O que evolui é a substância inteligente dos corpos do ser e
não o Ser. O Ser é o Divino em nós que não evolui. A Substância essa evolui. Os
falsos valores do inconsciente exaltaram a pobreza de espírito, um
posicionamento religioso, social e político deletério. “Que o vosso amor abunde mais
e mais em Ciência e em todo o conhecimento”, diz S. Paulo aos
Filipenses. Já disse muita vez aos espiritualistas que não querem converter as
suas velhas emoções. Eles não querem entrar na Era da Ciência que acusam de ter
derrubado os Valores.
O Materialismo destruirá, sem hipótese de recuperação, o que
for sagrado, porque os erros doutrinários do Cristianismo, por má interpretação
do ensino original, são grosseiros e dão mau nome às religiões. Se misturados
com caridade, amor, etc., há conversas sem valor, dão mau nome ao amor, tão mau
que hoje só é entendido como sexo ou da natureza analógica de uma experiência
orgástica, sexual. A vida sexual é referida em função do predomínio de
comportamentos impostos por via humoral que retiram a capacidade de ser
objectivo.
Se dizemos que há Três Pérolas – Ciência, Ética e
Amor –, tudo o que se opuser a essas Pérolas e gerar dependências, é condenável.
Conscientes de que a vida não suporta repressões, é de desmotivar o que seja
reprimir, substituído por «método esclarecido» e em caso algum aceitar a
«permissividade», sem valores. O Senhor Buddha gerou condições na Cadeia Terra
para a humanidade ter sucesso no Caminho Ascensional através das Quatro
Nobres Verdades que correspondem às quatro Atias e pelo Caminho
dos Oito Passos para a Salvação. À abertura da porta de Serápis para o
Divino, corresponde o encerramento da porta de descida. A gestação da 6ª Raça
vai transformar tudo na Terra, a Matéria, Geologia, Continentes, Espécies e
outros homens com outros talentos.
São Marcos chamou a Jesus aquilo que Ele era: Nazareno
(separado), o Senhor (Eu Superior) ou o filho do Homo (a alma Humana Espiritual)
e nunca o Salvador Cristo. Ao transmitir o ensino dos Mestres, faço-o em
espírito de Ciência: «só a Verdade que puderes assimilar é verdade para ti;
é contra natura ensinar aquilo que não é necessário para ti.»
O Reino Humano é o primeiro com capacidade para revelar o
Reino de Deus em si mesmo, do Venha a nós o Vosso Reino e Seja feita
a Vossa Vontade. «Mas o reino é dentro de vós e é fora de vós. Quando
vos conhecerdes sereis então conhecidos e sabereis que sois os filhos do Pai, o
Vivo. Mas se não vos conhecerdes, então estareis na pobreza e sois vós a pobreza.»
Ev. Tomé, L3.
A separação do Pai Divino gerou a cultura de pobreza sem
cura, que ignora a nossa origem comum e os fundamentos do Novo Homo. «Jesus
disse: Se vos perguntarem de onde vindes? Dizei-lhes: Viemos da Luz, já de onde
a luz se fez por si própria. Ergueu-se [...] e manifestou-se na imagem deles.
Se vos perguntarem quem sois, dizei: Somos seus filhos, e somos os eleitos do
Pai, o Vivo. Se vos perguntarem qual é o sinal do vosso Pai que está em vós,
respondei: É movimento e repouso.» Ev. Tomé L 50
Este Lógion é maravilhoso.
Corresponde aos três primeiros versículos do Pai-nosso: Pai Nosso que estais
nos céus, a Luz, o Vivo; Santificado seja o vosso nome, que é
movimento e repouso, a alternância do Universo Manifestado e Não-Manifestado; Venha
a nós o vosso Reino, porque somos Filhos de Deus, os eleitos do Pai – a
identidade entre o Divino e a Centelha Divina (Mónada) que habita cada Homo na
imagem (Atma-Buddhi). Eis a versão actual dos Três Princípios da Doutrina
Secreta invertidos porque se passou da Queda para a Ascensão. No Ev. de Tomé
Jesus cita-os pela ordem Antiga, de Queda na Matéria, duma Árvore da Vida
dorsal, é uma imagem de pólos invertidos, em relação à Árvore de ascensão ou
facial, anterior. Destas Três Proposições podem ser deduzidas as Sete Leis ou
Princípios da Árvore da Vida.
Quanto mais nos aproximarmos do
objectivo maior, o Télos, maior é o poder para instituir o Reino interior.
Quando Justiniano fechou a Escola de Filosofia de Atenas em 529 e mais tarde
Teodósio fechou a Academia Ateniense, disse-se que era uma vitória da fé
(crença, doutrina sem provas) sobre a razão (da Filosofia assente no
Conhecimento ou Sofia experimental das Escolas
de Mistérios.
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