A Lei do «olho por olho», ou Karma Nemesis, age assim se
dirigida para baixo; liberta se orientada para cima. Quem aproveitar as boas
oportunidades salva-se; quem as orientar no mau sentido, autodestrói-se.
Bem-vindos os tempos em que alguns, que aspiram a viver em sociedades justas,
podem aprender a ser Homens! Queremos resolver tudo com mais dinheiro, até a
incapacidade para a Sabedoria. Há toda a vantagem em sensibilizar e criar
consensos esclarecidos sobre o tipo de dificuldades que temos de vencer, desde
a Ecologia ao Terrorismo e Criminalidade e as soluções a longo prazo da
Religião-Ciência.
Não há cura para a guerra, pobreza, criminalidade enquanto
eu mesmo, e na minha família, não aprender a ter um comportamento amistoso,
fraterno, justo, verdadeiro. Eu sou o princípio de todas as transformações. Se
não resolver o problema em mim, não há solução. Para se compreender de modo
científico a Lei do Karma, os que dominam a área da Física dizem que, em certo
sentido, a Lei do Karma regula a relação existente entre Matéria e Energia, ou,
e aqui é um pouco mais difícil de ver, entre Passado e Futuro. Esta relação tem
de ser constante e igual a 1 – o factor ómega. Na Natureza nada se perde e nada
se cria tudo se transforma (Lavoisier). (Factor Ómega Cap. 1).
O Passado representa a Matéria Temporal, o já feito. O
Futuro representa a Energia Espiritual, o Futuro. Qualquer Libertação do Karma
só pode ser realizada em quem puder reflectir o Espiritual no Temporal. Isto é
muito importante quando pensarem em absolvições, alívio do nosso sofrimento,
etc., não esqueçam que é tão possível redimir o Karma do Passado pelo Futuro,
como converter Matéria em Energia, segundo a célebre relação de Einstein: E =
m. c2. Não é só querer é poder fazer. Na 6ª Raça haverá altos níveis
de Energia para produzir as transformações necessárias, ela cresce em vós e
pode actuar - como energia de desenvolvimento, ou como a «bomba atómica»
da personalidade.
Há desconfiança na Verdade, incapacidade de a ver no ensino
e uma forma repressiva de a procurar nos experientes, os Mestres de Sabedoria.
Por falta dela, podem contestar que a Sabedoria dos Mestres seja a via Justa de
investigar. Aquilo que nos faz ter de repetir o sofrimento, vidas após vidas,
que deveriam ser felizes e não são, põe a questão de saber os quatro enigmas
sobre a infelicidade da Vida: a causa; a formação; se há Libertação do
sofrimento; e um Método de Libertação. Está ao nossa alcance entender a vida
pelo lado da Ciência com Compaixão (de Buddha) ou não querer ver. Dominar os karmas
é dominar a Morte.
([i])
«Karma existe a partir de e na Eternidade, porque é, ele
mesmo, a Eternidade; e como tal, uma vez que nenhum acto pode ser co-igual à
Eternidade, não se pode dizer que seja acto, mas sim a própria acção. Ele não é
a onda que afoga um Homem, foi a acção pessoal do náufrago que, de modo
deliberado, se colocou a si mesmo sob a acção impessoal das leis que governam o
movimento dos Oceanos.» «Karma nada cria, nem determina. É o Homem que planeia
e cria causas e a Lei do Karma ajusta-lhes os efeitos; ora o ajustamento não é
um acto, mas a harmonia universal, que tende a retomar a posição original, como
um arco que vergado com demasiada força, volta ao lugar com uma força
equivalente. Se fizer uma luxação do braço ao tentar dobrar o arco a partir da
sua posição natural, poderíamos nós dizer que foi o arco que nos partiu o
braço, ou foi a nossa loucura que nos trouxe o incómodo? Karma nunca intentou
destruir a liberdade intelectual e individual, como o Deus inventado pelos
Monoteístas. Ele não rodeou os seus decretos em escuridão, de propósito; nem
pune aquele que ousa escrutinar os seus mistérios. Pelo contrário, aquele que,
pelo estudo e meditação, desvelar os seus intrincados caminhos e ilumina esses
caminhos obscuros, nos rodopios de ventos pelos quais tantos homens perecem,
devido à sua ignorância sobre o labirinto da vida, está a trabalhar para o bem
dos seus companheiros.»
Texto da Doutrina
Secreta, de HPB.
Sobre a distinção entre Karma como Lei universal de todos os
Planos e Karma-Nemesis o Karma relacionado com a Qualidade, no Mundo Temporal.
A Lei do Karma é uma lei de guerra, a luta entre o Bem e o Mal, luta de
Nemesis, e a vitória final do Bem, assegurada. O modo de sair do campo de
batalha entre o Bem e o Mal é pela qualidade Divina do Ser que permite “perdoar as suas faltas (ao inferior) e não mais me lembrarei
dos seus pecados.” Jerem.
