sexta-feira, 31 de julho de 2020

DEZ MANDAMENTOS. TRÊS PILARES DA ÁRVORE DA VIDA


Os X Mandamentos caracterizam-se por Oito Nãos e dois Sins: Guardar o Sabbath (4º Mandamento); e Honrar Pai e Mãe (5º Mandamento), relacionado com a preservação e transmissão das Três Sabedorias Divinas. Os dois Sins ou duas Mãos (A. da Vida como corpo humano), Asas protectoras dos Anjos são: viver como morada de Deus (Sabbath) e Honrar os Pais Divinos, sendo pais analógicos. O 1º Mandamento – não terás outros deuses... é igual ao Pai Nosso que estais nos céus, à Contemplação do Eterno do Senhor Buddha, à Libertação de Shankârâchârya do Jñâna Yoga, ao Amor Divino, etc. Ao comparar os Dez Mandamentos, Pai Nosso, Caminho dos Oito Passos, Jñâna Yoga de Shankârâchârya vê.
Na primeira fase, predominam na mente as forças do temor e tremor de Deus, resultantes do mergulhar no mental e na matéria; e, numa segunda fase, emergem as forças de libertação, do amor e compaixão. Antes de terminar o ciclo de confinamento no mental e na matéria, não é possível inverter o processo. Para os que descem foram dados os Dez Mandamentos. Gén. 3:24, descreve a força de Queda na Matéria. Outra perspectiva é a complementaridade das colunas laterais: Não fazer imagens pessoais, para si ou para o grupo, não dar uma representação diferente da imagem Divina, porque isso determina a separatividade e impede a Ascensão para o Divino, que é o objectivo último da Evolução. Ser educado para o Desígnio Divino, para Deus Nosso Senhor, o Eu Superior, é estabelecer a união entre os dois mundos do Homem Evolutivo que nos livra do erro da separatividade. No outro pólo – não invocar o Santo Nome de Deus é não usar o poder da Qualidade Divina, excepto, para aquilo que ele é, a instituição do Bem na Terra.
No nível seguinte da A. da Vida, Guardar o Sabbath é compreender que os seis Reino da Natureza abaixo do Homem são destinados à formação do Eu individual e por isso todo o esforço é dirigido à Individualização. Porém, no Homem, completada a sua formação (cujo equilíbrio foi alcançado na 5ª Raça, a Ariana, que completou o desenvolvimento dos cinco sentidos, um por cada Raça), é o Dia do Repouso do Senhor que é não trabalhar para a Individualização mas para a Unidade Divina e toda a acção deixa de ser volição individual (de desejos e afectos, emoções) e passa a ser a Vontade Divina que em nós habita, a Centelha Divina. Honrar Pai e Mãe é uma relação com os Pais Divinos, os Aspectos Consciência e Matéria, que deviam ser reflectidos pelos pais biológicos.
A falta de honra em relação aos Pais, que o Ocidental perdeu e a Psicologia agravou com a história dos complexos de Édipo deram mau resultado. Não porque isso não exista no inconsciente, como Freud verificou, mas porque é uma regressão ao animal, uma degradação do ser humano. Em questões tão fundamentais para a Vida, é necessário ser muito cuidadoso na forma de colocar os problemas! Guardar o Sabbath é o mesmo que preservar o espelho de Afrodite, isto é reflectir o superior no inferior pois - assim como é em cima é em baixo e o contrário.
No Mundo Temporal, o 3º nível, o binómio não adultério e não roubo, significa não colocar o outro em situação de aumento de desejos, prisão à sensualidade do eu inferior, nem mutilar as suas capacidades evolutivas, as serpentes de conhecimento, dando-lhe «falsas imagens». Os complexos evolutivos despertam quando se atinge o seu Ponto Crítico. A analogia é os estados da matéria, pois de substâncias se trata: o abaixamento da temperatura só transforma água líquida em gelo sólido quando se alcança o ponto crítico de congelação; e só passa de líquido a vapor quando a temperatura sobe ao ponto crítico de ebulição. Assim é o despertar do 6º Homo racial na definição da Religião-Ciência. Se puder alcançar o patamar racial prosseguirá a Evolução, se não alcançar... é uma grande desgraça individual, com elevados custos colectivos.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Libertação pela «Presença» do Eu Superior ou Espiritual


A Árvore da Vida, acima, vejam-na como um Homem, de costas. Acima da cabeça ficam os Três Poderes Divinos (branco). As Sete Leis da Evolução (cinzento) representam o Divino, cabeça (não representado); o Espiritual, tórax, coração; e o abaixo do diafragma, o Temporal. A Árvore da Vida é um ponto de referência a que constantemente temos de voltar. Esta Árvore da Vida é a base de referência do ensino religioso: ([1])
Para ter o controlo da descida, os Mestres disseram: nunca façam os «Oito nãos» da Queda, não ultrapassassem o limite da Lei. Os únicos Mandamentos que são afirmativos (sem não), são as duas Leis das duas Colunas do Mundo Espiritual, porque o objectivo do Homem é afirmar a sua identidade espiritual. Para se poder Honrar Pai e Mãe (tradição de Sabedoria) e Guardar o Sabbath (o Repouso, ser morada Divina), que são as duas almas espirituais, é preciso libertar-nos de todas as outras prisões. A avidez da sensualidade é substituída pela Avidez do divino; assim se atinge Vidya: o Conhecimento Supremo. Há uma dificuldade, a espada do Querubim impede-o de voltar atrás, há um sentido obrigatório.
E havendo lançado fora o Homem, pôs Querubins ao oriente do Jardim do Éden, e uma espada flamejante que girava em círculos, para guardar o Caminho da Árvore da Vida. Na Mente Humana há duas tremendas forças opostas: a de Materialização que determina a Queda na Matéria; e a de Libertação que, embora esteja presente, se manifesta quando a força anterior é invertida.
A epopeia da Queda de Adão-Eva é o Homem ter de esgotar a energia da Queda na Matéria; mudar esse vórtice de energia representada pela espada flamejante que andava em círculos e iniciar o Caminho de Retorno: libertar-se ao tomar nas próprias mãos a espada dos Querubins, que equivale a ser a Lei da Graça, que nos Liberta. Nos X Mandamentos há uma preocupação em dirigir o Homem para a matéria, todavia, com o limite (Kármico) de não lesar a experiência dos outros. A Árvore da Vida é Três Princípios e Sete Leis. Ver (a Árvore da Vida como Mandamentos.



