terça-feira, 14 de abril de 2020

Idade de Ouro. A Unidade Trinitária de Adam. As Sete Inteligências


As teorias científicas, ao copiarem o modelo religioso, moldam os factos à estrutura da mente. Veja-se o transporte de animais de abate e o modo cruel como são tratados. A viagem das vacas e as torturas e crueldades que sofrem até serem mortas, do modo mais desumano, deixa-nos aterrados. Quem faz aquilo a uma vaca não pode ser Espiritual – nem instruído, nem educado. O modo de vida cruel foi estimulado pela religião no poder – tudo o que existe é para ser explorado! Ficamos com a «impressão» de que a humanidade precisa do sofrimento e da crueldade para evoluir e tem a vida de infelicidade, doença e sofrimento, solidão, remorso, uma plêiade de complexos da psique, em «guerra» no inconsciente.
O Homo natural formou-se no início da vida na Terra a partir das ínfimas vidas ardentes”, construtoras e destruidoras da vida, anabolismo e catabolismo, em equilíbrio, que permitem a renovação incessante das substâncias, em ciclos ordenados; qualquer desequilíbrio perturba a vida. Esse Homo Temporal nasce no ponto mais baixo, entre opostos (Eros e Tanatos) de vida e não-vida.
Freud disse isso mas sem ir às causas! O Caminho Espiritual não é vencer outros mas a si mesmo, não leva ao sucesso social e causará dificuldades aos que o ignoram e vivem das «dependências» da «bioquímica comportamental». O ébrio de desejos gosta que as religiões sejam falsas porque o alijam de todas as responsabilidades. Não usem o «falar ao coração» como «droga» sem Ciência.
A primeira Raça Humana era de «corpo unicelular» apenas astral/etérico, ou Físico I. Era um campo de ressonância circular gigantesco, herdado da Cadeia anterior, a Lunar. Era uma imagem Divina de 50 metros, sem mental e sem corpo denso, as poderosas «Rodas» da Tradição espiritual, geradas nos primórdios da Vida e que apenas se concretizaram no Período Devónico, em Esoterismo há 150 milhões de anos, tempo mais curto do que a Ciência ortodoxa. Foi no tempo dos bivalves que o Homo completou o seu núcleo, a primeira célula. Os peregrinos levavam a concha da Vieira, que tinha, pelo «link», elo, o valor mágico de retorno à origem do Homo. Os bivalves são uma evolução do Devónico, da Era Primária. ([i])
Os seus Sete tipos (sub-raças) foram gerados pela Vontade dos nossos Pais (Pitris) da Cadeia Lunar. Ela reproduz-se por partenogénese, divisão ao meio. O duplo-astral é assim chamado por ter luz própria. É o núcleo de vida ao redor do qual se gerou a Personalidade, o Quaternário de Corpos Temporais. Em cada nova Raça (vamos na 5ª Raça) repete-se a génese do Homo Temporal: o Ser Divino (Manu) que traz a Vida à Manifestação espécies e Continentes tem de a dotar do duplo-astral e sobre ele gerar e, depois activar, as outras «camadas» do Homo. Por herança Divina ficámos Homens completos temporais, espirituais e divinos.
Podemos destruir o Homo temporal, nunca a Herança Divina, o Homo Espiritual, o Eu Superior e o Filho de Deus, o Divino, a Mónada que em nós habita! A Antropogénese e as Espécies dela emanadas fez-se por degraus: Raças e Sub-raças. A Utopia Divina foi o nascimento do Homo cretaceus, algo que existiu e perdemos; não é um sonho do futuro, é uma memória ainda viva. ([1])
Mudar de ideias sem mudar de substâncias nada muda. Endireitar os caminhos do Senhor é limpar as Substâncias! Jesus disse: quem estiver perto de mim está perto da chama (purificadora de Karma), o Fogo Divino purificador.
Qual é a Filosofia que os Romanos aceitaram para fundar a Civilização Ocidental? - A Filosofia Estóica. Em 310 Zenão de Cício (332 AC–262 AC) e outros instituíram em Atenas uma Escola de Filosofia onde eram ensinados alguns princípios da Trino-Sabedoria, sintetizada pelos Mestres de Sabedoria. É importante por a Filosofia Estóica, Filosofia do Pórtico (Stoa em Grego), ser a filosofia que permite «bater» à porta ou pórtico, que relaciona o Eu inferior (da caverna) com o Eu Superior, da Luz. Ainda não vi um estudo comparativo entre a Filosofia Estóica, da Porta (Stoa de Jano, de Serápis), e a Filosofia do Dharma, de Krishna, no Gitâ.
O Estoicismo Romano foi representado por Séneca (início da Era Cristã, vítima de Nero), Epitecto (50 a 125, 130), Marco Aurélio (121-180), o Imperador Filósofo. As verdadeiras imagens que vos indico, segundo o ensino dos Mestres, desfazem as falsas imagens que corrompem a Cultura e vos impedem de ver, por exemplo, a Filosofia do Pai-nosso.
Resumo a Filosofia Estóica coincidente com o ensino dos Mestres:
A) A Filosofia é sistemática. A palavra Systema, em Gr., significa: o mundo é um todo, deriva de um Princípio Único, não existem parcelas separadas. Cada parte (nós) é solidária com o Todo e, em consequência, há uma simpatia (um estóico) entre tudo o que existe. O Estoicismo é uma filosofia Una – ou se entende o Todo ou a Unidade Essencial do Pai-nosso nos escapa. É o Monismo Vedanta; é o sentido da Fraternidade Universal dos Mestres.
