quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Dominar a Morte (1)


DIFICULDADES DE LIBERTAR A MENTE. AS QUATRO NOBRES VERDADES DE BUDDHA

O que nos faz repetir o sofrimento, vida após vidas, põe a questão dos quatro enigmas sobre a infelicidade da Vida, as Quatro Nobres Verdades de Buddha:

1) Origem do sofrimento. 2) Como começa? 3) Pode ser sustido? 4) Há Caminho de Cessação?

A Lei do olho por olho é a Lei de Karma-Nemesis que nos prende à matéria. A libertação acontece quando o ódio cessa pelo amor. Só o amor liberta. Há aqui uma grande ilusão: a Lei do Karma tem efeito multiplicador, exponencial; se lesar um olho, mil olhos vão sofrer. Nemesis é a Lei de culturas de Sementes, de frutos: quem semear um grão de milho a Lei dá-lhe muitas maçarocas, de muitos grãos. Semear o Mal, como estão a fazer, contra as Ordenações Divinas, é gerar Karma-Nemesis assustador. Dominar o Karma e Nenesis é dominar a Morte. Não saber é provocar a morte da personalidade. Na Lei do Karma deixaram cair Nemesis, a abundante Sementeira. Fazer algo é Semear repetidamente. Corrija a sua ideologia e quando voltar a pensar diga: se o que fiz dá frutos, que horror! Temos de mudar de estratégia: Pensar é Semear. Não queria estar na pele de políticos astutos. Embora estejamos condenados a suportar as boas e más sementeiras dos outros. Neste Mundo nada se faz só, temos sempre companhia, no que fazemos e deixamos fazer. O contágio é como nas doenças, inevitável. A Decadência de Portugal é Espiritual, dos materialistas sem Deus.

Choca, por exemplo, não saberem que a Europa é de duas Sub-raças Caucasianas distintas, do Sul, dos Latinos, da Europa Mediterrânica, do norte a Europa nova saída dos fundos do mar, da raça Teutónica do Norte. A do norte é Austeridade, os Latinos do Sul vêem-na como Temperança. Vai dar ao mesmo! Fazem diferença os dois modos distintos de «sentir». Ninguém devia ir para a Política sem conhecer o Povo. Outrora o Povo não conhecia as Leis Divinas, mas cumpria Obediências, Ordenações, valores empíricos. Os Governos sem valores são rejeitados. Portugal tem alternativas.

Há aqui um grande Mistério – deixo de falar em crença no Ser, o Divino que não pode ser conhecido fora de mim – mas pode ser conhecido em mim e em todos os Seres Humanos que o revelem. É o Mistério das Substâncias, dos Cinco Pães que estão a evoluir, Cinco Quinas. O problema do Conhecimento de Deus depende das substâncias dos nossos corpos, dos Sete Véus do Espírito, como Princípios. O que evolui é o Véu e não todo o Septenário; o Homo Evolutivo é o Cicno Quinas, Corpos.. Depende da transferência das Boas Substâncias alcançadas para aqueles que não têm ainda o Pão (cinco Pães ou Quinas) da Vida. Sem Substâncias não se pode Evoluir. A Educação é dar o pão da Vida, as substâncias que cada um tiver de Cinco Corpos, Quinas das Personalidades. Repito, o Homo evolutivo no Mundo Temporal (o Quaternário Temporal do Ego inferior ou Personalidade) e a Individualidade ou Ego Superior, Imortal, mesmo que o inferior se extinga ao não cumprir os patamares do seu Genoma, da Arca de Noé, o Ego superior vai para Deus não morre.

TRÊS MUNDOS DO HOMO TOTAL. A VIDA APÓS A MORTE DO HOMO EVOLUTIVO


Ao morrer o corpo físico, o centro da mente sobe para o duplo-astral, cruza a interface chamada “rio”, na Barca do Caronte (car de carne e carro de quaternário), do timoneiro da cabeça de falcão Egípcio, que devora a carne morta. Para baixo, vai à autodestruição, para as Klippoths, as cascas de corpos perversos. O mau fica retido no filtro (face) e é destruído. Se alguém for só mau, nada fica! Existe e não existe. Para cima vai o aproveitável da alma natural. Mais tarde, a alma natural é abandonada pelo Ser e há outra transferência e «filtração» em que só o Bem passa, do Mundo Temporal para o Espiritual. Entra-se na barca de Rá (o Sol) que é símbolo de Deus do Sistema Solar (e Apolo), o capaz de atravessar o rio da morte e «ver» a sua realidade! No processo de morte, com três mortes (1ª. Corpo, 2ª. Duplo-astral e 3ª Kama-Manas), a terceira morte é a da Alma temporal, o Eu inferior, o centro transfere-se para o Eu Superior, o Homo Espiritual. Se algum bem se fez, deixa-se o Gémeo de baixo e vive-se no Gémeo de cima. Se não houve qualquer bem a salvar, perde-se a consciência. Quando dizemos Gémeos estamos a vê-los como Almas, a Alma de Abel, o Ego superior, aliás duas de Cristo em nós e do Filho do Homo; e a alma de Caim – de corpo físico e Alma Natural, do Ego inferior, de Sinai, que significa Lunar O Espírito é acima. As almas são os corpos das Cinco Funções da Mente no Mundo Temporal e Espiritual. Não é Espírito, é «coisa», «Res», em Latim.