[1] A disposição da Árvore da Vida, vista de costas, em três colunas, ou três árvores, foi enunciada em nota de rodapé anterior, a propósito das Três Árvores do Paraíso. Há diferença entre os Sephiroth a branco e a cinzento: a trilogia branca são Imanações, correspondem às Três Proposições Fundamentais; o Septenário cinzento, Emanações, as Sete Leis Divinas. Os Três Pares de Sephiroth definem três horizontais, da Fé, Esperança e Caridade.. Na vertical há quatro Sephiroth e a Esfera invisível que é um Quinto Império do Homo, o Seja feita a Vossa Vontade. O Desígnio do Homo é deixar de evoluir nos Sete Reinos fora de si e fazer subir a Sephira X, o Reino: revelar em si o Átmico, Daath, a esfera invisível indefinida. É o Caminho do Graal, que tem uma representação invisível na Coluna do meio, depois das Três Supremas. Foi aqui aplicada aos Mandamentos mas se souberem justificar o Pai Nosso, os Oito Passos de Buddha, os Nove Passos do Yoga de Sabedoria, etc., ficam aptos a re conhecer as qualidades de cada Sephira, as Leis.

sábado, 25 de julho de 2020

Tempo Antes e Depois de Buddha. Despertar Espiritual por Ciência


Podemos dizer que a data da Iluminação do Senhor Buddha representa para a humanidade uma mudança cósmica na Evolução, ao ser possível inverter o Caminho de Queda na Matéria para o Caminho de Ascensão. O Senhor Buddha ao Iluminar a Humanidade mudou a própria Evolução para que a salvação dos homens fosse mais fácil. Aqueles que teriam preferido um calendário em que o ano 2 000 correspondesse a 2 544 B. E., “Buddha Enligthment”, têm razões para o fazer, porque a partir desse dia a humanidade é cada vez mais capaz, por si mesma, de percorrer o, ainda longo, Caminho de Libertação. ([i])
O Caminho de Oito Passos de Libertação do Senhor Buddha foi aprimorado mais tarde,  

no Jñâna Yoga, em um Caminho de Nove Passos, por Shankârâchârya (um Ser de Vénus, Kumara, vindo no Cretáceo). O Passo acrescentado representa a demanda do Graal que é aceitar que vosso é o Reino, o Poder e a Glória para todo o sempre, que neste método de despertar é apresentado como Resignação ao Divino ou Contentamento – revelar a alegria imutável que é a presença do Divino no Homo. Na Estátua da Liberdade é subir dos Pés à Coroa.
De um modo crescente haverá a aproximação das culturas e das religiões convergindo todas para a Religião-Ciência do Templo de Deus no Homo. Com o despertar das novas qualidades do Homo, as diferenças radicais entre culturas evoluem para a Verdade que a todas transcende e daí resultará uma grande tolerância que é a comunhão da Verdade. Naturalmente, estando todas as religiões voltadas para a Verdade, elas preservarão aquilo que as torna uma jóia de Sabedoria, a sua Beleza e formulação própria, mas terão em comum as Leis Divinas: Evolução; Karma; Ciclos ou Reencarnação; Harmonia polar ou subordinação do inferior ao superior espiritual; um vivido da Inteligência com que todas as coisas são ordenadas; o modo como o Espiritual se reflecte no Temporal; e o vivido da Unidade da Vida com respostas cada vez mais fortes às injustiças sociais, exploração dos seres abaixo do Homo, cuidados com o meio ambiente, etc., numa perspectiva de vida comum e de comunhão. Por agora, há uma reacção sentimental, dos que vivem para emoções com forte carga sensual ou que exploram a sensualidade que é ainda o núcleo duro da humanidade. Para compreenderem o modo como a violência e o medo tornam o Homo mais mortal pelo desencadeamento dos mecanismos defensivos de recalques, descrevo a sistematização dos Psiquiatras:

