quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Ponto Crítico de mudança de estado. Há horas marcadas

A Lei do «olho por olho», ou Karma Nemesis, age assim se dirigida para baixo; liberta se orientada para cima. Quem aproveitar as boas oportunidades salva-se; quem as orientar no mau sentido, autodestrói-se. Bem-vindos os tempos em que alguns, que aspiram a viver em sociedades justas, podem aprender a ser Homens! Queremos resolver tudo com mais dinheiro, até a incapacidade para a Sabedoria. Há toda a vantagem em sensibilizar e criar consensos esclarecidos sobre o tipo de dificuldades que temos de vencer, desde a Ecologia ao Terrorismo e Criminalidade e as soluções a longo prazo da Religião-Ciência.

Não há cura para a guerra, pobreza, criminalidade enquanto eu mesmo, e na minha família, não aprender a ter um comportamento amistoso, fraterno, justo, verdadeiro. Eu sou o princípio de todas as transformações. Se não resolver o problema em mim, não há solução. Para se compreender de modo científico a Lei do Karma, os que dominam a área da Física dizem que, em certo sentido, a Lei do Karma regula a relação existente entre Matéria e Energia, ou, e aqui é um pouco mais difícil de ver, entre Passado e Futuro. Esta relação tem de ser constante e igual a 1 – o factor ómega. Na Natureza nada se perde e nada se cria tudo se transforma (Lavoisier). (Factor Ómega Cap. 1).

O Passado representa a Matéria Temporal, o já feito. O Futuro representa a Energia Espiritual, o Futuro. Qualquer Libertação do Karma só pode ser realizada em quem puder reflectir o Espiritual no Temporal. Isto é muito importante quando pensarem em absolvições, alívio do nosso sofrimento, etc., não esqueçam que é tão possível redimir o Karma do Passado pelo Futuro, como converter Matéria em Energia, segundo a célebre relação de Einstein: E = m. c2. Não é só querer é poder fazer. Na 6ª Raça haverá altos níveis de Energia para produzir as transformações necessárias, ela cresce em vós e pode actuar - como energia de desenvolvimento, ou como a «bomba atómica» da personalidade.

Há desconfiança na Verdade, incapacidade de a ver no ensino e uma forma repressiva de a procurar nos experientes, os Mestres de Sabedoria. Por falta dela, podem contestar que a Sabedoria dos Mestres seja a via Justa de investigar. Aquilo que nos faz ter de repetir o sofrimento, vidas após vidas, que deveriam ser felizes e não são, põe a questão de saber os quatro enigmas sobre a infelicidade da Vida: a causa; a formação; se há Libertação do sofrimento; e um Método de Libertação. Está ao nossa alcance entender a vida pelo lado da Ciência com Compaixão (de Buddha) ou não querer ver. Dominar os karmas é dominar a Morte. ([i])

«Karma existe a partir de e na Eternidade, porque é, ele mesmo, a Eternidade; e como tal, uma vez que nenhum acto pode ser co-igual à Eternidade, não se pode dizer que seja acto, mas sim a própria acção. Ele não é a onda que afoga um Homem, foi a acção pessoal do náufrago que, de modo deliberado, se colocou a si mesmo sob a acção impessoal das leis que governam o movimento dos Oceanos.» «Karma nada cria, nem determina. É o Homem que planeia e cria causas e a Lei do Karma ajusta-lhes os efeitos; ora o ajustamento não é um acto, mas a harmonia universal, que tende a retomar a posição original, como um arco que vergado com demasiada força, volta ao lugar com uma força equivalente. Se fizer uma luxação do braço ao tentar dobrar o arco a partir da sua posição natural, poderíamos nós dizer que foi o arco que nos partiu o braço, ou foi a nossa loucura que nos trouxe o incómodo? Karma nunca intentou destruir a liberdade intelectual e individual, como o Deus inventado pelos Monoteístas. Ele não rodeou os seus decretos em escuridão, de propósito; nem pune aquele que ousa escrutinar os seus mistérios. Pelo contrário, aquele que, pelo estudo e meditação, desvelar os seus intrincados caminhos e ilumina esses caminhos obscuros, nos rodopios de ventos pelos quais tantos homens perecem, devido à sua ignorância sobre o labirinto da vida, está a trabalhar para o bem dos seus companheiros.»

Texto da Doutrina Secreta, de HPB.

Sobre a distinção entre Karma como Lei universal de todos os Planos e Karma-Nemesis o Karma relacionado com a Qualidade, no Mundo Temporal. A Lei do Karma é uma lei de guerra, a luta entre o Bem e o Mal, luta de Nemesis, e a vitória final do Bem, assegurada. O modo de sair do campo de batalha entre o Bem e o Mal é pela qualidade Divina do Ser que permite “perdoar as suas faltas (ao inferior) e não mais me lembrarei dos seus pecados.” Jerem. 31

Depois de Jesus-Cristo, há uma transformação Cósmica, importante no Caminho de Ascensão: deixámos de nascer sob a influência dos Anjos da Sombra e passámos a nascer sob a influência dos Anjos da Luz ou da Ascensão. É crescente a difusão dos cultos a Nossa Senhora, na Geografia Sagrada da Península.. Recordo que Nossa Senhora representa o aspecto Sofia no pólo da Compaixão ou masculino. Quando na profecia se diz que “a religião do nome dos mares vencerá”, fala-se de Maria, da Mulher, Sofia, Sabedoria de Ciência.

Uma das correntes Gnósticas dos primeiros tempos da Cristandade, perseguida, como todas as outras, pelo poder político, foi o Nestorianismo. O Bispo Nestorius (380-452), pregador em Antioquia e nomeado Bispo de Constantinopla em 428, não aceitou a Virgem Maria, mãe de Jesus, como Teotókos, a Mãe de Deus. Quando muito seria a “mãe de um deus” ou “mãe de deuses”.

Para evitar a confusão entre o nascimento de um deus e o 2º Aspecto da Trindade de que Ele era representante, foi considerada a vantagem em apresentar Maria como Christotókus, mãe de Cristo ou de Jesus, o veículo usado por Cristo. Por necessidade e garantia do”poder político da expansão religiosa”, que não da Verdade, os primeiros cristãos acreditaram na vida de Cristo como uma excepção à Lei, e não um facto decorrente da própria evolução da Vida. É diferente considerar Cristo um Homem feito deus num passado distante (idêntico a qualquer Homem) e agora presente à Humanidade como deus que é, ou considerá-lo Deus que por “acidente” se fez Homem. Num caso, é aceitar o Rigor da Lei, no outro é gerar as condições para o milagre, para a excepção.

O Cristianismo precisava de milagres, e Nestorius, Bispo de Constantinopla, foi condenado no Concílio de Éfeso e banido para o Egipto. O Leste da Europa não abandonou as suas doutrinas e sobre elas fundaram um Cristianismo Oriental. Começou aí a ruptura do Leste com o Catolicismo mais politizado do Ocidente. Afinal, nem uns nem outros compreenderam a verdadeira natureza de Jesus-Cristo.

A mulher pode ser muito importante na gestação do futuro Homem divino, como Christotókus, geradora de «Cristos» do futuro, «filhos do coração» capazes de revelarem a sua natureza essencial, e não de homens-animais, filhos das coxas sem acesso à sua verdadeira identidade. Ela tem de os gerar e exercer uma função terapêutica da vida pelo Efeito de Asa (curador e protector, uma palavra-símbolo importante do Cristianismo): impedir o crescimento de maus hábitos consolidados e favorecer o despertar das boas qualidades.

Para realizar tão importante e difícil função, a mulher tem de ser educada para desenvolver uma das suas características ligadas à condição feminina: a capacidade intuitiva capaz de ver o divino no seu filho, e não o animal que lhe querem impingir. Geradora de um deus e não de um macaco - Christotókus e não pitecotókus, uma aberração inventada pela Ciência que ignora os outros Planos.

Para a natividade de Grandes Seres temos de educar primeiro as Grandes Mães e evitar a todo o custo a descaracterização da mulher pela falsa igualdade dos sexos. O facto de ter havido o recurso a um Grande Deva (Anjo) para servir de Mãe, quando o actual Mestre Jesus e o Senhor Cristo, o Instrutor mundial dos homens (conjuntamente) se manifestaram à Humanidade, talvez signifique a impossibilidade de a encontrarem na família humana Ocidental. Usaram um veículo especial, um corpo utilizado por Buddha, ao menos em certos momentos da intervenção d”Eles, no qual participaram Devas e Homens Divinos, para um acontecimento que iria mudar a sorte da Humanidade.

