Três Mundos do
Ser, três Faces da Mente Humana interpretada por S. Paulo: Fé, Esperança,
Caridade
A Religião é
sustentada pela Filosofia e Ciência,
dois pólos funcionais. Vistos separados dividem, vistos complementares, unem. A
mente religiosa, de crenças, medos, e a mente científica,
objectivada e de agnosticismo reaccional, aconteceu por doença da mente. Ao
isolarem a Sabedoria do Conhecimento, da Sabedoria da Qualidade de vida, o Homo
fica dividido. Os paradigmas confessionais exploram falsas imagens.
Há fantasia dos crentes, fantasia dos cientistas contra Mandamentos que
negam a Gnose, incapacidade minha de conciliar tanta divergência. O
Filho-de-Deus enfrenta o insolúvel.
A Esperança
da Ciência trouxe benefícios tecnológicos, mas não trouxe o caminho de
Sabedoria. Cada dia vivido sem Sabedoria acrescenta dias de sofrimento
ao nosso Destino. O perigo de dar Conhecimento e o Poder que o acompanha
está bem expresso na afirmação ‘chocante’ do místico Mestre Eckhart: «o
que tem um espírito pobre deve ser despojado de todo o saber, de tal maneira
que não saiba absolutamente nada de Deus, nem da criatura, nem de si mesmo. Daí
a necessidade que o Homem tem de não saber nada das operações Divinas.» É
preciso evitar que os de mente sem Substâncias superiores e sem Estruturas
digam opiniões como palpites, convencidos que são verdades sagradas. Há muitas décadas
atrás, os rurais tinham uma Sabedoria interior rica. Os de mente pobre são os
fazedores de dogmas religiosos e científicos sem poderem libertar-se do jugo
sensual e dos afectos, incapazes de serem «objectivos» acima do mental. O
Espiritual é de mente Matemática. Nada digo sobre as «operações Divinas»
mas digo, por Ciência e pela Razão, o que é necessário à Libertação do nosso
sofrimento. A tese foi ensinada, universalmente, pelos Mestres; a minha
contribuição foi juntá-las e acrescentar dados objectivos para mostrar que
devem ser Verdade vista pela ajuda que recebi d’Eles e justifico.
A Libertação
da Humanidade se faz pela Ciência definida como a Verdade experimental comprovada,
temos de corrigir a má definição da Ciência em bases ideológicas. A Realidade é
muito mais que o teste de Tomé, dos cinco sentidos físicos, do corpo físico,
duma humanidade em que a realidade física é a mais baixa. A Humanidades tem
corpos e estruturas em Planos de outros espaços-tempo, além do Físico que é um
pequeno segmento do Real. Tudo o que é importante está acima do campo físico.
Se não tiver a experiência dos Planos superiores, não tem acesso ao Saber
Integral, Holista e tendencialmente vê as forças regentes como separatistas,
que edificaram os «partidos» políticos ideológicos sem Ciência Espiritual, sem
Sabedoria Divina. Mente são substâncias, estruturas.
A Ciência é
descobrir a verdade por nós mesmos, desprezando as crenças religiosas
ideológicas. Algumas Religiões fomentaram as «trevas». Mal formuladas são geradoras
de trevas mais graves que as religiosas, pois cortaram a ligação que todos
temos ao Homo Espiritual, que é a Fonte da Vida.
Repito
Mestre Eckhart, um Bispo Católico que sabia a Ciência Cristã, e foi a
excelência da Sabedoria do Cristianismo: a «mente pobre», da grande maioria da
humanidade, devia despojar-se de tudo o que sabe sobre Deus e sobre a Cultura
humana – a corrupção de Saber impede o reconhecimento da Verdade. Os
religiosos e os cientistas têm de eliminar da mente o que herdaram sobre Deus,
Origem e Fim do Homo, para conhecerem Deus. A minha exposição sobre os Mestres
não é para encher «a cabeça» de doutrinas, é um Caminho de Descoberta do Ser,
através da Verdade da Sabedoria Divina. Aquilo que pensam é sem Verdade,
logo, sem poder redentor. A Verdade estrutura a Mente, o Erro
desagrega-a!
