SEBASTIANISTAS, SEBÁSTICOS

‘Sê a lâmpada de ti mesmo’ (Sutra Buddhista)

‘Ai de vós, doutores de lei que tiraste a chave da Ciência’ (Lucas 11:52)

Quem entra nos círculos de Sabedoria Divina e se empenha em «ajudar» a humanidade vê que pensam tendencialmente falso e as meias verdades são meias mentiras. O mundo agoniza. “Todo o mundo” está doente, e “ninguém quer Saber”, se diz nas Barcas, de Gil Vicente, Corpos Quânticos em uso depois da morte do “cadáver”.

Jesus foi Essénio, uma palavra que em Hebraico significa curador; Apolónio de Tiana, o Adepto que instituiu os centros geográficos energéticos da última Idade Histórica Devocional, que os cristãos na sua «revolução cultural» destruíram, frequentou uma Escola de Mistérios que ensinava Medicina; e os discípulos destes Seres Divinos consideravam-se curadores e não apenas instrutores. É impossível melhorar a Sabedoria do mundo porque não há capacidade para Saber. Não sabe quem quer mas o que tiver substâncias e estruturas dos seus Sete Princípios em Evolução – física, do duplo-astral, da vida ou «Prâna», emocional, mental, intuitiva e da Vontade Divina em si-mesmo –, para poder Saber. O método criativo de fazer investigação científica é o Zetético: admitimos como provável uma determinada Verdade, em cima, porque foi, e deve estar certa pela constância do ensino em Religiões.

A Escola Pitagórica de Crotona (séc. V AC) era uma Escola Esotérica, aberta aos que tinham mente matemática, os Mathematicoi, com capacidade de racionalizar e ordenar as questões. Havia os Sebastikoi, os experientes das Leis Divinas capazes de aplicá-las às necessidades culturais e os Politikoi, que estudavam o governo dos povos. Em Portugal ninguém falou da libertação Sebástica que é viver por Leis Divinas para revelar o Ser. Optaram pelo Sebastianismo caído do céu, uma concepção emocional, passional, sem Ciência.

Os Seres que alcançaram a Perfeição Evolutiva são chamados os Mestres de Sabedoria que representam o Reino de Deis, os Três Mundos do Ser e as Sete Leis ou Sete Qualidades Divinas chamados Raios (de Luz). Este é o modo Integral ou Holista de ver. Dou a globalidade e digo, agora comprovem que isto que os Mestres ensinaram é Verdade, como se espera que seja. O ensino dos Mestres não pode ser equiparado ao ensino da Ciência a partir dos Cinco Sentidos. A Sabedoria Ética ou do Conhecimento dos Mestres é uma Sabedoria do Ser, eles são aquilo que ensinam, logo, é o Conhecimento de Suprema objectividade.

Quando se afirmava o Mestre disse, o chamado Phêsi em Grego, ninguém discernido ousava pôr em causa. Se o Mestre diz é uma experiência total e ninguém tem condições para o dizer senão Ele. Os Efésios eram aqueles que diziam: o Mestre disse e ninguém ousava contestar, mudar. As Leis são imutáveis, majestáticas. Há Sete Tipos humanos equivalentes às Sete Leis Fundamentais (Sete Raios de Luz). Uma Cultura Sebástica é do primado das Leis Divinas, que os de Inteligência Espiritual revelam. O termo vem do Grego Sebastikoi, o Augusto, expressão cultural da Lei Divina. Procuramos estruturar os fundamentos da Cultura Sebástica, Augusta.

O Esoterismo palavra derivada do Grego ‘esotericos’, ‘interno', ‘escondido'. Os ensinamentos de Cristo também tinham uma parte pública e uma parte secreta» «a vós é concedido saber os mistérios do reino dos céus, mas a eles [o povo] não é concedido (...) por isso falo através de parábolas, para que vendo não vejam, e ouvindo, não ouçam, nem entendam.» (Mat. 12: 11-13)... «a seus discípulos declarava-lhes tudo.» (Marc. 4: 34); «Então lhes abriu o sentido para que entendessem as Escrituras.» (Lucas 24:45). Alguém tem de ajudar a transferir a Mente da área da Empatia por dos Sentimentos para o Conhecimento exacto, científico, assente em bases experimentais.

Quando o Destino de Portugal se desagregou em Alcácer Quibir (1578), a Barca ficou à deriva, à espera de D. Sebastião e não viram os Erros cometidos. Os Sebastikoi da Filosofia do Dever foram «calados» pelo «assalto político» ao poder governamental. O Sebástico foi abandonado pelo Sebastianista. Ser Sebástico é ser rigoroso, ser Sebastianista é uma paixão de desejos e sensações de tipo psiquiátrico. Ser apenas tecnocrata e não «satisfazer os corações com Amor e Temperança», a receita do Mestre de Avis, provoca a instabilidade política e a «rua» enche-se do homo lobo do Homo, de selvagens, ladrões e assassinos.

Tudo o que é necessário Saber foi ensinado. A libertação da mente humana permitiu que o rei João I, no Interregno de 1383-5, em guerra civil e ocupação pelos vizinhos e pela Europa, deu aos Portugueses uma Nação regida por um governo Espiritual, pela Filosofia do Dever e com tal sucesso que um pequeno País, de dois milhões de habitantes, ousou dominar o Mar das Tormentas, o Atlântico, e partir à Descoberta dos Povos do Mundo, desde 1418. Houve um fervilhar de ideais libertadores que levou à Reforma de Lutero (1517), à alfabetização por necessidade de trocas comerciais e para os protestantes lerem a Bíblia, o livro proibido aos leigos. Seria a Humanidade capaz de conciliar a Ciência com as Religiões? – Não é. Há delírio emocional e expansão do egoísmo e crueldade, com perda total da confiança nas religiões. Dar um perfil científico aos nossos Egos inferiores é imperativo.

Humberto Álvares da Costa (Medico)

ESPIRITUAL PORTUGUÊS. GRAFIA PRÉ ACORDO ORTOGRÁFICO POR RAZÕES DE CIÊNCIA ESPIRITUAL