Repressão é o mecanismo mental activo mas inconsciente, através do qual as ideias ou impulsos inaceitáveis para a consciência são suprimidos por ela e impedidos de entrar no estado consciente. Se a colectividade é compensada por mecanismos defensivos, reprime certos conhecimentos inatos, exemplo, a Reencarnação, geram-se patologias psicossociais de vários tipos:
Amnésia - perda da memória de uma experiência.
Negação - hostilidade contra quem aflore o problema.
Sofismar e argumentar - sobre dados incompletos de modo a encontrar justificações contrárias à realidade, como é o caso alguns aspectos, de natureza psicológica e não científica, da doutrina Darwinista da Evolução. Muita gente vem para instituições de ensino de Sofia não para estudar mas para emitir as suas opiniões sobre as quais tem nula experiência.
Dissociação - homens inteligentes conhecedores das insuficiências e impossibilidades do ensino Cristão oficial, assumem-se como católicos praticantes e reivindicam uma superioridade.
Retorno à mãe - procura de um estado primordial, equivalente a um retorno ao útero, uma patologia muito destrutiva, onde a vida instintiva egoísta pode ser assumida sem oposição da consciência moral. Muitos psicopatas criminosos caem neste grupo. Em alguns casos, o retorno a um tempo primordial pode manifestar-se por um retorno à Igreja; não porque se concorde com a sua mensagem mas porque representa uma regressão ao útero, à infância. Não esqueça o símbolo «Deus pôs os Querubins com espadas rodopiantes que desfazem quem fizer isso.
Síndromas involutivas - nas sociedades doentes a homogeneidade social é cada vez mais atingida em níveis mais baixos. Tende para regredir a sociedades arcaicas ou a comportamentos colectivos animais. Por exemplo, o Homem filho do macaco. Assumir os instintos sexuais na sua máxima animalidade. Sujar o ambiente porque lhes é intolerável a ordem e a limpeza. Usar linguagem de grupos marginais. Poderia citar um enorme conjunto de síndromas subsidiárias de Fenómenos Regressivos, propagadas nas sociedades do Ocidente, debilitadas por uma crise de valores. Entre os Fenómenos Regressivos estão os gestos de submissão ao chefe, ritual dos actos de submissão, como fazem os lobos, macacos, etc., em relação ao animal mais forte. São estudados na Etologia. Mas o Homem não é um animal! Porém, é verdade que cada um acaba por ser o que acredita.

O recalque reporta-se à repressão sexual, mas pode ser encontrada em várias áreas. A repressão é parte dos mecanismos de defesa: estratagemas psicológicos que defendem a Personalidade de um conflito entre o Eu Superior, a consciência moral e os impulsos instintivos. ([ii]) Dei importância aos mecanismos defensivos dos recalques, porque não podemos inventar explicações. Se sabem que existe um inconsciente colectivo com os seus conflitos, que mudam a capacidade de ser Verdadeiro, têm de os admitir. Não há mente objectiva, sem a cultivarem primeiro. Investigar por métodos exactos não chega, se não tiver a mente com capacidade desenvolvida para os sistematizar. Não apresente conhecimentos que bulam com a estrutura da mente sem fazer uma análise dos efeitos colaterais.
O desprezo pelas religiões, nunca estudadas à luz da Religião-Ciência, desacreditou o que os crentes julgam ter sido o ensino dos Instrutores religiosos e a classe educada despreza-os pois nada entende mas usa-os para os seus interesses. As falsas representações geram forças vivas e inteligentes a que chamámos”vírus” da mente e os evolucionistas chamaram «Memes», e deduziram que os Memes lutavam entre si pela sobrevivência dos Memes mais fortes. As sociedades afectadas por Vírus Psicológicos (Memes) e Recalques da Mente, ao criarem estádios de desordem e desacreditação da Lei e do Bem, da essência do Homem, que ficam a sofrer de índices elevados de criminalidade e reagem com uma forte actividade legislativa, para defesa da legalidade. As sociedades de homens livres regem-se por direito consuetudinário, não escrito, por normas nascidas do coração, com menos aparelhos jurídicos e policiais para manter a ordem. Os tecnocratas escravos do sistema não têm liberdade de viver Sabedoria. O materialismo científico escarneceu-a. ([1])
As questões ignoradas pela classe educada dão origem a políticas obscuras, e dão no foro cultural obras demagógicas e conflituosas, onde se procura um contra-poder, através da manipulação passional dos «crentes» do Padre Eterno ou do «Padre Marx» das revoluções proletárias que ensanguentam o mundo contemporâneo. Os símbolos da Matança dos Inocentes, de José, o Carpinteiro, e da Virgem Maria, no Mito de Jesus, têm analogias na vida de Krishna, e de outros Salvadores, em antigas Trindades. Bastaria isso para ver que a descrição era um Mito, uma verdade científica de outro nível. Na mais antiga Trindade conhecida, a Védica, o segundo Aspecto, Agni, o Fogo plástico, ou Cristo, também era representado como filho do Carpinteiro ou de Tvachtri, o Divino Artista. Sendo um Mito, o Carpinteiro é uma figura cósmica e não apenas terrena. É um Carpinteiro espiritual (cuja Ciência é o étimo) e não de artes da madeira (à letra).
