quarta-feira, 15 de abril de 2020

Sete Qualidades Essenciais. Sete Leis Divinas, Sete Maravilhas


Não há Iluminismo sem a «Sabedoria Efesina dos Mestres. Buddha deu a Trino-sofia no Tripitaka, três cestas, do Gr. Kisté, cesta em Lat., que deu ”cesteiro” guarda de cofres. Ver «questor», o guardador da riqueza do povo em Roma; é o sentido espiritual do Inglês «Quest». Não deixe cair o sagrado em cesto roto! O Saber é fechado a Sete Chaves! Demonstre por Lei que é certo e verdadeiro.
«Muitos chamados Homens de ciência... invadem os domínios da pura metafísica, embora escarneçam dela. Deleitam-se em conclusões precipitadas e chamam a isso ‘uma lei dedutiva a partir de uma lei indutiva” da teoria baseada no que extraiu das profundidades da sua própria consciência; essa consciência foi pervertida e estruturada em favos pelo materialismo unilateral. Tenta explicar a origem das coisas dando relevo apenas às suas próprias concepções. Ataca as crenças e tradições religiosas velhas de milénios e denuncia tudo, menos os seus passatempos favoritos que são superstições. Sugere teorias do Universo, uma Cosmogonia desenvolvida a partir apenas de forças mecânicas cegas, de longe mais miraculosas e impossíveis do que a tese do fiat lux ex nihilo (que haja luz a partir do nada) – e procura deslumbrar o mundo com tal teoria irreflectida, a qual, tendo emanado de um cérebro científico, é aceite por fé cega como muito científica e um sucesso da Ciência.» HPB, D.S. II, 664.
Abordo o que é essencial, embora divulgue certas relações para vos dar confiança na descoberta do ensino por Mitos. O conhecimento dos Sete Raios de Luz e das Qualidades específicas do seu número relaciona-se com os as Sete Trombetas, Sete Qualidade. O Raio precedente induz o Raio seguinte ([*]):
 
1.º Vontade. O Poder da Lei Divina;
2.º Amor-Sabedoria, Analogias;
3.º Adaptabilidade (Ordenação), Hierarquismo;
4.º Harmonia, Subordinação do inferior ao superior;
5.º Conhecimento exacto;
6.º Devoção à Qualidade Divina, multiplicadora, Karma-Nemesis;
7.º Transformação (moderno, Evolução). ([1])
 
Os Sete Raios de Luz que sustentam o Universo são Sete Qualidades Divinas distintas, cuja interacção harmoniosa faz nascer as Imagens Divinas, depois Criadas, Formadas e Geradas na Descida Temporal, de Três Planos Cósmicos. As Sete Forças Cósmicas ao serem reveladas no Homo podem mudar a Vida para a Verdade do Bem (Qualidade) e Lei Divina. A Vida obedece à Lei de Lavoisier: nada se perde, nada se cria, tudo se transforma (termo Hermético, agora evolui).
Quem alguma vez admitiu que as Sete Maravilhas são as Sete Leis Divinas? Dou um exemplo: a 6ª Maravilha é o Templo de Diana Efesina, a Glória de Deus, a sabedoria da causa eficiente, de Phêsi, da Palavra do Mestre. Diana é a Divina Sofia, relacionada com o episódio Dina Desflorada do Gén. 34, que levou os filhos de Jacob (guardiães da Sabedoria) a destruírem a cidade (Atlântida) para que a Sabedoria (Dina) não fosse prostituída. Hoje é prostituída em poderes políticos, «ghiâdes», ideologias científicas... É óbvio que tenho de proteger a Ciência Espiritual dos Mestres mantendo-me nos limites do que é suposto Eles aceitarem.  ([2])
