As teorias científicas, ao copiarem o modelo religioso,
moldam os factos à estrutura da mente. Veja-se o transporte de animais de abate
e o modo cruel como são tratados. A viagem das vacas e as torturas e crueldades
que sofrem até serem mortas, do modo mais desumano, deixa-nos aterrados. Quem
faz aquilo a uma vaca não pode ser Espiritual – nem instruído, nem educado. O
modo de vida cruel foi estimulado pela religião no poder – tudo o que existe é
para ser explorado! Ficamos com a «impressão» de que a humanidade precisa do
sofrimento e da crueldade para evoluir e tem a vida de infelicidade, doença e
sofrimento, solidão, remorso, uma plêiade de complexos da psique, em «guerra»
no inconsciente.
O Homo natural formou-se no início da vida na Terra a partir
das ínfimas “vidas ardentes”, construtoras e destruidoras da vida,
anabolismo e catabolismo, em equilíbrio, que permitem a renovação incessante
das substâncias, em ciclos ordenados; qualquer desequilíbrio perturba a vida.
Esse Homo Temporal nasce no ponto mais baixo, entre opostos (Eros e Tanatos)
de vida e não-vida.
Freud disse isso mas sem ir às causas! O Caminho Espiritual
não é vencer outros mas a si mesmo, não leva ao sucesso social e causará
dificuldades aos que o ignoram e vivem das «dependências» da «bioquímica comportamental». O ébrio de
desejos gosta que as religiões sejam falsas porque o alijam de todas as responsabilidades.
Não usem o «falar ao coração» como «droga»
sem Ciência.
A primeira
Raça Humana era de «corpo unicelular»
apenas astral/etérico, ou Físico I. Era um campo de ressonância circular
gigantesco, herdado da Cadeia anterior, a Lunar. Era uma imagem Divina de 50
metros, sem mental e sem corpo denso, as poderosas «Rodas» da Tradição
espiritual, geradas nos primórdios da Vida e que apenas se concretizaram no Período
Devónico, em Esoterismo há 150 milhões de anos, tempo mais curto do que a
Ciência ortodoxa. Foi no tempo dos bivalves que o Homo completou o seu núcleo,
a primeira célula. Os peregrinos levavam a concha da Vieira, que tinha,
pelo «link», elo, o valor mágico de retorno à origem do Homo. Os bivalves são
uma evolução do Devónico, da Era Primária. ([i])
Os seus Sete tipos (sub-raças) foram gerados pela Vontade
dos nossos Pais (Pitris) da Cadeia Lunar.
Ela reproduz-se por partenogénese, divisão ao meio. O duplo-astral é assim
chamado por ter luz própria. É o núcleo de vida ao redor do qual se
gerou a Personalidade, o Quaternário de Corpos Temporais. Em cada nova Raça
(vamos na 5ª Raça) repete-se a génese do Homo Temporal: o Ser Divino (Manu) que
traz a Vida à Manifestação –
espécies e Continentes – tem de
a dotar do duplo-astral e sobre ele gerar e, depois activar, as outras
«camadas» do Homo. Por herança Divina ficámos Homens completos – temporais, espirituais e divinos.
Podemos destruir o Homo temporal, nunca a Herança Divina, o
Homo Espiritual, o Eu Superior e o Filho de Deus, o Divino, a Mónada que em nós
habita! A Antropogénese e as Espécies dela emanadas fez-se por degraus: Raças e
Sub-raças. A Utopia Divina foi o nascimento do Homo cretaceus, algo que existiu e perdemos; não é um sonho do
futuro, é uma memória ainda viva. ([1])
Mudar de ideias sem mudar de
substâncias nada muda. Endireitar os caminhos do Senhor é
limpar as Substâncias! Jesus disse: quem estiver perto de mim está
perto da chama (purificadora de Karma), o Fogo Divino purificador.
Qual é a Filosofia que os Romanos aceitaram para fundar a
Civilização Ocidental? - A Filosofia Estóica. Em 310 Zenão de Cício (332 AC–262
AC) e outros instituíram em Atenas uma Escola de Filosofia onde eram ensinados
alguns princípios da Trino-Sabedoria, sintetizada pelos Mestres de Sabedoria. É
importante por a Filosofia Estóica, Filosofia do Pórtico (Stoa em
Grego), ser a filosofia que permite «bater» à porta ou pórtico, que relaciona o
Eu inferior (da caverna) com o Eu Superior, da Luz. Ainda não vi um estudo
comparativo entre a Filosofia Estóica, da Porta (Stoa de Jano, de Serápis), e a Filosofia do Dharma, de Krishna, no
Gitâ.