O Mito do Nascimento de Jesus exprime o seguinte: Cristo, na sua manifestação no Mundo Rupa ou Mundo da Forma, é filho de um Princípio modelador das formas, representado pelo Carpinteiro, assim era designado na Antiguidade o construtor de carros, do Quaternário, a Personalidade Humana, o Homem Temporal. Portanto, a expressão de Cristo como modelador do Quaternário é representada por Cristo Filho do Divino Artista, de José. Nessa Trindade: Agni é o Cristo, Maya ou Maria a sua mãe, Tvachtri é S. José. A Matança dos Inocentes, são os Elementais e formas-pensamento. É descrita na Mitologia Grega, por exemplo, na morte involuntária de Acrísio pelo disco de Perseu. Perseu, um herói divino, ao lançar o disco (Sol), mata, involuntariamente, o avô Acrísio, como fora profetizado. Dizia o Mito que o Avô de Perseu, Acrísio, tinha sido avisado de que seria morto pelo neto (a criança). E assim aconteceu: Perseu, ao lançar o Disco, nos Jogos Olímpicos, mata, acidentalmente, o avô. Precisamos do consentimento da alma familiar para abordar o Caminho Espiritual. Quando o Homem completa a sua evolução e é Iniciado na Hierarquia de Compaixão (de Melquisedeque), ao exprimir valores solares, simbolizados pelo disco lançado pelo herói (iniciado), acontece-lhe como a Perseu: mata o avô Acrísio. Avô é o símbolo do Homem Velho, da Personalidade, fruto da evolução animal. O nome Acrísio: falta de discernimento. O Discernimento é o primeiro passo do Caminho do Jñâna Yoga, o Yoga do Conhecimento.
Eliminar a falta de Discernimento com valores Solares, do Espírito, é o Caminho Espiritual. O Iniciado, Liberto, elimina não só a falta de Discernimento (acrisia) mas todas as limitações da mente (de si mesmo e do colectivo) de um modo mais ou menos alargado conforme o seu poder e as necessidades colectivas.
A ignorância activa pode ser contaminações pelo Vírus da Acrisia. Os Inocentes morrem, tão fatalmente, como o avô (Homem velho) Acrísio, de Perseu. A Matança dos Inocentes é também a matança de formas de Acrisia, das formas-pensamento que afectam as estruturas da mente no Homem individual e colectivo. O Discípulo Iniciado na Hierarquia de Compaixão recebe o poder de eliminar os Memes da Acrisia. O Mito tem analogia com o Mito de Theseu, um exemplo de herói relacionado com os dois níveis de consciência. Contemos a história: Theseu, cujo nome significa: o que jaze na Terra tinha provavelmente um gémeo. É o simbolismo de todos os Gémeos: Rómulo e Remo; Abel e Caim; Idas e Linceu; Castor e Pólux; Héracles e Íficles, etc. É um modo de representar os dois níveis da Mente: da Personalidade e do Eu Superior. Teseu era a Personalidade; o gémeo (divino) era o Eu Superior. A mãe de Teseu havia tido, na mesma noite, relações sexuais com um deus e um mortal, e daí nasceu, do Deus, o Eu Superior (equivalente a: Abel, Rómulo ou Quirino, a Criança); do mortal ou perecível, a Personalidade (equivalente a Caim, Rómulo, o Velho). É a res extensa e a res cogitans.
A Theseu ou Teseu foi concedida a Espada do Desprendimento do mundo e as Sandálias da Evolução no mundo, para ele tirar debaixo da pedra (Atma) quando tivesse 16 anos. Ele teve de entrar no Labirinto, Mundo da Forma, porque o rei Minos de Creta tinha de dar 14 jovens para lançar ao Minotauro (no Labirinto). Os Atenienses (filhos do Eu Superior no aspecto descendente) haviam matado o seu filho Androgeus (o Unificado), ao tornarem-se polarizados sexualmente. Os 14 jovens são o Homem evolutivo, o Septenário dividido em pólos de Luz e de Som.
Theseu foi capaz de matar o Minotauro, com a ajuda do fio de Ariadne ou Ariagne (Fio, Sutratman, literalmente Fio do Espírito), que o salvou de se perder no Labirinto, mas falhou em casar com Ariagne, o Eu Superior por não ter podido ultrapassar Dionysus (Lei do Karma Nemesis), coluna da Compaixão), e acabou por ficar prisioneiro em Hades, o inferno (onde foi à procura de Persephone), mulher de Plutão, a morte, e de onde foi salvo por Hércules, um herói, um iniciado. Como não teve sucesso em alcançar as 15 primaveras ficou retido no Cadáver e Sepulcro. Está retido no Mundo Temporal e não tem reminiscências do Mundo Espiritual onde tem outro nível do seu Ser, ao qual não tem acesso. Ganhe-se experiência de que Evoluir representa uma Queda de Matéria seguida de Ascensão para o Espírito: há uma densificação necessária que tem de ser vencida. Os Mitos dramatizam a Libertação, mas também são peremptórios: sem a ajuda da Força Divina, do eu superior é impossível.




