertadora que anula a Queda na Matéria.
B.
O segundo objectivo espiritual é
sistematizar uma Sabedoria ou qualidade Espiritual para revelar a Sabedoria
Ética, que é a da Qualidade do Ser que em nós habita. Foi ensinada pelos
Mestres. Ver a sua identidade essencial; não classificar nem desvalorizar
religiões por serem monoteístas ou politeístas, pagãs ou não pagãs, e outros
rótulos desumanos; estudar, com igual empenhamento e sem preconceitos, os
maravilhosos Mitos da tradição Greco-Romana, Hindu, Egípcia, dos povos
arcaicos... Teremos realizado os objectivos da Tríade da Verdade, quando um
cristão puder recitar e viver, cientificamente, o Nobre Caminho dos Oito Passos
para a Salvação, ensinados pelo Senhor Buddha (Compreensão justa, Pensamento justo, Palavra justa, Acção justa, Meios
de existência justos, Concentração justa, Meditação justa, e Contemplação
justa), e um Buddhista souber rezar o Pai Nosso e compreender a Ciência
Espiritual Três Proposições Fundamentais e Sete Leis.
A Fé não fundamentada na Ciência é um devaneio emocional
potencialmente maligno que perpetua os maus hábitos de sedução. O Mestre é a
própria Trino-Sofia que interage no Homo pela Presença. Aceitar ou rejeitar é
convosco!
Diz F Pessoa: «Assim como a inteligência dialéctica,
que tem nome razão, domina e compõe todos os elementos, com que se forma o
conhecimento científico, assim também a inteligência analógica que não
tem nome especial, domina e compõe todos os elementos de que se forma o
conhecimento oculto»(...) «a perfeição da obra espiritual é a
correspondência exacta entre o interior e o exterior, entre a”alma” e o”corpo”,
de sorte que o conhecimento de um envolva necessariamente o conhecimento
completo do outro.»
Em verdade, também a analogia entre a alma humana Espiritual
e a alma natural Temporal: «quod superior, quod inferior!» O texto de
Pessoa é difícil e original; se for visto, está certo.
C.
O terceiro objectivo espiritual é o
estudo das Leis Divinas Fundamentais e dos seus mecanismos, como meio de
desenvolvimento, de Evoluir, e criar os órgãos de Sabedoria. A Auto-realização
começa na Sabedoria do Conhecimento. Em recente Encíclica Papal defendeu-se
(talvez sem querer) a Verdade Teosófica fundamental: Satyân nâsti paro Dharma. O sentido global da expressão só pode ser
apreendido em Sânscrito. É traduzida de vários modos, e foi popularizada na
sigla: Não há Religião superior à
Verdade. Dharma tem muitos níveis
de entendimento: Lei; Dever; Propriedades ou naturezas das coisas e dos
seres, etc. E Satya: Verdade,
Bem, Realidade, Existência, etc. Como a Verdade e o Bem libertam, o étimo Satya pode ser visto como Liberdade. Os
Três Objectivos são uma tripeça inseparável: Fraternidade; Conhecimento
Analógico da Ciência dos Mestres; Poder estruturante. Ao demonstrar as ligações entre coisas que a
distância não separa possa tornar complexos os efeitos de Leis, que
parecem outras. No Milagre procure a sua Lei.
[i] Daniel
Goleman. Trabalhar com Inteligência Emocional. CL.1998
[ii] H. Álvares da Costa. Lei da Ordenação I e
II. Teosofia Básica, 10 Tomos. STP
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