Se Cristo
criou condições para haver Materialismo Científico está a dizer-nos: limpem
a vossa mente do que todos agentes culturais sem Cultura Científica Espiritual
dizem. Se Conhecer de modo experimental, pode repetir as experiências e
obter os mesmos resultados objectivos, seguros, Bons Testemunhos, opostos aos
Maus Testemunhos sem dados de metacognição dos corpos, Astral, Mental, Búdico,
Vontade. Ter Fé no Conhecimento é dar Testemunhos fidedignos. Os Mestres
fizeram a recomendação: Deus não pode ser conhecido, nunca alguém viu Deus, que
nós próprios somos. Por causa deste conceito, o Homo é Divino, templo de Deus
vivo, Jesus e discípulos foram apedrejados até à morte na Palestina.
A única
experiência sobre Deus é pelas Qualidade Humanas: o Homo é Filho de Deus e
as suas Sete Qualidades Divinas são a prova da Existência de Deus.
Quando sabe que Deus existe? – Quando revelar as Qualidades Divinas em si
mesmo. Se não as revelar, Deus não existe para si, nem nunca chegará a existir.
Substituir a Fé em Deus (subjectiva) pelo Conhecimento experimental de Deus,
através da sua Qualidade, é a Luz do Novo Homo; ele nunca mais será o mesmo
porque tem em si a Qualidade Divina, por Herança, inata. Reconhece-a quando os
seus corpos suportarem a experiência das Sete Qualidades Divinas, chamadas Sete
Raios de Luz, as Sete Qualidades e Sete Leis Fundamentais. A História Holista é
a primeira tentativa para fazer a História dos Ciclos das Sete Qualidades
Divinas, que foram ensinadas.
O Senhor
Buddha começa o seu Decálogo ensinado aos Anjos (para que este Seres de Luz o
aplicassem ao Homo), assim: não se junte aos néscios, junte-se aos Sábios e
Bons e, por essa via, ganhará a única experiência que pode ter de Deus: a
Qualidade Humana é a mesma Qualidade Divina, porque somos filhos de Deus. Há
aqui um grande Mistério, ninguém aconselhe a crer em Deus, seria um Falso
Testemunho, mas desenvolva a sua capacidade inata para Conhecer Deus em si
mesmo, o único modo de Saber. Entramos no Mistério das Substâncias, dos Cinco Pães que
estão a evoluir, o símbolo Cristão das Cinco Quinas. O problema do
Conhecimento de Deus depende das substâncias dos nossos corpos, também chamadas
os Sete Véus do Espírito, como Princípios. O que evolui é o Véu e podemos
ajudar a fazer a transferência das Boas Substâncias assimiladas para os que ainda
não têm o Pão (cinco Pães) da Vida. Se ninguém tiver essas Substâncias não pode
Evoluir. A Educação é dar o pão da Vida e revelar a «massa», as substâncias que
cada um tiver alcançado em vidas anteriores.
A Bandeira de Portugal representa as Cinco
Quinas, os Cinco Pães ou «Massas». Todos querem sentir o crucificado na
cruz que é uma grande comoção, mas não querem conhecer através das Cinco Quinas
a experiência da Inteligência de Deus. Cristo mandou começar tudo de novo mas
não mandou que ficássemos retidos nas sensações, percepções e emoções que
produzem o pensamento concreto. Quem assim procede «imita» o padre pelo lado do
miserabilismo. Diz que é laico mas é um falso laico, pior que padre. Começar
pelas Sensações e Percepções é o primeiro passo, falta dar os passos seguintes,
sem os quais não há mente científica; deixar de ser escravo dos sentidos. Não
seja um fariseu (Gr. pharisaîos), no pior sentido, um separado da
Sabedoria por excesso de materialidade. A vítima da falta de substância
melhorada nos seus corpos subtis fica no acreditar e não acreditar. A atrofia
da mente humana nega-lhe a capacidade de Saber para o Bem e «cego» pela Matéria
não é sensível aos Sete Planos Cósmicos, nem sequer aos Cinco Planos, as Cinco
Quinas onde evolui, como dois Gémeos: o Gémeo Imperecível ou Espiritual de
cima, o Abel, e o Gémeo Mortal, de baixo, o Caim.