[1] O conceito de meme foi introduzido pelos evolucionistas. Eles pensam que os memes são herdados e sujeitos à luta pela sobrevivência. Esta concepção deriva do estudo do modo como certas ideias mudam e se adaptam a novas realidades. Em Sofia, não são seres hipotéticos são seres inteligentes e vivos (formas-pensamento) produzidos pelos «pensadores», cuja vitalidade se relaciona com o poder que conseguem alcançar na sociedade. Nesse sentido, a ideia dos evolucionistas é mais verdadeira e objectiva do que supõem.




[i]     C. V. Agarwal. The Buddhist & Theosophical Movements. Maha Bodhi Society of India. 2ª Edição alargada em 2001 (1ª Ed. 1993)
[ii]     Denis Leigh, C.M.B. Pare, John Marks. Enciclopédia Concisa de Psiquiatria. Roche

sexta-feira, 24 de julho de 2020

A Sexta Raça. A Face Luminosa de Jano. Juno Clavígera


A Religião-Ciência vai produzir transformações muito importantes na mente humana, sabendo nós, segundo foi ensinado, que haverá uma transformação global do planeta que também ele participa nesse Novo Nascimento, relacionado com a 6ª Sub-Raça Ariana e a 6ª Raça Raiz. Uma Raça Raiz não é apenas um Novo Homem, com qualidades muito avançadas em relação ao actual, quer no corpo físico quer nos veículos da “alma natural”. Haverá, como aconteceu com as Raças anteriores, Espécies diferentes e Matéria diferente com outra Era Geológica e outros Continentes que modificarão os Continentes actuais e que substituirá a Geografia da Era Quaternária, que ela própria esteve sujeita a maiores transformações do que os cientistas podem imaginar, segundo os ensinamentos dos Mestres, e bem fariam reinterpretar aquilo que já conhecem. O Homem é o último, o 7º Reino de Vida, da evolução da Vida Temporal. A Evolução subsequente é uma Evolução Espiritual acima dos Sete Reinos. Então, os homens não são animais, e os Mestres não são homens pois são uma Evolução acima da Evolução da Natureza. Assim foi ensinado e por ignorarem a Verdade que foi transmitida, não decifram os textos sagrados que vos parecem absurdos. O vosso dever seria demonstrar que o ensino do Mestre é o único meio ao nosso alcance para interpretar os factos. Paulo de Tarso analisou os problemas que destroem a humanidade há milhões de anos e persistem hoje: ([1])
Os materialistas pagãos que apenas vêem os teres, a melhoria da quantidade de coisas disponíveis, aquilo que acende e deifica os sentidos, sem terem melhorado a Qualidade da Vida e, pelo contrário, a pioraram - desastres ecológicos e ambientais que levaram à extinção de muitas espécies – ao enfraquecer a vida, são o objecto da cólera de Deus, a coluna do Rigor que pune as infracções às Leis Divinas, pelo temor que produz. Os materialistas poderiam conhecer o verdadeiro Deus, pois o que há de indivisível desde a criação do mundo está patente à inteligência através das suas obras e do seu poder. Os materialistas do paganismo científico deveriam ter prestado culto ao Divino e não o fizeram. De facto, fizeram do Acaso o seu Deus e recusam ver a inteligência Divina que está na mais ínfima parcela da Criação. Não se trata de ignorância mas de uma verdadeira perversão. Então, Deus deixou-os com as suas cobiças, as suas paixões degradantes, e eles já só respiram desejo, morte, discussões, velhacaria, maldade, etc. Que terrível requisitório! ([i])
A primeira Religião-Ciência foi o Buddhismo e por isso começámos este livro com um aforismo Buddhista – sê a lâmpada de ti mesmo – a afirmação de que o Homem é um ser Divino e pode encontrar em si tudo o necessita para a sua salvação. Cada um precisa de saber aferir a Verdade, pela Verdade em si-mesmo. O Buddhismo tem um Poder que os ocidentais não vêem e passei a nomeá-lo na sua grafia original, em Sânscrito, para lembrar que Buddha significa a Sabedoria e o poder de ser Sabedoria e Buddha era um Deus, o maior da humanidade, está entre os mais poderosos da Terra e não uma pessoa vulgar. Não aceito a grafia Buda que pretende ser depreciativa e condeno a intenção.


