sexta-feira, 10 de julho de 2020

Mudanças Estruturais da Mulher, aumentam o Poder do Homo


Os Mestres têm colocado os seus melhores discípulos na causa da libertação das mulheres que é, primariamente, de desenvolvimento da mente objectiva ou científica pelo despertar da nova Árvore da Vida, a Ascensional. Resolver a situação da mulher (os Egos tomam alternadamente a forma masculina e feminina), é o primeiro passo para o nascimento do Novo Homo.
No Mundo Temporal há formas de almas masculinas e femininas, cada uma delas tem potencialidades próprias, diferentes e sexuadas, além do corpo. A libertação vai fazer-se não por imperativos feministas mas por duplicação em ambos os sexos de novos «poderes». É o acesso à Tríade das Sabedorias que a liberta a mulher de dependências humorais que determinam comportamentos compulsivos. A Presença de grandes mulheres dos séc. XIX e XX gerou a Nova Mulher e muitas já dizem sinto-me muito bem como mulher e não gostava de mudar. A libertação da mulher, nas últimas décadas, não é apenas o resultado das sufragistas do fim do século passado, Não foi dós a luta política, foi acima de tudo a educação e instrução para o desenvolvimento da mente objectiva.
As novas estruturas raciais criaram condições para o processo de libertação da escravatura emocional. Foram activados centros importantes nos veículos das mulheres por alguns Seres evoluídos que, pela primeira vez na História da Humanidade, foram iniciados como mulheres, no Caminho que conduz à Hierarquia de Compaixão. No caso da mulher, a Anamnese é mais complexa, sendo a «geradora de Deuses», ficou presa à terra como Prometeu, tem uma componente sensual e emocional avassaladora que só as grandes Mulheres conseguem superar.
O Temporal é o subjectivo: emocional, sensual, instintivo. A «alma humana» é Espiritual, aquela com que vivemos é temporal. As mulheres mais libertas são as oriundas da medicina, física, matemática, biologia, etc. Só recentemente, com a entrada em funcionamento de novos complexos evolutivos, em relação com a geração da 6ª Raça Raiz, é possível fazer a equiparação da mulher ao Homo nos aspectos espirituais, pelo maior acesso interior ao Eu Superior/Mestre e ao Poder Espiritual. A diferença de estatuto vai desaparecer, com a eclosão de novas forças planetárias, e a mulher tenderá a assumir a direcção nas áreas onde é privilegiada. Não é um problema cultural é cósmico. Porém, lembrem-se da advertência Bíblica: que coisa horrível é cair nas mãos do Deus Vivo Todo Poderoso. Este Deus é o nosso Eu Superior, o que vai reger a 6ª Raça nascente. Quem faz”orelhas moucas” a reconhecer-se a si mesmo, abre a porta à dor e a ser devorado pelo mental inferior ou caucásico!
O maior contributo para a futura redenção da Humanidade foi a transformação cósmica da mulher. Conseguiu-se um amplo despertar das estruturas dos seus veículos, após o trabalho iniciático de grandes mulheres e estão em condições de introduzir diferentes qualidades espirituais, quando for suplantada a loucura hedonista, sexista, revanchista.
As mulheres são um pólo de esperança de redenção humana, se deixarem de ser objecto de exploração sexual (parecer de um Mestre)! As mulheres foram dotadas para trazer à manifestação forças femininas, transformadoras do mundo. Foi ensinado que nos fins da 6ª Raça a gerar, a reprodução sexuada cessa e os sexos não terão as diferenças de hoje. Face ao exposto, num futuro próximo, entre as cinco vantagens concedidas pelo Karma aos perfeitos, a última bênção que é assegurar o nascimento como Homo e nunca como mulher, deixa de ser tão importante, embora os excessos emocionais esterilizem centros espirituais que deviam eficientes. Aquilo que vou dizer reporta-se a um tipo de mulher que há poucos anos, por falta de Cultura científica era um «poço de sensualidade». Os cinco merecimentos concedidos aos mais evoluídos naquela época, hoje ultrapassada, como vimos, eram os seguintes:

1.      Nunca mais renascer em situações de desgraça;
2.      Não voltar a nascer em famílias pobres ou de classe baixa;
3.      Ser bem constituído e sem defeitos físicos;
4.      Continuidade de consciência;
5.      Nascer sempre como homem e nunca como mulher.
O despertar da nova mulher é uma questão séria, da qual depende o futuro da Humanidade e não pode ser conduzida pelo materialismo sexista, onde o conflito da mente impera. Vai aparecer um Novo Homem porque existe uma Nova Mulher, distinta da mulher do passado e separada de hábitos culturais inadequados à nova realidade. A maioria das mulheres, «encharcadas de emoções» inferiores, não é digna das suas Livres precursoras espirituais. Vi muitas”espirituais” ficarem coléricas ao lerem relatos dos Mestres, que assumem as fragilidades das mulheres e a incapacidade de serem Mulheres como o Mestre esperaria que fossem. Este tipo de reacções mostra que os”espirituais vaidosos”, incapazes de verem as questões de modo objectivo, perdem a vida em futilidades, «adoleskheias», - a falsas imagens e falsos gurus -, escolhendo sempre o aliciante, nunca a Verdade bem fundamentada. A demagógica leitura da Libertação do Homem, fez esquecer a mente animal e a mente divina do Homem. A primeira, domina-se pelo temor; a segunda, expande-se pelo amor. Entre estes dois extremos, o Homem tem de ser educado como Homem integral. Deus no Caminho Descendente (Jehovah) é de temor e tremor (temor inclui o timor Latino); Deus no Caminho Ascendente é de Compaixão, a diferença entre o Antigo e o Novo Testamento; são Ev. para dois homens distintos. A análise dos comportamentos religiosos deve ser ponderada. Não devemos destruir a Religião mas restaurar o brilho original da sua Luz, que este livro, polémico mas verdadeiro, consagra.
A experiência religiosa quanto mais perto estiver da letra dos textos mais errada está. O mental, no estádio evolutivo comum, funde-se no emocional (termo recto Kama-Manas, desejo-pensamento), a vida afectiva não dá respostas verdadeiras. São exemplos desta condição, as doutrinas de Freud e Darwin, em voga no pioneirismo da Ciência Moderna. Os investigadores, contaminados pelo Vírus Psicológico da Acrisia (do Gr. Akrisía, falta de discernimento por apego ao mental inferior - passional, adoptaram doutrinas que excedem os factos conhecidos e são falsas, são necessidades emocionais.
Lógion 49: Jesus disse: Felizes de vós os unificados eleitos, porque encontrareis o Reino. Pois foi dele que viestes e a ele regressareis de novo.” É aquilo a que S. Paulo chama a «reconciliação». Ep. Rom. 5. Ele acrescenta que a reconciliação pela fé é a do Espírito Santo, de Sofia, do conhecimento directo do real tal como ele é, conhecimento Objectivo. É ver a Fé, Esperança e Caridade nos dois movimentos da Evolução. A 3ª Lei da Ordenação correspondia na Antiguidade ao Símbolo e Mito da Deusa Thetis, Tétis, do Grego Tithenai: pôr em ordem, numerar, ordenar. Tethis foi a mãe da Deusa Afrodite ou Vénus que no Mundo Temporal passa da Imagem Espiritual à criação, formação e geração.
Patañjali (em 1:5, 6) diz: «os Conteúdos da mente são quíntuplos e dividem-se em: penosos ou não-penosos. (Eles são) O conhecimento justo, conhecimento falso, fantasia ou imaginação, sono e memória.» A Mente humana difere pela natureza dos conteúdos. No Yoga mudam-se os conteúdos para reverter o sentido. Pela orientação da mente para o interior, a Verdade e Poder que existe em cada um, e exerce uma atracção constante, é anulada por uma força contrária, de identificação com a matéria, chamada Avidyâ, a ignorância de si-mesmo. (Ver Cap. V)
Os Nove Obstáculos da Mente, de Patañjali, deviam ser a cartilha do Terapeuta que procura tratar a mente «materialista», densa com pouca luz:
I.          Doença. Para a mente se manifestar necessita de veículos, físicos e supra-físicos, com estruturas adequadas; se os corpos estiverem lesados ou adulterados a mente fica bloqueada, incapaz de revelar o Ser que a habita. As causas inconscientes (“recalques”) eram aqui incluídas.
II.         Fraqueza. Advém de uma impotência por subdesenvolvimento das nossas capacidades. Elas estão lá para serem desenvolvidas, todavia, só a «disciplina» ou exercício as revela. Sem método nunca alcançaremos.
III.       Dúvida. A incapacidade de decisão resulta de uma falta de elementos. É uma consequência dos dois itens anteriores.
