quarta-feira, 15 de abril de 2020

Ressurreição. A Aliança dos Dois Egos Evolutivos


A Evolução processa-se entre dois Mundos, dois Egos do Homo:
 
  1. O Ego inferior, da margem inferior ou temporal, e da alma natural ou perecível que morre e se desagrega, ficando a Semente, o Átomo-permanente e o Campo de Ressonância que atrai as Substância que vão formar o Eu da personalidade seguinte. É a res extensa, a Existência material. A Persona é "per Som".
     
  2. O Eu Divino, Eu Superior, o Senhor. Ego da margem superior que rege a Evolução e se esforça para que respondamos à qualidade e responsabilidade de sermos Filhos do Divino. É o Eu do perdoai-nos Senhor, do Senhor tenha piedade de nós, etc. É a res cogitans, a Essência. O Eu Espiritual é Luz.
     
    O Mito da formação de Roma, das muralhas da personalidade separada [Romã é a Maçã (“mala”) em evolução], por Rómulo e Remo, filhos de Rheia, a Matéria Virgem, uma Titânida filha do céu (Urano) e da Terra (Geia), que casou com Cronos, o Tempo, que é um movimento incessante que traz o Universo à Manifestação e come os seus filhos que, sujeitos a Ciclos, são mortais. É mais profundo do que o Mito da Eva que teve como filhos os gémeos Abel e Caim, e Caim matou Abel tal como Remo matou Rómulo, porque a Personalidade ficando isolada dentro das muralhas, bloqueia o Eu Superior que permanece no Mundo Espiritual, clamando pelo outro Eu, pela Voz do sangue (o Eu Superior). Remo e Rómulo, os dois filhos de Rheia, a Virgem fecundada por Marte (Espírito Santo), foram postos na margem de um rio (representam as duas faces de Jano), e salvos pela loba, que significa a vida instintiva, que ensina a sobreviver. «Salvaram» o Rei de Alba, Ilha Branca, que representa os Kumaras, os Senhores da Chama, Prometeu. ([1])
    De Mestre Eckhart (1260-1328), dominicano alemão: «As Sagradas Escritura dizem dos seres humanos que existe um Homem externo e, junto com ele, um Homem interno. Ao Homem externo correspondem as coisas que dependem da alma mas estão associadas à carne e misturadas com elas... As escrituras chamam a este todo o Homem velho, o Homem terreno, a pessoa externa, o inimigo, a serva. Dentro de nós está o outro, o Homem interno, a que as Escrituras chamam o Homem novo, o Homem celeste, o jovem, o amigo, o senhor
    Estamos orientados para o prazer sensual e de bens materiais, do Homo externo ou velho, e o caminho espiritual do Homo interno ou novo não é ensinado. Quando o Homo nasce na caverna como ser Divino fala-se na 1ª Iniciação, da alma natural; depois vem Baptismo da Água (rio), de acesso à alma humana, 2ª Iniciação; o baptismo de Fogo, alma Crística, 3ª Iniciação. As duas finais, 4ª e 5ª, são a Crucificação e a Ressurreição. Na Tradição, citam os «rios» que separam níveis de Consciência nos Planos Átmico, Mental e Físico. Dois rios nos separam do Reino de Deus, o de água e o de fogo, os dois Baptismos iniciáticos.
    Os que têm o mau hábito de emitir opiniões sobre temas Espirituais exigentes de Saber profundo, saibam que Rheia Sílvia (o cognome de Rheia significa que a nossa Mãe Divina é a mãe dos muitos, dos silvas, e das sementes que caiem nas silvas e se perdem sem acesso à terra de boa cultura, de cultura espiritual; saibam que Rheia foi condenada a ser Vestal, que significa Chama. Seremos salvos se formos consagrados pelos Senhores da Chama, os Kumaras, os nossos Pais Divinos, que são Andróginos Divinos, o Prometeu.
    É importante o símbolo do rapto das Sabinas que é apropriar-se das substâncias elementais criadoras. As Sabinas serão Elementais dos Três Reinos que organizam as estruturas. Digo «elementais» porque no sXVII, sabino era o «que tem cavalo branco» (Dic. P Machado). Cristo virá neste cavalo puro. ([i])
    Na Evolução, cada Era Geológica é uma Vaga de vida, uma Raça – Raiz. Na 6ª Raça, a mente humana receberá Poderes e Conhecimentos da 6ª Vaga de Vida. A 6ª Sub-raça da 5ª Raça e a 6ª Raça que esta Sub-raça trará, leva à «ligação» do «Eu Superior» ao «eu inferior», do gémeo de cima ao gémeo de baixo.
    No início da encarnação dos Egos humanos houve dois tipos de erros: 1. formas que ficavam vazias de Egos e eram ocupadas por criaturas inferiores, e 2. Cruzamentos com animais. Faz-se referência às Liliths dos Judeus ou Dâkhinî em Sânscrito, corpos de mulheres não ocupados por humanos e se animalizaram; «voavam» porque eram da linhagem dos anjos, perversas mas simpáticas para os humanos. Na Bíblia é feita a referência aos que entraram às filhas do Homo, mas não se diz que o pecado dos cruzamentos com animais, origem aos antropóides sem cauda (chimpanzés, gorilas, etc.) foi a recusa de Egos humanos em entrar em formas primitivas. É um fenómeno passado na mente: o diferendo entre as Sabinas e o Eu Superior que as recusou. ([2])
    Na Antiguidade, a mulher tinha o estatuto de criança e era não imputável. S. Paulo confirma em I Timóteo 2, «não permito à mulher que ensine nem mostre autoridade», o cérebro era dominado por emoções e continua a ser no séc. XXI, nas sem treino científico. O Mestre, enquanto a Ciência não estiver estabelecida, protege-a contra a exploração emocional, por ser uma perda de liberdade indesejável. A mulher será Sofia, Ciência Divina, ao se libertar da emoção sensual.
    A Vinda do Filho do Homo, conceito trazido da Pérsia pelo Cristianismo, é a transformação que mudará a Vida; a união da alma natural (Kama-Manas) no Mundo Temporal, à alma humana, no Mundo Espiritual (Buddhi-Manas).
    O conceito de Filho do Homem, alma humana, completa o de Filho de Deus, a alma Crística, nas três Almas que um dia revelaremos. É o Renascimento do Homem (ideal do sXV), que os historiadores (Ibid. Simon, Benoit, p. 67, 87, 245) citam mas não entendem. Os corpos são estruturas inteligentes que decidem por si mesmos. A criança é uma mente apenas dévica, elemental, a ser desenvolvida até aos 5 ou 7 anos, por via afectiva, sobre o Certo-Errado, depois, sobre o Bem-Mal que é próprio do Homem. Ignorar este facto da investigação oculta, apesar do povo saber que a criança é um anjo, distorce as soluções eficientes para Educar e Instruir. A diferença entre mente de criança e mente de adulto não é de grau, é de outro tipo de «consciência» que ocupa os corpos: – primeiro, a angelical ou dévica, do Certo-Errado, depois a humana, do Bem-Mal. É importante saber isto!
    A Idade de Kali Yuga, começou em 3 108 AC e termina em 428 894 DC, é a Idade das Ghiâdes, dentro e fora de cada criatura. É urgente devolver aos homens a Esperança: transformar os factores de Queda em factores de Ascensão – assegurar a Salvação pela Verdade. Grandes erros dos “spin doctors”, doutores de torcedelas mediáticas ou torcionários culturais, sedutores que destroem a vida. ([ii])