Buddha, o deus mais elevado da nossa humanidade, não dispensou que o seu corpo fosse formado pelos átomos-permanentes de todos os Seres Perfeitos, para que o Todo pudesse estar representado, no próprio Mundo Temporal. Maria é considerada, acertadamente, como um Anjo e Rainha de Anjos. Não nasce uma criança sem a Sua Presença É indigno confundir este Grande Ser Divino com uma mulher vulgar, tema controverso da actual literatura erosiva da Religião, escrita por intelectuais espiritualmente cegos.



[i]     Daniel Béresniak. Judeus e Franco-Maçons. Ed. Pergaminho. 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

LIBERTAÇÃO PELA RELIGIÃO-CIÊNCIA

 A Libertação de Karma-Nemesis pela Sabedoria

Excerto de A LUZ DA ÁSIA, a Vida de Buddha, de E. Arnold:

«Ah! Irmãos, irmãs, nada espereis dos deuses implacáveis, oferecendo-lhes hinos e dádivas; não pretendais conquistá-los com sacrifícios sangrentos (...) temos de procurar a nossa libertação em nós mesmos. Cada Homem cria seu cárcere; cada um tem tanto poder como os mais poderosos (...) o acto é que faz a alegria e o sofrimento. O que foi traz o que é e o que será (...) Tal é a maldição sobre as coisas que vedes; porém, as coisas invisíveis têm mais importância; os corações e os espíritos dos homens, os pensamentos dos povos, seus caminhos e suas vontades também estão submetidos à Grande Lei.» (...) «A piedade e o amor são a herança do Homem, porque um grande esforço modelou a massa cega dando-lhe forma. Ninguém pode menosprezá-lo; quem lhe desobedece perde e quem o serve ganha; ele retribui o bem oculto pela paz e a felicidade e o mal disfarçado, pelos sofrimentos. Ele vê em todos os lugares e tudo percebe; sede justos e ele vos recompensará, porém, se fordes injustos ele vos dará o salário merecido, mesmo que o Dharma (Lei) demore a manifestar-se (...) Tal é a Lei que se move para a Justiça, que ninguém pode evitar ou deter; seu coração é o Amor e seu fim a Paz e a Perfeição última! Obedecei!»

Os crimes dos torcionários dos holocaustos religiosos de milhões de heréticos, os carrascos de inocentes mulheres rotuladas de bruxas (nove milhões no sXVII), os assassinos de místicos e santos, depois de os terem torturado até à agonia, ao ponto de desejarem o dia em que seriam lançados à fogueira é a Lei de Karma Nemesis. A Lei do olho por olho é a Lei de Karma Nemesis que prende à matéria. A libertação acontece quando o ódio cessa pelo amor. Só o amor liberta. De contrário, vão morrer para a Somália, Jugoslávia, campos de concentração hitlerianos e comunistas, muitas e muitas vezes, até extinguirem neles qualquer possibilidade de repetirem gestos antigos. ([1])

Como é óbvio a decisão é nossa, mas o sucesso que tivermos depende muito das ajudas que a Humanidade e o nosso Povo e País nos concederem.



[1] No jornal diário, DN 23 Agosto, 03, em BD de Dilbert, caricatura um episódio de desprestígio cultural. Em hipotética mesa estão duas personagens, um orador estrangeiro e a tradutora: Costumo ouvir a opinião de toda a gente e depois tomo a minha decisão, diz o conferencista estrangeiro. A tradutora deu-lhe este sentido: eu sigo a opinião de quem fizer o melhor trabalho a enrolar toda a gente. Os presentes comentaram: a tradutora está louca! Quem der o sentido oculto de nominalismos em que o que se diz é vazio de verdade, porque a Verdade que existe em todos é, por regra, recalcada, é loucura. Políticos, iludem com frases deste tipo e tornam-vos inaptos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Libertação da separatividade. Globalização. V Império

«Em tempos, as religiões do mundo ensinaram as pessoas a demonstrar reverência pelas água da vida. Em contraste, a nossa «civilização» industrial tem agredido o nosso mais precioso recurso.» ([i]) Muitos, envaidecidos pelas conquistas tecnológicas, representam o aspecto xamânico da ”regressão” da mente; conseguem ser, ao mesmo tempo, ateístas nas Universidades, aos dias de semana, e teístas na missa aos domingos.

Dizia S. Paulo que tinha imenso desejo de morrer e estar com Cristo mas tinha por igual a vontade de permanecer na carne para o vosso bem. Este Mestre acrescentou: “A lei existe para que o erro exista em abundância.” Assim sabemos sempre que algumas coisas não devem ser feitas. Porém, quando se ultrapassa um certo patamar, a infelicidade é tanta que, sem uma ajuda é impossível viver quando tudo o que fazemos é contrário às Leis Divinas e por acumulação é, fortemente, autodestrutivo. Um modo de”escape” é ter o Poder de transferência da Coluna da Lei para a Coluna da Qualidade do Ser ou Ética. «Se foi pela Graça já não é em função de obras: de outro modo a graça deixa de ser graça.» Rom, 11, 1-6. «Onde o pecado abundava, a graça tornou ainda mais abundante.» É a chave da vida, o pecado abunda mas a resposta tem de ser, não o rigorismo da lei mas a capacidade de valorizar a Qualidade libertadora da Lei.

A diferença entre os tempos modernos e a Antiguidade, em que o sagrado estava nos templos, é a seguinte, como diz o Apocalipse: o Templo já não existe porque tu mesmo és o Templo; Cristo revela-se em nós mesmos. O acréscimo de poder dado pela Ciência e a globalização incrementaram o poder do mal mas paralelamente houve uma melhoria do poder de cada um alcançar o Mundo Espiritual. Os dias de Brahmâ, de Deus, são muitos milénios, todavia, como as reencarnações são espaçadas e com poucos resultados evolutivos, talvez haja pouco tempo para aprendermos a nos salvar pelo Bom uso dos Poderes inatos que temos. Se quisermos sair da lógica egoísta do Eu inferior, temos de pensar menos na nossa Salvação e mais em esclarecer e ajudar o mundo.

Um Sufi, os verdadeiros religiosos do Islão, que foram perseguidos e marginalizados pelo Islão disse: se a devoção que sinto é para me livrar do inferno, que Allah me condene ao inferno; se é para atingir o céu, que Allah faça com que nunca o encontre; mas se é pelo próprio Amor Divino – Allah me ajude a encontrá-lo.

O problema do Conhecimento é reconhecido no Eclesiastes com muita clareza: «Detesto a vida, ao ver que é mau tudo o que existe debaixo do sol» (Eclesiastes 2:17) para logo acrescentar: Não há nada melhor para o Homem que comer, beber e gozar o bem-estar, fruto do seu trabalho». (Ec. 2:24). Não podemos recusar o que Deus nos deu para Evoluir, mas não podemos ficar dependentes disso, transformados em pedra. «Todas as coisas têm o seu tempo: um tempo para nascer e um tempo para morrer, um tempo para plantar e um tempo para arrancar o que se plantou;... um tempo para chorar e um tempo para rir; um tempo para se afligir e um tempo para dançar;...um tempo para dar abraços e um tempo para se afastar deles; um tempo para adquirir e um tempo para perder; ... um tempo para calar e um tempo para falar...» Existe uma força evolutiva direccional.»

O ensino do Mestre serviu para encontrar chaves que abrem muitas portas do Conhecimento e me dão a experiência que o Mestre precisa que eu adquira, sem a qual, para nada sirvo. Serviu para corrigir descrições dos que, não tendo usado o método científico de investigar, cometeram erros. Estou a dar alguma ênfase ao problema dos Ciclos porque há um ignorante vazio religioso e a atitude é: experimentar tudo. No sXX, iniciou-se uma nova Idade Astrológica com Sete Ciclos de 308 anos, divididos em quatro períodos de 77 anos. Se procuram símbolos de Idades, propunha-vos considerarem Cinco Tempos Civilizacionais em relação com quaisquer Cinco Passos algorítmicos de Caminho na Arvore da Vida, não os da Antiguidade (o Quaternário + Um), sim o próximo de F. Pessoa. No Ocidente seria: Grego, do Fundamento; Roma, do Pensamento, Glória; Europa Cristã, de Karma-Nemesis, Vitória; Europa pós Descobertas, da Harmonia entre opostos, ligação entre o Espiritual e Temporal; O último desta Civilização, a Unidade da Vida, a divinização do Homo pela regência a partir de Buddhi-Manas, a alma do filho do Homem.

Relacionamos a Trino-Sabedoria dos Mestres com os Erros Culturais para Partimos da tese Bíblica: «Vós sois deuses e vós outros sois todos filhos do Altíssimo.» «Levanta-te ó deus, julga a terra pois te pertencem todas as nações (melhor, vivem em ti todas as nações, és responsável).» Salmos 82:6 e 8.