Em cada Idade Sideral de 2 155,6 anos (2156 anos), há uma sucessão de Ciclos dos Sete Raios subsidiários do Raio da Idade. São Ciclos Históricos de 308 anos (2 156:7=308 anos) divididos em períodos de 77 anos, o paradigma das Quatro Atias (alfa, beta, gama e delta). O início da Era dos Peixes deve ser qualificado pelos factos históricos. Em factos temporais deve andar à vota de 212 AC ou 211 AC no fim da Filosofia Grega; terminou em 1945. Ashoka (264 AC-227 AC) foi um dos que fez a sementeira da Idade. Outra data bem qualificada ocorreu no ano de 188 AC., em que os Cipiões, depois das guerras Africanas, criaram um centro cultural na Campânia, com os melhores cérebros Gregos, para pensar a nova Civilização, no seu Período Alfa (212 AC-135 AC).
Em 1969 os americanos levaram o primeiro Homo à Lua, sinal de Era do Aquário. Isto é a Idade Devocional terminara e íamos para a Idade da Tecnologia.
A Evolução processa-se em quatro Planos, há quatro passos algorítmicos: da imagem divina (Búdico), da criação (Mental), da formação (Astral ou do Éden onde o Homo é formado antes de ser gerado), da geração (Física). São as quatro Atias, Causas, dos Gregos. É de esperar que em cada Ciclo haja um reflexo do processo algorítmico de Manifestação, em Quatro Planos de Causas.
Investiguei os Ciclos Históricos, e confirmei, a partir das «evidências» da historiografia moderna, que posso definir os momentos dos inícios e fins dos Ciclos, todas as Qualidade da Força presente e da falta de Qualidade, muito visível no período de apogeu do Ciclo, as chamadas «Renascenças», que correspondem na Era Devocional aos séculos: I AC, III DC, VI, IX, XII, XV, XVIII e (talvez) XXI (?).
Em todas as Renascenças há uma renovação, por mudança da Qualidade Divina. O Ciclo com maiores repercussões foi o séc. XV por ter havido uma «mutação cultural» produzida pela peste e guerras, eliminação dos velhos. Um manuscrito de 1442 de um religioso de Constantinopla diz que “os Turcos, no espaço de seis anos, roubaram, em terras dos cristãos, mais de quatrocentos mil cristãos, todos eles feitos seus escravos, que mataram e degolaram velhos e doentes, porque os não podiam levar.” Foi o reacender da escravatura que os Árabes praticaram.
O interesse do Mito Sebastianista, melhor chamado Mito da Saudade, da Utopia, é a esperança que o Português tem de alcançar o seu glorioso Destino Espiritual. Obviamente, um acontecimento deste tipo acontece num tempo cósmico fértil. D. Sebastião (1554-78) é usado como símbolo da libertação.
O Renascimento deve ser global, e um reconhecimento: 1. das Leis Divinas; 2. da Qualidade de Vida e Desígnio Divino. Renascimento é substituir o Perecível pelo Imperecível, da Satisfação dos sentidos, à Solidariedade e Unidade Divina, as vidas fúteis ao Acaso, pela vida Ordenada, com Desígnio. Se a morte é uma inevitabilidade, o renascimento, nascer de novo, recapitular, é outra inevitabilidade, diz o Baghavad Gîtâ. Os cristãos substituíram o tempo cíclico Grego, pelo tempo linear.
Há platónicos e uma Academia Platónica patrocinada por Lourenço de Médicis que foi um centro de Esoterismo apoiado em Platão e nos Neoplatónicos. Marcílio Ficino traduziu, por volta de 1471-95, os Diálogos de Platão e João Picco de La Mirandola, tendo aprendido o árabe, o hebreu e caldaico, trouxe o conhecimento da Cabala (c. 1484). Ele apresentou, em 1487, as 900 proposições de Filosofia Divina ao Papa, que esclarecia, e muito, as doutrinas Cristãs e os dogmas absurdos da propaganda igrejista. As religiões fundam-se na Árvore da Vida.  ([3])
 
