A
Circuncisão do Coração. Retorno à Idade de Ouro
No conceito de «Anthropos» o Homo vem da semente
de consciência que faz germinar todo o Universo a que os Devas, Anjos dão
substâncias. No fim dos imensos Ciclos da sua Evolução, o Homo e o Deva serão a
Síntese Perfeita, a Origem e o Fim de todas as coisas (o Alfa e o Ómega). A
Força do 2º Raio chama-se do espelho: reflecte em baixo a imagem de
cima. Cumpra-se o 2º Mandamento: Não fazer falsas imagens; e o 9º
Mandamento: Não dar falsos testemunhos.
Generalizou-se a tendência para ver o Homo desamparado e
ignorante que tem de lutar pela sobrevivência. Sendo o filho de Deus,
tem acesso à Sabedoria e Poder infinito e o que o afasta da sua grandeza e
glória é a falta de Vontade.
O Homo traz à Manifestação a consciência das Espécies e do
Paradigma da Era Geológica, de cada Nova Vaga de Vida. O Factor Antrópico,
o Universo existe para que o Homo possa evoluir, carece da outra parte, os
Devas que dão a Matéria. Do sucesso ou insucesso da Evolução do Homo depende a
sorte de todas as Espécies e dos Seis Reinos de Evolução abaixo de si. É a
questão fulcral das analogias, fazer reflectir em baixo, no temporal, o
superior. O Divino é o Ser que mora no Homo, vítima dos seus erros evolutivos e
condenado a uma vida sem Glória, sem Ciência; mas porque é Divino, o Bem
vencerá. Glória a todos os Seres significa: o Conhecimento das coisas Divinas
(aqui representado por Hod, a Glória de Deus na Árvore da Vida) está ao alcance
do Ser humano. A Libertação não pode ser separada da Ciência – a ”glorificação”
do Homem, e da Ética. É uma Glória diferente do que pensam. O Cristianismo Apócrifo
é a Luz que ilumina na «Caverna».
A força destrutiva acumulada levou à condenação da
Atlântida, tão grave que apesar de ter sido um enorme Continente que ocupava
todo o Atlântico e se estendia para as Américas, que na parte habitada por Índios
ainda são terras da Atlântida poupadas ao afundamento, e para o Índico onde
incluía Sri Lanka, conhecido da Etnologia e textos sacros, ainda andam à
procura dele. Dizem que foi afundado em quatro Dilúvios mundiais da Era
Quaternária – 850 mil anos, 200 mil anos, 75 025 AC, e o
último, o afundamento da grande Ilha Poseidonis do Atlântico Norte, em 9 564
AC, o dilúvio de Platão. Digo com esta precisão relativa, porque foi ensinado e
há alguns dados, de várias origens, para justificar que pode estar certo. A
última das Ilhas Atlânticas afundadas foi aqui mesmo em frente de Portugal.
Falo de Civilizações de Gigantes (para os Romanos, Atlante significava gigante ([i]) que edificaram os
monumentos e cidades megalíticas e nos deixaram as estátuas colossais da Ilha
da Páscoa. Há um megalitismo e há milhões de anos (em estratos do fim da Era
Secundária e toda a Terciária) houve Negros e Índios Gigantes, que não quererem
encontrar. Até o padre António Vieira nos Sermões fala dos ossos gigantes
recolhidos no Brasil. Desapareceram?! Já descobriram que a civilização Egípcia
Antiga é afim dos Maias e Incas, mas por xenofobia de Europeu não vêem que a
antiga é a dos Maias e a do Egipto é de uma família Atlante da Raça dos Maias.
Porque deixaram de encontrar? Quem beneficia? Já viram o terramoto
antropológico que seria encontrar ossos
de gigantes?
Os Atlantes colonizaram várias áreas do mundo, do Egipto
Antigo e outras. Eles evoluíram para poderes cósmicos monstruosos e o terror se
difundiu por toda a Terra, obra dos sacerdotes feiticeiros que
despoletaram os mecanismos da Natureza e é melhor nem falar disso. Algumas
observações de um antropólogo Português, o General João de Almeida, que
apresentou em 1901 uma tese de licenciatura sobre O fundo Atlante da raça
portuguesa, dá-nos uma imagem Etnológica das memórias locais do cataclismo:
montes de cascas de mariscos. Na Era Mesolítica a Terra ficou recoberta de fumo
e pó, sem luz durante cerca de um ano, com interrupção da cadeia alimentar,
vendo-se os homens condenados a comer mariscos porque nada havia para comer.