Educar é
revelar o que o Homo Holista é, mas também corrigir os défices de substâncias
ou «massas» por «panificar». Sem Substâncias o Eu Superior não tem Voz, não
pode expressar-se e a existência do Ser Divino que habita o Homo é negada. É o
símbolo da corrupção humana.
Os nossos
dois Gémeos ou dois Eus, são Siameses, não os separem, funcionam como um Todo.
Se cortarem a ligação entre os Gémeos, o Gémeo de baixo é condenado à Morte. Os
dois Gémeos correspondem a três Almas. O Espírito é acima. As almas são corpos
das Cinco Funções da Mente no Mundo Temporal e Espiritual. Não é Espírito é
«coisa», duas «res» extensa e cogitans em Descartes. É pela Ciência dos Mestres que podem
compreender Espinosa, Descartes, Plotino ou Platão... O Sacramento da Comunhão
devia ser compreendido e praticado nas condições ideais que Cristo ensinou. A
nova 6ª Raça, em gestação, facilitará a mudança Substancial dos veículos do
Ser e permitirá o retorno à Utopia de Sabedoria que vigorou no
início da Humanidade. Utopia é recuperar a Felicidade perdida.
O estudante
de Filosofia Divina é sensível à Verdade, a viver Justo e reduzir pela Verdade
os índices de sofrimento imposto a outros seres, desde logo pela Alimentação,
que deve ser tendencialmente Vegetariana, sem causar sofrimento, sem dor. Ser
Vegetariano é esvaziar a mente da influência animal, da sensualidade. Filosofia
não é apenas uma discussão sofista, é renovar o Poder das Verdades
Primordiais, que transformam tudo à nossa volta. Jesus, como Nazar
(os Nazarenos espirituais) era Vegetariano. A Igreja hostilizou o
vegetarianismo e fez desaparecer os textos e Evangelhos que o aconselhavam.
Em Portugal, ser vegetariano chegou a ser um critério de condenação à
morte (perseguição aos cristãos Priscilianistas). «Em verdade vos digo,
aqueles que aproveitaram esses benefícios e maltrataram uma das criaturas de
Deus não podem ser rectos, nem podem alguma vez tocar as coisas sagradas, ou
ensinar os mistérios do Reino, aqueles cuja mãos estão manchadas de sangue, ou
cujas bocas estão conspurcadas de carne.» Do Ev. da Vida Perfeita. A
Verdade é o meio eficaz de ser perdoado, de redimir os pecados e Ser Luz. É
pela repetição da Verdade que despertamos para a Verdade do Ser, em nós mesmos.
A presença dos Mestres na Terra é necessária para nos reconhecermos a nós
mesmos:
A). Dá-nos
as Substâncias dos seus corpos como a Ave Fénix;
B).É catalisadora da Evolução pelas Sete
Qualidades, Raios Divinos;
C).É a referência de Sabedoria nos
níveis a que não temos acesso, por subdesenvolvimento e não teremos antes de
evoluirmos;
D).Purifica as nossas substâncias do
Karma-Némesis passado. A Verdade dos Mestres quando for vista por nós
liberta-nos dos erros do nosso passado; é uma esponja que limpa os males nos
assolam. Por outras palavras, esvaziamos a mente velha, do erro, para erigir a
Mente Nova.
Somos
inconscientes do Ser, antes de alcançar o estádio de perfeição. Jesus curou cegos,
surdos e coxos, não físicos mas da insuficiência das substâncias da
mente, dos veículos da «alma» natural, das Três Árvores do Éden: da Luz, do
Som e do Caminho.
