segunda-feira, 15 de março de 2021

O Homo trouxe à criação o Paradigma de todos os seres

Segundo o ensino da Filosofia Divina, que o Gén. reproduz em parte, o Homem do Gén. 1 é o último da Árvore; corresponde à teoria da recapitulação. No Gén. 2 o Homem é o primeiro da Árvore da Vida e que dá o paradigma da Era a todas as Espécies; corresponde à Neotenia.

Todas as Espécies foram apresentadas ao Homem para que ele as nomeasse, para que reconhecesse todas as Espécies como uma parte de si-mesmo. Ele pode nomeá-las porque todas elas vivem em si-mesmo. O factor antrópico, científico, diz: tudo indica que o Universo existe para o Homem poder evoluir e trazer com ele todas as Espécies à Evolução. O Anthropos é chamado, em Ciência Esotérica, Adam Kadmon, o Homem Celeste que não caiu em pecado, porque se mantém no nível Divino e não tem de descer na Matéria para Evoluir. Corresponde ao 3º Logos, da Trilogia Divina. Simboliza o Universo in abscondito.

O 1º Logos é a Luz do Mundo, o 2º e 3º Logos são as suas duas Sombras, ou seja, reflexões: raiz da Essência ou Qualidades; e a raiz da Existência ou Leis. Os teólogos ensinam a fixidez das espécies criadas no início dos tempos; interpretam mal os livros sagrados. Darwin contestou a doutrina igrejista: as Espécies não eram eternas e estão sempre a apresentar transformações. Para denunciar o erro, o materialismo inventou o Acaso, e negou um Télos, visível na mais ínfima coisa deste mundo: Em vez de direcção evolutiva e explicar essa direcção, criou uma ideia perigosa da Evolução.

Darwin tentou corrigir em um segundo livro, The Descent of Man. Foi tarde demais, quando os Materialistas já se tinham apoderado desses erros transformados em dogmas científicos, idênticos aos dogmas religiosos. Era possível retirar do Génesis directrizes que ajudam a compreender a verdadeira Antropogénese se as religiões antigas e as do Oriente tivessem sido estudadas. Sem conhecerem a verdadeira Evolução dos Mestres, os livros sagrados fecham-se. Quando compreenderem tudo em todas as tradições, então Sabem.

A tradição Aristotélica introduziu as quatro Atias, as quatro perguntas científicas que sempre fazemos. São quatro Passos da Manifestação, do modo como se manifestam os Seres, não são quatro perguntas ao acaso. Não significam o que pensam! Aristóteles retirou-a da tradição Esotérica, da Cabala, da Doutrina Secreta. Os Antigos sabiam e como hoje ignoram, não fazem as perguntas segundo a ordem algorítmica e descobrem Verdades já velhas. Ignoram o significado cósmico das quatro Atias, que presumo ser do Gr. Atia, causa. Elas são o modo como se constrói a casa de Deus que é o Homem (Gén. 28:15, 16), quando Deus se intitula a si-mesmo «o eu Sou» (Êxodo 3:14), uma concepção de Deus que nada tem a ver com o deus antropomórfico: “Eis que estou contigo e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra (reencarnação), porque não te deixarei até que hajas feito o que te tenho dito.”

No Gén. 12:1, completa-se: Lech Lecha (“vai-te a ti mesmo... para a terra que eu te mostrarei”) que é entendido assim: vai e encontra-te a ti mesmo para Ser aquilo que és. Na Cabala é a afirmação Bíblica: 1. Atziluth, nomeei; 2. Beriah, criei; 3. Yetzirah, formei; e 4. Asiah, gerei ou fiz, corresponde aos quatro tempos Bíblicos da Evolução, em quatro Planos distintos. Como se diz em Isaías 43:7:”A todos os que são chamados pelo meu nome, eu os criei para minha glória, eu os formei, sim eu os fiz.” Também não percebem que além de existirem Ciclos históricos de 300 anos eles têm uma sequência algorítmica.

Explica-se que a interpretação profética seja sempre tripla, são três Atias temporais. Quando uma reforma é anunciada usam o tempo das trinta tesouras como soma ou multiplicação de X, X, X. Em numeração romana: II (tesoura separada; V tesoura aberta, X tesoura total de Dez, a perfeita 10x10x10 em 3 Mundos). A Moira da Tesoura (Atropos) corta o fio para mudar de ciclo.

Os Ciclos das Tesouras relacionam-se com os Milénios importantes na Idade do Espírito Santo: 102 AC, 898, 1898, 2898... F. Pessoa põe o reaparecimento do Encoberto em 2198 (1898+300). Os Ciclos das Tesouras têm princípios e fins rigorosamente determinados e cada Ciclo relacionado com a Árvore da Vida tem Dez Tesouras. Por exemplo, os Yugas têm a base 432 mil, são no total X Tempos (ou Tesouras) em Quatro Yugas. 

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