Os Mestres têm colocado os seus melhores discípulos na causa
da libertação das mulheres que é, primariamente, de desenvolvimento da mente
objectiva ou científica pelo despertar da nova Árvore da Vida, a Ascensional.
Resolver a situação da mulher (os Egos tomam alternadamente a forma masculina e
feminina), é o primeiro passo para o nascimento do Novo Homo.
No Mundo Temporal há formas de
almas masculinas e femininas, cada uma delas tem potencialidades próprias,
diferentes e sexuadas, além do corpo. A libertação vai fazer-se não por
imperativos feministas mas por duplicação em ambos os sexos de novos «poderes».
É o acesso à Tríade das Sabedorias que a liberta a mulher de dependências
humorais que determinam comportamentos compulsivos. A Presença de grandes
mulheres dos séc. XIX e XX gerou a Nova Mulher e muitas já dizem sinto-me muito
bem como mulher e não gostava de mudar. A libertação da mulher, nas últimas
décadas, não é apenas o resultado das sufragistas do fim do século passado, Não
foi dós a luta política, foi acima de tudo a educação e instrução para o desenvolvimento
da mente objectiva.
As novas estruturas raciais
criaram condições para o processo de libertação da escravatura emocional. Foram
activados centros importantes nos veículos das mulheres por alguns Seres
evoluídos que, pela primeira vez na História da Humanidade, foram iniciados
como mulheres, no Caminho que conduz à Hierarquia de Compaixão. No caso da
mulher, a Anamnese é mais complexa, sendo a «geradora de Deuses», ficou presa à
terra como Prometeu, tem uma componente sensual e emocional avassaladora que só
as grandes Mulheres conseguem superar.
O Temporal é o subjectivo:
emocional, sensual, instintivo. A «alma humana» é Espiritual, aquela com que
vivemos é temporal. As mulheres mais libertas são as oriundas da medicina,
física, matemática, biologia, etc. Só recentemente, com a entrada em
funcionamento de novos complexos evolutivos, em relação com a geração da 6ª
Raça Raiz, é possível fazer a equiparação da mulher ao Homo nos aspectos
espirituais, pelo maior acesso interior ao Eu Superior/Mestre e ao Poder
Espiritual. A diferença de estatuto vai desaparecer, com a eclosão de novas forças
planetárias, e a mulher tenderá a assumir a direcção nas áreas onde é privilegiada.
Não é um problema cultural é cósmico. Porém, lembrem-se da advertência Bíblica:
que coisa horrível é cair nas mãos do Deus Vivo Todo Poderoso. Este Deus
é o nosso Eu Superior, o que vai reger a 6ª Raça nascente. Quem faz”orelhas
moucas” a reconhecer-se a si mesmo, abre a porta à dor e a ser devorado pelo
mental inferior ou caucásico!
O maior contributo para a futura
redenção da Humanidade foi a transformação cósmica da mulher. Conseguiu-se um
amplo despertar das estruturas dos seus veículos, após o trabalho iniciático de
grandes mulheres e estão em condições de introduzir diferentes qualidades
espirituais, quando for suplantada a loucura hedonista, sexista, revanchista.
As mulheres são um pólo de esperança de redenção humana, se
deixarem de ser objecto de exploração sexual (parecer de um Mestre)! As
mulheres foram dotadas para trazer à manifestação forças femininas,
transformadoras do mundo. Foi ensinado que nos fins da 6ª Raça a gerar, a
reprodução sexuada cessa e os sexos não terão as diferenças de hoje. Face ao
exposto, num futuro próximo, entre as cinco vantagens concedidas pelo Karma aos
perfeitos, a última bênção que é assegurar o nascimento como Homo e nunca como
mulher, deixa de ser tão importante, embora os excessos emocionais esterilizem
centros espirituais que deviam eficientes. Aquilo que vou dizer reporta-se a um
tipo de mulher que há poucos anos, por falta de Cultura científica era um «poço
de sensualidade». Os cinco merecimentos concedidos aos mais evoluídos naquela
época, hoje ultrapassada, como vimos, eram os seguintes:
1.
Nunca mais renascer em situações de
desgraça;
2.
Não voltar a nascer em famílias pobres ou de
classe baixa;
3.
Ser bem constituído e sem defeitos físicos;
4.
Continuidade de consciência;
5. Nascer
sempre como homem e nunca como mulher.