Para unir os Gémeos tem de se libertar da limitação imposta pelas 84 mil emoções perturbadoras, temporais (7x12x1000). As emoções nascidas no Mundo Espiritual, e não no baixo Temporal, são Inteligentes e portadoras da Paz e de uma grande felicidade. Foi tão difícil que 60 anos depois de Buddha veio Shankârâchârya ajudar e mais tarde Cristo e os seus Discípulos avançaram a «Ascensão». O cientista cego, surdo e coxo nunca alcançará, não poderá ter experiência dos outros Planos. Os Sete Reinos Naturais (e não os três) o Homo trinitário (de três Mundos) é o marca-passo da Evolução das Espécies. O Homo traz à Manifestação, as Eras Geológicas e o paradigma comum da Vida de cada Era e Arca de Noé, a Raça-raiz. O Homo não é Reino Animal. Há quatro Reinos visíveis, Atómicos. Os três Reinos precedentes ao Mineral são Quânticos. A evolução da Terra é uma continuação da História Evolutiva da Lua. O Homo não é meio animal, há três Almas. Sabhâ significa: casa, morada. O Gr. «Ethikós» é moral, costumes e «Ethos», morada. O Ser não evolui é o ethos que se aperfeiçoa.

O HOMO É FILHO-DE-DEUS. NUNCA FOI NA TERRA REINO ANIMAL, MAS NA LUA

Os Antigos conheciam a Evolução, os cientistas desconhecem. O darwinismo teorizou uma Evolução imperfeita, por falta de dados. O lado duvidoso, Origin of Species (1859) foi aceite. O lado positivo, The Descent of Man (1871), onde se diz que o sentido moral ou consciência é de longe o factor mais importante na Evolução, que tem 95 referências ao Amor, e 90 aos aspectos morais, não é aceite. Não há verdades religiosas que não sejam científicas; não há verdades científicas que não devam ser, por natureza, religiosas. Nem o Criacionismo é o entendimento recto da Bíblia, nem o darwinismo é fiel à Verdade, tem erros grosseiros de Sofia. O Mestre de Avis ensinou o significado das Obediências. Para a Cura da Gomorria e Sodomia o tratamento do Camelo treinado para suportar a Sede do Deserto. Para a Cura das Crises Soberana os quatro sacos do Camelo que resiste à Sede.

O darwinismo nasce como oposto aos dogmas religiosos, e veio a ser o erro dos dogmas científicos. Há Evolução mas não na forma como Darwin a concebeu por análises naturalistas de fósseis e do inexplicável no Plano Físico. A Evolução não é apenas das Espécies, é de tudo, incluindo a própria Matéria das coisas e Substâncias inteligentes do corpo físico e dos subtis das Três Almas que temos. Sugerir que Cristo ou Buddha não conhecem é o mais vil Despudor.

O Homo ao operar a ligação ao Eu Superior, do Reino de Deus, passa a ter a lei escrita no coração e no entendimento e desenvolve o que está acima dos sentidos físicos. O Homo é potencialmente Buddha ou Cristo, se evoluir nos Sete Reinos da Natureza, para se abrir «à Herança» do Reino de Deus em si. Os maus religiosos, cientistas e espiritualistas (apegados ao poder da crença) dão falsos testemunhos (IX Mandamento), sem Sabedoria. «Em vão me honram ensinando dogmas...» Marcos 7:7. Se o católico fosse sensato diria: jamais dependerei de dogmas e aceitarei apenas o universal religioso, para se experimentado. Vou desenvolver o lado Espiritual e Divino do Homo.

O Evangelho de Tomé começa sempre por Jesus disse. Jesus é critério de Verdade, para qualquer religião. Aos versículos do Evangelho de Tomé se chamam Lógia no plural, Lógion (diga lóguia e lóguion singular), relação com Logos, o Divino; as palavras de Jesus têm o Poder, Ética e Ciência do Logos, do Divino. O discernido segue a regra: o Mestre disse e eu vou investigar. Os Gregos davam-lhe um nome, Phêsi, significa: Ele, o Mestre, disse. Era critério suficiente, o analógico do universal. As superstições do cego, surdo e coxo, desqualificam a prática do Phêsi, no cientista que vê em Phêsi ignorância. Efésio, o ensinado pelo Mestre. Quando ler a Epístola aos Efésios pense nisso!

