Retomo Avidyâ, que
é mais do que ignorância ou ilusão. Não se anula Avidyâ com mais saber, todavia, com uma nova Personalidade que
funcione não de baixo para cima, dos instintos para as paixões e mental, mas ao
contrário, do Eu Superior para a Personalidade.
É a partir do Eu
Superior/Mestre que podemos modificar a condição humana. Este mecanismo nunca é
considerado, mesmo por quem anseia por melhores dias. Trata-se de “progressão” na própria mente que
inverte o sentido do seu funcionamento ancestral: substituir a força exterior
ou temporal, a criada através dos corpos inferiores, pela interior espiritual
do Eu Superior.
Todos os grandes Instrutores
religiosos fizeram análises depreciativas da mulher: Moisés, que também era um Nazar,
um Iniciado, específica a mulher como tentadora e nos seus mandamentos inclui a
mulher entre as coisas do próximo (o
7º e 10º Mandamentos são a mais subtil definição de mulher-coisa), a
única que não deve ser cobiçada, por causa da sua fragilidade evolutiva pós diluviana.
O Senhor Buddha disse que não tocaria uma mulher nem com um dedo do pé (porque
carregadas de materialidade as considerava imundas). Shankaracharya advertiu os
humanos que aproveitassem as vidas masculinas para progredirem no Caminho da
Espiritualidade porque, como mulheres, não teriam hipótese.
Cristo garantiu que as mulheres
não entravam no Reino dos céus, se não se transformassem em homens (Ev. de
Tomé). S. Paulo acentuou a posição subalterna das mulheres, e obrigou-as a usar
véu no templo, cabelos compridos, e sujeita-as
aos maridos, uma tese que faria espumar de raiva algumas feministas menos
esclarecidas. Estes factos devem ser vistos para se operar a transformação urgente!
Ninguém sensato põe em causa a Compaixão destes Seres. Foram injustos para a
mulher? Alienados pela cultura vigente? Psiquicamente perturbados? Fazedores de
ódio e injustiça? Os alienados da nossa cultura pensam isso e atribuem a
menoridade das mulheres a causas culturais, mantidas pelas religiões, e acusam
os Mestres de nada terem feito. Se estivesse na mão dos Mestres, certamente
teriam agido. Eles sempre disseram que na Idade do Espírito Santo, da Ciência,
da Mulher, tudo se resolveria porque é necessário instituir uma Nova Cultura
que é outra Cultura e outro Homo.
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