O despertar da nova
mulher é uma questão séria, da qual depende o futuro da Humanidade e não pode
ser conduzida pelo materialismo sexista, onde o conflito da mente impera. Vai
aparecer um Novo Homem porque existe uma Nova Mulher, distinta da mulher do
passado e separada de hábitos culturais inadequados à nova realidade. A maioria
das mulheres, «encharcadas de emoções» inferiores, não é digna das suas Livres
precursoras espirituais. Vi muitas”espirituais” ficarem coléricas ao lerem relatos
dos Mestres, que assumem as fragilidades das mulheres e a incapacidade de serem
Mulheres como o Mestre esperaria que fossem. Este tipo de reacções mostra que
os”espirituais vaidosos”, incapazes de verem as questões de modo objectivo,
perdem a vida em futilidades, «adoleskheias», - a falsas imagens
e falsos gurus -, escolhendo sempre o aliciante, nunca a Verdade bem
fundamentada. A demagógica leitura da Libertação
do Homem, fez esquecer a mente animal e a mente divina do Homem. A primeira,
domina-se pelo temor; a segunda, expande-se pelo amor. Entre estes dois
extremos, o Homem tem de ser educado como Homem integral. Deus no Caminho
Descendente (Jehovah) é de temor e tremor (temor inclui o timor Latino);
Deus no Caminho Ascendente é de Compaixão, a diferença entre o Antigo e o Novo
Testamento; são Ev. para dois homens distintos. A análise dos comportamentos
religiosos deve ser ponderada. Não devemos destruir a Religião mas restaurar o
brilho original da sua Luz, que este livro, polémico mas verdadeiro, consagra.
A experiência
religiosa quanto mais perto estiver da letra dos textos mais errada está. O
mental, no estádio evolutivo comum, funde-se no emocional (termo recto
Kama-Manas, desejo-pensamento), a vida afectiva não dá respostas verdadeiras.
São exemplos desta condição, as doutrinas de Freud e Darwin, em voga no
pioneirismo da Ciência Moderna. Os investigadores, contaminados pelo Vírus Psicológico da Acrisia (do Gr. Akrisía, falta de discernimento por
apego ao mental inferior - passional, adoptaram doutrinas que excedem os factos
conhecidos e são falsas, são necessidades emocionais.
Lógion 49: Jesus disse: Felizes de vós os unificados
eleitos, porque encontrareis o Reino. Pois foi dele que viestes e a ele
regressareis de novo.” É aquilo a
que S. Paulo chama a «reconciliação». Ep. Rom. 5. Ele acrescenta que a reconciliação pela fé
é a do Espírito Santo, de Sofia, do conhecimento directo do real tal como ele
é, conhecimento Objectivo. É ver a Fé, Esperança e Caridade nos dois movimentos
da Evolução. A 3ª Lei da Ordenação correspondia na Antiguidade ao
Símbolo e Mito da Deusa Thetis, Tétis, do Grego Tithenai:
pôr em ordem, numerar, ordenar. Tethis foi a mãe da Deusa Afrodite ou
Vénus que no Mundo Temporal passa da Imagem Espiritual à criação, formação e
geração.
Patañjali (em 1:5, 6) diz: «os Conteúdos da mente são quíntuplos e dividem-se
em: penosos ou não-penosos. (Eles são) O conhecimento justo, conhecimento
falso, fantasia ou imaginação, sono e memória.» A Mente humana difere pela natureza dos conteúdos. No Yoga
mudam-se os conteúdos para reverter o sentido. Pela orientação da mente para o
interior, a Verdade e Poder que existe em cada um, e exerce uma atracção
constante, é anulada por uma força contrária, de identificação com a matéria,
chamada Avidyâ, a ignorância de
si-mesmo. (Ver Cap. V)
Os Nove Obstáculos da Mente, de Patañjali, deviam ser a
cartilha do Terapeuta que procura tratar a mente «materialista», densa com
pouca luz:
I.
Doença. Para a
mente se manifestar necessita de veículos, físicos e supra-físicos, com
estruturas adequadas; se os corpos estiverem lesados ou adulterados a mente
fica bloqueada, incapaz de revelar o Ser que a habita. As causas inconscientes
(“recalques”) eram aqui incluídas.
II.
Fraqueza. Advém de
uma impotência por subdesenvolvimento das nossas capacidades. Elas estão lá
para serem desenvolvidas, todavia, só a «disciplina» ou exercício as revela.
Sem método nunca alcançaremos.
III. Dúvida. A incapacidade de decisão resulta de uma falta de elementos. É
uma consequência dos dois itens anteriores.