A intervenção de Jesus-Cristo é parte da grande transformação cósmica para facilitar a Demanda do Reino de Deus, no Homo. Graal do Lat. «gradale», tem relação com «gradiens», o que caminha, «gradatio», por ordem dos degraus ou iniciações. Pathos, o Caminho relacionam-no com paixão, sofrer, a qualidade que toca o coração. Lat. «Patientia», de «patiens», paixão. Patena da consagração eucarística. Também «patens», aberto, uma abertura à Luz. Patmos a ilha onde foi escrito o Apocalipse (Revelação) tem relação com Atmos, Atma.
A condição humana foi intuída por José Régio: «O Homem actual está impando de pequenas crenças e ordem social, política, estética, moral – e em razão delas age, e na medida em que se lhe esquiva só pode abraçar o vazio, o caos, a inactividade, o suicídio, o nada. (…)A crença na Ciência e na Técnica é certamente uma das pequenas crenças das religiões contemporâneas
Buddha dizia que havia 100% de doentes mentais. O número de doenças mentais cresce sem cessar, todos estamos doentes, porque não existe uma anátomo-patologia para as justificar nas doenças dos corpos Quânticos. Apareceram os especialistas em acompanhamento filosófico, “Mais Platão, Menos Prozac”. ([iii])  
F. Pessoa, depois de chamar à Justiça «a mais estúpida das ilusões», deu pistas: «temos estes pobres homens acreditando ainda no dogma cristão do livre arbítrio; julgam que um Homem é livre, quando a primeira coisa que a ciência aponta é que um Homem é escravo; julgam que podem alterar a face da natureza humana e acabam com o velho Homem humano – porco, sensual, estúpido, patriota e proprietário...»·([iv])
A vida não é a reencarnação do Ser. É a reencarnação do Eu Temporal, por efeito das qualidades dos Karmas que nos amarram à «roda do Destino» da vida e morte temporal. Os Karmas Nemesis reencarnam. A Evolução faz-se entre os dois Egos, os dois Gémeos: o Ego inferior da Personalidade (Caim, Rómulo), o mortal, perecível; e o Ego Superior, o imortal, Imperecível (Abel, Remo).
O Ev. da Vida Perfeita, The Gospel of the Holy Twelve, foi trazido de um mosteiro tibetano para o Ocidente, pelo Reverendo Gider J. R. Ousley, 1892, é o Evangelho dos vegetarianos. Jesus considerou ilegítimos os sacrifícios animais e falhada a boa-vontade, usou a força, para nos ensinar que o Mal se extingue pela força activa, imperativa contra o Mal, reestruturando a sociedade. ([v])
O vegetarianismo de Jesus é uma forma de transubstanciação, com objectivos analógicos ao sacramento da comunhão. Quando come o bife já pensou que isso o torna”denso”, animal e pouco Homo?! O Evangelho da Vida Perfeita mostra que a Igreja amputou o seu Mestre naquilo que não queria fazer.
Recusem o sofrimento desnecessário. Cozinhar iguarias vegetarianas, deliciosas, sem os efeitos nocivos à Vida e à saúde física e mental, degradada pelo alimento feito de dor. Servir pratos agradáveis, difundir a cozinha vegetariana!
A Hierarquia de Compaixão, o Governo Interno do Mundo, substituiu os grosseiros sacrifícios animais pela dádiva na cruz que representa os dois Mundos da Evolução – Temporal e Espiritual –, e pelos sacramentos: comer o corpo de Cristo e beber o seu sangue, a transubstanciação.
As Três Distinções do Ser reflectem-se nas Três Almas da Humanidade: Crística, Humana, Natural. A conquista da Liberdade não é, seguramente, a de revolucionários ideólogos sem Sabedoria, de partidos políticos. Há três Distinções do Divino que originaram os Sete Raios de Luz, Sete Poderes (Trombetas), Sete Planos em Três Mundos: da Mónada, do Eu Superior e Personalidade. O Universo é um paradigma chamado a Árvore da Vida com Dez Poderes (Sephiroth).
Os Três Mundos do Ser, da Fé, Esperança e Caridade (S. Paulo) e as suas transversais ou fronteiras, tanto podem ser vistos no sentido descendente ou no ascendente! A transversal da Fé ou sentimento é «a casa de Deus». Sentimento do Lat. «Sententia» é ciência, prudência, Sofia. A Ética do Gr. Éthos significa também residência, morada. A nossa Qualidade é a do Ser Divino que nos habita. O Direito só é válido se houver Leis Éticas que não podem ser infringidas. Se a sociedade duvida da existência de Leis Divinas fica reduzida ao direito de regulamentos, normas para se defender da repressão, em que os X Princípios Fundamentais, os Decálogos religiosos são substituídos por regulamentos, que os poderosos não cumprem e os outros, por imitação, tendem a safar-se pela letra de códigos.
«A maioria dos homens, Símias, imaginam que, quando não se sente prazer (...) não vale a pena viver, não se andando longe de estar morto quando não se tem qualquer cuidado com os comprazimentos corporais. (...) Mas a alma nunca raciocina melhor do que quando nada a perturba, nem o ouvido, nem a vista, nem a dor, nem qualquer prazer, mas, pelo contrário, quando se isola mais completamente em si mesma, mandando passear o corpo e rompendo, tanto quanto se consegue, todo o tráfico e todo o contacto com ele para tentar captar o real.» Platão.  ([vi])
A América do Norte é a zona geográfica onde está a formar-se a 6ª Sub-Raça da 5ª Raça Ariana  ([vii]), que incluirá todos os homens de todas as raças que possam activar os «poderes» da intuição na perspectiva das emoções (Kama). A actual «variedade de superstições tende a desaparecer de dia para dia, fundindo-se numa religião única, que parece muito mais racional do que as outras.» ([viii])  
Direito à Felicidade é o direito de ser ensinado desde a nascença em Religião-Ciência, através do ”leite materno”, para ser protegido do império da superstição. Os Gregos esclarecidos por Ciência e Ética viam o Cristianismo como superstição. «Tudo indica que o Império se ocupou apenas de reprimir e conter uma “superstitio nova ac malefica”, uma religião não reconhecida que perturbava a ordem pública. (...) Em 202 (Septímio Severo, fiel de Apolónio-Cristo), promulga um édito que proíbe o proselitismo, quer judaico, quer cristão (...) o regime de interdição é completado pela interdição da propaganda e do proselitismo.»  ([ix])  
O estabelecimento da Ciência (Newton, 1642-1727) representa a Força do 7º Raio através do Iluminismo do séc. XVIII: iluminar a vida, libertar da Ignorância e Superstição igrejista. Criou a necessidade de iluminar as ruas o que levou à luz eléctrica, mas também as almas, Instrução pública, o Naturalismo que gerou Darwin, a Revolução política da Estátua da Liberdade que nasceu da Revolução (1789-99), a Revolução Industrial Inglesa. No sXVIII apareceu na Europa o Iluminismo profano, a ruptura com os igrejismos cristãos acusados de ignorância e superstição, que era preciso erradicar apoiado na Ciência, em Newton, nos utilitaristas de Stuart Mill, no racionalismo de Adam Smith, em Inglaterra, e Voltaire, em França.