António Quadros reuniu elementos etnográficos no contexto da
Idade do Espírito Santo, na base do Mito do V Império de Portugal. ([ii]) «João de
Almeida faz ainda a observação curiosa de que ainda hoje é uma crença popular,
através de muitos milhares de gerações, especialmente nas aldeias da Beira, a
existência de cidades encontradas no fundo do mar Atlântico, de uma das quais
há-de ressurgir D. Sebastião montado num cavalo branco, em manhã de nevoeiro.» O
terror infundido pelo «pecado» Atlante e as magias poderosas dos seus sacerdotes
feiticeiros, antepassados dos Índios e dos Egípcios antigos, revela a
existência de recalques.
Diz o General João de Almeida: o sentimento da existência
da Atlântida nunca se perdeu; ele esteve sempre na memória dos Lusitanos e perdura
ainda na alma dos Portugueses. À noite todos pediam protecção para que não
fossem assombrados por poderes tenebrosos que podem assaltar o Homo quando diminui
o controlo sobre os seus corpos – o físico e os da alma natural. Platão
confessa esse”terror” ao afirmar: «no espaço de um dia e uma noite funestas,
o povo inteiro dos vossos combatentes, em massa, desapareceu sob a terra e paralelamente
a Ilha Atlântida foi engolida pelo mar e desapareceu. Eis por que, nos nossos
dias ainda, o mar é impraticável e inexplorável naquelas paragens...»
D. Sebastião não nascerá aí, mas de certeza nascerá quando a
humanidade se puder libertar das Forças que afundaram a Atlântida,
convertendo-as. Na Filosofia Divina há uma correlação entre estado psíquico e a
natureza boa ou má, há uma terra amaldiçoada feita perigosa. O Mito de D.
Sebastião adapta a imagem da última vinda de Cristo (Metteya) profetizada no Apocalipse.
O pecado da Atlântida foi a recusa em aceitar a orientação dos nossos
Pais Divinos que o Manu Vaivasvata, Cristo (Metteya) e o Mahachohan, os Três
Grandes Seres da Hierarquia de Compaixão junto da Humanidade. Significa que a
separação dos Mestres será restabelecida na descoberta de Præstes João, no Oriente. Mudem-se
as ideias e as Substâncias dos corpos para sermos Espirituais e criativos,
libertadores.
António Quadros diz sobre o Homem Português que esse
arquétipo “emerge e se revela em determinados períodos históricos favoráveis, mas
é também o que se oculta ou é ocultado, o que se reduz a uma vida estagnada e
recalcada, nos períodos em que se desfaz a sua Paidéia. Uma Paidéia, ao modo
grego, é a solidariedade e a univocidade (entenda-se aceitação de
uma só orientação) entre a estrutura cultural e o sistema educativo de um
povo, ambos se ordenando a um Télos ou fim superior, que todos então sentem
como seu, pelo qual vivem, lutam e se sacrificam, se necessário. Sem a
restauração de uma Paidéia essencialmente portuguesa, não deixando de ser
universal, será difícil, senão impossível, que o Homem português se reencontre
(…)” Eu partilho deste ideal de A. Quadros e, sendo discordante dele quando
se afasta da Ciência dos Mestres, presto-lhe homenagem.
O ensino dos Mestres foi editado por uma das suas Discípulas
– Helena P. Blavatsky, e por um jornalista, A. P. Sinnett. A maioria prefere
ignorar o ensino dos Mestres. Marginalizam os Mestres como se houvesse um poder
que a isso os obriga. Fala-se em muitas Teosofias, pouco na genuína Teosofia
dos Mestres, por razões inconscientes patológicas, artimanhas para se
justificar de não querer saber.
S. Santidade o Papa é a autoridade reconhecida pelos
católicos e no dia em que criticou a deletéria concepção de Liberdade sem
relação com a Verdade, o Real, a Lei Divina, foi desconsiderado pelos poderes
instalados. Há muito a desbravar até haver a possibilidade de mudança para uma
Vida Humana e Humanista. Trava-se a Luta Final em defesa dos capazes de
evoluírem na Terra: cada um pode fazer as boas transformações, ou ser
incinerado pelas más opções da Cultura.
[i] Padres Cabral & Ramalho. Magnum Lexicon Latinum et Lusitanum. Paris 1833.
[ii] António Quadros. Portugal. Razão e Mistério. I.
Introdução ao Portugal Arquétipo – A Atlântida desocultada – o País Templário.
O segundo livro: II. O Projecto Áureo ou o Império do Espírito Santo. Guimarães
Editores.
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