[1] A doutrina da Evolução de Sofia está de acordo com a Tradição religiosa antiquíssima e a mais recente Tradição Judaico-Cristã, mas não subscreve as teorias do Evolucionismo materialista. O Homo difere dos animais por ser um ser total com acesso potencial ao Todo, depois de evoluir. Porém, o Homo foi durante as três Rondas anteriores e até meio desta 4ª Ronda da Vida pelos Sete Globos da Cadeia Terra (que é o planeta físico denso que dá nome à Cadeia, os seis outros são de matéria subtil), um ser em formação, no seu primeiro nascimento como Homo. Atingiu a plenitude no período Cretáceo da Era Secundária, no período do Barro, daí a história do Adão de barro. Penso que já viram que havia um Adão antes deste Adão. Se considerarem que é difícil em Ciência distinguir entre Idade Primitiva ou Pré-Primária (os 3 primeiros períodos) e Idade Primária (os três últimos períodos) vêem que temos cinco Idades Geológicas e não quatro. Isso corresponde a Cinco Raças-Raiz pois foi o Homo que revelou os paradigmas de cada Era. Lembro que a Vida em cada Era evolui como um todo, um facto que os cientistas tardam em reconhecer por ignorarem a qualidade da Raça humana que lhe deu origem. Seguindo este raciocínio, estamos na 5ª Raça, os Indo-Europeus ou Raça Ariana, que tem manifestadas cinco Sub-Raças e começou a manifestar a 6ª Sub-Raça. O período de desenvolvimento de cada Sub-Raça Ariana está calculado em 210 mil anos, ou 250 mil anos se o critério incluir a aurora e o declínio da Sub-Raça. Façam as contas à duração da Era Quaternária e da 6ª Sub-Raça que será a mãe da 6ª Raça. É importante considerar: existiu um Adão no Éden ou Plano Astral, em formação, antes de ter existido o Adão denso, de barro (uma referência, não ao Homo mas à geologia do período geológico), um gigante com sexos divididos, que apareceu entre gigantes - os dinossauros e as árvores gigantescas -, quando as plantas deram flores que corresponde à divisão sexual, em continentes de montanhas enormes e vales profundos e rios que pareciam grandes mares.


[i]     Fernand Conte. Os Livros Sagrados. Ed. Pergaminho. Uma perspectiva agradável, talvez demasiado simplista.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

RELIGIÃO-CIÊNCIA. CULTURA HOLÍSTICA


Centelha Divina, Eu Divino, Personalidade. O Homo Holista



Vou contar-vos o mito de Elias e Eliseu. Tenho a esperança de que, tendo assimilado o que aqui foi dito, compreendam o que não pode ser visto sem o Conhecimento da Filosofia Divina.
Elias disse a Eliseu: «Pergunto que posso fazer por ti antes de ser separado de ti? Eliseu respondeu: Que me sejam concedidas duas partes do teu espírito (os dois Adam Evolutivos). Elias replicou (a Eliseu): Pedes-me uma coisa difícil: se tu me vires quando for arrebatado de ti, terás o que pedes, se não (vires) isso não acontecerá.» (IIReis, 2, 7-12)
O mito reporta-se ao poder do quatro – a ligação entre o superior (Centelha Divina, revelação do Eu Espiritual, Elias) e o inferior, o Homem temporal, a Personalidade que reencarna e é perecível, pois tem de recuperar a mente no início de cada nova vida. É o passo evolutivo que estamos a viver, o desafio dos próximos milénios, que salvará muitos e condenará outros. Quando está iminente a separação dos dois níveis de consciência pela morte da personalidade, o Eu Superior pergunta à Personalidade o que pode fazer por ela, que vai morrer.
A Personalidade (Eliseu, um símbolo de Kama-Manas, dos campos Elísios, do Éden onde Eliseu foi formado) diz-lhe que “lhe sejam concedidas as duas partes do teu Espírito”. O termo Eliseu é: aquele que se formou nos Campos Elíseos, o Homo «Astral».
É a referência aos dois Gémeos: Espiritual e o Temporal. Elias, o Eu Superior, responde-lhe que antes de morrer, antes de ser arrebatado, tem de vê-lo, tem de saber que o «espiritual» faz parte de si mesmo. Se não tiver visto antes de morrer, depois, fica inconsciente. Como Eliseu viu Elias subir ao céu, o seu pedido foi satisfeito. Em pequenos pormenores está oculta até a razão do darwinismo estar errado! Passem de «desejos» religiosos a Leis. 