[1] Porquê Karma-Nemesis e não apenas Karma, causa e efeito? Porque Nemesis é a cólera Cósmica contra o orgulho, o egoísmo, a impiedade. É o Karma da Qualidade ou Ética. No Mito do V Império vertido em Cartas Cabalistas, vemos acima do carro das conquistas ou descobertas do Poder Divino material, e das bênçãos eucarísticas do hierofante, o Poder Divino Espiritual, que desperta Sofia, Ciência, da Magia do Poder do Amor.
[2] Encontram referências à Vida Elemental, ao facto da criança ser apenas consciência dévica ou elemental e não poder ser educada e instruída do mesmo modo que será após os 5 ou 7 anos, quando a consciência humana ocupar as formas. A relação com as «Sabinas»!



[i]     Platão. O Banquete. Fedro. Apologia de Sócrates. Critón. Colecção Os Grande Filósofos. Ed 70. 2008, Fedro, pág. 182
[ii]     The Geeta. Trad. Shri Purohit Swâmi. Ed. Faber & Faber.
[iii]    Lou Marinoff. Mais Platão, Menos Prozac! Ed. Presença 2001
[iv]    Fernando Pessoa. Sobre Portugal. Recolha de Textos, Org. Joel Serrão. Ed. Ática.
[v]     H. Álvares da Costa. Os Evangelhos dos Essénios. Portugal Teosófico. N º 77, 2000
[vi]    Platão. Diálogos III. Pub. Eur. Am., p. 79
[vii]   Francis Bacon. Nova Atlântida. Ed. Minerva. A Utopia da próxima 6ª Raça Raiz.
[viii] Tomás Morus. A Utopia. Guim. Ed., p. 160
[ix]    Marcel-Simon-André Benoit. Le Judaísme et le Christianisme antique. Ed. PUF

