quinta-feira, 15 de novembro de 2012

COSMOS E KOSMOS (2)

JOAQUIM DE FLORA VATICINOU O FIM DA 2ª IDADE CRISTÃ EM 1260
Um monge Cisterciense Joaquim de Fiore (Flore), falecido em 1202, na Idade Devocional profetizou que a 2ª Idade onde se encontrava terminaria em 1260. Nos parâmetros dos Ciclos, estavam no Ciclo Devocional e, efectivamente, o Ciclo da Ciência do 5º Raio seria semeado entre 1251-1328, mas as premissas do monge são falsas. Em termos de data está certo, corresponde ao período de Sementeira do 5º Raio, 1328, 1636 e ao tempo dos reis D. Diniz e D. João I, que iniciou uma Nova Dinastia para Governar por Ciência Divina, desde logo, pela Cura da Crise Soberana, 1383-1385, causada pelo rei D. Fernando e pela sua rainha divorciada e com vários amantes, muito destrutiva na defesa da Família que era a base da Educação Espiritual Portuguesa. O monge ambicionava a Paz na Terra e uma mudança radical de políticas devassas, anunciou o tempo “onde não haverá nem labor nem lamentações, mas repouso, ócio e abundância de paz.” A Ciência deu uma cultura de abundância.

Quando era jovem sonhava esse tempo onde iria fazer Ciência e trazer à Humanidade uma Cultura Científica que substituísse as crenças religiosas mal formuladas. Nunca se viveu com tantas coisas antes da Idade da Ciência, que a II Dinastia Humanista instalou. Não vi que o projecto apresentado era impossível: se há muitas coisas, necessidades artificiais, desejos de usufruir, ao beneficiar uns, cria a sede insaciável em que todos querem mais para terem a vida desbragada que nos vicia. Não vi a importância da Educação Espiritual Portuguesa. Aquilo que os monges diziam é irrealizável pelas falsas promessas políticas e monges só no Oriente Buddhista.

Desde Buddha o Caminho Espiritual começou a ser percorrido por uma metodologia científica chamada o Caminho dos Oito Passos, no 6º século Antes de Jesus-Cristo. Foram sistematizadas as Quatro Nobre Verdades sobre a Roda da Lei do Karma: 1. O Caminho é de Sofrimento; 2. Qual é a Origem; 3. Como pode ser Cessado; 4. O Caminho de Cessação. Começa aqui a Libertação da Mente da posse de coisas. Jesus biológico que nasceu em 102 AC no 4º Milénio de Kali Yuga, iniciado em 3102 AC era Essénio, curador, que punha em primeiro lugar a libertação da mente de todas as dependências, desejos da Alma Natural. O grupo do Mestre chamava-se dos Ebionitas, dos Pobres Espirituais, que é o significado de Ebionita: nada tinha de seu para estarem livres de entrarem num Caminho Espiritual aonde as «posses» levavam à escravidão pelas coisas terrenas.

O psicólogo E. Fromm mostrou que humanidade egoísta abusa da submissão não ao Divino mas aos bens materiais (ver Psicanálise da História, o Ciclo do 4º Raio, p. 187). A influência dos padres começa a ser rejeitada e a Humanidade é cada vez mais praticante das experiências místicas dos Monges. Destaco a influência do bispo Eckhart, coincidente com a rejeição do terror eclesiástico. Os Portugueses aderiram à experiências dos monges, dos grandes conventos formadas nessa época, foram, Templários, Cister, Avis, Bernardinos ligados à boas prática agrícola, etc. As Igrejas deram lugar à vida conventual e havia conventos para cada uma das necessidades sociais. Portugal é uma criação dos monges, dos conventos e a prática das Austeridades passaram a ser dominantes, até a Inquisição, 1536, pedida por D. João III que pelo medo iria dominar a vida religiosa. Houve uma necessidade de passar dos monges que consideravam a vida material como injusta e outros viram na ostentação do poder o modo de superar os défices materiais. Os da ostentação ganharam e nunca se encontrou um equilíbrio justo entre as duas opções de vida: espiritual e material. A História Integral deveria ter ajudado.

É interessante que Édouard Jeauneu, em Filosofia Medieval, Ed-70, pág. 60-6. Tivesse considerado uma Renascença em cada 300 Anos. Não é 300 anos sim 308, e essa Renascença são duas seguidas, Clássica e Romântica, de 77 anos cada uma. Ganhariam uma experiência sublime se fossem livres de estudar a História Integral dos Filhos-de-Deus. Fui dos últimos Portugueses a ser educado espiritualmente, capazes de um Caminho Espiritual, por terem sido educados segundo a tradição dos Monges de Buddha aos Essénios, aos Monges cavaleiros do Ciclo do 4º Raio, 712-1020, que passaram a viver em conventos no Ciclo seguinte do 6º Raio, 1020-1328. Apesar do século XII ter sido o de melhor qualidade de Vida no Ocidente, em 1232, o Papa Gregório IX criou o tribunal do Santo Ofício, que permitia torturar as pessoas até confessarem os supostos pecados de heresia. Pela tortura física de carrascos anti espirituais se impediu a Humanidade de ser humana. Os Portugueses foram condenados ao governo do rei D. Manuel I, que tomou conta do poder e ignorou as necessidades de um povo agora espalhado pelo mundo que passou a ser escravo dos esbirros da Inquisição e no ultramar de fazendeiros preocupados com lucro fácil. O rei D. Manuel I começou pelo primeiro genocídio dos Judeus: mandá-los vivos para a fogueira.

É importante saber que a descoberta da Imprensa foi usada pelos Judeus para editarem obras da sua cultura e logo foi substituída pelos criminosos que usaram a Inquisição para instituir a «caça às bruxas», publicando um livro que ensinava a tortura-las até confessarem. Foi esta terrível experiência que destruiu a religiosidade dos Portugueses. Temos de aceitar que a influência nociva da Igreja tem de ser reconhecida para não se repetir mas a Humanidade precisa de um Cristianismo renovado fiel à Ciência Espiritual ensinada por Cristo. Acima de tudo que não se deixe subornar pelos políticos que dominaram Portugal e atrasaram a Libertação do verdadeiro Cristianismo, agora ensinado por Ciência. O trauma religioso foi grande mas fui aceite num serviço hostil à política católica mas que preferiu e defendeu a enfermagem ensinada pelas freiras de qualidade superior à enfermagem não religiosa. Um director de Serviço dos Hospital civis foi ao serviço para ser esclarecido sobre uma doente. Chegou à porta e chamou: Oh! Enfermeira. O director estava lá e respondeu: no meu serviço só há senhoras enfermeiras e mandou-o sair. Havia reverência pela qualidade médica e Espiritual que praticavam. Viram por quê?

Humberto Álvares da Costa (Médico)

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