O Estoicismo Romano foi representado por Séneca (início da
Era Cristã, vítima de Nero), Epitecto (50 a 125, 130), Marco Aurélio (121-180),
o Imperador Filósofo. As verdadeiras imagens que vos indico, segundo o
ensino dos Mestres, desfazem as falsas imagens que corrompem a Cultura e
vos impedem de ver, por exemplo, a Filosofia do Pai-nosso.
Resumo a Filosofia Estóica coincidente com o ensino dos Mestres:
A) A Filosofia é sistemática. A palavra Systema, em Gr.,
significa: o mundo é um todo, deriva de
um Princípio Único, não existem parcelas separadas. Cada parte (nós) é
solidária com o Todo e, em consequência, há uma simpatia (um estóico) entre
tudo o que existe. O Estoicismo é uma filosofia Una – ou se entende o Todo ou a
Unidade Essencial do Pai-nosso nos escapa. É o Monismo Vedanta; é o sentido da
Fraternidade Universal dos Mestres.
B). A Lógica Estóica é uma ciência para ensinar a pensar correctamente
e assegurar a coerência das ideias, porém os Estóicos verificaram que a
Verdade não pode ser encontrada nas sensações (como os
epicuristas e a Ciência moderna admitem) nem
nas proposições (concepção aristotélica), mas
nas representações. Elas diziam que as almas pouco evoluídas
tendem a fixar-se em representações falsas, o «sage», o cientista de
hoje, tem de as iniciar na árdua procura das representações
ou imagens justas. ([2])
C). O
mundo não é governado por um Deus mas é o próprio Deus. Esta é a experiência da Sabedoria
Antiga dos Mestres: «nada acontece na Natureza que seja contra a razão; as
monstruosidades, a doença, o sofrimento e a morte, só aparentemente são males»:
o filósofo holista, reconhece a ordem
universal, tal como uma parte de um quadro só faz sentido se a
relacionarmos com o todo. ([ii])
D). A
«multiplicidade das qualidades» é produzida e mantida por um fluxo e refluxo
que se estende primeiro do centro para os limites exteriores, depois quando
atinge a superfície extrema, retorna sobre si próprio. Teoria da expansão e retracção do
Universo! Uma teoria certa na generalidade, não na especialidade.
«Os Estóicos quiseram que a virtude e a felicidade fossem
acessíveis a todos; eles quiseram que o fosse neste mundo (...). Mas
é necessário para isso que o mundo em que vivemos seja o mais belo e o melhor
possível, que não se oponha a um mundo superior (...)»,
diz Rodier na citada História da Filosofia, de Châtelet. Eles falavam do Eu
Superior.
«Zenão promulga que a antiga ideia da Humanidade, em cuja
valorização ética dos homens se não conhecem diferenças de classes sociais, nem
de povos (inclusive no tocante a escravos ou bárbaros). (...) Zenão entende por
virtude: a justiça, a inteligência, a valentia. Para ele o mundo é belo e cheio
de possibilidades reais.» «A alma humana é uma parte da alma da própria alma da
divindade...»
Os Estóicos procuram distinguir entre o que depende e não
depende de nós, por outras palavras, entender o que é Karma fixo e o Karma
possível de mudar, adoptando uma vida de rectidão e indiferença a suscitações
de fora. Eles sabem que: «Assim o Homem será livre até na servidão, pois só
há uma verdadeira servidão no império das paixões, do qual ele se libertou; ele
será feliz mesmo naquilo a que a opinião chama, impropriamente, infelicidade.» Esta
é a circuncisão do coração, o abandono da dependência dos sentidos e da
bioquímica dos afectos.
