sábado, 29 de agosto de 2020

HUMANIDADE: LIBERTAÇÃO – QUEDA



A força que leva à Queda na Matéria e à avidez pela Maçã, necessária para nos abrir os olhos do Conhecimento exterior, é tão forte que foi comparada à Sede insaciável, Trishna, em regra representada por um Veado sequioso à procura de água, até cair exausto de cansaço. A mulher é escravizada (por ter de dar à luz) enquanto não substituirmos a vivência de Deus fora de nós pela vivência de Deus em nós. Esta é a base da libertação da Mulher.
«Uma atmosfera de paz no mundo só pode ser estabelecida por um fluxo constante de pensamentos e sentimentos amistosos, gerados por um grande número de pessoas».
Sem dúvida é preciso restabelecer no mundo um fluxo de pensamentos de Sabedoria que inclui a Bondade e a Ciência. Também é uma forma de Ahimsa, não matar, nem rejeitar a Ciência dos Mestres, que é não ser capaz de explicar o Mestre numa base de Verdade sem lugar para dúvidas. Em caso algum posso ignorar todos os ensinamentos dos Mestres e justificá-los com dados objectivos para os acreditar. Dispensar o ensino dos Mestres é loucura!
Jesus disse, João 4:14: aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se converterá nele numa fonte de água que o conduz para a vida eterna. Há na mente humana duas forças simbolizadas por Água: as conducentes à vida mortal e as da vida eterna. Para anular a sede insaciável da vida do cadáver (na Árvore da Vida), temos de a equilibrar com a água da vida eterna que, por ser infinita, sacia plenamente. Para dominar as emoções temos de transformar a emoção sensual na Intuitivo e da Vontade.
As mudanças culturais exigidas pela 6.ª Raça são tão profundas que têm de ser progressivas, sem recalques. Fica estabelecido que o encontro com o Cordeiro de Deus, que a 4ª Lei representa, é exigente: as cinco Abstenções e as cinco Observâncias é o método que nos permite instituir uma Cultura de Verdade, Bondade e Justiça (sem repressão), se forem capazes de ser o que aqui se pede. Porém, saímos de um Ciclo de Queda exagerada e tormentosa e temos de estabelecer uma Cultura Espiritual fundamentada e compassiva. As classes educadas devem orientar a vontade do povo e o modo Justo de o fazer é pela Sabedoria.
A literatura portuguesa continua bloqueada pelo medo e vergonha de aceitar a Filosofia Perene como fonte original de todo o Saber dado aos povos. Ignorar o ensino entre 1875-1900 é uma fuga patológica. O problema da Atlântida foi escalpelizado. A. Quadros não o podia ter ignorado.
Os que estabelecem uma relação íntima entre o povo Português e a Raça Atlante vêem que têm em comum serem regidos pelo 4º Raio. Jorge Dias cit. por António Quadros ([i]) faz esta análise: «ao contrário do que muitos disseram, o Português não degenerou; as virtudes e os defeitos mantiveram-se os mesmos através dos séculos, simplesmente as suas reacções é que variam conforme as circunstâncias históricas. No momento em que o Português é chamado a desempenhar qualquer papel importante, põe em jogo todas as suas qualidades de acção, abnegação, sacrifício e coragem, e cumpre como poucos. Mas se o chamam a desempenhar um papel medíocre que não satisfaz a sua imaginação, esmorece e só caminha na medida em que a conservação da existência o impele. Não sabe viver sem sonho e sem glória».


[i]     António Quadros. Portugal. Razão e Mistério. Ibid

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