terça-feira, 14 de abril de 2020

Idade de Ouro. A Unidade Trinitária de Adam. As Sete Inteligências


As teorias científicas, ao copiarem o modelo religioso, moldam os factos à estrutura da mente. Veja-se o transporte de animais de abate e o modo cruel como são tratados. A viagem das vacas e as torturas e crueldades que sofrem até serem mortas, do modo mais desumano, deixa-nos aterrados. Quem faz aquilo a uma vaca não pode ser Espiritual – nem instruído, nem educado. O modo de vida cruel foi estimulado pela religião no poder – tudo o que existe é para ser explorado! Ficamos com a «impressão» de que a humanidade precisa do sofrimento e da crueldade para evoluir e tem a vida de infelicidade, doença e sofrimento, solidão, remorso, uma plêiade de complexos da psique, em «guerra» no inconsciente.
O Homo natural formou-se no início da vida na Terra a partir das ínfimas vidas ardentes”, construtoras e destruidoras da vida, anabolismo e catabolismo, em equilíbrio, que permitem a renovação incessante das substâncias, em ciclos ordenados; qualquer desequilíbrio perturba a vida. Esse Homo Temporal nasce no ponto mais baixo, entre opostos (Eros e Tanatos) de vida e não-vida.
Freud disse isso mas sem ir às causas! O Caminho Espiritual não é vencer outros mas a si mesmo, não leva ao sucesso social e causará dificuldades aos que o ignoram e vivem das «dependências» da «bioquímica comportamental». O ébrio de desejos gosta que as religiões sejam falsas porque o alijam de todas as responsabilidades. Não usem o «falar ao coração» como «droga» sem Ciência.
A primeira Raça Humana era de «corpo unicelular» apenas astral/etérico, ou Físico I. Era um campo de ressonância circular gigantesco, herdado da Cadeia anterior, a Lunar. Era uma imagem Divina de 50 metros, sem mental e sem corpo denso, as poderosas «Rodas» da Tradição espiritual, geradas nos primórdios da Vida e que apenas se concretizaram no Período Devónico, em Esoterismo há 150 milhões de anos, tempo mais curto do que a Ciência ortodoxa. Foi no tempo dos bivalves que o Homo completou o seu núcleo, a primeira célula. Os peregrinos levavam a concha da Vieira, que tinha, pelo «link», elo, o valor mágico de retorno à origem do Homo. Os bivalves são uma evolução do Devónico, da Era Primária. ([i])
Os seus Sete tipos (sub-raças) foram gerados pela Vontade dos nossos Pais (Pitris) da Cadeia Lunar. Ela reproduz-se por partenogénese, divisão ao meio. O duplo-astral é assim chamado por ter luz própria. É o núcleo de vida ao redor do qual se gerou a Personalidade, o Quaternário de Corpos Temporais. Em cada nova Raça (vamos na 5ª Raça) repete-se a génese do Homo Temporal: o Ser Divino (Manu) que traz a Vida à Manifestação espécies e Continentes tem de a dotar do duplo-astral e sobre ele gerar e, depois activar, as outras «camadas» do Homo. Por herança Divina ficámos Homens completos temporais, espirituais e divinos.
Podemos destruir o Homo temporal, nunca a Herança Divina, o Homo Espiritual, o Eu Superior e o Filho de Deus, o Divino, a Mónada que em nós habita! A Antropogénese e as Espécies dela emanadas fez-se por degraus: Raças e Sub-raças. A Utopia Divina foi o nascimento do Homo cretaceus, algo que existiu e perdemos; não é um sonho do futuro, é uma memória ainda viva. ([1])
Mudar de ideias sem mudar de substâncias nada muda. Endireitar os caminhos do Senhor é limpar as Substâncias! Jesus disse: quem estiver perto de mim está perto da chama (purificadora de Karma), o Fogo Divino purificador.
Qual é a Filosofia que os Romanos aceitaram para fundar a Civilização Ocidental? - A Filosofia Estóica. Em 310 Zenão de Cício (332 AC–262 AC) e outros instituíram em Atenas uma Escola de Filosofia onde eram ensinados alguns princípios da Trino-Sabedoria, sintetizada pelos Mestres de Sabedoria. É importante por a Filosofia Estóica, Filosofia do Pórtico (Stoa em Grego), ser a filosofia que permite «bater» à porta ou pórtico, que relaciona o Eu inferior (da caverna) com o Eu Superior, da Luz. Ainda não vi um estudo comparativo entre a Filosofia Estóica, da Porta (Stoa de Jano, de Serápis), e a Filosofia do Dharma, de Krishna, no Gitâ.
O Estoicismo Romano foi representado por Séneca (início da Era Cristã, vítima de Nero), Epitecto (50 a 125, 130), Marco Aurélio (121-180), o Imperador Filósofo. As verdadeiras imagens que vos indico, segundo o ensino dos Mestres, desfazem as falsas imagens que corrompem a Cultura e vos impedem de ver, por exemplo, a Filosofia do Pai-nosso.
Resumo a Filosofia Estóica coincidente com o ensino dos Mestres:
A) A Filosofia é sistemática. A palavra Systema, em Gr., significa: o mundo é um todo, deriva de um Princípio Único, não existem parcelas separadas. Cada parte (nós) é solidária com o Todo e, em consequência, há uma simpatia (um estóico) entre tudo o que existe. O Estoicismo é uma filosofia Una – ou se entende o Todo ou a Unidade Essencial do Pai-nosso nos escapa. É o Monismo Vedanta; é o sentido da Fraternidade Universal dos Mestres.
