sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Porque é necessária a Circuncisão do Coração, da Emoção Sensual



Ao despertar uma qualidade superior vemos a unidade do que parece disperso e há o entusiasmo da descoberta (conversão de matéria em energia). Saber não é uma memória é uma Força, sinal de ter reconhecido a Verdade, porque ela própria cria o «órgão» que permite ver a Verdade que se comprova a si-mesma 
É o conceito Grego de Thymós, a que Platão chamou força de ânimo, Hegel, o reconhecimento, ser apreciado em função de valores, Rousseau “o amor-próprio”, Hamilton “o valor da fama”, Bergson “élan vital”, os cristãos paixão, afastando-se de Vacláv Havel, com uma definição precisa: «a capacidade crítica, dignidade, sentido de rectidão.» Para este poeta e político, a recusa de Thymós é; «a relutância generalizada das pessoas orientadas para o consumo em sacrificarem determinadas benesses materiais em nome da própria integridade moral e espiritual.»


Que energia (Thymós) se liberta quando contactamos a Inteligência Espiritual, de cima! Sem a Força de Thymós, o Ego estagna, não Evolui. Timia é Força evolutiva! Não se Liberta pelo Espírito sem transformar a Substância da Alma (Lat. Res, Gr. Ousia). Libertar reporta-se às dependências dos sentidos e desejos.
“Circuncidai pois o prepúcio do vosso coração.” Deut. 10:16. O prepúcio é o «feminino» (grandes lábios) no pénis. Os Antigos receavam o contágio emocional e extirpavam o feminino do pénis, para renunciar à emoção feminina de Queda, difícil de conter. A circuncisão do coração foi convertida em circuncisão física, uma mostra da fraqueza e debilidade da mente humana.
As casas dos Romanos ainda eram assaltadas por criaturas do Hades, do mundo inferior, e havia o risco de atacarem e matarem as crianças; havia rituais de afastamento dos «espíritos malignos». Os Romanos chamavam-lhes lémures ou larvas. Em Esoterismo, o termo larva significa as «cascas» astrais (Klippoths), restos de corpos não recomendáveis, substâncias cônscias nocivas.
Os fenómenos do tipo «poltergeist», em alemão, espírito ou entidade ruidosa, violenta, ocorrem mais na presença de homens mentalmente perturbados, de mente sensual, mulheres mergulhadas em psiquismo inferior, crianças ou homens mediúnicos, ou animais sensíveis, vaca, cavalo, cão, gato, entes cuja psique tem acesso ao «portal» entre o Atómico e o Quântico. Hoje manifestam-se em estalidos nas casas, às vezes fortes. A evolução da mente científica tornou-a mais «imune» a influências dos mundos inferiores, o «portal» impede passagens.
Nos relatos Bíblicos, a maioria dos milagres do Mestre foi libertar pessoas do controlo dos chamados «demónios». O mesmo se faz nas sessões Espíritas.
Um risco de abordar a Religião pelo lado dos afectos é centrarem-se nos mundos inferiores, reactivarem as perigosas influências das «larvas» em corpos mais longevos, todavia, mais mortais sem cultura Espiritual. Sempre que na Natureza há uma acção potencial de forças destrutivas há, ao lado, os poderes benignos e em Roma havia uma devoção aos génios, que correspondiam aos «anjos da guarda», e aos «Penates» ou «Lares», os protectores da casa, formas de Devas, Anjos. Outros são os «Numine» dos Romanos, o contacto com os «espíritos da Natureza» que os povos primitivos africanos, índios, usam nas magias.
Os neurocientistas sabem que a aprendizagem é a formação de novos neurónios e uma nova «organização» do cérebro». Quando ultrapassamos uma certa idade perde-se a capacidade de formar neurónios, novas sinapses e novos centros adequados a uma aprendizagem. Para quem conhece todo o Homo e não apenas o físico sabe que as relações com os corpos superiores tornam-se rígidas e o único modo de recuperar a «capacidade de aprendizagem» é morrer para ter acesso a um novo Quaternário da personalidade, se nascer em «tempo favorável». Nunca alguém disse que a falta de Educação ou Instrução na idade própria, leva à incapacidade definitiva de desenvolver os Dez Talentos da Mente, que ficam atrofiados.
A Instrução ou se faz à nascença ou perde-se (quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita). Os Mestres dizem que após certa idade, ou se passar fome, o poder embriogénico primordial perde-se porque afecta a capacidade espiritual dos corpos. O treino precoce em Religião-Ciência melhora os talentos da mente. O Caminho Espiritual ou do Senhor (Eu Superior) é oposto ao Caminho do Mundo, que leva à violência, egoísmo, falta de sensibilidade para o sofrimento



quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

A Verdade Cria o Órgão de Saber e Purifica-o. O Erro Desorganiza-o


O darwinismo nasce como oposto aos dogmas religiosos, e veio a ser o erro dos dogmas científicos. Há Evolução mas não na forma como Darwin a concebeu por análises naturalistas de fósseis e do inexplicável no Plano Físico. A Evolução não é apenas das Espécies é de tudo, incluindo a própria Matéria das coisas e Substâncias inteligentes do corpo físico e dos subtis das três almas que temos. Sugerir que Cristo ou Buddha não conhecem, directamente, o Homo e o Cosmos, é uma agressão por falta de inteligência espiritual, e outros défices.
O Homo ao operar a ligação ao Eu Superior, do Reino de Deus, passa a ter a lei escrita no coração e no entendimento e desenvolve aquilo que está acima dos sentidos físicos. O Homo é potencialmente Buddha ou Cristo, se evoluir nos Sete Reinos da Natureza, para se abrir «à Herança» do Reino de Deus em si. Os maus religiosos, cientistas e espiritualistas (apegados ao poder da crença) dão falsos testemunhos (IX Mandamento), sem Sabedoria. «Em vão me honram ensinando dogmas...» Marcos 7:7. Se o católico fosse sensato lia esta observação: jamais dependerei de dogmas e aceitarei apenas o universal religioso experimental.
O Evangelho (Ev.) de Tomé começa sempre por Jesus disse. Jesus é critério de Verdade, para qualquer religião. Aos versículos do Ev. Tomé chamam-nos Lógia, relação com Logos, o Divino; as palavras de Jesus têm o Poder, Ética e Ciência do Logos, do Divino, e o que o Mestre diz não se compara a humanos.
O discernido segue a regra: o Mestre disse e eu vou investigar. Os Gregos tinham um nome para isso, Phêsi, que significa: Ele, o Mestre, disse. Era critério suficiente, se fosse analógico do universal. As superstições do cego, surdo e coxo, desqualificam a prática do Phêsi, no cientista que vê em Phêsi a sua ignorância. Efésio, o ensinado pelo Mestre. Quando lerem a Epístola aos Efésios, saibam que é reverenciar os Mestres, com factos de prova, a quem for capaz de Verdade.
A evolução é da “roupa” (Sânscrito rupa, corpo, substância) a que os Antigos chamaram em Lat. Res”, em Gr. Ousia”. A Sabedoria por fora é uma chave dos corpos (roupa, res, ousia) para a Sabedoria do Ser. Se a chave for certa, abre a porta; se não for certa, não abre e deforma a chave que fica inoperacional. Temos uma humanidade na rua, «sem chave»!
Os caminhos exteriores servem para descobrir o Caminho Interior, que começa pelo desenvolvimento da mente objectiva. Não é o Ser que vê e cria imagens, sons, impressões tácteis, são os corpos, o físico e os da alma natural, que evoluem. O Ser, que é uma Centelha do Ser Divino, é o Eterno que aguarda a perfeição dos corpos para se poder revelar! Os eruditos de delicadas roupas, como diz Jesus, evoluem contra o Ser e, sem ”chave”, não conhecem a Verdade, e têm uma vida dolorosa por não terem acesso à Verdade purificadora de Karma. Ev. Tomé L 78. Quando a Humanidade tem corpos mais treinados mas não tem acesso ao Espírito ou Espiritual desses corpos, torna-se perigosa. Por outras palavras, a Ciência Religiosa é tão antagónico da Ciência Materialista, não podem ignorar.
Quem ignora a Árvore da Vida, os seus Dez Poderes (3 Proposições+7 Leis) não se conhece a si mesmo, limitado às sensações e percepções dos sentidos.


O Ser Divino e os Corpos do Homo têm esta Trilogia:

  1. Sabedoria do Desígnio Divino, a Coroa ou Unidade do Ser;
  2. Sabedoria da Qualidade do Ser ou Ética, da morada de Deus – Luz;
  3. Sabedoria do Conhecimento, Sofia ou Ciência de todos os níveis e Ciência do nível físico – Som.