[i]     Jonathon Porritt. Salvemos a Terra. Ed. CL. 

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Porque as falsas Imagens bloqueiam a Evolução

O II Mandamento coloca-nos os problemas das falsas representações, que aparece no 5º Raio como Pensamento Justo. É uma força tão grande que quando esteve presente no séc. V a VIII a querela das imagens fez os homens andarem a perseguir-se uns aos outros por causa das imagens. Entre 730 e 787 houve a”iconoclastia”, a destruição das imagens religiosas. Em 730, reúne-se em Constantinopla um conselho de governo presidido pelo Papa Leão III, para elaborar o violento interdito de eliminar quem possuísse imagens. Sobre os iconoclastas caíram sentenças de morte e de desterro, ou condenação a trabalhar no fundo das minas para sempre Quando a Força do 3º Raio, que tem a ver com os registos Akáshicos, veio o problema das Imagens Divinas. Em vez de entenderem que não deviam fazer imagens que é ter doutrinas ou opiniões sem factos positivos, fora da realidade, como a maioria dos dogmas religiosos e alguns científicos são, tornam-se altamente destrutivos ao ponto de ter como ideal a destruição de imagens religiosas e impor sevícias sobre quem as possuísse.

A falsa imagem do Acaso, inexistente neste Mundo rigorosamente submetido a Leis, faz-nos lembrar Poincaré que dizia que o Acaso era a medida da nossa ignorância. Os evolucionistas matematicamente ignorantes, ao formularem falsas imagens, com grande falta de dados e impossibilidade de os verificar nos Planos onde as verdadeiras causas os originam, tornaram a saga do conhecimento e da investigação científica, que é via da verdadeira redenção do Homo (se conhecer o seu Desígnio Divino), cada vez mais a cosmética de ideologias que abdicam da procura da Verdade. O darwinismo, dizem os críticos inteligentes de uma doutrina mal formulada é”como as doutrinas políticas uma ideologia afastada da realidade”. As forças presentes na mente têm aspectos cósmicos que desarmam qualquer investigador alheio à Religião-Ciência. A verdadeira Iconoclastia está por fazer que é estar atento ao que foi verificado. As falsas imagens servem para fazer reconhecer as Verdadeiras; a Verdade é iconoclasta.

Estejam atentos ao facto de existirem forças na mente que às vezes se revelam de modo patológico. Quando definimos  Poderes ou Sephiroth da A. da Vida, também são Forças activas no inconsciente. Muitas vezes bloqueadas, quando despertam podem dar origem a comportamentos estranhos que parecem vir das profundezas infernais. Há uma Força redentora do Cordeiro de Deus. Chega-se lá através da Força da Ciência e Força de Karma Nemesis.

Em comentários sobre o darwinismo, John Danser chama a atenção para o livro Darwin’s Lost Theory of Love. ([i]) O livro analisa uma grande soma de trabalho que tem sido descurado. A Descida do Homo (1871) completa o trabalho da vida de Darwin, adicionando-lhe uma segunda parte que é desprezada pela opinião. Darwin inequivocamente sustenta que nos humanos, em oposição aos pré-humanos o sentido moral de consciência é de longe o mais importante factor” que dirige a nossa evolução. Objectivamente, há uma força activa que não deixa ver a Verdade e apenas se divulga na obra de alguém o lado obscuro, nunca o luminoso. De modo explicito, Darwin rejeita a noção de «acaso cego» tão popular no neodarwinismo. Vivemos num Universo antrópico regido por Leis inalteráveis feito para que o Homem desperte a sua Qualidade Divina.

A Libertação da Lei é impossível em um mundo em que somos obrigados a agir e seja o que for que façamos tem um efeito bom, mau ou neutro, proporcional que nos prende à roda dos nascimentos e mortes, por causa da Qualidade do que fizemos. Fazendo muito mais Mal que Bem o nosso Destino é temeroso! Há uma possibilidade de nos libertarmos do Karma, se nos transferirmos do lado da Lei para o lado da Qualidade do Ser. Se mudarmos a Qualidade para o Ser Divino que em nós habita, não há um Eu em quem a Lei do Karma possa actuar. É o símbolo de Saulo, cego para a Trino-Sofia, o sujeito à Lei, e Paulo (contracção de Apolo), o livre da Lei porque se transferiu para o pólo da Qualidade do Ser, que Cristo representa. Uma advertência, nunca interpretem episódios dos textos sagrados à letra, que erram muito e nãos os justificam.

A Lei Divina não é conhecida, perderam as «chaves» do Conhecimento e a prostituição impera. «Roubais, matais, cometeis adultério, prestais juramentos falsos, ofereceis incenso a Baal (os que dominam o poder egoísta) e procurais deuses que vos são desconhecidos! E depois vindes apresentar-vos diante de mim (o Senhor) nesta casa onde o meu nome é invocado, e exclamais: estamos salvos, pensando em voltar a cometer todas essas abominações.» (Jeremias 7)

Se fôssemos esclarecidos, há muito víamos e não propagandeavam como libertadores da humanidade, criminosos políticos cheios de poder, aceites como salvadores profanos ou ateístas. Porque ainda vivemos num estado de mente xamânica, agarrados a crenças, dogmas e soluções mágicas dos problemas, os teístas pela Teocracia e os ateus pela Tecnocracia, dificilmente despertamos o nível do Eu Superior. Os tecnocratas ateístas crentes do «nada» e da boa-vida pela tecnocracia, índices económicos - PIB, inflação, etc., são iguaizinhos aos teocratas crentes na beatitude do céu, em milagres e perdão dos pecados, sem merecimento espiritual.



[i]     David Loye. Darwin’s Lost Theory of Love. A Healing Vision of the New Century. Inner Bookshop in Oxford.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

O Erro Darwinista. Consequências Filosóficas, Éticas, Científicas

Estabelecida a imagem, todas as coisas têm de ser criadas, formadas e geradas. São formadas no Astral antes de serem geradas no Físico, logo, a doutrina darwinista da evolução não pode estar certa, porque tudo tem de ser formado antes de ser gerado, o Homo começa no Éden antes de ter uma existência física com corpo físico denso. A Antropogénese da Bíblia está de acordo com o ensino universal dos povos.” (...) Nos dias em que reconhecerdes a vossa semelhança regozijai-vos. Mas quando conhecerdes as vossas imagens que existiram antes de vós e que não morrem nem se manifestam (no Mundo Temporal) quanto tereis de suportar.” Lógion 84. A Imagem justa é um tema aqui repetido, percebe-se porquê!

Através de representações erradas podemos esperar grandes males e o pior de todos é o bloqueio da própria mente, induzido pelo erro. Para limpar a mente, precisamos dos Cientistas de todos os Planos, os Mestres. Porque não é conhecida a Religião-Ciência quando no II Mandamento se diz:”não fazer imagem... nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” faz pouco sentido para o Homo espiritualmente inculto. Salvo se soubermos que o céu é o mental superior, a terra deve ser o físico e as águas debaixo da terra costuma ser o Astral. Quando o Mandamento especifica a imagem e semelhança está a dizer factos correctos, em termos de Sofia, e ao classificar os três níveis da manifestação continua a ser muito correcto. Porém, quando diz homo sapiens para classificar o Homo nunca reparou que homo significa a semelhança e sapiens a imagem Divina, no Plano Búdico. Não sabe as Atias.