B). A Lógica Estóica é uma ciência para ensinar a pensar correctamente e assegurar a coerência das ideias, porém os Estóicos verificaram que a Verdade não pode ser encontrada nas sensações (como os epicuristas e a Ciência moderna admitem) nem nas proposições (concepção aristotélica), mas nas representações. Elas diziam que as almas pouco evoluídas tendem a fixar-se em representações falsas, o «sage», o cientista de hoje, tem de as iniciar na árdua procura das representações ou imagens justas. ([2])
C). O mundo não é governado por um Deus mas é o próprio Deus. Esta é a experiência da Sabedoria Antiga dos Mestres: «nada acontece na Natureza que seja contra a razão; as monstruosidades, a doença, o sofrimento e a morte, só aparentemente são males»: o filósofo holista, reconhece a ordem universal, tal como uma parte de um quadro só faz sentido se a relacionarmos com o todo. ([ii])
D). A «multiplicidade das qualidades» é produzida e mantida por um fluxo e refluxo que se estende primeiro do centro para os limites exteriores, depois quando atinge a superfície extrema, retorna sobre si próprio. Teoria da expansão e retracção do Universo! Uma teoria certa na generalidade, não na especialidade.
«Os Estóicos quiseram que a virtude e a felicidade fossem acessíveis a todos; eles quiseram que o fosse neste mundo (...). Mas é necessário para isso que o mundo em que vivemos seja o mais belo e o melhor possível, que não se oponha a um mundo superior (...)», diz Rodier na citada História da Filosofia, de Châtelet. Eles falavam do Eu Superior.
«Zenão promulga que a antiga ideia da Humanidade, em cuja valorização ética dos homens se não conhecem diferenças de classes sociais, nem de povos (inclusive no tocante a escravos ou bárbaros). (...) Zenão entende por virtude: a justiça, a inteligência, a valentia. Para ele o mundo é belo e cheio de possibilidades reais.» «A alma humana é uma parte da alma da própria alma da divindade...»
Os Estóicos procuram distinguir entre o que depende e não depende de nós, por outras palavras, entender o que é Karma fixo e o Karma possível de mudar, adoptando uma vida de rectidão e indiferença a suscitações de fora. Eles sabem que: «Assim o Homem será livre até na servidão, pois só há uma verdadeira servidão no império das paixões, do qual ele se libertou; ele será feliz mesmo naquilo a que a opinião chama, impropriamente, infelicidade.» Esta é a circuncisão do coração, o abandono da dependência dos sentidos e da bioquímica dos afectos.
Há conceitos filosóficos Romanos a recuperar: Pietas, a obediência aos superiores terá se ser substituída pela obediência ao Eu Superior que pode estar presente na mente temporal; Homonoia, a «família humana», herdado de Alexandre que queria instituir o Império de todos os povos da Terra, é possível com a globalização, o Holismo, o todo está contido em cada parte; Oikouminé, toda a terra habitada, pensar na terra como um Todo; Kosmopolites ou Kosmopolitai (plural), cidadão do mundo, o mundo como «cidade de Deus» uma antiga referência à humanidade; Autárkes, o que se basta a si-próprio que era uma auto-realização espiritual de início, reflectiu-se na concepção do autarca e autarquia «espiritual».
Os Três símbolos da Estátua da Liberdade são a Trino-Sabedoria: a Coroa, o Facho de Luz e a Lei Divina. HPB usou o termo Trino-Sofistas, os da verdadeira Libertação. (CW 11, p.272). Trino-Sofia não é revoluções políticas. A «Ciência da Estátua da Liberdade», «Estátua da Ciência Religiosa», foi dada ao mundo como caminho de auto-realização. Criaram uma porta de esperança na América, no “novo mundo” de oportunidades, da 6ª Sub-Raça Ariana, e da 6ª Raça, e colocaram à entrada de New York um símbolo que diz o que é necessário saber! A Estátua da Liberdade é a Estátua da Verdade, a que os sábios da Antiguidade chamavam as Três Supremas, as Três Cognições, o símbolo da Santíssima Trindade.
O Eterno manifestado em Sete Raios de Luz e de Som, Sete Trombetas dos Anjos, da Substância do Universo que, na Unidade do Ser, da Libertação. ([iii])
F. Pessoa e os estudantes de Ciência Espiritual, não aceitam a revolução política: o grupo da revolução tem «a mesma mentalidade e carácter que o grupo que essa revolução derruba e substitui. A revolução é um modo violento de deixar tudo na mesma. Fazem revoluções os incapazes de reformar que desde a Revolução Francesa (…) com as ideias de liberdade, de igualdade e de fraternidade, como as têm entendido desde Babeouf aos bolchevistas, não são mais que restos laicos da ideologia cristã.» Admiro como F. Pessoa viu isso, no seu tempo.
O Cosmos manifesta-se através de Sete Poderes ou Raios, os Sete Raios da Coroa Divina, o Menorah, sete velas, dos Judeus, pelas Sete Trombetas do Apocalipse (a matéria é vibração, Som). Uma Coroa é uma representação simbólica do Divino Manifestado. São os Sete Espíritos ante o Trono Divino, as Sete Qualidades do Ser. As Sete Forças, os Raios de Luz, à direita, e as Trombetas, equivalentes, à esquerda, as Vibrações de Luz e de Som. ([iv])
A Estátua da Liberdade ensina que não há Liberdade de pensamento, como liberdade de opinião. No dicionários é: juízo ou crença formada sem dados; um sentimento maior do que conhecimento positivo. Isto não é Ciência.


