O darwinismo nasce como oposto aos dogmas
religiosos, e veio a ser o erro dos dogmas científicos. Há Evolução mas não na
forma como Darwin a concebeu por análises naturalistas de fósseis e do
inexplicável no Plano Físico. A Evolução não é apenas das Espécies é de tudo,
incluindo a própria Matéria das coisas e Substâncias inteligentes
do corpo físico e dos subtis das três almas que temos. Sugerir que Cristo ou
Buddha não conhecem, directamente, o Homo e o Cosmos, é uma agressão por falta
de inteligência espiritual, e
outros défices.
O Homo ao operar a ligação ao Eu
Superior, do Reino de Deus, passa a ter a lei escrita no coração e no
entendimento e desenvolve aquilo que está acima dos sentidos físicos. O Homo é potencialmente Buddha ou Cristo, se evoluir nos Sete Reinos
da Natureza, para se abrir «à Herança» do Reino de Deus em si. Os maus
religiosos, cientistas e espiritualistas (apegados ao poder da crença)
dão falsos testemunhos (IX Mandamento), sem Sabedoria. «Em vão me honram
ensinando dogmas...» Marcos 7:7. Se o católico fosse
sensato lia esta observação: jamais dependerei de dogmas e aceitarei apenas o
universal religioso experimental.
O Evangelho (Ev.) de Tomé começa sempre por Jesus
disse. Jesus é critério de Verdade, para qualquer religião. Aos versículos
do Ev. Tomé chamam-nos Lógia, relação com Logos, o Divino; as palavras de Jesus
têm o Poder, Ética e Ciência do Logos, do Divino, e o que o Mestre diz não se
compara a humanos.
O discernido segue a regra: o Mestre disse e eu vou investigar. Os Gregos tinham um nome para
isso, Phêsi, que significa: Ele, o Mestre, disse. Era critério
suficiente, se fosse analógico do universal. As superstições do cego, surdo
e coxo, desqualificam a prática do Phêsi, no cientista que vê em Phêsi
a sua ignorância. Efésio, o ensinado pelo Mestre. Quando lerem a Epístola
aos Efésios, saibam que é reverenciar os Mestres, com factos de prova, a
quem for capaz de Verdade.
A evolução é da “roupa” (Sânscrito rupa, corpo, substância) a que os Antigos
chamaram em Lat. “Res”, em Gr. “Ousia”. A Sabedoria por fora é
uma chave dos corpos (roupa, res,
ousia) para a Sabedoria do Ser. Se a chave for certa, abre a porta; se
não for certa, não abre e deforma a chave que fica inoperacional. Temos uma
humanidade na rua, «sem chave»!
Os caminhos exteriores servem para descobrir o Caminho Interior, que começa pelo
desenvolvimento da mente objectiva. Não é o Ser que vê e cria imagens,
sons, impressões tácteis, são os corpos, o físico e os da alma natural, que
evoluem. O Ser, que é uma Centelha do Ser Divino, é o Eterno que aguarda a perfeição
dos corpos para se poder revelar! Os eruditos de delicadas roupas, como
diz Jesus, evoluem contra o Ser e, sem ”chave”, não conhecem a Verdade, e têm
uma vida dolorosa por não terem acesso à Verdade purificadora de Karma. Ev. Tomé L 78. Quando a Humanidade tem corpos mais treinados mas não tem acesso ao
Espírito ou Espiritual desses corpos, torna-se perigosa. Por outras palavras, a
Ciência Religiosa é tão antagónico da Ciência Materialista, não podem ignorar.
Quem ignora a Árvore da Vida, os seus Dez
Poderes (3 Proposições+7 Leis) não se conhece a si mesmo, limitado às sensações
e percepções dos sentidos.
O Ser Divino e os Corpos do Homo têm esta
Trilogia:
- Sabedoria do Desígnio Divino, a Coroa ou Unidade do Ser;
- Sabedoria da Qualidade do Ser ou Ética, da morada de Deus – Luz;
- Sabedoria do Conhecimento, Sofia ou Ciência de todos os níveis e Ciência do nível físico – Som.
O Mestre detém o poder, governa, orienta,
dirige, é o experimentado que sabe ser To be master of one’s self, é o
Homo Total, Divino, que rege. Não é o magister,
pensador de doutrinas e especulações. É o Lat. Magnum, que vem dar-nos o
“testemunho” da luz verdadeira (João 1) “e todos os que o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus”; Magnum dá o “Espírito
por medida” (de”res”). João 5:37. Magnum é o Mago.
A Sabedoria do Conhecimento, das Leis da
Existência, revela as outras duas Sabedorias, só transmitidas por empatia: da
Qualidade e do Amor. Comiseração ou algo do mísero, desgraçado, não é
humano, é um modo incorrecto de apelar o Mestre! O Homo é a manifestação de
Luz, logo, é partícula e onda, substância e campo de
ressonância, na linguagem de Sheldrake. Os pólos deste campo são as duas
Sabedorias funcionais – da Essência e da Existência. A terceira Sabedoria, do
Poder Divino, está acima, transcende as duas Sabedorias Funcionais. As Três
Sabedorias são a Raiz das Sete Leis Divinas Fundamentais, na Árvore da Vida.
As Religiões fundam-se no paradigma da Árvore
da Vida, dos Dez Poderes. Em nós há Trino-Sofia se tiver a «chave» da porta, de
abrir para cima e fechar para baixo, que é a Sofia, Conhecimento e a Ética,
Qualidade Divina. Há diferença entre Instrução (de fora para dentro) e Educação
(de dentro para fora). Bater na porta com o som certo, de Serápis (Sera, batente de porta), abre a
porta.
«Podemos ficar surpreendidos em ver que a
principal tarefa espiritual tem muito menos (se é que tem alguma vez) algo a
ver com o culto a divindades ou adorações a vários outros seres, em vez de
compreensão de nós mesmos.» (...) «Portanto, o Homem sábio deve preocupar-se a
nunca fixar a si prosélitos. Ele deve sentir e ensinar que a melhor sabedoria não pode ser comunicada; deve ser
adquirida por cada alma, por si mesma.» ([i])
O conceito de Homem Novo não se refere a uma «correcção» do Homem velho
centrado na sua alma natural, mas a um Homo com outra Matéria que alcançou um ponto
crítico de mudança de estado mais elevado, que lhe permite reflectir o Eu
Superior. Após a morte, não há misturas de faltas de talentos. ([ii])
[i] Stephen Morris. Let the Fog Lift. Emerson e
Krishnamurti. The Light Bearer. ST Canadá. Primavera
2003, p.30.
[ii] Laurence Peter e Raymond Hull. O Princípio de Peter. Laurence J. Peter. O Receituário de Peter. Ed. Futura
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