Ao substituir a realidade por fantasias, crenças, convicções, ideologias, subjectividades sem fundamento, o marasmo acontece e a dor e sofrimento imperam. É notório o alívio que a Ciência introduziu na mente humana quando se deixou a Era das crenças e se passou à Era da Ciência exacta. A melhor terapia do mundo é a Verdade. Todavia, só é verdade para cada um, aquilo que ele puder assimilar; e se não puder assimilar a Verdade torna-se letal. Se não soubesse Religião-Ciência ensinada pelos Mestres e se tivesse de estabelecer uma teoria da Evolução à luz dos factos conhecidos a minha teoria era exactamente igual à de Darwin. Ela era errada por falta de elementos nos níveis das causas. Não é possível abordar as causas sem reconhecer as Leis a que o Homo está submetido. Sem aceitar o modo como o Karma e a Reencarnação de uma alma natural que é mortal mas contínua, uma Cadeia enorme de vidas e mortes, não sei explicar e aquilo que digo são tontices mediáticas sem valor.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Fariseus de Religião e de Ciência, por incapacidade evolutiva

 

Estudar em vez de crer, praticar em vez de especular, procurar as causas e não se limitar aos efeitos. Quando o objectivo é estudar Religião-Ciência há uma reactivação das dificuldades por obra da má Egrégora das igrejas incultas. Quem vier da Ciência prepare-se para ter muitas dificuldades com os «doentes» que vai encontrar e que tornam o ensino irracional, dando uma péssima imagem da nóbil Sofia! Se a mente estivesse sã era-lhe impossível aceitar, como reais, histórias do tipo: Deus fez o mundo em seis dias e descansou ao sétimo; criou o Adão de barro e a Eva de uma costela de Adão; comeram a maçã e foram expulsos do Paraíso; tiveram dois filhos, Abel e Caim, e o segundo matou o primeiro; etc. Habituado a ver a Religião como a submissão ao poder instituído, condição da boa vida material dos espertos, um professor universitário vai com os filhos à Missa, aos domingos, onde professa o Criacionismo, a vida única, e ensina o Evolucionismo nos dias de semana. Os factos religiosos assinalados na Bíblia estão certos. Porém, um Dia do Criador ou Dia da Criação não é um dia mas 4 320 000 000 de anos; Adão de Barro é do período Cretáceo; Abel corresponde ao nível da mente do Eu Superior e Caim à Personalidade. São símbolos da Ciência. Cito a Bíblia para corrigirem as más «imagens! A virtude deste livro é lembrar-vos que os Mestres deram-nos as boas imagens de Religião-Ciência que permitem afastar as más.

As Leis Temporais são necessárias ao desenvolvimento; atingido o objectivo, há de centrar-se acima, e esperar que a energia acumulada em baixo se processe. Em cada ciclo existe uma determinada força, mudar de ciclo é mudar de força, de número. Procuramos novos paradigmas. A Ciência quer libertar-se da ditadura religiosa, embora mantenha a dialéctica religiosa. Uma postura não-religiosa por um lado, e uma maravilhosa eficácia na solução dos problemas humanos, gerou uma atitude de benevolência e receptividade ao conhecimento científico. Porém, muitas doutrinas científicas não foram geradas num estado de mente limpa e pura. Os cientistas viciados nos dogmas da religião fazem, demasiadas vezes, anti-religião e não Ciência e o Materialismo atrai quem procura a satisfação de prazeres, livre da responsabilidade de ter um Desígnio Divino que o leva a abdicar dos prazeres, para a felicidade de toda a Vida. A Humanidade está a ser drogada pela via científica, por uma anti-religião: viemos dos tempos em que a religião era o ópio do povo, a ciência quis ser o «anti»“ópio do povo” mas não distinguiu entre a libertação religiosa pela Sofia dos Mestres que as religiões preservam e o ópio das dependências emocionais. Há uma patologia inerente ao modo de formular a Ciência, que tem de ser tratada (Ciência ou Sofia é dos Sete Planos do Cosmos e não de apenas do que é acessível aos cinco sentidos e ao pensamento) e substitui a falta de Qualidade da Ciência (a Ética) por expansões emocionais, que é a resposta animal à Qualidade. Sem as Leis Divinas Fundamentais não há solução para os problemas que necessitam de mudanças estruturais, de raiz, da sociedade, e não mudanças cosméticas com o rótulo de solidariedade, humanismo, liberdade, etc. Se não aceitarem fundar a sociedade e a civilização na Religião de todas as religiões não há soluções.

Nos Oito Passos para a Salvação ensinados pelo Senhor Buddha os Cindo primeiros: Compreensão Justa, Pensamento Justo, Palavra Justa, Acção Justa, Meios Justos representam uma mudança de orientação da Vida. Os três Passos restantes, do Caminho dos Oito Passos, referem-se a uma relação com o Divino. Estamos confrontados com doenças e problemas sociais insolúveis por ignorância da verdadeira natureza humana, o conhecimento de si-mesmo.

Na recuperação de drogados a base do tratamento é: o comportamento do doente face à doença; face aos tratamentos; face ao meio ambiente; face à sociedade. ([i]) Esqueceram de acrescentar o mais importante porque não sabem: o comportamento do doente face a si-mesmo como ser Espiritual e Divino. Todos os itens citados são questões processuais acompanhantes do processo, mas não a sua causa original. Por razões ideológicas – ver tudo as partir da Matéria e não do Espírito, distorcemos a realidade porque tendo sido ensinada pelos Instrutores da Humanidade o ensino não é reconhecido. Na análise daquilo que temos para resolver vimos que qualquer progresso evolutivo só pode ser alcançado, seja qual for o problema, se adoptarmos a sequência cósmica que Buddha ensinou e é repetida nos sistemas posteriores com outras formulações analógicas, muito esclarecedoras. Dou como exemplo a profilaxia da Sida, o autor equaciona: mudanças de práticas sexuais; promiscuidade nas grandes cidades; prostituição; frequência das doenças sexualmente transmitidas; hábitos alimentares; efeitos psicológicos do modo de vida. Por outras palavras, sistematizou algumas das relações periféricas e procura satisfazer as necessidades do animal; nem uma palavra sobre as necessidades do Espírito, a razão de todas as causas. Verificada a inoperância da receita e das «manipulações» proclama:”agarro-me a qualquer futuro; é necessário viver com discursos palpáveis, dar utilidade ao silêncio; ajudar até cair de cansaço; amar até se reerguer; aprender a simplicidade perante o indizível”.... Uma explosão afectiva de quem se sente perdido!

A tóxico-dependência ou se cura desde a nascença ou suporta-se! A falta de uma Religião-Ciência é tão má como a carência de um aleitamento adequado, ou subnutrição da criança que lhe causa lesões cerebrais permanentes e a torna incapaz de aprender. O problema é a incapacidade de viver como um ser humano e orientar a vida perecível pelos valores do seu Eu Espiritual Imperecível. Ser drogado ou não ser drogado, pelo «ópio do povo» ou do «passador de droga», pouco difere. Todos estão drogados de tanta coisa...!? Desde 1950 há psicotrópicos cada vez mais poderosos e apesar deles a mente está em guerra! A tóxico-dependência é uma das doenças da mente, com componente orgânica, além das reconhecidas lesões da «alma», das substâncias dos veículos, por falta de apoio da Religião-Ciência, na família, ambiente, escola.

O erro e o mal são destrutivos de toda a Substância. É um processo analógico a abrir num computador uma disquete com um vírus que destrói todo o sistema e o torna irrecuperável. Entre os objectivos da evolução humana não está o Homem assumir-se como um animal, que não é, mas como "filho" do divino, que é. Em nenhuma circunstância o Homem aceitará teorias religiosas, científicas, filosóficas, em suma, culturais, contrárias à sua natureza. Se for discordante da sua natureza, não é verdade.

No contexto dos Dez Mandamentos e na mudança operada no Homem, da Queda para a Ascensão, houve uma mudança em espelho do II e III Princípios da Doutrina Secreta tal como no Pai Nosso (Ascensão) em relação aos II e III Mandamentos (Queda), importa aprofundar o II Mandamento – a proibição de fazer imagens ou semelhanças. Não pensem que é destruir todas as imagens de santos. (Ver Norman Cohn). Na Religião-Ciência chama-se imagens às imagens Divinas do Plano Búdico, da Intuição, no 3º Sub-plano chamado Âkâsha (o plano do espelho). Estas imagens reproduzem-se nos níveis de Âkâsha dos Planos abaixo, Mental, Astral e Etérico (Físico Superior ou Astral inferior). As imagens reflectidas são chamadas semelhanças. O Homo foi feito por Deus à sua imagem (búdico) e semelhança (mental, astral e física).

A memória determina registo nestes níveis e sabe-se que é preciso distinguir a «imaginação» um processo relacionado com a formação de imagens, da fantasia, algo sem relação com as imagens Divinas, a realidade. Daí o termo memória e reminiscências, sendo as reminiscências a relação com as imagens e semelhanças. À reflexão das imagens nos três Planos seguintes são os termos: 1. Imagem. Búdico, 2. Criação, mental, 3. Formação, Astral ou Éden e 4. Geração ou Físico

[i]     Lucien J. Engelmajer, O Dever de Acabar com Drogas e Sida, Le Pâtre.

Renascença. Ciclo Espiritual Histórico. Nova Qualidade de Vida

Paul Faure começa o seu livro sobre O Renascimento (Pub Eur.-Am.) assim: «A palavra Renascença, na sua acepção primeira, pertence ao vocabulário religioso... Traduz a palavra palingenesia da teologia grega... na linguagem mística, renascença e regeneração são sinónimos. Pela graça, pela purificação ... ou então pela ascése, retoma-se uma vida diferente e melhor: renasce-se para a vida». Calvino, nos comentários ao Ev. João, usa indiferentemente o significado de reformação, regeneração, renovamento. «Não oferece grande dúvida que os seus contemporâneos, no entusiasmo das grandes descobertas... acreditaram assistir mais a uma regeneração espiritual do que a um regresso análogo ao da primavera...» O autor diz que é uma palingenesia que significa Reencarnação, Metempsicose. É se entenderem que além do Homo mortal, perecível que transmite os seus átomos de uma para outra vida, de facto há o Homo Espiritual superior ou Imperecível que até agora mal se manifesta por falta de condições e erros evolutivos que criaram bloqueios.