A evolução é da “roupa” (Sânscrito Rupa, corpo, substância) a que os Antigos chamaram em Lat. Res”, em Gr. Ousia”. A Sabedoria por fora é uma chave dos corpos (roupa, res, ousia) para a Sabedoria do Ser. Se a chave for certa, abre a porta. Os eruditos de delicadas roupas, entenda corpos subtis, como diz Jesus, evoluem contra o Ser, sem Verdade. Ev Tomé L 78.

OS HABITANTES DOS MUNDOS INFERIORES

As casas dos Romanos ainda eram assaltadas por criaturas do Hades, do mundo inferior, e havia o risco de atacarem e matarem as crianças; havia rituais de afastamento dos «espíritos malignos». Os Romanos chamavam-lhes lémures ou larvas. Em Esoterismo, o termo larva significa as «cascas» astrais (Klippoths), restos de corpos não recomendáveis que pensam. Os fenómenos do tipo «poltergeist», em alemão, espírito ou entidade ruidosa, violenta, ocorrem mais na presença de homens mentalmente perturbados, de mente sensual, mulheres mergulhadas em psiquismo inferior, crianças ou homens mediúnicos, ou animais sensíveis, vaca, cavalo, cão, gato, entes cuja psique tem acesso ao «portal» entre o Atómico e o Quântico. Hoje manifestam-se em estalidos nas casas, às vezes fortes. A evolução da mente científica tornou-a mais «imune» a influências dos mundos inferiores, o «portal» impede passagens. Na Bíblia, os milagres do Mestre foram libertar pessoas dos «demónios».

Sempre que na Natureza há uma acção potencial de forças destrutivas há, ao lado, os poderes benignos e, em Roma havia uma devoção aos génios, que correspondiam aos «anjos da guarda», e aos «Penates» ou «Lares», os protectores da casa, formas de Devas, Anjos. Outros são os «Numine» dos Romanos, os «espíritos da Natureza» que os povos primitivos africanos, índios, usam nas magias.

A FILOSOFIA ESTÓICA PRÓXIMA DOS NEOPLATÓNICOS

Resumo pontos básicos da Filosofia Estóica coerente com a dos Mestres:

A) A Filosofia é sistemática, sistémica. A palavra Systema, em Gr., significa: o mundo é um todo, deriva de um Princípio Único, não existem parcelas separadas. Cada parte (nós) é solidária com o Todo e, em consequência, há uma simpatia (um estoicismo) entre tudo o que existe. O Estoicismo é uma filosofia Una – ou se entende o Todo ou a Unidade Essencial do Pai-nosso nos escapa. É o Monismo Vedanta; é o sentido da Fraternidade Universal dos Mestres.

B). A Lógica Estóica é uma ciência para ensinar a pensar correctamente e assegurar a coerência das ideias, porém os Estóicos verificaram que a Verdade não pode ser encontrada nas sensações (como os epicuristas e a Ciência moderna admitem) nem nas proposições (concepção aristotélica), mas nas representações. As almas pouco evoluídas tendem a fixar-se em falsas representações. O cientista tem de as iniciar na árdua procura das representações ou imagens justas.([i])

C). O mundo não é governado por um Deus mas é o próprio Deus. Esta é a experiência da Sabedoria Antiga dos Mestres: «nada acontece na Natureza que seja contra a razão; as monstruosidades, a doença, o sofrimento e a morte, só aparentemente são males»: o filósofo holista, reconhece a ordem universal, uma parte de um quadro só faz sentido se a relacionarmos com o todo. ([ii])

D). A «multiplicidade das qualidades» é produzida e mantida por um fluxo e refluxo que se estende primeiro do centro para os limites exteriores, depois quando atinge a periferia, retorna sobre si próprio. Teoria da expansão e retracção do Universo! «Os Estóicos quiseram que a virtude e a felicidade fossem acessíveis a todos; eles quiseram que o fosse neste mundo (...). Mas é necessário para isso que o mundo em que vivemos seja o mais belo e o melhor possível, que não se oponha a um mundo superior» (Eu superior). Rodier, História da Filosofia, de Châtelet. «Zenão promulga que a antiga ideia da Humanidade, em cuja valorização ética dos homens se não conhecem diferenças de classes sociais, nem de povos (inclusive no tocante a escravos ou bárbaros). (...) Zenão entende por virtude: a justiça, a inteligência, a valentia. Para ele o mundo é belo e cheio de possibilidades reais.» «A alma humana é uma parte da alma da própria alma da divindade...»

