quinta-feira, 7 de maio de 2020

CRISTIANISMO APÓCRIFO, A LUZ SALVADORA


A Circuncisão do Coração. Retorno à Idade de Ouro

No conceito de «Anthropos» o Homo vem da semente de consciência que faz germinar todo o Universo a que os Devas, Anjos dão substâncias. No fim dos imensos Ciclos da sua Evolução, o Homo e o Deva serão a Síntese Perfeita, a Origem e o Fim de todas as coisas (o Alfa e o Ómega). A Força do 2º Raio chama-se do espelho: reflecte em baixo a imagem de cima. Cumpra-se o 2º Mandamento: Não fazer falsas imagens; e o 9º Mandamento: Não dar falsos testemunhos.
Generalizou-se a tendência para ver o Homo desamparado e ignorante que tem de lutar pela sobrevivência. Sendo o filho de Deus, tem acesso à Sabedoria e Poder infinito e o que o afasta da sua grandeza e glória é a falta de Vontade.
O Homo traz à Manifestação a consciência das Espécies e do Paradigma da Era Geológica, de cada Nova Vaga de Vida. O Factor Antrópico, o Universo existe para que o Homo possa evoluir, carece da outra parte, os Devas que dão a Matéria. Do sucesso ou insucesso da Evolução do Homo depende a sorte de todas as Espécies e dos Seis Reinos de Evolução abaixo de si. É a questão fulcral das analogias, fazer reflectir em baixo, no temporal, o superior. O Divino é o Ser que mora no Homo, vítima dos seus erros evolutivos e condenado a uma vida sem Glória, sem Ciência; mas porque é Divino, o Bem vencerá. Glória a todos os Seres significa: o Conhecimento das coisas Divinas (aqui representado por Hod, a Glória de Deus na Árvore da Vida) está ao alcance do Ser humano. A Libertação não pode ser separada da Ciência – a ”glorificação” do Homem, e da Ética. É uma Glória diferente do que pensam. O Cristianismo Apócrifo é a Luz que ilumina na «Caverna».
A força destrutiva acumulada levou à condenação da Atlântida, tão grave que apesar de ter sido um enorme Continente que ocupava todo o Atlântico e se estendia para as Américas, que na parte habitada por Índios ainda são terras da Atlântida poupadas ao afundamento, e para o Índico onde incluía Sri Lanka, conhecido da Etnologia e textos sacros, ainda andam à procura dele. Dizem que foi afundado em quatro Dilúvios mundiais da Era Quaternária – 850 mil anos, 200 mil anos, 75 025 AC, e o último, o afundamento da grande Ilha Poseidonis do Atlântico Norte, em 9 564 AC, o dilúvio de Platão. Digo com esta precisão relativa, porque foi ensinado e há alguns dados, de várias origens, para justificar que pode estar certo. A última das Ilhas Atlânticas afundadas foi aqui mesmo em frente de Portugal.
Falo de Civilizações de Gigantes (para os Romanos, Atlante significava gigante ([i]) que edificaram os monumentos e cidades megalíticas e nos deixaram as estátuas colossais da Ilha da Páscoa. Há um megalitismo e há milhões de anos (em estratos do fim da Era Secundária e toda a Terciária) houve Negros e Índios Gigantes, que não quererem encontrar. Até o padre António Vieira nos Sermões fala dos ossos gigantes recolhidos no Brasil. Desapareceram?! Já descobriram que a civilização Egípcia Antiga é afim dos Maias e Incas, mas por xenofobia de Europeu não vêem que a antiga é a dos Maias e a do Egipto é de uma família Atlante da Raça dos Maias. Porque deixaram de encontrar? Quem beneficia? Já viram o terramoto antropológico que seria encontrar ossos de gigantes?
Os Atlantes colonizaram várias áreas do mundo, do Egipto Antigo e outras. Eles evoluíram para poderes cósmicos monstruosos e o terror se difundiu por toda a Terra, obra dos sacerdotes feiticeiros que despoletaram os mecanismos da Natureza e é melhor nem falar disso. Algumas observações de um antropólogo Português, o General João de Almeida, que apresentou em 1901 uma tese de licenciatura sobre O fundo Atlante da raça portuguesa, dá-nos uma imagem Etnológica das memórias locais do cataclismo: montes de cascas de mariscos. Na Era Mesolítica a Terra ficou recoberta de fumo e pó, sem luz durante cerca de um ano, com interrupção da cadeia alimentar, vendo-se os homens condenados a comer mariscos porque nada havia para comer.