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Purificar os Corpos: Físico e os da Alma Natural, da Personalidade


Aprofundar as grandes ideias do Cristianismo e as origens dos seus rituais e palavras-chave. Encontrar relações íntimas com as religiões anteriores, da Índia, do Egipto, da Religião Persa e da filosofia Grega. Os Gregos queixavam-se ao Imperador que os Cristão deviam ser proibidos de repetirem as doutrinas Gregas porque as deformavam, fora do contexto em que tinham sido ensinadas. Era um sacrilégio destruir a Filosofia Grega da Verdade dos Mestres. S. Paulo era Grego, e foi o construtor da Fé Cristã e dos seus Rituais e Sacramentos. S. Paulo deixou claro junto de outros Apóstolos, que tinha recebido de Cristo essa Obra e não gostaria que interferissem. Ele falou da identidade entre o Cristianismo e a Filosofia Grega. Os católicos negaram a tradição de Sofia. Exemplo, as igrejas reverenciam Jesus, que era um Vegetariano radical e terminou com os sacrifícios animais nos templos. A Igreja sonegou evangelhos em que Jesus diz que ser vegetariano é ser humano e, em obediência aos manjares dos poderosos, desaconselha o vegetarianismo e mandou matar os cristãos e nazarenos discípulos de S. Paulo, vegetarianos como os de qualquer escola esotérica. A Igreja diz que reverencia o fundador da Fé Cristã e mandaram censurar os textos de S. Paulo e perseguir os discípulos de S. Paulo. É desta ambiguidade entre o que se diz e o que se faz que o descrédito espiritual tira a sua força. «Bem aventurados os que lavam as suas roupas (corpos da alma), no sangue do Cordeiro (o sangue de Cristo é o nosso sangue), para que tenham direito à Árvore da Vida (X Poderes, Sephiroth) e possam entrar na cidade pelas portas.» Ap. 22:14.
O Caminho do 3º Raio tem a Qualidade da Purificação. Encontrar o Caminho é difícil na «cultura inculta». Os que têm”talentos” para o fazer serão os mais benfazejos à humanidade. O Caminho seguro é aquele ensinado pelos Mestres em que possam equilibrar o pólo da Existência com o da Essência e na unificação de ambos, alcançarem o Amor Divino que é Libertador. Não nos Libertamos sem antes derrubar a actual cultura sem futuro para onde a religião e o materialismo nos lançaram. Diderot dizia nos tempos do”progressismo” que «o conhecimento do ovo arrasaria todas as escolas de teologia e todos os templos da Terra». O Conhecimento da Evolução arrasou o poder religioso Cristão. A dificuldade é reconstruir o Templo da Trino-Sofia Cristã, porque os Cientistas também não sabem o que é a Evolução em Ciência Espiritual.
Os embriologistas falam de uma memória das células porque não sabem justificar como certas posições espaciais levam a uma diferenciação já estabelecida. Estão a colocar na célula porque não têm experiência de existir um Campo de Ressonância (CR) mórfica que leva as células à diferenciação segundo linhas de força embriogénicas desse CR. Como não têm capacidade para fazer observação directa do campo (CR) recusam aceitar que exista essa «imagem divina» que foi o «Homem primordial», da 1ª Raça e que actua como um campo de ressonância que diferencia as células até ao patamar evolutivo de cada Raça. Os «campos de ressonância» da alma natural não podem ser vistos pelo menoscabado.
O poder do 3º Raio opera a Sintonia entre o Ser e a Substância dos veículos. Deixamos de estar no mundo conflitual de imagens mas temos de assegurar por esta nova Força que as imagens que pomos na nossa Mente entram em sintonia com o Ser Divino que habita os corpos formados por essa Substância e é a «Ressonância» que gera os olhos de ver a Verdade que devemos ter esperança! Hoje cegos, amanhã vemos. Há diferença entre modelação do 2º Raio (Luz) e modulação do 3º Raio (Som). Luz e Som são ambos Vibrações do Movimento Eterno, como Manifestação Incessante, a 1ª Proposição da Doutrina Secreta (D.S.). Eva corresponde à 3ª Coluna, a de Sofia, na Árvore da Vida, ensinada nos textos antigos como os Deuses criaram Eva para instruir e elevar Adão. A Eva degradada pelos acidentes pós Atlântida, amputada dos seus Poderes, por mau uso de Ciência, fez-se objecto de desejos e emoções e carenciada daquilo que é, a Inteligência Suprema. A harmonia da Vida passa por unir o Temporal e o Espiritual pela Sabedoria Feminina, do poço de água morta da emoção, a poço de Água Viva da Ciência. A Religião do Mar (Existência) ou de Maria, Sofia, é a base de partida do novo Homem. Não é por emoções sensuais é pela Inteligência Emocional! São emoções orientadas para cima, para o imortal, e não para baixo! Sem a ajuda da 6ª Sub-Raça da 5ª Raça, a ser desenvolvida na América do Norte e em outros seis pontos correspondentes às suas sete Famílias, é impossível corrigir o drama humano. A 6ª Raça traz a relação entre Existência e Essência, entre Matéria e Energia (E=mc2 de Einstein e da bomba nuclear). Há o campo de ressonância Espiritual ou Energética, e um campo de ressonância Temporal ou Morfogenética, de Matéria. O conceito de conversão de Substância em Força, Energia, é importante.
A transformação para ser Homem é a cultura da Inofensividade do Vegetarianismo, Ecologia, Ambientalismo, não ser «pacifista» do crime, do terrorismo, etc. Mas também uma compreensão da Justiça – as vítimas da fome são vítimas delas mesmas –, se fossem discernidas e tivessem qualidade nunca passariam fome. Assistência sem Conhecimento não cura. A cultura da inofensividade há de libertar-nos dos complexos, definidos como: «um agregado de pensamento-emoções e comportamentos nascidos a partir do inconsciente (recordo que são dois, o Id e o Superego ou Jerusalém, a velha, da personalidade, Eu inferior, a nova, do Eu Superior), e expressos de um modo contraditório, às vezes compulsivo.»
Cultura da Graça Divina é do Triângulo das Três Graças dos Gregos, que são as Três Sephiroth que a Sephira de Cristo Espiritual representa: Euphrosine, Alegre, 2º Raio, Bondade; Aglai, Esplendorosa, 3º Raio, a glória da Ciência Divina; Talai, Beleza, 4º Raio, do Cordeiro. Pelas Três Graças de Cristo (do 2º Raio) podem regenerar tudo, como aqui se revela! Esta Trilogia da Graça de Cristo tem muitos significados.
Se começarem a edificar a Nova Cultura e não mudaram a Mente, ela vai dar ao mesmo onde nos encontramos e desacreditam a possibilidade de mudar. Comecei este livro por dizer que o homem visto como um macaco obeso se opõe ao ensino do Homo Filho de Deus, um Todo-poderoso. Ao contrário da teoria científica, o primeiro Homo, do Cretáceo (Adão de barro, Homo densificado depois de ter sido Quântico) era sábio e vegetariano. Se o viciarem no carnivorismo e nas políticas sem valores, podem escrever muitos livros sobre o Homo macaco assassino, o Homo na luta pela sobrevivência, etc. Bem dizem os Americanos, o homem que não come hambúrguer não é Americano, terra da feroz competição. Mas esse não é o ideal, nem o objectivo último do Homo que é Divino, nem do Cristianismo que é ao mesmo tempo Sincrético e Sintético, Integral, das Causas para os Efeitos.
Se quiserem demonstrar, por Ciência, a qualidade do Filho de Deus, ponham de lado a teoria do macaco e façam estudos sociológicos entre os que têm valores e os que não têm ou fingem ter; entre o carnivorismo e o vegetarianismo, a dieta que dá força, ânimo, Lat. Vegeto; entre o poder e a Qualidade da Inteligência de uns e de outros.