IV.       Negligência. Má sistematização. Impossibilidade de previsão de todos as vertentes. Falência de uma ou várias funções da mente.
V.        Preguiça. Incapacidade de realizar operações por falta de talentos (capacidades) e disciplina. A mente é fraca, se é forte ilude-se sempre.
VI.       Superficialidade. Voltado para as causas exteriores; ignorância desejada das causas interiores, as mais importantes, porque as causas são interiores os efeitos são exteriores.
VII.     Erro. Como a verdade faz parte da nossa natureza o erro é sempre originado por bloqueios ou repressões na nossa mente. A Verdade e imaginação  é parte da nossa natureza; um conhecimento erróneo resulta de desajustamento entre o real e a capacidade dos nossos veículos em o interpretarem, ou de uma confrontação entre dois opostos desintegrados. A fantasia é uma criação falsa sem relação directa com o real. ([i])
VIII.    Não realização. A vida tem objectivos evolutivos. Se os falharmos somos invadidos por impotência a qual enfraquece todas as nossas capacidades. Há um «esgotamento» energético e impotência do falhado.
IX.       Instabilidade. Resulta da convergência de um, vários, ou todos, os itens considerados.
Nem imaginam como a prática diária da meditação pode resolver os Nove Obstáculos da Mente. Assim como existem vírus biológicos que manipulam as estruturas celulares outras formas vivas atacam os corpos da alma natural; são Vírus Psíquicos (formas-pensamento vivas) que produzem um tipo específico de alterações da mente, com capacidade proliferativa e de transmissão ou contágio de uns para outros. Para o estudante dos Mestres são formas-pensamento sujeitas à luta pela sobrevivência dos mais aptos. Não digam que agora foi descoberto, sei isso desde a minha juventude e as vossas arrogâncias de que agora é que a Verdade é conhecida deve-se à vossa censura como inquisidores. É o problema das más companhias e da necessidade de isolamento quando se procura evoluir espiritualmente, ser Nazareu ou Nazareno tem aqui a sua origem. A prática eremítica e vegetariana equivalente às salas assépticas dos hospitais para alcançar o «vazio da mente, de Eckhart» para ser Plenitude.
O Imperador Justiniano perseguiu a doutrina da Preexistência ou da Reencarnação, por ele abolida, sob pena de morte de quem a defendesse ou guardasse documentação onde estivesse incluído esse ensino. Justiniano pôs em decreto uma diatribe anti-científica para agradar aos sensuais e afectivos! A desproporção das penas que Justiniano aplicou mostra que não era racional mas patologia da mente! Há uma Psicologia da Religião-Ciência, por conhecer. No Universo está em movimento e percorre órbitas. O Homo é igual a qualquer planeta, percorre órbitas de vida temporal à volta do seu Sol, o Eu Superior. Chama-se reencarnação, renascimento, ressurreição, transmigração, etc., porque a mente distorcida pela religião e ciência impede de ver a renovação cíclica da Natureza, decorrente da doutrina da Evolução, conhecida pela maioria dos povos, mesmo os das culturas primitivas. Antes de ter evidências sobre a Reencarnação temos obrigação de pensar que à Luz da Evolução era irracional a falta de progressão através de formas cada vez mais complexas e perfeitas. Seria irracional não haver evidências do complemento da Evolução científica e desprezar o conceito, que tanta falta faz, por causa das ideologias! Contestar as evidências de Reencarnação é rejeitar a Evolução.
A Lei Tithenai, a Lei da Ordenação, corresponde a Buddhi-Manas, a chamada alma humana no Mundo Espiritual. Nesse sentido, o Homo aparece como o Ordenador de todas as coisas e criaturas para que evoluam. É uma grande responsabilidade. Façam este raciocínio: as seis primeiras causas são por falta de Poder, de Ânimo; as três últimas causas são os efeitos das más substâncias: Verdade (Erro); boa realização (Ética) justificam que é pela Ciência, pela mente científica, que o sofrimento, a libertação dos «pecados» e a paz na Terra. O que lava o Karma é a Sabedoria de Ciência e Ética, por isso elas são a Paidéia.


[i]      Portugal Teosófico, N.º 86, 2002, artigo sobre Imaginação. Entende-se ‘imaginação’ no sentido de conhecimento das “reminiscências” reflectidas nos Planos inferiores.

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