António Quadros reuniu elementos etnográficos no contexto da Idade do Espírito Santo, na base do Mito do V Império de Portugal. ([ii]) «João de Almeida faz ainda a observação curiosa de que ainda hoje é uma crença popular, através de muitos milhares de gerações, especialmente nas aldeias da Beira, a existência de cidades encontradas no fundo do mar Atlântico, de uma das quais há-de ressurgir D. Sebastião montado num cavalo branco, em manhã de nevoeiro.» O terror infundido pelo «pecado» Atlante e as magias poderosas dos seus sacerdotes feiticeiros, antepassados dos Índios e dos Egípcios antigos, revela a existência de recalques.
Diz o General João de Almeida: o sentimento da existência da Atlântida nunca se perdeu; ele esteve sempre na memória dos Lusitanos e perdura ainda na alma dos Portugueses. À noite todos pediam protecção para que não fossem assombrados por poderes tenebrosos que podem assaltar o Homo quando diminui o controlo sobre os seus corpos – o físico e os da alma natural. Platão confessa esse”terror” ao afirmar: «no espaço de um dia e uma noite funestas, o povo inteiro dos vossos combatentes, em massa, desapareceu sob a terra e paralelamente a Ilha Atlântida foi engolida pelo mar e desapareceu. Eis por que, nos nossos dias ainda, o mar é impraticável e inexplorável naquelas paragens...»
D. Sebastião não nascerá aí, mas de certeza nascerá quando a humanidade se puder libertar das Forças que afundaram a Atlântida, convertendo-as. Na Filosofia Divina há uma correlação entre estado psíquico e a natureza boa ou má, há uma terra amaldiçoada feita perigosa. O Mito de D. Sebastião adapta a imagem da última vinda de Cristo (Metteya) profetizada no Apocalipse. O pecado da Atlântida foi a recusa em aceitar a orientação dos nossos Pais Divinos que o Manu Vaivasvata, Cristo (Metteya) e o Mahachohan, os Três Grandes Seres da Hierarquia de Compaixão junto da Humanidade. Significa que a separação dos Mestres será restabelecida na descoberta de Præstes João, no Oriente. Mudem-se as ideias e as Substâncias dos corpos para sermos Espirituais e criativos, libertadores.
António Quadros diz sobre o Homem Português que esse arquétipo emerge e se revela em determinados períodos históricos favoráveis, mas é também o que se oculta ou é ocultado, o que se reduz a uma vida estagnada e recalcada, nos períodos em que se desfaz a sua Paidéia. Uma Paidéia, ao modo grego, é a solidariedade e a univocidade (entenda-se aceitação de uma só orientação) entre a estrutura cultural e o sistema educativo de um povo, ambos se ordenando a um Télos ou fim superior, que todos então sentem como seu, pelo qual vivem, lutam e se sacrificam, se necessário. Sem a restauração de uma Paidéia essencialmente portuguesa, não deixando de ser universal, será difícil, senão impossível, que o Homem português se reencontre (…)” Eu partilho deste ideal de A. Quadros e, sendo discordante dele quando se afasta da Ciência dos Mestres, presto-lhe homenagem.
O ensino dos Mestres foi editado por uma das suas Discípulas – Helena P. Blavatsky, e por um jornalista, A. P. Sinnett. A maioria prefere ignorar o ensino dos Mestres. Marginalizam os Mestres como se houvesse um poder que a isso os obriga. Fala-se em muitas Teosofias, pouco na genuína Teosofia dos Mestres, por razões inconscientes patológicas, artimanhas para se justificar de não querer saber.
S. Santidade o Papa é a autoridade reconhecida pelos católicos e no dia em que criticou a deletéria concepção de Liberdade sem relação com a Verdade, o Real, a Lei Divina, foi desconsiderado pelos poderes instalados. Há muito a desbravar até haver a possibilidade de mudança para uma Vida Humana e Humanista. Trava-se a Luta Final em defesa dos capazes de evoluírem na Terra: cada um pode fazer as boas transformações, ou ser incinerado pelas más opções da Cultura.


[i]     Padres Cabral & Ramalho. Magnum Lexicon Latinum et Lusitanum. Paris 1833.
[ii]     António Quadros. Portugal. Razão e Mistério. I. Introdução ao Portugal Arquétipo – A Atlântida desocultada – o País Templário. O segundo livro: II. O Projecto Áureo ou o Império do Espírito Santo. Guimarães Editores.

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