Na escola de Qumran praticava-se o Yoga: renúncia ao
matrimónio, à propriedade privada. Cumpriam-se os Passos do Caminho do Yoga. Os
textos esclarecem o ensino incongruente com a tradição histórica oficial,
porque em 102 AC, Jesus havia nascido e vivido entre gnósticos, de quem foi
Mestre. O Mestre Jesus foi o que terminou os sacrifícios de animais: entrou no
templo de Jerusalém com umas boas cordas que marcaram as costas de sacerdotes e
vendedores do templo, partiu tudo... Leiam os relatos do episódio nos
Evangelhos mais recentes descobertos e verificam que a imagem de Jesus, do
vosso deleite, nada tem a ver com o Mestre. É mais provável que à nossa
maldade, egoísmo, devoção cínica e outras arrogâncias, o Mestre responda com a
reposição da verdade e do bem!
As crianças não são homens pequenos, são os Karmas de homens
que reencarnam, mas o Homo verdadeiro só toma conta da personalidade pelos 5 ou
7 anos. Até lá, os Anjos habitam os corpos humanos (símbolo da cabra
Almateia de Júpiter). Eles são sensíveis à Ordenação mas não ao Bem-Mal.
Têm de os educar como se educam os cães ou golfinhos, não pensar que os cães
nascem ensinados e sabem tudo. Conduzir um Deva
é diferente do que “conduzir” Homens do 7º Reino, incapazes de ser
eles mesmos, por regressões patológicas.
Apolónio de Tiana, um Mestre idêntico a Jesus, os romanos
prenderam-no em condições degradantes, e não O mataram porque o Mestre decidiu
dar-lhes uma lição e revelou os seus poderes: fez graves e violentas acusações
ao Imperador e aos seus juízes e desapareceu à vista deles.
Aprendam que a realidade
não se esgota em Jesus; há muitos Mestres de Sabedoria, deuses, e sem os reverenciarem
como Mestres, falharam. Após um século de actividade no mundo, Apolónio, esse
deus símile Jesus e contemporâneo de Jesus dos Evangelhos Cristãos (cuja
primeira existência foi em 102 AC na comunidade de Qumran), é tão veículo de
Cristo como Jesus. O centenário Apolónio nunca envelheceu, parecia jovem. Cumprida
a missão, despediu-se dos discípulos e sumiu-se para os lados da nascente do
Nilo. Apolónio deixou por todo o Império, uma transbordante Santidade e
"milagres", em contínuas caminhadas a pé, acompanhado dos seus Discípulos,
ao longo dos canais de vida de Geia (a Terra), desde a Península Ibérica, Norte
de África até à Índia. Ele preparava o futuro desses locais geográficos.
O termo milagre é
uma expressão poética. Jesus, o Mestre do Karma, pela sua própria natureza, tem
o poder de reorientar a Lei, se entender ser mais favorável, sem alterar o
resultado final. É um dos atributos dos Mestres. À volta de Apolónio também se
gerou um forte movimento devocional puro e os milagres aconteceram.
Existiram dois grupos de devotos de Cristo: os espiritualistas do Cristo grego
e os políticos do Judaísmo e do Cristo Aramaico. A Igreja é muita coisa
indesejável, começou por ser vítima, antes de ser ela mesmo carrasco. Em nada
vos ajuda serem juízes, mas ajuda-vos muito reconhecerem a Verdade ou Sabedoria.
O Imperador Septímio Severo (193-211) e seu filho, sob
influência da Imperatriz Júlia Domna (que tinha uma estátua de Apolónio no seu
santuário privado, e havia mandado fazer uma biografia do Mestre), erigiram um
templo em Tiana, em sua memória. Os sectários do Cristo Aramaico destruíram-no,
e perseguiram ou mataram os devotos do Cristo grego. Os Manuscritos de Qumran
tardam em ser publicados, põem em causa o Judaísmo e o Cristianismo oficial, e
os discípulos de S. Paulo foram perseguidos, pelo poder!
O cientista ante a falta de dados objectivos sabe que nem
sempre é possível responder às perguntas cientificamente formuladas. Se forem
experientes de Sofia (Ciência global) dos Mestres verificam que a Sabedoria do
Conhecimento responde às quatro Atias (quê? como? por quê?, para quê?). A
Verdade, ela mesma, aumenta muito o poder de Saber, a não verdade é o inverso.
Os «geradores de opinião» nunca estudaram as outras
religiões (aceitam, doutrinas sem provas e sem lógica, por retórica e
apologética, superstição e nunca dados objectivados); desqualificam-nas sem
ver. Transcrevo os impropérios escritos pelos doutos do tempo de S. Agostinho
contra Apolónio, isto é, contra”Cristo”, para avaliarem a extensão do nosso
drama. Disseram eles referindo-se a Apolónio, igual a Jesus: o impostor, blasfemo, falsário, bruxo,
ímpio, cacique de Satã, um macaco de Deus... Se os santos da Igreja nascente
disseram de «Cristo» o pior, bem podem perdoar ao Nobel José Saramago o
descrédito de Cristo no Evangelho segundo Jesus Cristo. Uma crítica dele
é válida, se tivesse investigado o real, veria que Jesus biológico deixou-se
sacrificar, não deixou discípulos abandonados.
