Para alguns estudiosos do Graal, o cálice que serviu à última ceia e onde José de Arimateia recolheu algumas gotas do sangue de Cristo, representa a união ao Eu Superior que representa o objectivo final da Evolução do 6º Reino, o Reino Humano e tem Três Hipóstases ou Substâncias: o Graal da Inteligência; o Graal do Coração; e o Graal do Espírito, ordenadas de baixo para cima. ([i])
Ao descrever as Trilogias ficou claro que na base de todos
os processos cósmicos há Três Poderes ou Forças: a que corresponde à Sabedoria
do Conhecimento ou Sapiência, que é um conhecimento de tipo objectivo ou
científico e o pólo da Existência; a Sabedoria Ética relacionada com o pólo da
Essência ou Qualidade do Ser que se manifesta no Eu; a Sabedoria da Unidade do
Ser, do Amor Divino.
O Graal não serve para si-mesmo mas para aliviar a
Humanidade e toda a Vida a alcançar a sua libertação ou os objectivos
evolutivos. Portanto, aquele que não fizer a pergunta sacramental, «ó rei, de
que sofres tu?» não é digno de transportar o vaso sagrado. Referimo-nos aos
homens que sofrem.
Estamos no 3.º Dia da Humanidade em que o Senhor
mandou Moisés dizer ao povo: «Estejam prontos para o 3º Dia, porquanto ao 3º
Dia, o Senhor descerá diante dos olhos de todo o povo, sobre o monte de Sinai.»
Êxodo 19:11.
O Monte de Sinai é a cadeia de personalidades temporais, o Senhor que desce é o
Monte Sião, o Eu Superior. Estamos no tempo em que a abertura entre os dois “montes” fará ver a realidade viva em
nós. O Dia é precedido desta frase: «a glória do Senhor (Hod, a Lei dos
Ciclos, Mercúrio, Ciência) era como um fogo consumidor no cume do monte...» O
3º Dia não é apenas a vinda do Senhor, do Eu Superior, mas o dia em que cessará
toda a maldade na Terra porque será reduzida a cinzas. No Deut. 4:24 diz: «o
Senhor teu Deus (o Eu Superior, é um fogo que consome, um deus zeloso.» «(...)
a terra está contaminada e eu visitarei sobre ela a sua iniquidade, e a
terra vomitará os seus moradores.» Lev. 17:14.
A Bíblia é o suporte popular do Ocidental a que recorremos
para desfazer as falsas ideias e reconstruir a Verdade interpretando
correctamente os seus Mitos. A classe educada devia saber que houve erros e
censuras. Se ignoram os símbolos do Esoterismo são incapazes de decifrar o que
lá está escrito e dou aqui exemplos «chocantes» para vos obrigar a ver. Sem
Sabedoria Divina, promovem o nosso sofrimento e impedem os homens de encontrar
o Caminho e o bloqueiam-no. Jesus disse: «Ai deles os fariseus! Parecem-se
com um cão deitado na manjedoura dos bois: nem come, nem deixa os comer.» L
102.
Quem não for capaz de «comer a Sabedoria», que é introduzir
em si a Substância de Sabedoria que permite saber, não sabe e impede os outros
de saberem. A literatura erudita é uma má literatura, de cão deitado na
manjedoura. Por manjedoura indica-se a mesa do orçamento, mais dinheiro colmata
a falta de Sabedoria!
As religiões passam a valer na medida em que transmitirem ou
não a experiência universal dos Mestres. Se adulteraram o ensino com filosofias
sem experiência, não são verdadeiras, nunca foram Filosofia. ([ii])
Não é por acaso que desenvolvemos o Princípio Antrópico
no princípio (manifestação) e no fim (evolução) desta Introdução ao Esoterismo.
O conceito de Anthropos faz algum “frisson”
aos menos esclarecidos na Filosofia dos Mestres, sobre a qual as religiões
foram ensinadas. Ele é a visão do Homo Holístico, o Homo como Ser Divino, tão
diferente das ideias comuns religiosas e científicas que vai custar a ver.
Portanto, o Divino Anthropos desce na Matéria para se poder conhecer a
si-mesmo. O Senhor Buddha descreveu que podíamos ter saúde física durante mais
ou menos anos, mas todos sofríamos doença da mente e a nossa libertação passava
pela cura dessa doença.
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