Há conceitos filosóficos Romanos a recuperar: Pietas,
a obediência aos superiores terá se ser substituída pela obediência ao
Eu Superior que pode estar presente na mente temporal; Homonoia, a «família
humana», herdado de Alexandre que queria instituir o Império de todos os
povos da Terra, é possível com a globalização, o Holismo, o todo está
contido em cada parte; Oikouminé, toda a terra habitada,
pensar na terra como um Todo; Kosmopolites ou Kosmopolitai
(plural), cidadão do mundo, o mundo como «cidade de Deus» uma
antiga referência à humanidade; Autárkes, o que se basta a
si-próprio que era uma auto-realização espiritual de início,
reflectiu-se na concepção do autarca e autarquia «espiritual».
Os Três símbolos da Estátua da Liberdade são a
Trino-Sabedoria: a Coroa, o Facho de Luz e a Lei Divina.
HPB usou o termo Trino-Sofistas, os da verdadeira Libertação. (CW 11, p.272). Trino-Sofia não é
revoluções políticas. A «Ciência da Estátua da Liberdade», «Estátua da Ciência
Religiosa», foi dada ao mundo como caminho de auto-realização. Criaram uma
porta de esperança na América, no “novo
mundo” de oportunidades, da 6ª Sub-Raça Ariana, e da 6ª Raça, e colocaram à
entrada de New York um símbolo que diz o que é necessário saber! A Estátua da
Liberdade é a Estátua da Verdade, a que os sábios da Antiguidade chamavam as Três Supremas, as Três Cognições, o
símbolo da Santíssima Trindade.
O Eterno manifestado em Sete Raios de Luz e de Som, Sete Trombetas dos Anjos, da Substância
do Universo que, na Unidade do Ser, da Libertação. ([iii])
F. Pessoa e os estudantes de Ciência Espiritual, não aceitam
a revolução política: o grupo da revolução tem «a mesma mentalidade e
carácter que o grupo que essa revolução derruba e substitui. A revolução é um
modo violento de deixar tudo na mesma. Fazem revoluções os incapazes de
reformar que desde a Revolução Francesa (…) com as ideias de liberdade, de
igualdade e de fraternidade, como as têm entendido desde Babeouf aos
bolchevistas, não são mais que restos laicos da ideologia cristã.» Admiro como F. Pessoa viu isso, no seu
tempo.
O Cosmos manifesta-se através de Sete Poderes ou Raios,
os Sete Raios da Coroa Divina, o Menorah, sete velas, dos Judeus, pelas
Sete Trombetas do Apocalipse (a matéria é vibração, Som). Uma Coroa é uma
representação simbólica do Divino Manifestado. São os Sete Espíritos ante o
Trono Divino, as Sete Qualidades do Ser. As Sete Forças, os Raios de Luz,
à direita, e as Trombetas, equivalentes, à esquerda, as Vibrações de Luz
e de Som. ([iv])
A Estátua da
Liberdade ensina que não há Liberdade de pensamento, como liberdade
de opinião. No dicionários é:
juízo ou crença formada sem dados; um
sentimento maior do que conhecimento positivo. Isto não é Ciência.
[1]
Sabedoria não é só de ler mas “comer”, assimilar na alma a
Substância de Saber: “Abri a boca e ele fez-me engolir o livro
dizendo-me: Filho do Homo, alimenta-te e sacia-te com este rolo que te dou....
era tão doce como mel.” (Ezequiel 2). A imagem de comer o livro significa que não foi
lido mas assimilado como parte do Homo. A vida após a morte é longa (média,
doze vezes a biológica). Na vida física, os mais egoístas ocupam o poder; após
a morte, não há misturas, nem falsa igualdade, cada um ocupa o lugar
equivalente ao peso das Substâncias das almas, se for denso vive entre os
piores e é inconsciente nos níveis espirituais. A morte tem efeito de
“densímetro”: separa e hierarquiza as almas pelas qualidades espirituais (peso
das substâncias subtis). Que é o inferno? Como há duplos astrais das
coisas materiais e os de maior densidade ficam em baixo na superfície da Terra
ou nos submundos, o inferno corresponde aos lugares degradados e às entidades
mais horrorosas.
[2]
Tendo as grandes Religiões uma origem única são formuladas segundo a Árvore da
Vida. Não é desejável uma religião universal de afectos, sem a tornar
Inteligível por Ciência.
[iv] Dicionário Houssais da Língua Portuguesa: para os Antigos e Neoplatónicos, Hipóstases eram
as Três Substâncias Fundamentais do Mundo Inteligível; a Trindade.
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