31
Depois de Jesus-Cristo, há uma transformação Cósmica,
importante no Caminho de Ascensão: deixámos de nascer sob a influência dos
Anjos da Sombra e passámos a nascer sob a influência dos Anjos da Luz ou da
Ascensão. É crescente a difusão dos cultos a Nossa Senhora, na Geografia
Sagrada da Península.. Recordo que Nossa Senhora representa o aspecto Sofia no
pólo da Compaixão ou masculino. Quando na profecia se diz que “a
religião do nome dos mares vencerá”, fala-se de Maria, da
Mulher, Sofia, Sabedoria de Ciência.
Uma das correntes Gnósticas dos
primeiros tempos da Cristandade, perseguida, como todas as outras, pelo poder
político, foi o Nestorianismo. O Bispo Nestorius (380-452), pregador em
Antioquia e nomeado Bispo de Constantinopla em 428, não aceitou a Virgem Maria, mãe de Jesus, como Teotókos, a Mãe de Deus. Quando muito
seria a “mãe de um deus” ou “mãe de deuses”.
Para evitar a confusão entre o
nascimento de um deus e o 2º Aspecto da Trindade de que Ele era representante,
foi considerada a vantagem em apresentar Maria como Christotókus, mãe de Cristo ou de Jesus, o veículo usado por
Cristo. Por necessidade e garantia do”poder político da expansão religiosa”, que
não da Verdade, os primeiros cristãos acreditaram na vida de Cristo como uma
excepção à Lei, e não um facto decorrente da própria evolução da Vida. É diferente
considerar Cristo um Homem feito deus num passado distante (idêntico a qualquer
Homem) e agora presente à Humanidade como deus que é, ou considerá-lo Deus que
por “acidente” se fez Homem. Num caso, é aceitar o Rigor da Lei, no outro é
gerar as condições para o milagre, para a excepção.
O Cristianismo precisava de
milagres, e Nestorius, Bispo de Constantinopla, foi condenado no Concílio de
Éfeso e banido para o Egipto. O Leste da Europa não abandonou as suas doutrinas
e sobre elas fundaram um Cristianismo Oriental. Começou aí a ruptura do Leste
com o Catolicismo mais politizado do Ocidente. Afinal, nem uns nem outros compreenderam
a verdadeira natureza de Jesus-Cristo.
A mulher pode ser muito
importante na gestação do futuro Homem divino, como Christotókus, geradora de «Cristos» do futuro, «filhos do coração» capazes de revelarem a sua natureza essencial,
e não de homens-animais, filhos das coxas
sem acesso à sua verdadeira identidade. Ela tem de os gerar e exercer uma função terapêutica da vida pelo Efeito de Asa (curador e protector, uma
palavra-símbolo importante do Cristianismo): impedir o crescimento de maus
hábitos consolidados e favorecer o despertar das boas qualidades.
Para realizar tão importante e
difícil função, a mulher tem de ser educada para desenvolver uma das suas
características ligadas à condição feminina: a capacidade intuitiva capaz de
ver o divino no seu filho, e não o animal que lhe querem impingir. Geradora de
um deus e não de um macaco - Christotókus
e não pitecotókus, uma aberração inventada pela Ciência que
ignora os outros Planos.
Para a natividade de Grandes
Seres temos de educar primeiro as Grandes Mães e evitar a todo o custo a
descaracterização da mulher pela falsa igualdade dos sexos. O facto de ter
havido o recurso a um Grande Deva (Anjo) para servir de Mãe, quando o actual
Mestre Jesus e o Senhor Cristo, o Instrutor mundial dos homens (conjuntamente)
se manifestaram à Humanidade, talvez signifique a impossibilidade de a
encontrarem na família humana Ocidental. Usaram um veículo especial, um corpo
utilizado por Buddha, ao menos em certos momentos da intervenção d”Eles, no
qual participaram Devas e Homens Divinos, para um acontecimento que iria mudar
a sorte da Humanidade.
Buddha, o deus mais elevado da
nossa humanidade, não dispensou que o seu corpo fosse formado pelos átomos-permanentes
de todos os Seres Perfeitos, para que o Todo pudesse estar representado, no próprio
Mundo Temporal. Maria é considerada, acertadamente, como um Anjo e Rainha de
Anjos. Não nasce uma criança sem a Sua Presença É indigno confundir este Grande
Ser Divino com uma mulher vulgar, tema controverso da actual literatura erosiva
da Religião, escrita por intelectuais espiritualmente cegos.
[i] Daniel Béresniak. Judeus e Franco-Maçons. Ed. Pergaminho.
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