A Libertação de Karma-Nemesis pela Sabedoria
Excerto de A LUZ DA ÁSIA, a Vida de Buddha, de E.
Arnold:
«Ah! Irmãos, irmãs, nada espereis dos deuses implacáveis,
oferecendo-lhes hinos e dádivas; não pretendais conquistá-los com sacrifícios
sangrentos (...) temos de procurar a nossa libertação em nós mesmos. Cada Homem
cria seu cárcere; cada um tem tanto poder como os mais poderosos (...) o acto é
que faz a alegria e o sofrimento. O que foi traz o que é e o que será (...) Tal
é a maldição sobre as coisas que vedes; porém, as coisas invisíveis têm mais
importância; os corações e os espíritos dos homens, os pensamentos dos povos,
seus caminhos e suas vontades também estão submetidos à Grande Lei.» (...) «A
piedade e o amor são a herança do Homem, porque um grande esforço modelou a
massa cega dando-lhe forma. Ninguém pode menosprezá-lo; quem lhe desobedece perde
e quem o serve ganha; ele retribui o bem oculto pela paz e a felicidade e o mal
disfarçado, pelos sofrimentos. Ele vê em todos os lugares e tudo percebe; sede
justos e ele vos recompensará, porém, se fordes injustos ele vos dará o salário
merecido, mesmo que o Dharma (Lei) demore a manifestar-se (...) Tal é a Lei que
se move para a Justiça, que ninguém pode evitar ou deter; seu coração é o Amor
e seu fim a Paz e a Perfeição última! Obedecei!»
Os crimes dos torcionários dos
holocaustos religiosos de milhões de heréticos, os carrascos de inocentes
mulheres rotuladas de bruxas (nove milhões no sXVII), os assassinos de místicos
e santos, depois de os terem torturado até à agonia, ao ponto de desejarem o
dia em que seriam lançados à fogueira é a Lei de Karma Nemesis. A Lei do olho por olho é a Lei de Karma Nemesis
que prende à matéria. A libertação acontece quando o ódio cessa pelo amor. Só o amor liberta. De contrário, vão morrer
para a Somália, Jugoslávia, campos de concentração hitlerianos e comunistas,
muitas e muitas vezes, até extinguirem neles qualquer possibilidade de
repetirem gestos antigos. ([1])
Como é óbvio a decisão é nossa,
mas o sucesso que tivermos depende muito das ajudas que a Humanidade e o nosso
Povo e País nos concederem.
[1]
No jornal diário, DN 23 Agosto, 03, em BD de Dilbert, caricatura um episódio de
desprestígio cultural. Em hipotética mesa estão duas personagens, um orador
estrangeiro e a tradutora: Costumo ouvir a opinião de toda a gente e depois
tomo a minha decisão, diz o conferencista estrangeiro. A tradutora deu-lhe
este sentido: eu sigo a opinião de quem fizer o melhor trabalho a enrolar
toda a gente. Os presentes comentaram: a tradutora está louca! Quem
der o sentido oculto de nominalismos em que o que se diz é vazio de
verdade, porque a Verdade que existe em todos é, por regra, recalcada, é
loucura. Políticos, iludem com frases deste tipo e tornam-vos inaptos.
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