Os religiosos interpretaram o Renascer de vários modos: morrer para o pecado e renascer para um Cristianismo original; recuperar a Filosofia Greco-Romana; a”ressurreição” da Antiguidade; e, finalmente, os mais Esotéricos, a tradição Esotérica (revivescência da Cabala, Hermetismo como primeiro passo para o nascimento do Novo Homem, com acesso ao Eu Superior. Para a maioria, com o afluxo de riquezas que as Descobertas marítimas trouxeram, a Renascença foi: «A fortuna e o saber conferem a independência, isto é, a felicidade, a alguns privilegiados, como a Graça Calvinista aliás.» A Renascença acabou por ser uma grande curiosidade intelectual, renovação de ideias, mas um retorno à escravatura e à exploração que fez alguns muito ricos e levou ao grande capital e à maior miséria. A Renascença não chegou a ser Ressurreição e foi reduzida à boa vida material e a um aumento enorme da sensualidade e apetência afectiva. O nascimento do Homo Espiritual, acabou em muitos teres e o poder de escravizar os outros, que explica porque somos infelizes! Tem a consciência a Trino Sabedoria dos Mestres está a tomar um curso que tem todos os indicadores para temer que o mesmo erro se repita? – O Renascimento do fim do século XXI pode ser mais uma mera Renascença incapaz de trazer a regência do Eu Superior e a Paz e bem-estar à humanidade.

Até a Arte e a Ciência podem causar distúrbios psicológicos desta natureza quando o terreno de cultura é infértil, impróprio de um ser humano! É impossível evitar tais acidentes enquanto o Homo não tiver acesso ao nível da Mente do Mundo Espiritual. Há poderes libertadores determinados pelo despertar da mente objectiva ou científica. Temos o dever de encontrar os paradigmas da Nova Idade (como os Romanos instituíram os da Civilização recém terminada), e apresentá-los aos homens. Se não conseguirmos, morremos antes de compreender qual a mensagem mais adequada aos tempos. Em algumas Universidade começa a haver um interesse e cursos sobre o Esoterismo Ocidental – desde Pitágoras, Platão, Neoplatónicos como Plotino e Orígenes, a filósofa grega Hipátia (c. 370-415), mulher genial que ensinou na escola Neoplatónica e foi mandada trucidar por um Bispo, em Portugal o mártir Bispo Prisciliano e os seus discípulos. Mais tarde, Giordano Bruno, os Neoplatónicos Florentinos que tiveram influência em Portugal, em Camões, João de Barros, etc. Recentemente, Fernando Pessoa, Lima de Freitas, e um grupo numeroso, abriu caminhos ainda por divulgar e não têm o merecimento devido. Fica entendido que o sentido da Renascença devia ser o 2º Nascimento, da Promessa recebida no período Cretáceo da Era Secundária e estamos a alcançar o ponto crítico da mudança da mente em que a transformação da personalidade (Ressurreição) é possível. Quando acontece é abrupto o nascimento em nós o outro Homo diferente do Homem Velho.

No superior o Divino é o todo compassivo; no inferior, na personalidade é o aspecto de tremor e temor. A Lei do Karma é retributiva - benéfica para a conduta justa; terrível para a conduta injusta. Diz:

 

«A dominância de uma filosofia materialista que considera a mente e a consciência fora do alcance da lei tem encorajado a popularização do”faça aquilo que lhe apetece”, invocando a liberdade de pensamento e de acção. As pessoas pensam e agem assumindo que são livres de fazer o que gostam. A distinção entre bem e mal está a desaparecer gradualmente e a única coisa que leva algumas pessoas a pensar que uma coisa é má - é o medo da punição física directa. (...)» I. K. Taimni

 

«Quem adoptar métodos de terror ou fizer outras iniquidades sob a ilusão de ser suficientemente poderoso para evitar qualquer retaliação, deve saber: a reacção retributiva é inerente a cada uma dessas acções e aparecerá de algum modo, algures, mesmo que não haja hipótese de isso acontecer, nas presentes circunstâncias». Taimni

 

Quem matar pelo terror, morrerá pelo terror. Quem atemorizou será atemorizado, em proporção. Quem brutalizou será brutalizado. Tal acontece por a Vida estar sujeita a Ciclos da Qualidade do seu Karma-Nemesis. A miséria e infelicidade humanas não têm cura nelas mesmas! Quem anseia pelas forças libertadoras de retorno ao Divino, morador do Homem, tem de equilibrar as forças de aprisionamento no Mundo Temporal, regulamentadas pela Lei do Karma. Um modo de se libertar da prisão ao Mundo Temporal é centrar-se no Mundo Espiritual. Em termos de equivalências, o Mundo Temporal é o infra-diafragmático; o Espiritual, é o acima do diafragma, o tórax ou coração e a cabeça, os dois mundos superiores. Se estiver centrado no coração, Compaixão, Fraternidade, Harmonia, e "ignorar" quanto venha de «abaixo do diafragma», liberto-me das Leis da Polaridade, Ciclos, Karma, Evolução. Isto é válido até no modo com a «alma» sai do corpo no pós morte. Pode sair acima do diafragma e vai para Planos elevado ou para baixo... 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

MENTE CIENTÍFICA LIBERTADORA

A Libertação pelas Leis, das limitações da Mente Temporal

A investigação em Ciência Esotérica, não se destina a descobrir verdades superiores, essas foram ensinadas pelos Mestres; é necessária para ganhar experiência. O Senhor Buddha deu o exemplo de bem-fazer: sendo o maior Deus da nossa Humanidade, quando chegou o momento de libertar a Humanidade através da sua própria Iluminação, experimentou todos os métodos de despertar espiritual e, por alguns, esteve à morte. Justificou o que já sabia, os métodos seguidos eram perigosos e ineficazes, testando-os como testamos um medicamento. Depois disse: comprovei por experiência própria: deu-nos o Método dos Oito Passos.

Quando o especialista vê que o Cristianismo é uma «cópia» do passado, de religiões que considera falsas, que não salvam, etc., perde-se ingloriamente ao querer provar que a Religião oficial é Verdadeira, tudo aquilo que diz não é fundado em factos positivos e em muitos casos é irracional e incongruente com outras tradições religiosas, a primeira causa das guerras religiosas. Os Mestres conhecem as causas da infelicidade humana; nós vivemos n”Eles. É habitual descrevê-las em Sânscrito, a língua original da 5ª Raça Ariana e chama-se a Filosofia dos Kleshas: o encadeamento das Cinco Causas do nosso Sofrimento que foi caracterizado e dito que a Libertação do Sofrimento é o inverso, um processo de ascensão:

 

 

           Ignorância (Avidyâ)

Þ           Consciência do Eu separado (Asmitâ)

           Atracções (Râga) e

Þ           Repulsões (Dvesha)

           Desejo de viver, de "sentir" (Abiniveshâ)

 

 

DOUTRINA DOS KLESHAS, DAS INFELICIDADES

 

A doutrina dos Kleshas é fundamentada em realidades cósmicas rigorosas e bem estabelecidas. Não é uma teoria que amanhã deixa de ser válida e por isso lhe chamámos Filosofia para lhe acrescentar a qualidade do Imperecível. O Cientista está preparado para ver qualquer teoria como um passo para a realidade sujeita às nossas limitações. Aquilo que os Mestres deram ao mundo ao transmitirem os fundamentos da Teosofia e deixando em aberto, quase tudo por fazer, são doutrinas com um grau de Verdade e Rigor a que não estamos habituados e por tal motivo não podem ser colocadas lado a lado com teorias científicas muito transitórias. Os cinco Kleshas, foram decisivos para psicólogos (o modo como se concebe o desenvolvimento da mente na criança é esta sequência). A Libertação Espiritual de quatro níveis, é um movimento inverso:

·        Não desejo de viver para si: não podemos substituir o desejo de viver por nenhum desejo. Ficaríamos inertes. Mas podemos desejar a satisfação das necessidades da Vida tanto como as nossas.

·        Não Atracções - Repulsões: temos de substituir os desejos exteriores por desejos de vida interior que transcende os opostos. Não devemos eliminar as atracções e repulsões, mas ser atraídos por um intenso amor pelo Mestre.

