«Em tempos, as religiões do mundo ensinaram as pessoas a
demonstrar reverência pelas água da vida. Em contraste, a nossa «civilização»
industrial tem agredido o nosso mais precioso recurso.» ([i])
Muitos, envaidecidos pelas conquistas tecnológicas, representam o aspecto
xamânico da ”regressão” da mente; conseguem ser, ao mesmo tempo, ateístas nas
Universidades, aos dias de semana, e teístas na missa aos domingos.
Dizia S. Paulo que tinha imenso desejo de morrer e estar com
Cristo mas tinha por igual a vontade de permanecer na carne para o vosso bem.
Este Mestre acrescentou: “A lei existe para que o erro exista em
abundância.” Assim sabemos sempre que algumas coisas não devem ser
feitas. Porém, quando se ultrapassa um certo patamar, a infelicidade é tanta
que, sem uma ajuda é impossível viver quando tudo o que fazemos é contrário às
Leis Divinas e por acumulação é, fortemente, autodestrutivo. Um modo de”escape”
é ter o Poder de transferência da Coluna da Lei para a Coluna da Qualidade do
Ser ou Ética. «Se foi pela Graça já não é em função de obras: de outro modo
a graça deixa de ser graça.» Rom, 11, 1-6. «Onde o pecado abundava, a
graça tornou ainda mais abundante.» É a chave da vida, o pecado abunda mas
a resposta tem de ser, não o rigorismo da lei mas a capacidade de valorizar a
Qualidade libertadora da Lei.
A diferença entre os tempos modernos e a Antiguidade, em que
o sagrado estava nos templos, é a seguinte, como diz o Apocalipse: o
Templo já não existe porque tu mesmo és o Templo; Cristo revela-se em nós mesmos.
O acréscimo de poder dado pela Ciência e a globalização incrementaram o poder
do mal mas paralelamente houve uma melhoria do poder de cada um alcançar o
Mundo Espiritual. Os dias de Brahmâ, de Deus, são muitos milénios,
todavia, como as reencarnações são espaçadas e com poucos resultados
evolutivos, talvez haja pouco tempo para aprendermos a nos salvar pelo Bom uso
dos Poderes inatos que temos. Se quisermos sair da lógica egoísta do Eu
inferior, temos de pensar menos na nossa Salvação e mais em esclarecer e ajudar
o mundo.
Um Sufi, os verdadeiros religiosos do Islão, que foram
perseguidos e marginalizados pelo Islão disse: se a devoção que sinto é para me
livrar do inferno, que Allah me condene ao inferno; se é para atingir o
céu, que Allah faça com que nunca o encontre; mas se é pelo próprio Amor
Divino – Allah me ajude a encontrá-lo.
O problema do Conhecimento é reconhecido no Eclesiastes com
muita clareza: «Detesto a vida, ao ver que é mau tudo o que existe debaixo
do sol» (Eclesiastes
2:17) para logo acrescentar: Não há nada melhor para o Homem que
comer, beber e gozar o bem-estar, fruto do seu trabalho». (Ec. 2:24). Não podemos
recusar o que Deus nos deu para Evoluir, mas não podemos ficar dependentes
disso, transformados em pedra. «Todas as coisas têm o seu tempo: um tempo
para nascer e um tempo para morrer, um tempo para plantar e um tempo para
arrancar o que se plantou;... um tempo para chorar e um tempo para rir; um tempo
para se afligir e um tempo para dançar;...um tempo para dar abraços e um tempo
para se afastar deles; um tempo para adquirir e um tempo para perder; ... um
tempo para calar e um tempo para falar...» Existe uma força evolutiva
direccional.»
O ensino do Mestre serviu para encontrar chaves que abrem
muitas portas do Conhecimento e me dão a experiência que o Mestre precisa que
eu adquira, sem a qual, para nada sirvo. Serviu para corrigir descrições dos
que, não tendo usado o método científico de investigar, cometeram erros. Estou
a dar alguma ênfase ao problema dos Ciclos porque há um ignorante vazio
religioso e a atitude é: experimentar tudo. No sXX, iniciou-se uma nova Idade
Astrológica com Sete Ciclos de 308 anos, divididos em quatro períodos de 77
anos. Se procuram símbolos de Idades, propunha-vos considerarem Cinco Tempos
Civilizacionais em relação com quaisquer Cinco Passos algorítmicos de Caminho
na Arvore da Vida, não os da Antiguidade (o Quaternário + Um), sim o próximo de F.
Pessoa. No Ocidente seria: 1º Grego, do Fundamento; 2º Roma,
do Pensamento, Glória; 3º Europa Cristã, de Karma-Nemesis,
Vitória; 4º Europa pós Descobertas, da Harmonia entre opostos,
ligação entre o Espiritual e Temporal; 5º O último desta Civilização, a
Unidade da Vida, a divinização do Homo pela regência a partir de Buddhi-Manas,
a alma do filho do Homem.
Relacionamos a Trino-Sabedoria dos Mestres com os Erros
Culturais para Partimos da tese Bíblica: «Vós sois deuses e vós outros sois
todos filhos do Altíssimo.» «Levanta-te ó deus, julga a terra pois te pertencem
todas as nações (melhor, vivem em ti todas as nações, és responsável).» Salmos 82:6 e 8.
[i] Jonathon Porritt. Salvemos a Terra. Ed. CL.
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