O Mestre detém o poder, governa, orienta, dirige, é o experimentado que sabe ser To be master of one’s self, é o Homo Total, Divino, que rege. Não é o magister, pensador de doutrinas e especulações. É o Lat. Magnum, que vem dar-nos o “testemunho” da luz verdadeira (João 1) e todos os que o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”; Magnum dá o “Espírito por medida” (de”res”). João 5:37. Magnum é o Mago.
A Sabedoria do Conhecimento, das Leis da Existência, revela as outras duas Sabedorias, só transmitidas por empatia: da Qualidade e do Amor. Comiseração ou algo do mísero, desgraçado, não é humano, é um modo incorrecto de apelar o Mestre! O Homo é a manifestação de Luz, logo, é partícula e onda, substância e campo de ressonância, na linguagem de Sheldrake. Os pólos deste campo são as duas Sabedorias funcionais – da Essência e da Existência. A terceira Sabedoria, do Poder Divino, está acima, transcende as duas Sabedorias Funcionais. As Três Sabedorias são a Raiz das Sete Leis Divinas Fundamentais, na Árvore da Vida.
As Religiões fundam-se no paradigma da Árvore da Vida, dos Dez Poderes. Em nós há Trino-Sofia se tiver a «chave» da porta, de abrir para cima e fechar para baixo, que é a Sofia, Conhecimento e a Ética, Qualidade Divina. Há diferença entre Instrução (de fora para dentro) e Educação (de dentro para fora). Bater na porta com o som certo, de Serápis (Sera, batente de porta), abre a porta.
«Podemos ficar surpreendidos em ver que a principal tarefa espiritual tem muito menos (se é que tem alguma vez) algo a ver com o culto a divindades ou adorações a vários outros seres, em vez de compreensão de nós mesmos.» (...) «Portanto, o Homem sábio deve preocupar-se a nunca fixar a si prosélitos. Ele deve sentir e ensinar que a melhor sabedoria não pode ser comunicada; deve ser adquirida por cada alma, por si mesma ([i])
O conceito de Homem Novo não se refere a uma «correcção» do Homem velho centrado na sua alma natural, mas a um Homo com outra Matéria que alcançou um ponto crítico de mudança de estado mais elevado, que lhe permite reflectir o Eu Superior. Após a morte, não há misturas de faltas de talentos. ([ii])  





[i]     Stephen Morris. Let the Fog Lift. Emerson e Krishnamurti. The Light Bearer. ST Canadá. Primavera 2003, p.30.


[ii]     Laurence Peter e Raymond Hull. O Princípio de Peter. Laurence J. Peter. O Receituário de Peter. Ed. Futura




quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O Sétimo Reino Humano abre o acesso ao Reino de Deus


Os Antigos conheciam a Evolução, os cientistas desconhecem. O darwinismo, sucedâneo do igrejismo, teorizou uma Evolução imperfeita, por falta de dados. O lado duvidoso, Origin of Species (1859) foi logo aceite, o lado positivo, The Descent of Man (1871), onde se diz que o sentido moral ou consciência é de longe o factor mais importante na Evolução, com 95 referências ao Amor, e 90 aos aspectos morais; não é aceite. Darwin sugeriu-o no modo extracurricular, querendo separar duas «verdades» a religiosa e a científica.
Não há verdades religiosas que não sejam científicas; não há verdades científicas que não devam ser, por natureza, religiosas. Nem o Criacionismo é o entendimento recto da Bíblia, nem o darwinismo é fiel à Verdade, tem erros grosseiros de Sofia. ([i])  

As primeiras causas estão acima do Plano Físico; vemos sombras da realidade e nunca a Realidade. A caverna de Platão é o símbolo dos mortos que fazem a Ciência impossível, não vêem os seus défices e recusam as ajudas dos experientes. Temos de ser conscientes da nossa limitação. Não basta citar a caverna de Platão, das sombras do Real. A Ciência das causas originais é acima do Físico. A História Integral, dos Planos superiores, é a Mestra da Vida, a vossa não é.

A ocultação da Verdade aos fracos era obrigatória. No fecho do Ciclo de Tempo, a protecção foi retirada: enfrenta a Verdade e por ela é salvo, ou morre. Quarenta biliões recusam mudar a vida, vinte biliões deles ultrapassaram o limiar de recuperação. 75% de falhas! 25% de sucesso é um péssimo resultado. A causa foi a recusa do Homo em ser Divino e se tornar inimigo do seu Pai. A Ciência materialista é uma projecção do Erro original, onde o Homo tinha tal poder que ousou substituir-se a Deus pela prática do Mal, o que o tornou poderoso mas destrutivo.

O Homo é o 7º Reino: alcançou a «Individualização» e foi-lhe dado o acesso ao Ser Divino que o habita. Sendo Divino, difere dos outros Reinos porque pode ser Consciente de si-mesmo e em si-mesmo. É uma Centelha Divina, tem um Pai Divino, tem em si Sete Qualidade Divinas, com uma que lhe é própria; não é Animal.

Neste 4º Período de Vida na Terra, o Homo desenvolve o emocional. Faltam milhões de anos para ser Emocional completo. A Teoria da Ciência Espiritual era conhecida da Tradição Antiga. Dizem que Copérnico (1543) corrigiu o erro de que a Terra não está no centro do Universo. Pitágoras e os Filósofos Divinos, em todos os tempos, ensinaram isso. Galileu, em 1632, nada trouxe de novo. Nos primórdios da Ciência cometeram a maldade de fazerem como os políticos, convenceram o povo que antes nada era sabido, tudo mau, agora a Ciência iria iluminar o Mundo. A Igreja ao promover as perseguições tenebrosas, ainda não viu o Mal activo que, na falta de bondade que o converta, só com muito sofrimento vai cessar.



[i]     David Loye. Darwin’s Lost Theory of Love. A Healing Vision for the New Century. Uma análise do 2º livro de Darwin: The Descent of Man (1871)