Apolónio, um Deus compassivo, muito poderoso (e não um
Homo), foi rejeitado como «macaco de
Deus.» Quantos malignos fazem isto? Vivem das ideologias que escolhem para
si-mesmos, como verdades que não são Verdade. Libertar do campo de ressonância
de ideologias para o da Verdade é difícil. Dizer isto é criar inimigos do
peito! O Homo precisa de uma base segura, uma directriz, nem os igrejismos, nem
a Ciência a deram. Quer a santidade de Apolónio, quer a Teosofia moderna, não
são reconhecidas! Se alguém se diz ao serviço do Mestre e depois não O
reconhece, está ao serviço da intolerância, dogmatismo e crueldade. Emociona-se
mas não pensa nem vive a Verdade e o Bem do Mestre. A palavra do Mestre age por
dentro e tem o poder de despertar a Ciência e o Bem em nós mesmos. Se não
desperta o poder em nós, de nada nos serve. Se uma religião tiver adulterado os
ensinamentos dos seus Mestres, em vez de salvar, leva à ignorância, violência,
dogma, cruzadas, inquisição, ditaduras, sem soluções espirituais.
Os textos de Nag Hammadi e de Qumran vieram chamar a atenção
para um outro manuscrito, descoberto em 1896, conhecido por Documento Zadokita, ou Documento de Damasco o qual seguramente
está relacionado com os textos de Qumran.
Estes textos são uma exposição da
doutrina Cristã um século antes de Jesus do Mito. É o paradoxo de um
Cristianismo um século antes da data! Têm de admitir outra manifestação de
Jesus e que existem outros Mestres do nível de Jesus que estão a intervir no
mundo, diariamente. Os textos falam-nos de um Mestre de Rectidão ou Mestre do Rigor, idêntico a Jesus. É um
dado consentâneo com a Tradição Oculta. Os meios utilizados em Ciência
Espiritual para fazer este tipo de investigação são menos falíveis, embora,
como é da norma, também devam ser sistematicamente confirmados.
Dizer que Jesus nasceu em 102 AC não chega; é vantajoso
acrescentar que essa data é concordante com os dados arqueológicos recolhidos,
com a evolução da doutrina Cristã e com a aplicação da doutrina dos Ciclos à
Evolução. É um problema de Leis e nunca acasos! A evolução da Fé Cristã
percebe-se se fizer recuar o nascimento de Jesus um século. Todo o conhecimento
espiritual é ministrado pela mesma Hierarquia que vela pelos homens. Para se
atingir o nível de Jesus é necessário ter alcançado um grau de Conhecimento e
Perfeição pela circuncisão do coração, não dependências passionais, de desejos
e emoções que suscite a 2ª Iniciação no Caminho dos Mestres, chamada Baptismo.
Jesus e Cristo são dois Seres (de uma Grande Hierarquia) manifestados num só corpo. Essa é a opinião dos
Discípulos avançados dos Mestres. Cristo é um Deus muito elevado mesmo para um
Ser Perfeito que haja terminado a sua evolução humana e transcendido a Humanidade.
Cristo, e o seu Discípulo Jesus, como se deduz do Organigrama da Hierarquia de
Compaixão, dos Seres Perfeitos, são uma unidade inseparável. Mas os Discípulos
de Cristo são muitos e não apenas Jesus. Não quero perturbar o crente mas está
a falar de Deuses e não de homens.
Jesus e Cristo podem manifestar-se em todos os que forem
capazes de partilhar a Substância Crística nos seu corpos, sabendo que as três
almas – natural, humana e espiritual – que cada um de nós é, são constituídas
por “Substâncias” que evoluem. Deixem
o mundo dos homens comuns onde impera a desumanidade das Forças de Trevas!
Jesus e Cristo estão activos e vigilantes ao destino de cada Homo e solidários
com as nossas tristezas e alegrias. Eles estimulam-nos a escolher os caminhos
mais fáceis, menos punitivos. Dizem os seus Discípulos, que Cristo, Jesus e
outros de igual Poder, sempre viveram entre os homens, antes e depois de se
terem manifestado em público. Os Mestres continuaram a ser, ininterruptamente,
Mestres "palpáveis" para alguns, e a ideia de que não se pode saber a
Ciência Perfeita é um abominável orgulho humano. Pôr de lado a Sofia e ir
discutir Jesus e Apolónio, pessoas, é um meio de fugir ao Saber. De facto, só
Grandes Seres como Jesus e Apolónio podiam ser veículo de um Ser muito maior, a
quem chamaram Cristo e os Orientais conhecem com o nome de Maitreya. O próprio
Senhor Buddha falou d’Ele como o seu sucessor no cargo.
