Félix Bermudes
1. Todos os que deliberada e
sinceramente resolvem enveredar pelo Caminho que conduz ao Homem Perfeito têm
de relegar para segundo plano o interesse pelos seus direitos, para focarem
toda a sua consciência sobre a extensão dos seus deveres.
2. No grau de evolução a que o
candidato aspira, já não se cuida de assegurar a própria salvação, mas de
ajudar a dos outros; já não se trata de conquistar a própria ventura, mas de
aliviar a desventura da Humanidade, onde cada alma tem de ser sujeita a rudes
provas, para triunfar de si mesma, e tem de viver o intenso drama da sua
autocriação.
(Extracto de 12 pontos).
Os laxistas e despesistas que
fizeram a Crise Soberana e convenceram um povo a quem o mundo deve grandes
transformações pela Cultura Espiritual, de reis experientes dos Princípios
Espirituais da I Dinastia, da Fundação; da II Dinastia, das Descobertas, que permitiram
a D. João I e à rainha Anglo-Portuguesa Filipa de Lencastre, Mãe da Ínclita
Geração, «achar» os povos dispersos por muitos dilúvios de comportamentos
nefastos. Transcrevo fragmentos de uma intensa poesia intitulada If…de
Rudyard Kipling, traduzida por Se… de Félix Bermudes, recitada por
uma das suas filhas, nas suas conferências espirituais:
Se podes conservar o teu bom
senso e a calma,
Num
mundo a delirar, pra quem o louco és tu;
Se
podes crer em ti, com toda a força d’alma,
Quando
ninguém te crê; se cais faminto e nu,
Trilhando
sem revolta um rumo solitário;
Se
à torva intolerância, à negra incompreensão
Tu
podes responder, subindo o teu calvário
Com
lágrimas d’amor e bênçãos de perdão;
Quando já nada houver em ti que
seja humano,
Alegra-te, meu filho, então
serás um HOMEM.
«Diz-se
que, em Portugal, o público tem a ideia de que o governo deve fazer tudo,
pensar em tudo, iniciar tudo (…). Somos um povo sem poderes iniciadores, bom
para ser tutelado, indigno de uma longa liberdade.» Eça de Queirós, 1867. Um Povo
sacrificado sofreu o confronto entre a Cultura Espiritual e a Cultura dos
revolucionários materialistas, duma Europa mal libertada do Clero pela
Revolução violenta. Voltar às guerras religiosas políticas não é do interesse
da Humanidade. Restaurar a tradição de Pietas,
«Obediência aos Deveres» da Bondade
e dos Objectivos Divinos acima das religiões é urgente! O Texto de Félix
Bermudes é sentimental. As X Ordenações
são as Cartas dos Deveres do Homo nas principais Religiões. Cartas de
Deveres há, boa vontade em as cumprir, não há. Não se reconhecia o valor
científico, filosófico, religioso das X Ordenações pelas Leis de Ciência; pela
Filosofia Perene dos Mestre de Sabedoria, pela Unidade de todas as Religiões. Entretanto,
o Mundo entrará na 6ª Sub-raça Ariana e daqui a 427 mil Anos, fim de Kali, uma
nova Raça e nova Civilização. As Religiões com Decálogos, X Bênçãos de Buddha,
X Mandamentos no Judaísmo, X Lógia do Pai-nosso e X Bem-aventuranças são Paradigmas dos Deveres Humanos, comprovados
na Árvore da Vida, Kabalah. Por eles façam a vossa Carta. Tem de ser emocionalmente
atractiva depois de ser cientificamente pensada no Paradigma das Leis Divinas.
Portugal venceu a Crise
Soberana de 1383-1385 gerada pela viúva do rei D. Fernando, uma rainha
sem valores Éticos, considerados incómodos. Quando a Utopia das Descobertas já
estava lançada, o rei D. Afonso V, o Africano, pai de D- João II, punha em
dúvida a Unificação do Mundo de todos os Povos na concretização dos ideais da Idade
de Jesus-Cristo viva nos Círculos da Filosofia Perene, das Autarquias que confrontavam
as Monarquias instáveis que não respondiam às necessidades dos Povos. Portugal,
um País de muitas culturas, tinha
atrasos sociais enormes perante culturas mais organizadas com o progresso do
Humanismo, de influência Neoplatónica. A Bondade Fraterna e Humanista do poeta
Bermudes despertou Sentimentos; o caçador Bermudes ao ver que tinha de
respeitar a vida dos aninais, se fez vegetariano. Um dia os melhores animais
humanizados entrarão no 7º Reino Humano em planeta filho da Terra. Salvem a
Humanidade dos Erros Filosóficos e Religiosos, que os revolucionários sem Sabedoria
cometem.
Não há Salvação sem o
cumprimento integral dos Deveres do Ser em nós. Leiam o «Evangelho» dos vegetarianos
de Jesus, que esteve guardado até ao fim do século XIX num mosteiro Buddhista.
O caminho espiritual está ligado ao Vegetarianismo mais rigoroso. Deveres
humanos não cumpridos são de tal modo punidos pelo Paradigma das Leis Divinas
que não podem ser infringidas, se quisermos sobreviver. A Humanidade pode
escolher entre Queda ou Ascensão na Matéria. Quando se diz que o
Homo não pode ter Carta de Direitos apenas de Deveres Divinos é uma decisão
Suprema. Carta de Direitos é afirmar a negativa, o ilusório; os Deveres são pela
positiva. Não basta falar em Deveres do Homo se as estruturas dos corpos não respondem.
Uma Alma é uma agregação de
vários corpos e bem podemos dizer que cada corpo é uma Alma pois não há Almas
sem corpos. Tanto posso falar na Alma que se manifesta num corpo como num corpo
manifestado pela sua Alma. A distinção entre Alma e Corpo é entre Ser e Teres
interdependentes. Para que o Ser se manifeste tem de aprender a estruturar as
suas Almas. Como sugeri nenhum humano discernido era capaz de descrever uma Carta
de Direitos por ser um Falso Testemunho. Todos os Bens Divinos são recebidos
pela Humanidade para serem distribuídos.
Humberto
Álvares da Costa (Médico)
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