B). A Lógica Estóica é uma ciência para ensinar a pensar correctamente e assegurar a coerência das ideias, porém os Estóicos verificaram que a Verdade não pode ser encontrada nas sensações (como os epicuristas e a Ciência moderna admitem) nem nas proposições (concepção aristotélica), mas nas representações. Elas diziam que as almas pouco evoluídas tendem a fixar-se em representações falsas, o «sage», o cientista de hoje, tem de as iniciar na árdua procura das representações ou imagens justas. ([2])
C). O mundo não é governado por um Deus mas é o próprio Deus. Esta é a experiência da Sabedoria Antiga dos Mestres: «nada acontece na Natureza que seja contra a razão; as monstruosidades, a doença, o sofrimento e a morte, só aparentemente são males»: o filósofo holista, reconhece a ordem universal, tal como uma parte de um quadro só faz sentido se a relacionarmos com o todo. ([ii])
D). A «multiplicidade das qualidades» é produzida e mantida por um fluxo e refluxo que se estende primeiro do centro para os limites exteriores, depois quando atinge a superfície extrema, retorna sobre si próprio. Teoria da expansão e retracção do Universo! Uma teoria certa na generalidade, não na especialidade.
«Os Estóicos quiseram que a virtude e a felicidade fossem acessíveis a todos; eles quiseram que o fosse neste mundo (...). Mas é necessário para isso que o mundo em que vivemos seja o mais belo e o melhor possível, que não se oponha a um mundo superior (...)», diz Rodier na citada História da Filosofia, de Châtelet. Eles falavam do Eu Superior.
«Zenão promulga que a antiga ideia da Humanidade, em cuja valorização ética dos homens se não conhecem diferenças de classes sociais, nem de povos (inclusive no tocante a escravos ou bárbaros). (...) Zenão entende por virtude: a justiça, a inteligência, a valentia. Para ele o mundo é belo e cheio de possibilidades reais.» «A alma humana é uma parte da alma da própria alma da divindade...»
Os Estóicos procuram distinguir entre o que depende e não depende de nós, por outras palavras, entender o que é Karma fixo e o Karma possível de mudar, adoptando uma vida de rectidão e indiferença a suscitações de fora. Eles sabem que: «Assim o Homem será livre até na servidão, pois só há uma verdadeira servidão no império das paixões, do qual ele se libertou; ele será feliz mesmo naquilo a que a opinião chama, impropriamente, infelicidade.» Esta é a circuncisão do coração, o abandono da dependência dos sentidos e da bioquímica dos afectos.
Há conceitos filosóficos Romanos a recuperar: Pietas, a obediência aos superiores terá se ser substituída pela obediência ao Eu Superior que pode estar presente na mente temporal; Homonoia, a «família humana», herdado de Alexandre que queria instituir o Império de todos os povos da Terra, é possível com a globalização, o Holismo, o todo está contido em cada parte; Oikouminé, toda a terra habitada, pensar na terra como um Todo; Kosmopolites ou Kosmopolitai (plural), cidadão do mundo, o mundo como «cidade de Deus» uma antiga referência à humanidade; Autárkes, o que se basta a si-próprio que era uma auto-realização espiritual de início, reflectiu-se na concepção do autarca e autarquia «espiritual».
Os Três símbolos da Estátua da Liberdade são a Trino-Sabedoria: a Coroa, o Facho de Luz e a Lei Divina. HPB usou o termo Trino-Sofistas, os da verdadeira Libertação. (CW 11, p.272). Trino-Sofia não é revoluções políticas. A «Ciência da Estátua da Liberdade», «Estátua da Ciência Religiosa», foi dada ao mundo como caminho de auto-realização. Criaram uma porta de esperança na América, no “novo mundo” de oportunidades, da 6ª Sub-Raça Ariana, e da 6ª Raça, e colocaram à entrada de New York um símbolo que diz o que é necessário saber! A Estátua da Liberdade é a Estátua da Verdade, a que os sábios da Antiguidade chamavam as Três Supremas, as Três Cognições, o símbolo da Santíssima Trindade.
O Eterno manifestado em Sete Raios de Luz e de Som, Sete Trombetas dos Anjos, da Substância do Universo que, na Unidade do Ser, da Libertação. ([iii])
F. Pessoa e os estudantes de Ciência Espiritual, não aceitam a revolução política: o grupo da revolução tem «a mesma mentalidade e carácter que o grupo que essa revolução derruba e substitui. A revolução é um modo violento de deixar tudo na mesma. Fazem revoluções os incapazes de reformar que desde a Revolução Francesa (…) com as ideias de liberdade, de igualdade e de fraternidade, como as têm entendido desde Babeouf aos bolchevistas, não são mais que restos laicos da ideologia cristã.» Admiro como F. Pessoa viu isso, no seu tempo.
O Cosmos manifesta-se através de Sete Poderes ou Raios, os Sete Raios da Coroa Divina, o Menorah, sete velas, dos Judeus, pelas Sete Trombetas do Apocalipse (a matéria é vibração, Som). Uma Coroa é uma representação simbólica do Divino Manifestado. São os Sete Espíritos ante o Trono Divino, as Sete Qualidades do Ser. As Sete Forças, os Raios de Luz, à direita, e as Trombetas, equivalentes, à esquerda, as Vibrações de Luz e de Som. ([iv])
A Estátua da Liberdade ensina que não há Liberdade de pensamento, como liberdade de opinião. No dicionários é: juízo ou crença formada sem dados; um sentimento maior do que conhecimento positivo. Isto não é Ciência.


