sexta-feira, 25 de julho de 2014

SABEDORIA HOLISTA

Em estudos para a renovação da Sabedoria Integral se mostrou, em diagramas da Árvore da Vida, que ela é de Três Pilares: 1. Sabedoria do Conhecimento, Sofia ou Ciência Holista; 2. Sabedoria da Filosofia Holista, Integral no outro pólo; 3. Sabedoria das Religiões Integrais ou Religiões Comparadas. Muitas vezes reduzimos aos dois pólos, Ciência Holista e Filosofia Holista. A maior descoberta da Nova Idade da 6ª Sub-Raça Ariana, que dará a 6ª Raça-Raiz, relacionada com a América, que assumiu o Karma-Nemesis do Mundo numa perspectiva de Change the World, Vamos Mudar o Mundo, da Ignorância ou Idiotice para a Sabedoria; da Violência para a Paz; dos Egoísmos para a Fraternidade, vamos criar uma vida Solidária nas suas múltiplas formas. A 3ª Coluna do estudo comparativo das Grandes Religiões Holistas é hostilizada na sociedade da Ganância, aonde nos instalámos.
No estudo Teosófico de activar um Projecto fundamentado, credível, para Mudar o Mundo, sinto-me honrado por me ter cabido o estudo da História Holista, Integral. Os Mestres investiram muito em Sofia, e se esperaram bons resultados. Outrora, os «espirituais» da Antiguidade tinham de possuir recursos económicos para estagiarem no Egipto, uns anos, como os filósofos Gregos faziam. Houve necessidade de estabelecer áreas de protecção para o poder não cair em mãos erradas. Não foi possível ir mais longe na História Holista, para diminuir o peso da História das Crónicas ou de Ideologias dos poderosos do Medo militar e Poder Económico de lucros infindos e desastres ecológicos de gravame da miséria dos pobres. Portugal teve uma grande abertura à Sabedoria Divina que tem de ser multiplicada para Mudar o Mundo.
Na área de investigação das Bandeiras de Portugal se mostrou que um povo de pouca Cultura era rico de Sabedoria colectiva. O Povo era demasiado pobre, as monarquias depois da II Dinastia, de Avis. Joanina, iniciada pelo Mestre da Ordem Militar para a Paz, D. João I, 13571433, aonde se estudaram as guerras para serem «guerras para a Sabedoria» e não «guerras para conquistas». O rei casou com uma rainha da Realeza de Inglaterra e recebeu do sogro a Galiza. O rei foi gerado na Nobreza Galega, falava Galego e teve sempre a assistência da sua Mãe que o seguia para onde o Destino o levasse. Assim, devolveu intocável a herança territorial Galega. Como pode um povo sem meios económicos, carente de estruturas culturais ter acedido a um Conhecimento rigoroso da Metafísica da Ciência Espiritual, por «saber inato, interior»? É extraordinário!
A Bondade do Povo Português, subvertida na revolução política militar, manteve uma elevada Cultura Espiritual comunitária, de boas tradições Etnográficas de antropologia cultural. Os Portugueses, com Sabedoria ancestral dependiam muito da cultura oral transmitida de geração em geração, com provérbios para todas as situações. Não tínhamos dinheiro para comprar livros, demos Sabedoria oral. Os provérbios e adágios dos Portugueses, da nossa Cultura tradicional eram perfeitos e esse saber foi destruído pelos Cientismos de Darwin, Marx, Freud, que fizeram «escolas» contra o Dogmatismo religioso implacável, terrorista, dos autos-de-fé. A revolta deles contra as fogueiras religiosas foi benéfica; os erros do Cientismo foram um desastre. Senti-me muito honrado que a batalha de Trancoso, despoletada pelo Condestável fosse o exemplo da «batalha de conquista», que não devia ser feita, e Aljubarrota foi planeada para reduzir o número de mortos, foi chamada a «guerra democrática» pelo historiador do séc. XIX, Pinheiro Chagas. Os novos historiadores estão longe das necessidades espirituais e não compreenderam a diferença abismal entre Trancoso e Aljubarrota, entre o Condestável e o rei da Ordem militar religiosa. Eu sei que devemos muito à lealdade do Condestável, que neutralizou o Êxodo da Nobreza materialista.
Temos de explicar porque o Condestável não teve comando militar em Aljubarrota e foi designado para o cargo de fronteiro da Fonteira com Castela do Alentejo ao rio Guadiana. A libertação do Povo Português e a sua educação para a Paz foi obra do rei D. João I e que preencheu todo o seu reinado. Quando estava a morrer, e já não tinha forças para fazer a barba, pediu o favor de lhe chamarem o barbeiro, que ele não podia ser mostrado em público com a barba por fazer, a apresentação fazia parte da boa educação. A cultura Portuguesa era ensinada deste modo, nem sei como o devo chamar: consuetudinário? As Leis consuetudinárias eram cumpridas com rigor, as do Estado, num país de analfabetos, não eram conhecidas. O analfabetismo era uma defesa da intrujice política. As Leis que regiam o Povo eram as orais, transmitidas de geração em geração. Tirem daqui as ilações.
Quando fui autorizado a vir para Lisboa, para ser educado e instruído, o povo da minha terra tratou-me muito mal porque ao assimilar uma cultura científica sairia do Povo para o qual tinha obrigações. Mal sabia esse Povo que os objectivos da minha saída eram Espirituais e os ideais do meu povo estavam já degradados. A hostilidade ao Governo Salazarista era enorme e o modo como Peniche, terra de Fénix, tinha sido excluído foi desonroso.
O rei D. João I teve de fazer uma capa com o camelo dos Quatro Fardos do Poder político para mostrar que as crises de Soberania, como a de 1383-1385, eram três causas Morais, Éticas, e apenas uma Económica: fazerem grandes obras com pequena fazenda. Como não está a ser assimilada, talvez fosse melhor erguer a bandeira do Camelo Joanino para aprenderem o valor da Sabedoria Espiritual infringida pela rainha aleivosa ao serviço de Castela, de El-Rei D. Fernando. A política visual tem de ser restabelecida. Em cada três Portugueses, um é excelente capaz dos maiores feitos com grande simplicidade; é uma honra estar no seu grupo. Os outros dois, na fase em que estamos de recuperação da Cultura Divina Tradicional, podem ser descartáveis.


Humberto Álvares Costa (Médico)

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