Devia repetir esta verdade muitas vezes porque todos os que
estão habituados ao coitadinho de mim, que tanto sofro, são aqueles que
mais recusam ver a Verdade e os maiores inimigos dela. Importante é ser em nós
a Ciência transmitida pelos Mestres, sejam Eles quem forem, porque a Ciência é
universal. Ao perseguirem Jesus por causa de Jesus, quando este lhe aparece sob
outra forma, ficam incapazes de assimilar a qualidade de vida que Jesus
representa, a Filosofia Divina que só Ele pode dar. Ao fazerem de Jesus um
ídolo, e da sua Sageza e Ciência, uma caricatura sem verdade, pecaram contra o
2º Mandamento. Ter fé não é acreditar sem conhecer e saber. Ter fé é confiar ou
colocar a sua vontade no saber derivado de um conhecimento exacto, que não é o dos
Cinco Sentidos.
Quanta alegria não deveriam sentir ao saberem que há uma
tradição diferente da que vos levaram a aceitar e que muda todo o significado
da Vida! Os homens não estão sós. Cristo habita em cada um e vive em cada um as
suas alegrias e tristezas. Para nos ajudar, Cristo utiliza um corpo físico
permanente na Terra, que é uma mera forma de Presença, diferente dos corpos
vulgares. A única separação entre nós e Cristo são as nossas imperfeições. A
dificuldade é estar perante um Sol que Cristo é – e não «arder»! O Senhor da
Compaixão nunca abandonou os homens, nunca deixou de ter um corpo físico
permanente e exerce uma ajuda constante a todos os que precisam, sobretudo se a
Ele se devotarem.
Os corpos do Senhor Cristo ou outro Mestre só na aparência
são humanos! Exposto o ensino sobre as Substâncias a que chamamos «almas», que
relacionam o Espírito e a Matéria compreendemos que ou Cristo vive nos Planos
Temporais (Mental, Astral e Físico) e tem corpos dessas Substâncias ou haveria
um vazio Espiritual e Divino. Os Mestres não têm corpos físicos porque querem;
é para Eles um sacrifício de Amor por nós e de fundamento de Lei. Lá no fundo
sabemos que não estamos desamparados e pedimos ajuda; se estivéssemos
abandonados, não havia coragem para viver. O mundo que descrevo nada tem a ver
com o vosso mundo. É mais lindo, harmonioso, digno, santo, do que o vosso! Se
pensarem Cristo como humano é Humano Perfeito, logo trans-humano; as
imperfeições são nossas. Cristo não peca e se andarem a «inventar» os pecados
de Cristo para se justificarem é uma ignomínia. A literatura da fome sensual e
de desejos é desonesta. Só por existir, mesma que não fosse lida é uma causa de
malefício.
O «apaixonado» não pensa sobre factos exactos, isento. Não
troque o Grande Peixe da Sabedoria, que é o Mestre, pelos peixes miúdos
da «informação». As vítimas dos seus humores criam a espiritualidade de
emoções, que aprisionam. O perigo começa quando se convencem que essa «sensação» é uma grande espiritualidade
e todos deviam ser como eles. Peço-vos que prestem atenção ao facto de dizer
factos aparentemente supérfluos, mas necessários para defenderem a História
real de Jesus e do Cristianismo; não exploro emoções escaldantes.
O Monte Líbano foi a área geográfica onde Jesus (Jesus e não
Cristo) centrou a Sua intervenção no Mundo durante a Era Devocional. Também os
Mestres necessitam de uma base física. Líbano do Lat. Libanios, uva que
cheira a incenso, e Libatio, libação, sacrifício, do Mestre que terminou
os sacrifícios religiosos animais, Libatus, a alma que emana da
Divindade, a alma Crística, do filho de Deus, em harmonia com a
alma do filho do Homo, as duas almas acima da alma natural.
Os étimos são Ciência oculta. O cientista espiritual
vê o significado oculto das palavras, como veículo de Sabedoria. A Comunidade
Essénia deve ter conservado o ensino de Jesus-Cristo até serem dispersos,
primeiro em 60 AC., e mais tarde, pela ocupação romana em 70 DC. Coincidiu com
a revolução popular cristã e foram obrigados a defenderem-se da intolerância
religiosa, pela via eficaz: o silêncio. Alguns destes Essénios refugiaram-se na
Síria e eram aí conhecidos por Ebionitas (os
Pobres). O texto de Damasco foi levado pelos Essénios Ebionitas para
essa região. Encontramo-los também no Egipto com o nome de Terapeutas. ([i])
A outra grande colónia de migrantes demandou a Ásia Menor.
Não há diferenças de doutrinas entre os Grandes Seres. É indiferente se o
Mestre se manifestou com determinado nome ou apenas utilizou os corpos de um
dos Seus Discípulos. E nem interessa resolver o diferendo porque o Discípulo e
o Mestre são uma unidade, e é frequente usarem o mesmo nome. Alguns trechos das
Epístolas de Paulo reproduzem linguagem dos Essénios da Síria, incluindo as
referências a Belial, Príncipe da Sombra,
oposto à Luz, citado no documento de Damasco. Belial não é o Mal mas o que
«desce».
Sem comentários:
Enviar um comentário