Caracterizei o tipo de mortos em cada Ciclo da Idade Devocional (212 AC-1944):
 
1º Raio:   Vontade Régia. Matam-se os Imperadores.
2º Raio:   Sabedoria, Filosofia. Matam-se os gnósticos, os detentores do Saber, os do outro credo, os espiritualmente mais válidos.
3º Raio:   Sincretismo, Ecletismo, Adaptabilidade, matam-se os agentes de intercâmbio, estrangeiros, Bárbaros e Monges, por o serem.
4º Raio:   Harmonia e da Subordinação Hierárquica. Poder dos símbolos. Luta contra a hierarquia ou conflitos de hierarquias, entre a classe civil e religiosa, povo e nobres. Revolta entre agricultores e donos das terras.
6º Raio:   Devoção, luta por ideal ou Qualidade Divina. Combate-se o infiel e o herético. (Idade Devocional o Ciclo do 6º Raio veio antes do 5º Raio).
5º Raio:   Ciência exacta. Persegue-se e matam-se cientistas.
7º Raio:   Serviço ordenado, Transformação. É a luta política e económica do capital contra o trabalho, a supremacia da tecnocracia, ditaduras.
 
Na Luz sobre o Caminho diz-se: «Procura o Caminho pelo estudo das leis do ser, das leis da Natureza e das leis do sobrenatural.» O fim dos tempos é a Grande Mudança. A regra é: «se permanecerdes na minha palavra, conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará». João 8:31,2. O erro cega para a Verdade. Aproveite a «janela de oportunidades» da 6ª Raça, – com mais Energia Espiritual.
Matéria menos densa é mais Energia. É diferente andar a passo ou controlar um carro fórmula um; sem boa condução, morre! Os corpos actuais são mais leves que os do início do sXX, os corpos da alma serão mais leves pela cultura de Ciência! A cultura demasiado académica corrompe a Verdade, como na Ep. I Timóteo, 20: «tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada Ciência». Estamos «condenados» a ser Deuses ou a perecer.
Abundam os nominalismos, palavras esvaziadas de verdade. Chamam amor ao mais vil egoísmo e sensualidade. Ao libertarem-se da escravidão dos sentidos e emocional, libertem-se também dos «spin doctors», do marketing político, religioso, cultural e espiritual, sedutores por torcedelas (“spin”) da verdade. Entre a Verdade e o marketing escolham a Verdade. «O que conquistou a sua natureza inferior com a ajuda do Eu Espiritual é nosso amigo; quem não fez isso é um inimigo.» Disse Krishna (Cristo no Oriente). ([4])
Distinga o Ser e Ter (ter erudição): «Quando o tiverdes gerado em vós, o que sois vos salvará; se não o tiverdes gerado em vós, o que não sois vos matará.» Ev. Tomé L 70. É um Lógion importante. Julga-se que dos 60 biliões que a Humanidade é, entre 20 a 40 biliões de homens (2/3) podem não ter condições para evoluir no planeta, nas duas novas Raças. Thomas Paine (1737-1809) escreveu The Age of Reason. ([5])  A ausência de um «Deus» cristão na Declaração de Independência e na Constituição dos Estados Unidos é devida à influência de Thomas Paine.
A Liberdade religiosa onde as seitas prosperam, entende-a em Thomas Paine. (...) O poder educativo de «Age of Reason» deu, como ele previu, «uma certidão de óbito à religião revelada». (pp. 686-7). Se melhorarem o caminho do Senhor, pela Ciência Perfeita de todas as religiões, como se deduz do facto de terem uma origem Divina, os dois cavalos que temos para evoluir, como ensinou Platão no Fedro, o cavalo do Bem dominará o cavalo do Mal e leva-nos para o Caminho do Mestre. A Ciência das Religiões dos Mestres é a cura dos males.
As coisas, a “mater”, em relação com a Existência, simbolizam-na na Trombeta (som), em relação à Matéria, e na Candeia que ilumina o Caminho. ([6])
Não se justifica discutir a sua opinião de faz de conta, tagarelice (adoleskheia diz Platão), se não for fundamentada em experiência. «Enquanto fores isto ou aquilo ou tiveres isto ou aquilo, não sois tudo, nem tendes tudo. Sê puro até que não sejais nem tenhais isto ou aquilo; então serás omnipresente e, não sendo isto ou aquilo, sereis o todo.»
A Humanidade está reduzida ao «corpo de alimentos» e aos «cinco sentidos» e somos Sete Corpos, Sete tipos distintos de Cognições. Tenho mais confiança em Cristo ou outro Mestre, Eles sabem o que dizem, do que em cientistas menoscabados, por razões evolutivas graves. Quando a Ciência acerta, o ensino dos Mestres é o mesmo e tem milénios de tradição. Por experiência, não satisfaço os vossos caprichos de serem os génios que descobriram tudo. Estamos a desenvolver a Inteligência Emocional, em relação a cada uma das Sete Inteligências.
No ensino de Cristo, o falso messianismo libertador da humanidade merece este Lamento: «Ai de vós doutores que tiraste a chave da Ciência.» Em oitenta Anos de vida experimentei o Horror político e da Cultura sem Valor Espiritual, a tragédia para onde levaram o mundo pelo orgulho e ganância de poder. Sinto a crise de confiança na alma humana: gente que pratica acções nobres, desinteressadas, em favor da humanidade, ao mesmo tempo dá força às mais lastimosas ideias egoístas sobre a Natureza, a Vida Humana e o seu Fim Último. Esforcei-me por corrigir o sistema sem entrar em conflito aberto. O sofrimento é enorme e justifica a Jihad do Gitâ, não a terrorista que é falsa, mas a da Ciência Espiritual: a maldade tem de ser combatida pelas armas da verdade científica religiosa. A Cultura Ocidental é perversa, decadente, a revolta sentimental enferma desses erros. A batalha de Kurukshetra a chamada Guerra Santa, é entre a natureza inferior do homem, com os seus vícios, paixões e más tendências, contra os Princípios e Leis dos Decálogos Divinos. Este combate deve ser ganho pela Vontade imbatível desenvolvida pela Educação.

 


[*] Sete Raios, Sete Maravilhas: 1ª Pirâmides do Egipto, de pyros, fogo; 2ª Muros da Babilónia ou Jardins Suspensos, as imagens; 3ª Torre de Faro, de Far, farris, a farinha, o pão, deusa Cibele; 4ª Colosso de Rodes, estátua de bronze ao Deus Hélio, o Sol, Tiphareth, Apolo, colo, a “porta estreita” de Cristo; 5ª (VI) Mausoléu de Caria, mausoléu, o corpo físico, o sepulcro, o filho da viúva, de caro, carne e , a Moira Tecedeira; 6ª (V) Templo de Diana Efesina, Sabedoria do Conhecimento, a Moira Dobadoura; 7ª Júpiter Olímpico, revelação do Reino de Deus no Olimpo (significa quatro), gerar as Quatro “Atias”. Para decifrar os Sete Símbolos das Leis é uma vantagem ser Intuitivo.



[1]     Ernest Wood. Os Sete Raios. Trad. Brasil. Pensamento.
[2]     H. Álvares da Costa. Auto-estima e Entusiasmo. Portugal Teosófico, n.º 92, 2003
[3]     Dalai Lama e Jean-Claude Carrière. A Força do Buddhismo. Ed. C.L.
[4]     Henri Corbin. Le Paradoxe du Monotheísme. Ed. L’Herne.
[5]     Paine, T. The Age of Reason. Collected Writings. Literary Classics of the U.S. 1995
[6]     Três Iniciados. El Kybalion. Ed. Orion. México.

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