Os Estóicos sabiam que «Assim, o Homem será livre até na servidão, pois só há uma verdadeira servidão no império das paixões, do qual ele se libertou; ele será feliz mesmo naquilo a que a opinião chama, impropriamente, infelicidade.» Há conceitos filosóficos Romanos a recuperar: Pietas, a obediência aos superiores terá se ser substituída pela obediência ao Eu Superior que pode estar presente na mente temporal; Homonoia, a «família humana», herdado de Alexandre que queria instituir o Império de todos os povos da Terra, é possível com a globalização, o Holismo, o todo está contido em cada parte; Oikouminé, toda a terra habitada, pensar na terra como um Todo; Kosmopolites ou Kosmopolitai (plural), cidadão do mundo, o mundo como «cidade de Deus» uma antiga referência à humanidade; Autárkes, o que se basta a si-próprio que era uma auto-realização espiritual de início, reflectiu-se na concepção do autarca e autarquia «espiritual». São os objectivos da Idade de Jesus. Há uma diferença abismal entre o «Social» ficcionado e a Fraternidade Universal, Real, difícil.

Os Três símbolos da Estátua da Liberdade são a Trino-Sabedoria: a Coroa, o Facho de Luz e a Lei Divina. HPB usou o termo Trino-Sofistas, os da verdadeira Libertação. (CW 11, p.272). Trino-Sofia não é revoluções políticas. No Islão a Sabedoria era dos Sufis. A «Ciência da Estátua da Liberdade», «Estátua das Três Sabedorias», foi dada ao mundo como caminho de auto-realização. Criaram uma porta de esperança na América, no “novo mundo” de oportunidades, da 6ª Sub-Raça Ariana, e da 6ª Raça, e colocaram à entrada de New-York um símbolo que diz o que é necessário saber! A Estátua da Liberdade a que os sábios da Antiguidade chamavam as Três Supremas, as Três Cognições, o símbolo da Santíssima Trindade. O Eterno manifestado em Sete Raios de Luz e de Som, Sete Trombetas dos Anjos, das Substâncias do Universo. Se a América evoluir no bom sentido a balança entre Qualidades Divinas e necessidades materiais se equilibra; agora não acontece.([iii])

Pode dizer: assim como confio na honra dos meus gloriosos Antepassados, a Ciência das Bandeiras de Portugal diz aquilo que, vergonhosamente, não sabem. Uma Nação que tem na Bandeira, as Três Sabedorias, outrora só dada à gente Espiritual, é um Povo de excepção sujeito ao Materialismo ignaro! Mostrai que sois descendentes do Nobre Povo valente e Imortal. A actual Crise Soberana á um Caos porque por razões políticas secundarizaram a Sabedoria do rei D. João I, que resiste à Sede dos Sentidos porque fez o tratamento dos quatro cestos: 1. Temor de mal reger sem equilíbrio entre necessidades materiais e espirituais, e não a economia dos tostões, iniciada em 1509, dinheiro desvalorizado que impedia as importação de bens de consumo, ouro para os ricos, tostões para os pobres o que deu a extrema miséria; 2. Justiça com Amor e Temperança; 3. Satisfazer os corações; Acabar grandes feitos com pequena fazenda. Três necessidades das Almas apenas uma Económica. Procurem na Cultura Portuguesa tudo o que precisam para viver por ser mais fácil ter memórias.

Humberto Álvares da Costa (Médico)



[i]     As grandes Religiões têm uma origem única e são formuladas segundo a Árvore da Vida. Não é desejável uma religião universal sem a tornar Inteligível por Ciência. Ver o conceito Judaico de Shemitah. O étimo em Hebraico é um ano agrícola de Sete anos no caso Ciclos de Sete Raios.
[ii]    François Châtelet. A História da Filosofia. Ed. CL. 4 Vol. Ao guiar-me por Histórias da Filosofia estou a dizer-vos que o lado esclarecedor é a Qualidade do Tempo e das Pessoas do Tempo
[iii]   R. T. Wallis. Neoplatonism. Ed. Bristol Classical. O 6º Milénio é um novo Tempo: “Isto não quer dizer que a Torah seja substituída por outra, tal facto seria contrário a um dos treze dogmas do Judaísmo (formulado por Maimónides, na Cabala Ibérica). Ao invés, as letras de Torah combinar-se-ão de modo diferente, adaptadas às exigências desse período e, nem uma só letra será acrescentada ou tirada. Então, o conhecimento do homem aumentará e todos, grandes e pequenos, conhecerão a Deus, em virtude da luz que se acenderá no mistério do pensamento divino, na véspera do Sabbath cósmico.” Viva pelas Três Sabedorias.

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