·        Não Eu separado: não basta eliminar o desejo de viver para fora, devemos aspirar a uma vida integrada no Mestre. E não podemos anular, de modo arbitrário, a força que nos projecta no exterior, sim através de um método de passos encadeados. Se os Kleshas são as causas da nossa assimilação à Matéria, invertamos o processo. O desejo de viver para fora tem de ser anulado por um desejo de limpeza da mente, sem contaminação exterior; a repulsão substituída por uma mente aberta que olha em igualdade os dois pratos da balança e não rejeita nem aceita; a atracção pelo pólo oposto, entendida como amor, por uma pureza de amor unificado, sem pólos; o eu separado, criado pelo mental, por uma inteligência acima do mental; a verdade exterior, susceptível de deformação, substituída pela recta vivência da Verdade interior.

·        Não Avidya: não ignorância do Supremo. A realização do Caminho do Yoga. Entraremos nesse Caminho quando dermos os Cinco Primeiros Passos de uma Escada de Ouro para a Perfeição humana, inversos aos Kleshas, os Cinco Passos da Queda na Matéria, todavia, percorridos de baixo para cima: Vida Limpa Mental aberto Coração Puro Inteligência aguda Percepção espiritual sem véu.

Quando quiserem estudar os passos da formação da mente individual em cada novo nascimento (reencarnação) eles são os Passos dos Kleshas. Quando pensarem sobre o processo de libertação da mente pela unificação no Ser, ou sabem a sequência algorítmica dos passos, agora de baixo para cima ou, literalmente, não entendem e nenhuma fraseologia emocional, afectiva, melhorará essa ignorância de base que os «espiritualistas» sentimentais praticam. De facto, na recapitulação da formação do Eu da criança, há uma sequência idêntica que os psicólogos ingleses demonstraram mas não sabiam (?) que era um conhecimento milenar. Em Idade de Ciência - sabe ou não sabe - e se não sabe escusa de disfarçar a ignorância porque se o fizer é uma irresponsabilidade com altos custos colectivos, que vai punir a sua vida, por melhor que tenham sido as intenções.

A Libertação é possível, e tem sido o método seguido pelos que alcançaram a Perfeição Humana, se percorrermos o encadeamento dos Kleshas em sentido inverso: partimos do desejo de vida separada, e substituímo-lo pelo Desejo de viver a vida como um todo holístico. E assim sucessivamente... até Vidyâ, o Supremo (o contrário de Avidyâ). O modo como a mente da criança desperta segue a sequência dos Kleshas. Assim, no processo de inversão, o Homem tem de ser criança, agora de baixo para cima. Espero que as alusões ao deixai vir a mim as crianças seja compreendido de modo científico, rigoroso, e não mistificações sensuais.

Voltemos aos Três Meios de alcançar o Conhecimento Justo descritos por Patanjali. Enquanto não podemos intuir este conhecimento por identificação total com ele, temos de nos apoiar no conhecimento transmitido pelos Mestres e experimentar. Nunca substituir conhecimento por crença. Nunca corrompam a Diana Efesina (de Phêsi).

«O conhecimento justo (baseia-se em) conhecimento directo, dedução e testemunho». Patañjali, 1:7. É um Sutra fundamental.

Se não temos acesso ao conhecimento directo, podemos encontrar apoio, uma base de estudo coerente, no testemunho dos Mestres que nos dizem: isto é assim. E podemos confirmá-lo por Dedução. Os Mestres todos Eles vêm dar o Testemunho, a que chamaram Phêsi. Ao assumir o ensino do Mestre como verdade para ser experimentada, deduzo directrizes, pelo método Zetético de investigar. Exemplo: a Psicologia Moderna abriu o Homo ao estudo sistemático e científico da sua mente. No processo do”despertar” psicológico da criança dos psicólogos modernos há um percurso idêntico ao citado no Yoga por Patañjali, que descreveu a sequência que leva o Homo à Queda na Matéria: o processo cósmico da Antropogénese, do Psicodesenvolvimento e da Auto-realização. Saudemos os psicólogos que tocaram algo que no futuro pode descodificar o símbolo da Criança. A criança evolui de baixo para cima. Progride da Mente Elemental para a Personalidade Humana, e desta para o Eu Superior, tal como foi ensinado na sequência dos Kleshas. Em cada novo nascimento, a criança desenvolve-se psicologicamente de baixo para cima, no sentido contrário à génese dos Kleshas, o encadeamento das causas de obscurecimento da Mente determinadas pela Queda na Matéria. Tudo o que é temporal é perecível, dispersa-se com a morte, a cada novo nascimento corresponde uma recapitulação segundo as capacidades já desenvolvidas. O nascimento da criança espiritual (deixai vir a mim as crianças) é um nascimento reverso. É uma Ressurreição. 

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Sobre a necessidade de Reformar a Cultura pela Verdade

O Homo pela sua constituição elementar das vidas ardentes é um equilíbrio entre vidas ardentes construtivas e destrutivas e essa génese leva-o a oscilar entre Vida e Morte, Amor e Ódio, Lei e não Lei, Bem e Mal. Para evoluir tem de ter uma experiência dos dois lados e reconhecer como se mantêm em equilíbrio. Se compreender que a vida é estabelecer esta Harmonia melhora muito:

·        Os Seis Reinos exteriores em relação ao Reino único ou interior, com sentidos opostos, os que levam à individualização e o da Unificação.

·        O Homo Temporal ou inferior oposto ao Espiritual ou Superior.

·        A Vontade Emocional, vinda pela Natureza como força individualizadora e a Vontade Divina em nós, vinda de cima, como força Unificadora.

·        A Verdade do Ser oposta à não Verdade dos seus veículos e a unificação quando se alcança a sintonia entre a verdade exterior e a verdade interior.

·        As duas Sabedorias funcionais: da Essência e da Existência, em equilíbrio, como positivo negativo, masculino e feminino, animus e anima, etc. A diferença entre o certo e errado ou verdadeiro e falso e o bem e o mal.

·        A diferença entre Instrução, da Existência, de fora para dentro, e a Instrução, de dentro para fora. Entre as Leis Existenciais e a Ética, o Essencial.

·        O equilíbrio perfeito que reina no Universo em que os factores de expansão têm de ser compensados pelo da não expansão de modo a manter o factor ómega igual à Unidade.

·        A Mente localizada e não-localizada. O consciente e o inconsciente.

·        A diferença entre os separados (fariseus, vontade emocional) e os unificados. Entre Andróginos, dois sexos no mesmo e sexos separados.

·        A diferença na Luz entre partícula e onda: substâncias e campo de ressonância. Os cinco pães ou veículos da Existência e o vinho da Essência.

·        Os próprios Caminhos são opostos: de Queda e Ascensão com um sentido único. Admitir um Caminho que pode ser progressivo ou regressivo, de vida e de morte, de perdição ou de salvação, de revelação do Ser Divino que em nós habita ou de isolamento do Ser Divino.

·        A existência de «pontos críticos» num caminho de desenvolvimento. Parece não haver mudança até ser alcançado o ponto crítico (antes de alcançar o ponto de ebulição a água não ferve, a matéria não liberta energia).

·        A necessidade de haver uma Paidéia um fim último, um Télos para não haver regressão.

·        As palavras derivam de etimologias que são construtivas e destrutivas e temos de saber como as utilizar porque esses sons interferem com as vibrações dos nossos corpos (pensar sempre no corpo físico e nos corpos da alma natural). Confirma-se a Ciência pelos significados dos Étimos. O modo de falar, a musicalidade da nossa voz devia ser mais trabalhada porque dela depende o Destino de cada um.

·        Os dois Homens abrangidos pela Evolução são criados, formados e gerados, de tal modo que o inferior é analógico do superior. Os dois Homens Evolutivos (o Terceiro Homem é o Divino que paira acima da Evolução) são os dois Gémeos dos Mitos, Rómulo e Remo, Abel e Caim, etc.

Olhemos de novo a Árvore da Vida em que há uma reflexão das Três Supremas. A primeira Suprema reflecte-se três vezes:

 

A.       Beleza, capacidade de restabelecer a Harmonia perdida, tudo o que for introduzir Beleza na Vida tem uma função apaziguadora, beneficente, traz o Bem à Vida, anula as forças malignas. A necessidade de emporcalhar, de sujar tudo, de poluir, não limpar, como os «suja paredes» revolucionários», sujeitos a baixos instintos fazem. A própria ordenação do lar, a funcionalidade com Beleza é essencial. É o aspecto Vontade Divina manifestado pelo Filho Cósmico.