[1] Sabedoria não é só de ler mas “comer”, assimilar na alma a Substância de Saber: Abri a boca e ele fez-me engolir o livro dizendo-me: Filho do Homo, alimenta-te e sacia-te com este rolo que te dou.... era tão doce como mel.” (Ezequiel 2). A imagem de comer o livro significa que não foi lido mas assimilado como parte do Homo. A vida após a morte é longa (média, doze vezes a biológica). Na vida física, os mais egoístas ocupam o poder; após a morte, não há misturas, nem falsa igualdade, cada um ocupa o lugar equivalente ao peso das Substâncias das almas, se for denso vive entre os piores e é inconsciente nos níveis espirituais. A morte tem efeito de “densímetro”: separa e hierarquiza as almas pelas qualidades espirituais (peso das substâncias subtis). Que é o inferno? Como há duplos astrais das coisas materiais e os de maior densidade ficam em baixo na superfície da Terra ou nos submundos, o inferno corresponde aos lugares degradados e às entidades mais horrorosas.
[2] Tendo as grandes Religiões uma origem única são formuladas segundo a Árvore da Vida. Não é desejável uma religião universal de afectos, sem a tornar Inteligível por Ciência.



[i]     Daniel C. Dennett. A Ideia Perigosa de Darwin. Evolução e sentido da vida. CL 1995
[ii]     François Châtelet. A História da Filosofia. Ed. CL. 4 Vol.
[iii]    R. T. Wallis. Neoplatonism. Ed. Bristol Classical.
[iv]    Dicionário Houssais da Língua Portuguesa: para os Antigos e Neoplatónicos, Hipóstases eram as Três Substâncias Fundamentais do Mundo Inteligível; a Trindade.

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