IV. Negligência. Má sistematização. Impossibilidade de
previsão de todos as vertentes. Falência de uma ou várias funções da mente.
V.
Preguiça.
Incapacidade de realizar operações por falta de talentos (capacidades) e disciplina.
A mente é fraca, se é forte ilude-se sempre.
VI. Superficialidade. Voltado
para as causas exteriores; ignorância desejada das causas interiores, as mais
importantes, porque as causas são interiores os efeitos são exteriores.
VII. Erro. Como a verdade faz parte da nossa
natureza o erro é sempre originado por bloqueios ou repressões na nossa mente.
A Verdade e imaginação é parte da nossa natureza; um conhecimento
erróneo resulta de desajustamento entre o real e a capacidade dos nossos
veículos em o interpretarem, ou de uma confrontação entre dois opostos
desintegrados. A fantasia é uma
criação falsa sem relação directa com o real. ([i])
VIII. Não realização. A vida tem
objectivos evolutivos. Se os falharmos somos invadidos por impotência a qual
enfraquece todas as nossas capacidades. Há um «esgotamento» energético e impotência
do falhado.
IX. Instabilidade. Resulta da convergência de um, vários,
ou todos, os itens considerados.
Nem imaginam como a prática diária da meditação pode
resolver os Nove Obstáculos da Mente. Assim como existem vírus
biológicos que manipulam as estruturas celulares outras formas vivas atacam os
corpos da alma natural; são Vírus
Psíquicos (formas-pensamento vivas) que produzem um tipo específico de
alterações da mente, com capacidade proliferativa e de transmissão ou contágio
de uns para outros. Para o estudante dos Mestres são formas-pensamento
sujeitas à luta pela sobrevivência
dos mais aptos. Não digam que agora foi descoberto, sei isso desde a minha
juventude e as vossas arrogâncias de que agora é que a Verdade é conhecida
deve-se à vossa censura como inquisidores. É o problema das más companhias e da
necessidade de isolamento quando se procura evoluir espiritualmente, ser
Nazareu ou Nazareno tem aqui a sua origem. A prática eremítica e vegetariana equivalente
às salas assépticas dos hospitais para alcançar o «vazio da mente, de Eckhart»
para ser Plenitude.
O Imperador Justiniano perseguiu a doutrina da Preexistência
ou da Reencarnação, por ele abolida, sob pena de morte de quem a defendesse ou guardasse
documentação onde estivesse incluído esse ensino. Justiniano pôs em decreto uma
diatribe anti-científica para agradar aos sensuais e afectivos! A desproporção
das penas que Justiniano aplicou mostra que não era racional mas patologia da
mente! Há uma Psicologia da Religião-Ciência, por conhecer. No Universo está em movimento e percorre
órbitas. O Homo é igual a qualquer planeta, percorre órbitas de vida temporal à
volta do seu Sol, o Eu Superior. Chama-se reencarnação, renascimento,
ressurreição, transmigração, etc., porque a mente distorcida pela religião e
ciência impede de ver a renovação cíclica da Natureza, decorrente da doutrina
da Evolução, conhecida pela maioria dos povos, mesmo os das culturas
primitivas. Antes de ter evidências sobre a Reencarnação temos obrigação de
pensar que à Luz da Evolução era irracional a falta de progressão através de
formas cada vez mais complexas e perfeitas. Seria irracional não haver
evidências do complemento da Evolução científica e desprezar o conceito, que tanta
falta faz, por causa das ideologias! Contestar as evidências de Reencarnação é
rejeitar a Evolução.
A Lei Tithenai, a Lei da Ordenação, corresponde a Buddhi-Manas,
a chamada alma humana no Mundo Espiritual. Nesse sentido, o Homo aparece
como o Ordenador de todas as coisas e criaturas para que evoluam. É uma grande
responsabilidade. Façam este raciocínio: as seis primeiras causas são por falta
de Poder, de Ânimo; as três últimas causas são os efeitos das más substâncias:
Verdade (Erro); boa realização (Ética) justificam que é pela Ciência, pela
mente científica, que o sofrimento, a libertação dos «pecados» e a paz na
Terra. O que lava o Karma é a Sabedoria de Ciência e Ética, por isso elas são a
Paidéia.
[i] Portugal Teosófico, N.º 86, 2002, artigo
sobre Imaginação. Entende-se ‘imaginação’ no sentido de conhecimento das
“reminiscências” reflectidas nos Planos inferiores.
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