terça-feira, 14 de julho de 2020

História Herética de Portugal. D. Afonso Henriques à Ínclita Geração


Apontamos o necessário para «endireitar» os caminhos da Religião-Ciência. Não emitimos opiniões sobre sexos ou instituições, mostramos dados. Vimos as razões da impotência do sexo feminino e os mecanismos evolutivos para a cessação dessa impotência e a convicção que a nova Mulher gerará, finalmente, o Homo. Uma análise das perspectivas evolutivas logo o indica. A História Herética de Portugal é muito ilustrativa da natureza do poder da Igreja e das suas nefastas consequências. A fundação da nacionalidade portuguesa é um conflito permanente entre os poderes senhoriais dos bispos e nobres contra o rei. ([i])
O Clero era senhor de tudo e estava livre de pagar impostos. Os Reis tinham súbditos mas não tinham rendimentos. As populações viviam na fome e na miséria, obrigadas, com mão de ferro, a pagar elevados dízimos à Igreja. As excomunhões foram em tão grande número que a partir de certo momento já não produziam efeito. A Igreja mandava matar heréticos e as Ordens Mendicantes. Mosteiros de Franciscanos foram incendiados por ordem dos Bispos. O Clero herético era pouco submisso às ordens Papais. Vejam o teor "sindicalista" do libelo acusatório da cúria contra o Rei Afonso III, em 1267/8:
“Desprezo pelas sanções eclesiásticas por parte dos juízes; resistência das autoridades régias e concelhias contra a implantação do dízimo pelo clero, nos lugares que ainda não o pagavam; a oposição a uma extensão da propriedade e jurisdição eclesiástica...”
Um povo que deu novos mundos ao mundo está desprezado como vil malfeitor. Desde os tempos em que o poder político apoiou a Revolução Cultural Cristã e mandou matar o velho e augusto Bispo Prisciliano (300-385) de 85 anos, acusado de crimes sexuais (aos 85 anos?) e os milhares dos seus fiéis, por terem adoptado a versão espiritual do Cristianismo. Os Priscilianistas praticavam Yoga. O segundo Passo do Jñâna yoga é o Desprendimento das coisas e ideias. Comida frugal vegetariana, o mínimo de vestuário (eles diziam - não mais de uma muda de roupa), aguentar todas as condições de tempo, etc. O Bispo, no frio Inverno do norte, costumava meditar nu – o total desprendimento. Muitos yoguis, que abdicaram de qualquer actividade sexual (Brahmacharya), fazem esse treino, na neve ou na floresta, para desabituarem o corpo das dependências das coisas.
A ignorância religiosa não entendeu a necessidade do Bispo, certamente desnutrido e mal agasalhado, de se expor nu às inclemências e rigores do Inverno para melhor controlar a mente. E mandaram decepar as cabeças e torturarem quem era Priscilianista, milhares e milhares de homens bons, desejosos de encontrarem o Caminho para Cristo!
Quando foram dominados pelos árabes, os portugueses, fizeram uma aculturação, foram moçárabes; não eram nem cristãos, nem islâmicos. Na reconquista cristã do sXII os nobres colocaram-se ao serviço do poder oficial da Igreja. Os Reis apoiaram-se no povo (maioritariamente herético) contra o Clero e contra os Nobres, e eram defensores de um Cristianismo Espiritual não ortodoxo. Os concelhos de vida democrática, popular e pró-herética, eram mais importantes na tradição portuguesa do que os feudos senhoriais:
·       Os países com maior influência na História da Humanidade detém um Karma com poder de mudarem o destino dos homens.
·       Portugal, região pobre, foi desde há milhões de anos, antes da Era Quaternária, um ponto de encontro de culturas que trouxeram algumas coisa boas e muitas coisas más!
·       Quando se fez a reconquista cristã a partir do norte, onde durante séculos (desde o IV século) haviam sido preservados os ideais Priscilianistas - deus existe em nós - houve uma miscigenação com a gente do sul, os moçárabes - de cultura islâmica.
·       O primeiro Rei Afonso Henriques (1139-85), tinha ideais Templários, e assumiu-se como aliado na luta do povo em defesa da sua cultura, contra a opressão dos Condes francos veículos do centralismo Papal. Acabou por ter de derrotar os agentes que envolviam a própria mãe!
·       Na época de D. Sancho II (1223-48), nos primórdios da nacionalidade portuguesa, no séc. XIII, havia uma grande difusão do ideais Cátaros, movimentos espirituais, e Ordens Mendicantes. A Raça Ariana, da Índia à Europa e Norte de África, entre os séc. XI-XIV, foi meditar, ser eremita e praticar o desapego espiritual: renúncia a todas as posses, poderes e privilégios. Não havia homens para casar (eram religiosos) e houve  escassez de mão de obra.
·       O Rei de Portugal, D. Diniz (1279-1325), o Lavrador, era um Trovador dos ideais do culto do E. Santo e dos Joaquimitas, da instituição da Terceira Idade no Mundo.
·       Na Europa os heréticos foram martirizados. Em Portugal houve holocaustos, dirigidos pela Igreja, menos cataclísmicos por não serem apoiados pelo povo que era herético. Os genocídios foram em parte contidos pelos hábitos de convivência, tolerância religiosa do povo, e pelos Reis de Portugal da I Dinastia, alguns excomungados, pela recusa em acatarem as ordens do clero.
·       Portugal foi a primeira nacionalidade de poder régio assente em ideais heréticos, os espirituais, enquanto puderam. Na estranja, o poder régio não se fundava no povo; estava ao serviço do poder Papal, e dependia dele e dos senhores para a sua sobrevivência. Na tradição Esotérica há a esperança da recuperação das reminiscências espirituais portuguesas dum passado de convivência cultural. A Religião-Ciência é a base da Nova Era.
·       Ignoramos na Ciência Espiritual a existência de dados para alicerçar um papel histórico importante para Portugal. As referências são Templárias, das Profecias de Bandarra, Sebastianistas, do Padre António Vieira e de autores modernos (F. Pessoa). Mas os estudos feitos sobre eles carecem do “universal.”
·       O Mito do 5º Império não parece ser um projecto de domínio, qualquer que ele seja. É tão só uma estratégia de aculturações extensivas, influentes em Portugal que deviam mudar a sorte do Mundo! Portugal tem sido destruído por ideologias falsas que lhe fizeram perder o Sentido Espiritual da sua História!
Um dos movimentos espirituais mais populares foi o Livre-Espírito, também chamado Beghards, os mendigos (do inglês beg e beggar). Circulavam em grupos e pediam o”pão, por amor de Deus”. Usavam mantos com capuz semelhantes aos dos frades. D. Sancho II (salvo? de doença grave por um desses santos homens), foi chamado o “Capelo”, uma referência às vestes dos espirituais, homens desapegados da luta pelas riquezas, que sobreviviam de esmolas e pediam o pão por Deus. Na década de 30 do sXX ainda se pedia, em Portugal, o pão, por amor de Deus, o pregão do Livre-Espírito! Sete ou oito séculos depois, ainda não estavam extintos os ideais do Livre-Espírito, apesar das perseguições do feudo católico. O movimento herético não foi só de católicos; havia na Península comunidades de muçulmanos, os Sufis, os santos pedintes. Vestiam-se de trapos, não levantavam os olhos do chão, por humildade, comiam dieta restrita (de pouco sabor) e exclusão da comida apetitosa causadora de dependência dos sentidos; enquanto noviços, obedeciam ao seu mestre.
Num tempo em que a Ciência não estava instituída e rareavam as mentes científicas, para a poder investigar, os homens desprezavam a cultura livresca e as subtilezas teológicas, regozijavam-se dum conhecimento directo de Deus. Assim nasceram os heréticos Beguinos! ([ii])
Os povos do Sul da Europa, Gregos, Húngaros e Romenos, Albaneses, Italianos, Franceses, Espanhóis e Portugueses são da 4ª Sub-Raça Ariana. Os do norte da Europa: da Rússia, Polónia, Alemanha e Anglo-Saxónicos, os Nórdicos são da 5ª Sub-Raça Ariana. Sendo ambos Arianos as qualidades são bem distintas.


[i]     José Mattoso. História de Portugal. Ed. Círculo de Leitores. 1993.
[ii]     Norman Cohn, Na Senda do Milénio. Milenaristas Revolucionários e Anarquistas Místicos da Idade Média, Ed. Presença. 1980.