[1] Sabedoria não é só de ler mas “comer”, assimilar na alma a Substância de Saber: Abri a boca e ele fez-me engolir o livro dizendo-me: Filho do Homo, alimenta-te e sacia-te com este rolo que te dou.... era tão doce como mel.” (Ezequiel 2). A imagem de comer o livro significa que não foi lido mas assimilado como parte do Homo. A vida após a morte é longa (média, doze vezes a biológica). Na vida física, os mais egoístas ocupam o poder; após a morte, não há misturas, nem falsa igualdade, cada um ocupa o lugar equivalente ao peso das Substâncias das almas, se for denso vive entre os piores e é inconsciente nos níveis espirituais. A morte tem efeito de “densímetro”: separa e hierarquiza as almas pelas qualidades espirituais (peso das substâncias subtis). Que é o inferno? Como há duplos astrais das coisas materiais e os de maior densidade ficam em baixo na superfície da Terra ou nos submundos, o inferno corresponde aos lugares degradados e às entidades mais horrorosas.
[2] Tendo as grandes Religiões uma origem única são formuladas segundo a Árvore da Vida. Não é desejável uma religião universal de afectos, sem a tornar Inteligível por Ciência.



[i]     Daniel C. Dennett. A Ideia Perigosa de Darwin. Evolução e sentido da vida. CL 1995
[ii]     François Châtelet. A História da Filosofia. Ed. CL. 4 Vol.
[iii]    R. T. Wallis. Neoplatonism. Ed. Bristol Classical.
[iv]    Dicionário Houssais da Língua Portuguesa: para os Antigos e Neoplatónicos, Hipóstases eram as Três Substâncias Fundamentais do Mundo Inteligível; a Trindade.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Porque é necessária a Circuncisão do Coração, da Emoção Sensual



Ao despertar uma qualidade superior vemos a unidade do que parece disperso e há o entusiasmo da descoberta (conversão de matéria em energia). Saber não é uma memória é uma Força, sinal de ter reconhecido a Verdade, porque ela própria cria o «órgão» que permite ver a Verdade que se comprova a si-mesma 
É o conceito Grego de Thymós, a que Platão chamou força de ânimo, Hegel, o reconhecimento, ser apreciado em função de valores, Rousseau “o amor-próprio”, Hamilton “o valor da fama”, Bergson “élan vital”, os cristãos paixão, afastando-se de Vacláv Havel, com uma definição precisa: «a capacidade crítica, dignidade, sentido de rectidão.» Para este poeta e político, a recusa de Thymós é; «a relutância generalizada das pessoas orientadas para o consumo em sacrificarem determinadas benesses materiais em nome da própria integridade moral e espiritual.»


