quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Dominar a Morte (2)


DHAMAPADA. CIÊNCIA, FILOSSOFIA, RELIGIÃO BUDDHISTA


- Todos os estados mentais têm o Espírito por guia. Eles são criados pelo Espírito. Se um Homo fala ou age com um Espírito purificado a felicidade o acompanha tão perto como a sua inseparável sombra.

- Ele me vilipendiou, maltratou, venceu, roubou. Aqueles que acolhem tais pensamentos de ódio jamais se apaziguam.

- Em verdade, o ódio não se apazigua pelo ódio. O ódio se apazigua pelo Amor. É uma lei eterna.

- Aqueles que tomam o erro por verdade e a verdade por erro, aqueles que se nutrem nas pastagens de falsos pensamentos, jamais chegarão ao real.

- A vigilância é o caminho da imortalidade. A negligência é o caminho da morte. Os que são vigilantes e seguem a via dos nobres (ariya) rejubilam na vigilância.

- Aqueles que são sábios, meditam, repetem sem relaxe, atingem a Libertação que é a Felicidade Suprema.

- Pela diligência, vigilância, domínio do eu, o Homo sábio deve formar uma ilha, que as enxurradas jamais submergem.

- Se o cientista não encontra o seu superior ou igual, continue resolutamente o caminho solitário; não há camaradagem com um insensato.

É uma pequena mostra da Sabedoria do Dhammapada Buddhista. Há um Caminho científico elaborado segundo as Leis e Ordenações Divinas, se o cumprir encontra a Libertação, a Tranquilidade, se não o seguir é o inferno aonde mergulhámos pela «privação de Deus», consequência de uma Evolução materialista contrária às Ordenações Divinas que protegem o Homo e lhe permitem passar do regime da austeridade das Leis para o que S. Paulo chamou da Graça de Deus.

A Ignorância humana natural deve ser «adoçada», «perdoada», pelo próprio Reino Humano, para que possa haver experiência sem pôr em risco a Vida. Há uma profilaxia dos Erros que têm de ser aceites como experiências positivas ou negativas. Se continuarmos a repetir o Mestre disse e eu lavo daí as minhas mãos, estamos a comprometer o nosso treino experimental, sem capacidade de tirar rendimento das mais-valias que o Conhecimento dá.

Para esta vida deram-me o trabalho de me esforçar pelo ensino da Ciência Espiritual, começando por evidências mais simples para abordar as mais complexas e interessantes. Se continuarem a invalidar a Sabedoria dos Mestres da Humanidade perdem o poder de atingir o «patamar evolutivo da 6ª Raça, que activa vectores do Mundo Espiritual. Como nas diatribes contra a Sabedoria queimaram tudo o que cheirava a herético, que era a Sabedoria real, tive de me socorrer de conhecimentos de vidas passadas fragmentários, completados com a nova documentação de Ciência Espiritual. Tive uma pedagoga espiritualmente avançada, acima das dificuldades da minha terra natal de gente dedicada com limitações.

Estou a justificar as razões pelas quais progredi mais que outros. Não sou um génio, fui melhor educado na Família por educação mais refinada, também pelos que eram piedosos analfabetos. Mas cumpriam os seus Deveres a Deus Nosso Senhor, o Ego superior, a res cogitans de Descartes, aonde cogitans significa a Intuição, no dicionário antigo de Latim. Se repito é por ser importante em Ciência Espiritual.

Quando dou notícia destes factos lembro que a Personalidade é um Quaternário de Corpos, mas os Portugueses adoptaram a classificação Buddhista dos Cinco Agregados, cinco Skandhas, em Sânscrito ou Páli. O Homo evolutivo é o Quaternário mais o seu guia, o Ego Superior. O Senhor dos exércitos, que são os milhares de personalidades que continuam vivas e activas a transformar o nosso Passado para nos abrirem as portas ao Futuro de Redenção. Então, para alcançar um novo Futuro tenho de transformar os meus Passados. Claro que sim, se os não transformar através de Energias superiores, continua a ser o general de um exército de maltrapilhos boçais de pouca valia. Sou o comandante do meu exército de personalidades tenho uma enorme devoção pelos meus homens e mulheres que estão sempre disponíveis para cumprir o Dever, se receberem ordem para o fazer. Para que isto aconteça é preciso desenvolver o Amor que cria uma Unidade poderosa das velhas vidas.

Humberto Álvares da Costa (Médico)

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