1º. Físico
2º. Alma Natural. Duplo-astral, o duplo do
corpo físico
3º. Vital
4º. Kama-Manas,
emoção-pensamento, o núcleo da Alma Natural que recebe influências do
Mundo Superior, do Eu Superior; o que liga a Personalidade ao Eu Superior
Os Três Níveis Espirituais são:
5º Alma Humana, Buddhi-Manas, da
razão, do Filho do Homem
6º Alma Crística, da Intuição e Unidade da Vida
7º Espírito, Atma
Dar a Outra Face: sem solução Temporal, dê a solução Espiritual, a outra face
As «Faces»
são fronteiras de Mundos e indicam que os Planos Físico, Mental e Átmico
partilham de dois Mundos contíguos: Átmico I e II, Mental I e II e Físico I e
II. Se disser Físico I estou a incluir a metade inferior do Astral. Ao
caracterizar a alma natural no Astral e Mental inferior, concreto,
dizemos Kama-Manas (Kama = Astral; Manas = Mental) dois Planos integrados. Ao
espaço-tempo de poderes inconscientes que separa a margem de baixo, da margem
de cima chamam-na Face de Deus entre dois mundos. As Faces separam os
Três Mundos de Consciência Manifestada, são Três Mundos do Ser ligados pela
interface àDar a outra Face, no ensino
de Jesus, pode ser a alusão às faces de Jano no mental: face temporal e
espiritual; resolver as trevas pela Luz (Personalidade é Sombra, Eu superior é
Luz). Se deixar de ver as questões pelo Mundo Temporal (face inferior, obscura)
passa a vê-la pela outra face, a Espiritual, como se fez na Psicanálise da História.
Dar a outra face do Homo pode ter um significado Ético que explica a
luminosidade da História Integral
perante a convencional, das crónicas. Assuma sempre o lado luminoso da Vida. Os
Objectivos da Evolução estão assegurados pelos Dharmas!
O conceito
de Nazares, os separados por
causa do Poder de Conhecimento e Sabedoria relaciona-se com as substâncias dos
corpos – não dar poder a quem o mal use, para não lhe agravar o Destino. Estão
a ver as debilidades Portuguesas pela face negra, se virem a Espiritual, Ética,
tudo muda porque que Cristo passou a viver em cada uma das Cinco Quinas do Homo
Evolutivo. A Bandeira do rei D. Afonso III, a 3ª, é um grande desenvolvimento
da Mente Humana de Cristo em nós, dizem as Cinco Quinas após Afonso III, o
Bolonhês, primeiro Rei de Portugal e Algarves (Sotavento e Barlavento). Dê a
outra face!
A
estrutura da Mente humana é reencarnacionista seja o que for a «crença» do Homo
«nesta vida». O Homo tem 20 ou 30 mil personalidades diferentes, cada
uma com ideias próprias, habituadas a impô-las como «verdades» intocáveis; é
Divino em si-mesmo mas recusa o Ser que É; as suas qualidades são Divinas mas
não as reconhece; a sua Vida é Divina mas recusa vivê-la; à vida Libertadora
prefere a Escravidão, violência, medo. É um marasmo de conflitos elaborados em
que perde as oportunidades de redimir os seus muitos Erros e atribui a causas
exteriores o que foi gerado por si-mesmo. Como pode o Homo libertar as suas
velhas personalidades desde que recebeu a Alma Espiritual e o Espírito quando
completou a Descida na Matéria no período do Barro, Cretáceo, da Era
Secundária, operada pelos Seres Divinos de Vénus, o planeta Gémeo da Terra? Na
Ignorância humana duma vida realizada por Sentimentos, que não esclarecem a
Realidade, como pode aceder à Sabedoria da Libertação e Divinização negadas por
ideologias de todos os tipos? Há uma teia de falsos testemunhos que impedem o
acesso à Verdade e esses testemunhos têm “púlpitos mediáticos” assegurados.
A
incapacidade humana para desfazer as brumas das nossas vidas está implícita no
étimo Deutério, de qualidade inferior. Sob a epígrafe Deuteronómio
se descrevem os X Mandamentos da Religião Judaica
que significa da terra dos escravos. Deut. 5:6. As deuteroses são
multiplicações por Excessos, os dois mais importantes foram descrito como Sodomia
sensualidades, Gomorria, acumulação de coisas.
Humberto Álvares da Costa (Médico)
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