Que energia (Thymós) se liberta quando contactamos a Inteligência Espiritual, de cima! Sem a Força de Thymós, o Ego estagna, não Evolui. Timia é Força evolutiva! Não se Liberta pelo Espírito sem transformar a Substância da Alma (Lat. Res, Gr. Ousia). Libertar reporta-se às dependências dos sentidos e desejos.
“Circuncidai pois o prepúcio do vosso coração.” Deut. 10:16. O prepúcio é o «feminino» (grandes lábios) no pénis. Os Antigos receavam o contágio emocional e extirpavam o feminino do pénis, para renunciar à emoção feminina de Queda, difícil de conter. A circuncisão do coração foi convertida em circuncisão física, uma mostra da fraqueza e debilidade da mente humana.
As casas dos Romanos ainda eram assaltadas por criaturas do Hades, do mundo inferior, e havia o risco de atacarem e matarem as crianças; havia rituais de afastamento dos «espíritos malignos». Os Romanos chamavam-lhes lémures ou larvas. Em Esoterismo, o termo larva significa as «cascas» astrais (Klippoths), restos de corpos não recomendáveis, substâncias cônscias nocivas.
Os fenómenos do tipo «poltergeist», em alemão, espírito ou entidade ruidosa, violenta, ocorrem mais na presença de homens mentalmente perturbados, de mente sensual, mulheres mergulhadas em psiquismo inferior, crianças ou homens mediúnicos, ou animais sensíveis, vaca, cavalo, cão, gato, entes cuja psique tem acesso ao «portal» entre o Atómico e o Quântico. Hoje manifestam-se em estalidos nas casas, às vezes fortes. A evolução da mente científica tornou-a mais «imune» a influências dos mundos inferiores, o «portal» impede passagens.
Nos relatos Bíblicos, a maioria dos milagres do Mestre foi libertar pessoas do controlo dos chamados «demónios». O mesmo se faz nas sessões Espíritas.
Um risco de abordar a Religião pelo lado dos afectos é centrarem-se nos mundos inferiores, reactivarem as perigosas influências das «larvas» em corpos mais longevos, todavia, mais mortais sem cultura Espiritual. Sempre que na Natureza há uma acção potencial de forças destrutivas há, ao lado, os poderes benignos e em Roma havia uma devoção aos génios, que correspondiam aos «anjos da guarda», e aos «Penates» ou «Lares», os protectores da casa, formas de Devas, Anjos. Outros são os «Numine» dos Romanos, o contacto com os «espíritos da Natureza» que os povos primitivos africanos, índios, usam nas magias.
Os neurocientistas sabem que a aprendizagem é a formação de novos neurónios e uma nova «organização» do cérebro». Quando ultrapassamos uma certa idade perde-se a capacidade de formar neurónios, novas sinapses e novos centros adequados a uma aprendizagem. Para quem conhece todo o Homo e não apenas o físico sabe que as relações com os corpos superiores tornam-se rígidas e o único modo de recuperar a «capacidade de aprendizagem» é morrer para ter acesso a um novo Quaternário da personalidade, se nascer em «tempo favorável». Nunca alguém disse que a falta de Educação ou Instrução na idade própria, leva à incapacidade definitiva de desenvolver os Dez Talentos da Mente, que ficam atrofiados.
A Instrução ou se faz à nascença ou perde-se (quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita). Os Mestres dizem que após certa idade, ou se passar fome, o poder embriogénico primordial perde-se porque afecta a capacidade espiritual dos corpos. O treino precoce em Religião-Ciência melhora os talentos da mente. O Caminho Espiritual ou do Senhor (Eu Superior) é oposto ao Caminho do Mundo, que leva à violência, egoísmo, falta de sensibilidade para o sofrimento



quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

A Verdade Cria o Órgão de Saber e Purifica-o. O Erro Desorganiza-o


O darwinismo nasce como oposto aos dogmas religiosos, e veio a ser o erro dos dogmas científicos. Há Evolução mas não na forma como Darwin a concebeu por análises naturalistas de fósseis e do inexplicável no Plano Físico. A Evolução não é apenas das Espécies é de tudo, incluindo a própria Matéria das coisas e Substâncias inteligentes do corpo físico e dos subtis das três almas que temos. Sugerir que Cristo ou Buddha não conhecem, directamente, o Homo e o Cosmos, é uma agressão por falta de inteligência espiritual, e outros défices.
O Homo ao operar a ligação ao Eu Superior, do Reino de Deus, passa a ter a lei escrita no coração e no entendimento e desenvolve aquilo que está acima dos sentidos físicos. O Homo é potencialmente Buddha ou Cristo, se evoluir nos Sete Reinos da Natureza, para se abrir «à Herança» do Reino de Deus em si. Os maus religiosos, cientistas e espiritualistas (apegados ao poder da crença) dão falsos testemunhos (IX Mandamento), sem Sabedoria. «Em vão me honram ensinando dogmas...» Marcos 7:7. Se o católico fosse sensato lia esta observação: jamais dependerei de dogmas e aceitarei apenas o universal religioso experimental.
O Evangelho (Ev.) de Tomé começa sempre por Jesus disse. Jesus é critério de Verdade, para qualquer religião. Aos versículos do Ev. Tomé chamam-nos Lógia, relação com Logos, o Divino; as palavras de Jesus têm o Poder, Ética e Ciência do Logos, do Divino, e o que o Mestre diz não se compara a humanos.
O discernido segue a regra: o Mestre disse e eu vou investigar. Os Gregos tinham um nome para isso, Phêsi, que significa: Ele, o Mestre, disse. Era critério suficiente, se fosse analógico do universal. As superstições do cego, surdo e coxo, desqualificam a prática do Phêsi, no cientista que vê em Phêsi a sua ignorância. Efésio, o ensinado pelo Mestre. Quando lerem a Epístola aos Efésios, saibam que é reverenciar os Mestres, com factos de prova, a quem for capaz de Verdade.
A evolução é da “roupa” (Sânscrito rupa, corpo, substância) a que os Antigos chamaram em Lat. Res”, em Gr. Ousia”. A Sabedoria por fora é uma chave dos corpos (roupa, res, ousia) para a Sabedoria do Ser. Se a chave for certa, abre a porta; se não for certa, não abre e deforma a chave que fica inoperacional. Temos uma humanidade na rua, «sem chave»!
Os caminhos exteriores servem para descobrir o Caminho Interior, que começa pelo desenvolvimento da mente objectiva. Não é o Ser que vê e cria imagens, sons, impressões tácteis, são os corpos, o físico e os da alma natural, que evoluem. O Ser, que é uma Centelha do Ser Divino, é o Eterno que aguarda a perfeição dos corpos para se poder revelar! Os eruditos de delicadas roupas, como diz Jesus, evoluem contra o Ser e, sem ”chave”, não conhecem a Verdade, e têm uma vida dolorosa por não terem acesso à Verdade purificadora de Karma. Ev. Tomé L 78. Quando a Humanidade tem corpos mais treinados mas não tem acesso ao Espírito ou Espiritual desses corpos, torna-se perigosa. Por outras palavras, a Ciência Religiosa é tão antagónico da Ciência Materialista, não podem ignorar.
Quem ignora a Árvore da Vida, os seus Dez Poderes (3 Proposições+7 Leis) não se conhece a si mesmo, limitado às sensações e percepções dos sentidos.


O Ser Divino e os Corpos do Homo têm esta Trilogia:

  1. Sabedoria do Desígnio Divino, a Coroa ou Unidade do Ser;
  2. Sabedoria da Qualidade do Ser ou Ética, da morada de Deus – Luz;
  3. Sabedoria do Conhecimento, Sofia ou Ciência de todos os níveis e Ciência do nível físico – Som.

O Mestre detém o poder, governa, orienta, dirige, é o experimentado que sabe ser To be master of one’s self, é o Homo Total, Divino, que rege. Não é o magister, pensador de doutrinas e especulações. É o Lat. Magnum, que vem dar-nos o “testemunho” da luz verdadeira (João 1) e todos os que o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”; Magnum dá o “Espírito por medida” (de”res”). João 5:37. Magnum é o Mago.
A Sabedoria do Conhecimento, das Leis da Existência, revela as outras duas Sabedorias, só transmitidas por empatia: da Qualidade e do Amor. Comiseração ou algo do mísero, desgraçado, não é humano, é um modo incorrecto de apelar o Mestre! O Homo é a manifestação de Luz, logo, é partícula e onda, substância e campo de ressonância, na linguagem de Sheldrake. Os pólos deste campo são as duas Sabedorias funcionais – da Essência e da Existência. A terceira Sabedoria, do Poder Divino, está acima, transcende as duas Sabedorias Funcionais. As Três Sabedorias são a Raiz das Sete Leis Divinas Fundamentais, na Árvore da Vida.
As Religiões fundam-se no paradigma da Árvore da Vida, dos Dez Poderes. Em nós há Trino-Sofia se tiver a «chave» da porta, de abrir para cima e fechar para baixo, que é a Sofia, Conhecimento e a Ética, Qualidade Divina. Há diferença entre Instrução (de fora para dentro) e Educação (de dentro para fora). Bater na porta com o som certo, de Serápis (Sera, batente de porta), abre a porta.
«Podemos ficar surpreendidos em ver que a principal tarefa espiritual tem muito menos (se é que tem alguma vez) algo a ver com o culto a divindades ou adorações a vários outros seres, em vez de compreensão de nós mesmos.» (...) «Portanto, o Homem sábio deve preocupar-se a nunca fixar a si prosélitos. Ele deve sentir e ensinar que a melhor sabedoria não pode ser comunicada; deve ser adquirida por cada alma, por si mesma ([i])
O conceito de Homem Novo não se refere a uma «correcção» do Homem velho centrado na sua alma natural, mas a um Homo com outra Matéria que alcançou um ponto crítico de mudança de estado mais elevado, que lhe permite reflectir o Eu Superior. Após a morte, não há misturas de faltas de talentos. ([ii])  





[i]     Stephen Morris. Let the Fog Lift. Emerson e Krishnamurti. The Light Bearer. ST Canadá. Primavera 2003, p.30.


[ii]     Laurence Peter e Raymond Hull. O Princípio de Peter. Laurence J. Peter. O Receituário de Peter. Ed. Futura