B.       O Dever de transmitir os Verdadeiros Testemunhos de Sabedoria e Ciência. Uma religião ou ciência viciada, uma por dogmas sobre a palavra do livro, a outro sobre teorias fundadas nas ideologias no poder são faltos testemunhos que desorganizam o Adam Evolutivo. É a esta Sephira que é dado o nome de Deus Vivo topo Poderoso, com a indicação: façam tudo o que puderem para não cair nas mão deste Deus Vivo que vos julga e condena, se não souberem como se podem libertar dos Males e Erros, por via da Ciência e Sabedoria. É a imagem do 2º Aspecto da Trindade como avaliadora da Evolução Humana para o Divino que transforma em cinzas tudo o que contrarias a Evolução, logo, os malfeitores que dominam o mundo. Ou os ensinamos a viver para a Evolução para o Divino que é o objectivo da Evolução Humana ou eles serão sacrificados por causa da nossa inércia e incapacidade de ajudar. Não basta condenar, é preciso salvar e os salvadores são todos os que tiverem acesso à Sabedoria Divina, esses podem fazer de Terapeutas e curar a Vida doente.

C.      A não cobiça ou não egoísmo e ele revela-se sobre as coisas ou sobre as pessoas. A abominável canção materialista revolucionária que nos diz que temos sentidos e necessidades de coisas de prazer e «comer» a vida e o ânimo de outros seres humanos por prazer. É o Aspecto do Espírito Santo que opõe ao Egoísmo o Holismo, uma só Vida e a Fraternidade para com todos os Seres, sem excepção.


terça-feira, 8 de setembro de 2020

O Fariseu, Homo Separado, e as Três Jóias Espirituais

As dificuldades em entender a alma colectiva portuguesa resultam desse conflito entre o superior e o inferior, entre Eros e Tanatos no sentido em que Freud o utilizou, com muita precisão. A pior coisa a acontecer ao Português é roubarem-lhe o Conhecimento Arcano, a sua arqueologia ancestral. Tem necessidade de regressar às suas origens natais e às suas origens Divinas, mais sonhadas do que realizadas. Os vícios adquiridos numa ocupação colonial do mundo tornaram o Português violento, consumista básico enquanto não despertar pelo Espírito.

O Fariseu. Se o Homo se libertar dos conflitos impeditivos da revelação da Verdade nele existente, fica em condições de assimilar o ensino dos Mestres. Se continuar escravizado, deforma qualquer tipo de ensino. Todo o conhecimento, a Omnisciência, e todo o Poder, a Omnipotência habita o centro do Homo. É ”filho” de Deus disse Cristo. O Ciclo de Necessidade por ter dois Caminhos (Margas) um de Descida na Matéria seguido de outro de Ascensão ao Divino, determina a separatividade cósmica que é parte do processo. O Senhor Cristo, com muito rigor etimológico, os chamou: Fariseus. Fariseu, do Gr. Pharisaios, significa: separados. Quem tiver como limite superior o mental é um fariseu. O Mental é o limite máximo da Personalidade, e do Mundo Temporal; não é o limite do Homo, consciente em três Mundos. Os Instrutores Religiosos têm de servir de referência porque não é possível ao Homo na fase de Queda na Matéria ter o vivido da sua identidade Divina.

Os doutos fariseus começam sempre as suas exposições por uma apologia do mental. A História do Homo é a história do pensamento, dizem eles. Não é verdade; a criatividade está acima do pensamento! Os rodriguinhos da verve bem pensante significam: ser ateu e agnóstico, em ar de desafio ao Universo. Alguém que só conhece o Cadáver e o Sepulcro, e o seu limite máximo é o Pensamento, o tecto do Homo temporal, julga-se detentor da Sabedoria. É um terço de Homo, ainda não é Homo, vangloria-se disso! A condenação dos fariseus não está em serem fariseus, porque isso é inevitável, os «filhos da mulher», ou filhos biológico de muitas mães e muitos pais, são fariseus. O”cadáver” é um fariseu, um dividido! Mas o Eu Superior, o Unificado, o «filho único do Homem», da Virgem, esse não é fariseu!

As Três jóias Espirituais. Buddha introduziu o Caminho das Três Jóias dos Mestres da Hierarquia de Compaixão: a Religião Ciência; a Presença dos Mestres; e sociedades de harmonia religiosa e científica. Embora exista uma recomendação especial do Senhor Cristo para nunca interpretarmos à letra os ensinamentos de Seres Divinos, com uma condenação formal dos fariseus por causa disso, a História da Reforma, no início do sXVI, e a contestação à rigidez doutrinária da Igreja, não se fez para revelar o espírito oculto dos textos Sagrados que, postos no altar, servem para «reprimir».

Encontrar o Caminho da união entre o Ego inferior e superior é ser capaz de ter acesso à Filosofia Divina que dá as referências justas. As Reformas religiosas interpretam o sagrado mais à letra, mais errado. Os ardorosos missionários passaram a andar de livro na mão para provar o que lá está escrito. Nunca houve uma dissidência religiosa para universalizar o Cristianismo como Sofia.

As dissidências religiosas são fúteis. Se o Homo não tiver acesso ao Eu Superior o seu limite superior é o mental; fica separado da sua natureza divina e o mal acontece! O que vos transmiti, se for aprofundado, permite-vos fazer, com rigor científico, os vossos X Mandamentos baseados na Ciência Divina. Então, sabem! Os cientistas, políticos, etc., autoproclamados ateus e agnósticos, e os religiosos de crença são fariseus. Os meios Protestantes usaram métodos inquisitoriais idênticos à contestada ortodoxia; quem procurava os caminhos do espírito, foi martirizado. Miguel Servet (1511-33), um notável anatomista ibérico, é um exemplo: queimado vivo em Genebra, é o Giordano Bruno do Protestantismo.

«Os homens bons espiritualizam o seu corpo; os homens maus materializam as suas almas (alma natural).» Whichcote.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Erros das revoluções culturais. A natureza do Esclavagismo

 No processo da Evolução, os Portugueses, não sendo nem melhores nem piores do que a média dos outros, tinham uma missão específica, nos próximos Ciclos, afim da qualidade. Se conseguir despertar para os valores Espirituais, aqui apresentados segundo o ensino da Filosofia Divina dos Mestres, então, a humanidade pode ver abreviados os seus muitos sofrimentos e infelicidades. Abre-se uma Idade de Tolerância, se virem que este étimo é da raiz Lat. tollo: elevar, levantar, consolar e consoar, consoada e consoantes que é fazer soar com ou em uníssono na Palavra Justa. Signo das Trombetas, a base de consoantes da Língua, etc.

O nascimento do duplo-astral, o corpo da 1ª Raça, a partir das”vidas ardentes”, construtivas e destrutivas, no início da Vida na Terra, há 320 milhões de anos. Exemplo da dualidade existencial: força de Thanatos, que leva ao egoísmo, à separação e à morte; e a força de Eros que leva à unificação. Esse confronto das”vidas ardentes” opostas entre si, na vida sexual as oscilações entre uma e outra conduzem a situações conflituais perigosas, que liga o sexo aos maiores crimes. A estabilização foi alcançada no período Devónico da Era Primária há 150 milhões de anos.

A Sabedoria de Sofia é a «Ciência dos princípios» e aparece hoje como uma necessidade psicológica mais do que uma necessidade de Saber. Muitos a chamam Sabedoria Antiga. Uma”devoção” anormal ao tempo dos dinossauros, do ponto de vista do inconsciente e dos seus recalques, é sem o saberem o retorno às origens do gigantesco e muito poderoso Homem completo no Cretáceo da Era Secundária, a Era de Prometeu. Era um dino-Homem, entre os dinossauros, numa dinoterra. Sejam conscientes ou não, esse Poder inconsciente vive em vós. E sem Trino-sofia aumentam muito as vossas Forças obscuras!

O termo arqueologia, do Gr. archaiología, significava: lenda, história da antiguidade, diz o Dic. Etimológico de Pedro Machado. Na tradição universal dos povos existe um conhecimento dado pelos Seres Divinos que nos descrevem os quatro Tempos e Planos da Evolução. Ao fazer o estudo comparativo das tradições, desde que haja uma sabedoria mínima que permita interpretar bem, alcançamos um conhecimento da arca, do Gr. Árcho, ser o primeiro, mostrar o caminho, ser arconte. António Quadros acha que os arqueólogos antigos estavam voltados para o céu e para o conhecimento”herdado do céu” pelos povos, a Verdadeira origem, o que é eternamente vivo, isto é, respeitavam, preservavam e veneravam a Sabedoria Arcana. Hoje os arqueólogos estão voltados para os fósseis, o morto. O termo arcano, do Lat. Arcanu significava: escondido, secreto, misterioso. Para que o Homo pudesse descer na Matéria foi obrigado a ignorar as suas origens. O conhecimento Esotérico não podia ser dito ao grande público mas era ensinado em Escolas, aos que podiam usar a dádiva da Sabedoria Arcana ou Esotérica para a felicidade da Vida. Foram destruídas pelo Cristianismo.

sábado, 29 de agosto de 2020

HUMANIDADE: LIBERTAÇÃO – QUEDA



A força que leva à Queda na Matéria e à avidez pela Maçã, necessária para nos abrir os olhos do Conhecimento exterior, é tão forte que foi comparada à Sede insaciável, Trishna, em regra representada por um Veado sequioso à procura de água, até cair exausto de cansaço. A mulher é escravizada (por ter de dar à luz) enquanto não substituirmos a vivência de Deus fora de nós pela vivência de Deus em nós. Esta é a base da libertação da Mulher.
«Uma atmosfera de paz no mundo só pode ser estabelecida por um fluxo constante de pensamentos e sentimentos amistosos, gerados por um grande número de pessoas».
Sem dúvida é preciso restabelecer no mundo um fluxo de pensamentos de Sabedoria que inclui a Bondade e a Ciência. Também é uma forma de Ahimsa, não matar, nem rejeitar a Ciência dos Mestres, que é não ser capaz de explicar o Mestre numa base de Verdade sem lugar para dúvidas. Em caso algum posso ignorar todos os ensinamentos dos Mestres e justificá-los com dados objectivos para os acreditar. Dispensar o ensino dos Mestres é loucura!
Jesus disse, João 4:14: aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se converterá nele numa fonte de água que o conduz para a vida eterna. Há na mente humana duas forças simbolizadas por Água: as conducentes à vida mortal e as da vida eterna. Para anular a sede insaciável da vida do cadáver (na Árvore da Vida), temos de a equilibrar com a água da vida eterna que, por ser infinita, sacia plenamente. Para dominar as emoções temos de transformar a emoção sensual na Intuitivo e da Vontade.
As mudanças culturais exigidas pela 6.ª Raça são tão profundas que têm de ser progressivas, sem recalques. Fica estabelecido que o encontro com o Cordeiro de Deus, que a 4ª Lei representa, é exigente: as cinco Abstenções e as cinco Observâncias é o método que nos permite instituir uma Cultura de Verdade, Bondade e Justiça (sem repressão), se forem capazes de ser o que aqui se pede. Porém, saímos de um Ciclo de Queda exagerada e tormentosa e temos de estabelecer uma Cultura Espiritual fundamentada e compassiva. As classes educadas devem orientar a vontade do povo e o modo Justo de o fazer é pela Sabedoria.
A literatura portuguesa continua bloqueada pelo medo e vergonha de aceitar a Filosofia Perene como fonte original de todo o Saber dado aos povos. Ignorar o ensino entre 1875-1900 é uma fuga patológica. O problema da Atlântida foi escalpelizado. A. Quadros não o podia ter ignorado.
Os que estabelecem uma relação íntima entre o povo Português e a Raça Atlante vêem que têm em comum serem regidos pelo 4º Raio. Jorge Dias cit. por António Quadros ([i]) faz esta análise: «ao contrário do que muitos disseram, o Português não degenerou; as virtudes e os defeitos mantiveram-se os mesmos através dos séculos, simplesmente as suas reacções é que variam conforme as circunstâncias históricas. No momento em que o Português é chamado a desempenhar qualquer papel importante, põe em jogo todas as suas qualidades de acção, abnegação, sacrifício e coragem, e cumpre como poucos. Mas se o chamam a desempenhar um papel medíocre que não satisfaz a sua imaginação, esmorece e só caminha na medida em que a conservação da existência o impele. Não sabe viver sem sonho e sem glória».


[i]     António Quadros. Portugal. Razão e Mistério. Ibid

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Deus Fora de Nós ― Queda. Deus em Nós ― Ascensão


Os Dez Mandamentos são necessários à vida que desce na Matéria para não ultrapassar os limites. O Caminho dos Oitos Passos do Senhor Buddha é um Caminho Ascensional. São Caminhos opostos dirigidos a dois tipos distintos de homens. Ambos certos. Nos Dez Mandamentos, é visível a intenção de propiciar experiências de sensualidade controlada. Há um Ciclo de Queda na Matéria a esgotar. Nos primeiros tempos da formação do Homo parece haver, como em todos os desenvolvimentos ontogénicos dos corpos e da mente, uma repetição da filogénese, uma individuação, em base sensual e de desejos. Essa sensualidade teria por limites os dez pontos em que a vida individual colide com as necessidades ou a existência dos outros. Já devia ter visto que as Leis são Imperativos Categóricos, não opiniões, cumpre bem é feliz, cumpre mal é infeliz.
Nos Dez Mandamentos nem uma palavra sobre Deus em nós. O Deus dos dez Mandamentos é um Deus exterior ao Homo, o Deus separado da fase Descendente na Matéria. Apenas se pede que não seja colocado nenhum Deus exterior, acima de Deus, mas não se diz que Deus pode ser encontrado em si mesmo, porque primeiro tem de ser vivido fora de nós para ser mais tarde revelado em nós, o Templo fora de nós é substituído pelo Templo em nós. Logo, as regras são diferentes conforme o estádio da mente. No Yoga que corresponde ao treino da Ascensão para o Divino as regras são mais rigorosas e intensivas: no Caminho de Libertação mais praticado, o do Raja Yoga; são ensinados Dez Objectivos, sob a forma de Cinco Abstenções e de Cinco Observâncias. As Cinco abstenções relacionam-se com a vida Temporal, as Cinco observâncias, a experiência Espiritual das Leis Divinas, do Eu Superior.
No Homo em Libertação, Deus existe no próprio Homo e aí deve ser procurado. No Homem em Libertação determina-se a abstenção do sexo; no Homem em Queda especifica-se a não cobiça da mulher do próximo e o não adultério - a sensualidade é condenada se contender com a vida dos outros. No Homem do Raja Yoga a sexualidade é ilegítima como satisfação de desejos que não sejam espirituais e é um poder difícil de alcançar. A propriedade não é desaconselhada, salvo, se for obtida à custa dos bens legítimos do próximo. No Homem em Queda os bens materiais são permitidos; no Homem em Libertação os bens são apenas os indispensáveis para o tipo de trabalho a realizar.
Até a mentira é limitada à falsa invocação da palavra de honra em nome do Senhor, do Eu Superior (III M.), ou dar falso testemunho (IX M.). Ahimsâ, a primeira abstenção do Raja Yoga, é em regra traduzida por não matarás e assim é expresso na maioria das Religiões como Judaísmo, Cristianismo, Mahabharata, etc. No Yoga também se diz o mesmo, de modo mais profundo: Ahimsâ é não matar, mas também - não lesar, não fazer sofrer por pensamentos, palavras ou acções. Afinal, podemos matar de muitos modos até pela difusão de ideias falsas ou más para a revelação do Divino em cada Homo. No Geeta de Krishna vêem que o não matar cósmico é Sabedoria de Cristo, porém, não ”matar” o Mal é matar o Bem.
Um enigma! O 6º Mandamento de Moisés é o Cordeiro, a ligação à consciência espiritual, a 1ª Abstenção do Raja Yoga. Em todos os tempos quem aderir a um desenvolvimento espiritual tem de abdicar do sexo; o inverso, é desaconselhável. A limitação sexual do Clero, com proibição de casar, é mal entendida. Os padres ficam doentes e sentem-se “reprimidos”.
A contenção sexual foi ensinada por Jesus e por S. Paulo. Na realidade, a união do Eu Temporal ao Eu Espiritual, necessita de uma perfeita Libertação Sexual, porém a repressão sexual é um modo infalível de não alcançar o objectivo. Um dos primeiros teólogos, Orígenes (185-254), que ensinou a Teosofia Cristã, é o exemplo do que não se deve fazer. Aos 18 anos de idade começou a praticar este saber e não era capaz de exercer um controlo sobre o sexo, resolver castrar-se a si mesmo, para melhor cumprir as regras (Mat. 19). Ninguém se libertará do sexo por castração; quem estiver dependente do sexo terá esse problema sem corpo.

HOMEM EM LIBERTAÇÃO
HOMEM EM QUEDA
Procura libertar-se do jugo do mental e da matéria
Deseja envolver-se no mental e na matéria, no «gozo» das coisas
Deseja silêncio, tranquilidade, sossego da mente
Quer excitação, movimento, sensações fortes, estímulos
Procura em si mesmo a paz, força e conhecimento
Procura no exterior a excitação, o poder e a gratificação dos sentidos
Solidão e ambiente pacífico são condições essenciais
Foge à solidão, ao encontro consigo mesmo, à tranquilidade